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Showing content with the highest reputation on 05/11/13 in all areas
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Fato atípico! Impetra HC para trancar a ação penal, pois sementes não são drogas, nem insumo ou materiaprima! Quem tem medo melhor fazer cerveja artesanal!12 points
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Concordo contigo Amigo Verde. Essa notícia deveria entrar pro top 10 das maiores bobagens já publicadas. Os caras chamam o tempo todo as sementes de "substância" e "droga". A própria manchete confunde semente com maconha. Ridículo! O mais incrível é que esses delegados de merda estão numa cidade que é quase fronteira do maior produtor de maconha do mundo e não tem o menor conhecimento sobre o assunto. Investigam um sujeito por 3 anos e ainda publicam isso com o maior orgulho como se ele fosse o único cultivador de maconha de uma cidade com quase 300.000 hab. Enquanto eles estão falando bobagem nesse jornaleco de merda, passa pela estrada atrás deles toneladas de maconha e cocaína contrabandeadas do Paraguai que vão sustentar o tráfico aqui no Brasil. Mas pegar grower é mais fácil né?!... Ou não, 3 anos investigando pra arrumar 100g de prensado e uns pipes... Espero que o cara pelo menos pegue um juiz com o mínimo de bom senso e o libere.5 points
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Os proibicionistas são fóbicos, usam a proibição para achar que estão protegidos, e uma de suas táticas é nos impor o medo deles a nós! NÃO CAIAM NESSA! Faça o que tu queres essa é toda a LEI!4 points
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aqui é quase igual ao mofs, a não ser por dois filhos e um ano a mais. e tbém não me peido não! e olha que se me pegarem e meu nome sair na mídia eu to ACABADO na minha profissão, tenho que mudar de cidade. mas é nóix que planta e não se caga! tudo junto!3 points
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O problema é aceitação da sociedade de que é justo se privar da liberdade em nome da segurança. Essa é o presidío a casa que muitos vivem. O carro tem de ter insufilme por segurança. A gnt nem pode parar pra conversar numa praça a noite pq isso é dar mole. Nem na tv a gnt ta livre, pq as merdas dos canais abertos agora só passam coisas violentas. Chega... a população não pode ficar refém. Obs: A questão da segurança pública no Brasil é político, a limpeza tem de ser de cima pra baixo e não o contrário. Como querer que o miserável ignorante seja honesto se ele ve politico com dinheiro na cueca fazendo tudo que é picaretagem e ficando impune. Esses são nossos piores inimigos. O dia em que houver uma reforma política que melhore essa palhaçada, talvez comecemos a sentir a melhora na segurança3 points
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Intão ta neh, mais uma contribuição para o fórum. Minha sativa paraguaia3 points
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galera pega umas strains tops e madrea pronto. Alguns vao cair,normal em qualquer causa nobre mais que contraria o sistema. O importante é não se abalar e ir pra cima,vamo que vamo nas marchas,contribuir com o ativismo de forma passiva ou ativa não importa só não vamos parar de cultivar maconha pra plantar tomate.3 points
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A situação é tão bizarra que vão avisar a Interpol sobre o Seedsman. Já estou até vendo quando isso bater lá na Inglaterra: "Yeah, we know. So...? Do you wanna we close a website which sells the marijuana seeds? Come on, stupidity has limit!". Hahahahha!3 points
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nao sou usuario sou consumidor essa lei ñ se aplica no meu caso!!!!!!!!!!!!!!!!!!2 points
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Do ponto de vista lógico já tem um erro grosseiro: "Na casa dele foram encontrados maconha e ainda aparelhos utilizados para consumo. O homem vai responder por tráfico internacional de drogas que tem pena de 5 a 15 anos." Se tem aparelhos pra consumo, pq ele vai responder por trafico??? Nem balança acharam lá. Do ponto de vista jurídico, o delegado falou uma grande de uma babaquice. O inquérito policial pode indiciar o homem. Mas o Ministério Público de maneira alguma está vinculado a isto. Quem decide se ele vai responder ou não é o Ministério Público Federal. Obs: Quando eu for pedir umas sementes eu não pago com cartão e sim com aqueles vale postal ou qlq outro meio que não vincule meu nome e mando em um outro nome que não o meu. E sumo com tudo que é pala de casa. Se vier PF querer invadir a casa sem mandado pra vistoriar alegando que há flagrante, eu dou uma embaçada, digo claramente que não autorizo a entrada deles e tento juntar testemunha. Se entrarem e não acharem nada, depois eu faria o máximo possível pra ferrar com esses merdas, incluindo procedimentos administrativos na corregedoria e até mover uma açao de danos morais contra a União. Aqui no Brasil só batendo o pé mesmo pra ser respeitado.2 points
