A suspensão por três meses do uzbeque Anzur Ismailov, do Pakhtakor, por uso de maconha fez o Sindicato Mundial de Jogadores Profissionais de Futebol (Fifpro) se manifestar. A entidade publicou em seu site oficial um comunicado que critica a Agência Mundial Antidoping (Wada) por manter a substância como doping.
Na capa da página virtual, uma figura de uma planta de maconha dá destaque ao documento. A nota lembra que Izmailov foi flagrado em 17 de junho após um duelo entre Uzbequistão e Bahrein pelas Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo de 2010. Em 2 de outubro, pegou gancho de três meses, apesar de a Wada ter recomendado o dobro.
Para cobrar o fim da maconha como doping, o Fifpro aponta que pesquisas cientificas já provaram que a substância na verdade prejudica a performance da maioria dos atletas. E se apoia em outra organização, a Autoridade de Antidoping da Holanda, que enviou à Wada em agosto um ofício com o mesmo pedido.
“Pedimos que seja reconhecido o fato de que a maconha é, em todas as possibilidades, prejudicial ao desempenho atlético e não merece um lugar na lista de substâncias proibidas dopantes”, diz o comunicado dos holandeses segundo o Sindicato Mundial dos Jogadores de Futebol.
Para justificar seu ato, o Fifpro lembra que quase a metade dos casos de doping recentes envolvendo profissionais do futebol é relacionado ao uso de maconha. De qualquer maneira, a Wada publicou em 1º de outubro a lista de substâncias proibidas que entra em vigor no dia 1º de janeiro de 2010. A maconha está entre elas.