Na manhã desta quinta-feira (21), a polícia civil de Maricá, Rio de Janeiro, entrou na casa do advogado Ricardo Nemer, de 40 anos, e encontrou alguns pés de maconha, material de cultivo e mudas da planta. Segundo José Ricardo Oliveira, Chefe de Investigações da 82ª DP de Maricá, o advogado estava em São Paulo na hora da ação, e apenas sua esposa e sua mãe estavam no local. Ao saber da ação policial, o advogado voltou às pressas da capital paulista para se apresentar à delegacia.
Ele prestou depoimento e foi liberado para responder em liberdade. Ricardo Nemer é um ativista conhecido no meio canábico e atende legalmente pessoas que fazem uso medicinal de maconha, como disse em entrevista recente para o jornal Estadão. O delegado Dr. Júlio César Mulatinho que coordenou a operação na casa de Ricardo, afirmou que vai esperar a apuração dos fatos, mas ponderou que o advogado talvez mantivesse a plantação para uso de fins medicinais (assista ao vídeo abaixo). O advogado do Growroom, Emílio Figueiredo, acompanha o caso.
No final de março deste ano, a 6ª Vara Criminal de Santos inocentou da acusação de tráfico de drogas um médico ginecologista e obstetra que plantava maconha em seu apartamento, em Santos (SP). Para a juíza Silvana Amneris Rôlo Pereira Borges, que acompanhou o caso, ficou comprovado no processo que o médico, de 27 anos, plantou a erva para o próprio consumo e fins medicinais e desclassificou o delito para porte de drogas. A apreensão na casa do médico aconteceu em novembro de 2012.
É um momento delicado, mas que pode trazer benefícios para futuros casos semelhantes aos de Ricardo. Ao contrário da lamentável divulgação feita nessa semana pela PF do Distrito Federal no Facebook, exaltando a prisão de um jovem em Brasília por conta de uma estufa com meia-dúzia de plantas, o Growroom destaca o trabalho que alguns agentes da lei vêm fazendo em compreender as obviedades que diferem um usuário -sobretudo para fins medicinais -, de um traficante de drogas.
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