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Parabéns policia federal . Após três anos de intensa e onerosa investigação conseguiu êxito em encarcerar uma perigossisima planta e um maconheiro de alta pericolosidade. Sem sombra de duvidas agora a sociedade está bem mais segura.2 points
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x2 Falou o msm que eu ia dizer. Tem que tirar a bunda gorda do pc e fazer alguma coisa. Ficar enchendo o cu de traficante de dinheiro e falando que é ativista sem fazer nada não vale. Façamos alguma coisa paraa mudar essa realidade injusta!2 points
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"strain": um clone de cruza caseira de paraguaias. Quando tinha bastante raiz, coloquei no vaso (copo de suco de lanchonete 500ml) direto na flora, com a intenção de comparar com seed 12/12 desde início e tirar um fuminho salvador antes da maiorzona ficar pronta. substrato: 50% fibra de coco e 50% substrato pronto com turfa e etc. ferts: npk, mg fluors 2 meses de flora.... rendeu uma porçãozinha do tamanho de um bic grande, deve dar uns 3 becks. Ela estava com muitos tricomas ambares já, apesar de mirrada. Outro feno da mesma cruza de paraguaias. Este eu deixei um pouco mais na vega2 points
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os caras ficaram filmando eu catava uns tijolos e vazava2 points
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Participando ....he he he Clone de Easy Blueberry Vou vegetar um tempo em fluor depois colocar no sol pra florir Vamos ver... Vqv Cade o resultado da galera ? Abraço2 points
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Como todos sabem o Growroom participa da Marcha da Maconha Rio de Janeiro ha muitos anos e em 2013 não será diferente! Mais uma vez estaremos juntando cultura com demanda política na orla de Ipanema! Como sempre estamos em diálogo com outros coletivos e ativistas para juntos organizarmos o evento. Está sendo acertada uma primeira reunião para o dia 05 de janeiro de 2013 para essa primeira conversa! Quem tem interesse em ajudar a realizar o maior evento contracultural da atualidade é a hora de chegar junto! Vamos Marchar!1 point
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Esses caras só querem aparecer. Fazer propaganda política para os menos instruídos. Como disse um palestrante no Congresso Internacionai de Drogas: esses são os Pífios heróis ("meu projeto vai acabar com o crack"). Até o ex-presidente da Colombia disse que o Brasil é o único país do ocidente que quer andar para trás nesse tema. Esses maus políticos estão fazendo o que querem do Brasil e ninguém faz nada. Querem até derubar o STF. Fazer o que né. Espero que o STF se pronuncie logo!!1 point
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Pérai, então todos que plantam seedsman no brasil e do GR??? Formação de quadrilha aqui não truta...1 point
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Esse mundo é realmente surpreendente. Ironias a parte esses lideres evangélicos estão mostrando que a sociedade brasileira pede mudanças progressistas em relação a política de drogas no Brasil. Nosso movimento está ganhando um apoio importante. Jesus Cristo era apreciador de um bom vinho, tanto que seu primeiro milagre registrado na bíblia foi transformar vinho ruim e um bom vinho. Acredito que se Jesus estivesse caminhando hoje em dia pela terra, já teria experimentado a erva e talvez fosse até cultivador. Paz para todos1 point
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Eu sou da seguinte opinião, todo mundo que pede sementes é por sua própria conta e risco, cada um é responsável por seus atos!! Com certeza o cara era aqui da casa por escolher o seedsman, e ser for mesmo a PF deve ta de olho no GR , seria legal a modera dar uma limpada nos tópicos de bancos de seeds, e remover as explanações.( principalmente as datas dos pedidos).1 point
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e meu amigo ta foda !!! cada vez mais estao querendo tomar conta de tudo e todos !!! alias esses caras deveriam estar preocupados com outras coisas , nao o pobre homem la de cascavel q compra suas sementes .... nossa senhora onde vai parar isso tudo ??? gosto muito do nosso Brasilsao !!! mais ae e ficando foda em tudo , nao so na erva nao manin em tudo mesmo !!! para e ve legal !!!1 point
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Com certeza o cachorro veio todo feliz achando que tinha descolado pro dono uma planta da cannabis e quando foi ver, o dono era careta! Aposto que o cachorro não entendeu nada...1 point
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Pode ser excesso de otimismo da minha parte, mas cada vez que vejo um fato tao patético sendo noticiado, sinto que a situação melhora para nossa causa. A sociedade um dia vai cansar desse blablabla moralista.1 point
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tanta bobagem junta que é preciso figado resistente pra assimilar essas perolas os caras decidem o que é verdade, do lado deles os fatos, do nosso lado so especulações "ainda não existem estudos suficientes sobre a maconha (...)" é o melhor do estilo 'falou ta falado' 3 anos pra isso? e ainda vomitam pela boca com a maior cara de satisfação pelo trabalho cumprido, isso é um atestado de burrice e falta de prioridades e coragem é na cara dura não faltam precedentes: perseguições ideologicas, religiosas e raciais como politicas publicas para o bem comum - existem ate novelas famosas flertando com esses temas. é a mesma historia, o mesmo odio e a mesmas bobagens so mudam os personagens e a causa. pra variar o povo aplaude de pe de novo e de novo1 point
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eu que fumo e os caras que viajam, tá louco! essa notícia tá entre as top 10 mais doidas de toda história! Poderia ser legal fazer uma enquete e escolher as três piores do ano e porque, pode ajudar aos opositores a entender um pouco do assunto.1 point
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hahaha bem que poderia ser esse cão aqui:1 point
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Marcha da Maconha do Rio sem o Sano é que nem desfile da Vila Isabel sem o Martinho.....rs É noixxxx, tragam a famila!1 point
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Eu não tô vendi isso não, oque fico mais puto, é que se fosse um cidadão comum, eu não dizia nada, pela falta de educação nesse país, mais um delegado federal? desisto de você Brasil, o negocio é arrumar as malas e ir embora!1 point
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O texto do Dráuzio serve para uma única coisa: maconha é maconha, as outras drogas são as outras drogas. A cannabis, seus usuários, comercializadores, cultivadores e toda a cadeia econômica que poderia colaborar com a economia precisa URGENTE de um tratamento diferente...Sou a favor que todas sejam legalizadas, porém, diante de tanta complexidade e preconceito que envolve o tema, prefiro que tenhamos alguma conquista com a cannabis ao invés to absurdo generalizado. A legalização da cannabis é só um absurdo a menos... Espero que o MAIO VERDE tenha sucesso!!!1 point
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Um dia fiquei tão chapado com Jesus que até achei que ele tava andando no mar.1 point
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Essa passagem denota um grau MUITÍSSIMO ELEVADO do intelecto desses cidadãos de bem que assinaram essa cara. Boa notícia, embora eu ache o contrário com relação à questão da bíblia impor ou orientar condutas. Acredito que ela é clara o impor condutas, mas... tá valendo.1 point
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Novamente, deveríamos pensar que o foco é o reconhecimento, não permissão!1 point
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Pelo que entendi a apelidada 'Bolsa Crack' não é dinheiro pro cara ir comprar crack na boca, é uma ajuda que a família do viciado (muitas vezes gente pobre sem recursos pra ajudar o doente) recebe para interná-lo fora das clínicas mantidas pelo governo, uma descentralização do tratamento. Pelo que parece esse dinheiro só será repassado ao pagamento das clínicas às famílias cadastradas. Se realmente for assim, beleza. Há chance de falcatrua? Há, como em qualquer coisa. Mas a ideia em si é boa se bem aplicada (e fiscalizada). Não curto 90% das atitudes do governo do Estado, mas essa pode ser boa.1 point
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Ficar emulando a bandidagem para dar susto em "alertar" "vacilão" é a cara de uma polícia que não sabe para que existe! Falar que certas situações cotidianas fomentam o crime de sequestro relâmpago é análogo a falar que as roupas curtas das minas dão razão ao estupro...1 point
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Esse gráfico é válido apenas para a Inglaterra, onde ele foi feito. Não dá para simplesmente querer aplicá-lo para a realidade brasileira pois seria preciso refazer o estudo com a nossa realidade. Mas é claro que ele serve para dar uma noção que não é o malefício da droga que pauta a legalidade da mesma.1 point
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"A pena tem de ser proporcional ao efeito causado pela droga. O crack é quase um veneno", disse Pimenta. Nunca ouvi falar dessa diferenciação de substância para critério de aplicação de pena, esse deputado vai ter que criar uma "tabela" para cada substância ilícita então, e a maconha seguramente iria ser a menos "maléfica" delas!! E a cocaína não é basicamente o mesmo princípio ativo do crack, como diferenciar?? Esses deputados e senadores viajam muito, e não representam ninguem senão seus próprios interesses!! Mas se aplicar esse raciocínio ao crack vai ter aplicar a todas as substâncias, e a maconha pode se dar bem nessa!! Mas esses merdas aí são tão fora da realidade que é dificíl entender seus critérios e objetivos!!1 point
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Produtores de maconha entram em choque com forças libanesas BEIRUTE, 23 Jul (Reuters) - Agricultores armados com metralhadoras, foguetes lançadores de granadas e morteiros forçaram as tropas do governo libanês a abandonar uma operação para destruir lavouras ilegais de maconha no Vale do Bekaa, nesta segunda-feira, disseram testemunhas. Não houve registro de feridos na troca de tiros, mas dois veículos das forças de segurança foram atingidos por balas, segundo uma testemunha. Durante a guerra civil do Líbano (1975-1990), o fértil Vale do Bekaa produzia anualmente até 1.000 toneladas de resina de maconha e de 30 a 50 toneladas de ópio, usado na produção de heroína. O cultivo foi erradicado como parte de um programa da Organização das Nações Unidas entre 1991 e 1993, mas ressurgiu enquanto as forças de segurança lutam para se impor em todo o instável país. Não há estatísticas confiáveis sobre quanta maconha é produzida no Líbano atualmente. As forças libanesas costumam realizar operações para erradicar cultivos, mas enfrentam resistência de agricultores revoltados, que encontram nessa lavoura lucrativa e de fácil manejo meios de ganhar dinheiro para suas comunidades pobres. Uma fonte do setor da segurança disse que as forças do governo estavam se reagrupando e planejavam uma nova operação para destruir os plantios. http://br.reuters.com/article/worldNews/idBRSPE86M02L201207231 point
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Pedro Abramovay: “Usuário pobre está sendo tratado como traficante” Advogado foi demitido de Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas ao defender penas alternativas para pequenos traficantes | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 O advogado Pedro Abramovay foi secretário nacional de Justiça durante o Governo Lula, mas sua atuação chamou atenção do grande público no início do Governo Dilma. Convidado pela presidenta para ocupar a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, ele foi demitido algumas semanas depois, após o jornal O Globo ter publicado uma entrevista na qual ele teria defendido penas alternativas para pequenos traficantes. “Na entrevista eu não usei o termo “pequenos traficantes”, porque não é disto que estamos falando. Estamos falando muito mais de usuários que de traficantes. Não é uma fronteira muito clara, mas estamos falando, sobretudo, de usuários”, explica. Agora, Abramovay continua defendendo mudanças na legislação antidrogas do país à frente do projeto Banco de Injustiças, que tem como objetivo mostrar que muitos usuários têm sido classificados como traficantes e presos equivocadamente. “O usuário pobre está sendo classificado como traficante e isto é uma injustiça brutal”. O Sul21 conversou com o advogado durante o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizado em Porto Alegre na semana passada. Abramovay falou sobre vários temas relacionados às drogas, como a proposta de José Mujica, de que o governo uruguaio plante maconha e forneça determinadas quantidades aos usuários. “Estamos em uma política de produção e reprodução da dor e do sofrimento. É uma política que não soluciona nenhum dos problemas que a droga causa” Sul21 – Há organizações, o Banco de Injustiças entre elas, apontando que a nova legislação sobre drogas tem causado uma série de situações injustas. Que situações são estas? Pedro Abramovay – A lei de 2006 disse que não cabe prisão para o consumidor e determinou penas altas para o traficante. Mas como ela não define quem é o consumidor e quem é o traficante, tem uma área cinza entre o consumidor e o traficante – que vai desde o consumidor até a pessoa que, eventualmente, vendeu droga para sustentar seu uso – que passou a ir para a cadeia. Se a gente olhar quem está sendo preso no Brasil hoje, 60% eram réus primários, com pequeníssimas quantidades, estavam sozinhos quando presos e desarmados. Este não é o perfil do traficante, é um perfil muito mais próximo do usuário. Só que são pessoas pobres – 80% destas pessoas só tinha até 1º grau completo. O usuário pobre está sendo classificado como traficante e isto é uma injustiça brutal. "Se a gente olhar quem está sendo preso no Brasil hoje, 60% eram réus primários, com pequenas quantidades, estavam sozinhos quando presos e desarmados. Este não é o perfil do traficante" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – O senhor falou na palestra sobre uma série de arbitrariedades que estariam sendo cometidas em nome da Guerra às Drogas. Como está ocorrendo isto? Pedro Abramovay – A lei de drogas fala que a pessoa tem que esperar o julgamento presa. Então, se você mata alguém, pode esperar em liberdade, mas se você é acusado de tráfico de drogas você tem que ficar preso até ser julgado. O Supremo já disse que isto é inconstitucional, mas muitos juízes continuam descumprindo esta decisão. No Banco de Injustiças, há o caso de uma senhora de 70 anos que foi presa, porque a polícia chegou na casa dela e encontrou crack que era do filho dela. Ela ficou três meses na prisão, porque tinha que aguardar julgamento, até perceberem que não tinha nada a ver com aquilo. Quem devolve este tempo de vida para ela? Ela ficou deprimida, foi internada. Este tipo de injustiça não é pontual. Está acontecendo o tempo inteiro, com pessoas pobres, sobretudo. Estamos em uma política de produção e reprodução da dor e do sofrimento. É uma política que não soluciona nenhum dos problemas que a droga causa, que são muitos, e agrava este problema. A gente precisa sair disto, precisa construir uma política que solucione problemas. Sul21 – Então, quando o senhor deu aquela declaração que gerou polêmica, de que pequenos traficantes deveriam ter penas alternativas, não se referia a pequenos traficantes, mas a pessoas que, muitas vezes, estão sendo acusadas de forma equivocada. Pedro Abramovay – Na entrevista a O Globo eu não usei o termo “pequenos traficantes”, porque não é disto que estamos falando. Estamos falando muito mais de usuários que de traficantes. Não é uma fronteira muito clara, mas estamos falando, sobretudo, de usuários. A gente está, sim, prendendo usuários no Brasil. A gente precisa desarmar o que montamos para nós mesmos. Na visão de Pedro Abramovay, modelo brasileiro retira pessoas da sociedade, as coloca na prisão e as devolve com a pecha de criminosos | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – Que efeito traz para estes usuários pobres estarem indo para a cadeia? Pedro Abramovay – Tem uma pesquisa feita em São Paulo que mostra que, destas pessoas que estão indo presas, 62% tinham emprego e 9% tinham estudado. Estamos falando de pessoas produtivas, de alguma maneira, que a gente retira da sociedade, coloca na prisão e devolve para a sociedade com ligação com o crime organizado, com estigma de criminoso, que ninguém vai empregar. Então, a gente pega pessoas que não são criminosas e devolve para a sociedade criminosas. Não me parece um modelo adequado. Sul21 – Quais poderiam ser as penas alternativas? Pedro Abramovay – Podem ser diversas. Tem que dosar a partir de qual seja a conduta. No caso do usuário, o que a gente propõe não é nem que tenha pena alternativa, mas que sejam medidas administrativas, que podem ser desde advertência, frequentar um curso. Podem ser várias medidas, mas que não passem pelo sistema penal, porque o sistema penal impede o tratamento. Quando você diz que alguma coisa é crime, a primeira pessoa que vai olhar o usuário é o policial, não é um médico, não é uma assistente social. Enquanto for o policial, a saúde não entra. Sul21 – As pessoas refutam o tratamento por medo? Pedro Abramovay – Claro, o próprio médico também fica com uma aflição. Ele não é preparado para lidar com criminosos, mas com doentes. “Os indicadores da guerra às drogas são apreensões, prisões, mortes de traficantes. Se não significam que o consumo e a violência estão caindo, não são indicadores de sucesso, mas de fracasso” Sul21 – A comissão de juristas que discutiu o novo Código Penal previu a descriminalização do consumo de drogas. Pedro Abramovay – Acho um grande passo. Mas acho que Portugal ensina para a gente que, além de não criminalizar, tem que ficar muito claro que aquela pessoa não vai para o sistema penal. Não é o juiz que tem que cuidar do usuário. Ninguém é a favor de legalizar passar (um carro) no sinal vermelho, mas ninguém acha que isto tem que ser crime, que o Ministério Público tem que fazer uma denúncia e que um juiz tem que condenar esse infrator. Não é esta a estrutura, é uma estrutura administrativa. O que a gente quer é que a pessoa que seja pega com drogas vá para uma comissão de especialistas que pense qual a melhor alternativa para ela, se uma advertência, uma multa, um tratamento, e construir uma saída, que não seja a saída criminal. Isto para pessoas que sejam pegas com uma quantidade abaixo de um determinado valor fixo, para que não se tenha a possibilidade de se cometer as arbitrariedades que são cometidas hoje – um modelo semelhante ao que é feito em Portugal. Guerra às Drogas fracassou, defende Abramovay: "está se trabalhando muito, gastando muito dinheiro e muita energia para não alcançar os objetivos mais importantes" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – O senhor critica que os resultados da política de drogas sejam mais prisões e apreensões. Por quê? Pedro Abramovay – Uma política consistente de drogas tem que ter como objetivos a redução da violência e acesso à saúde, que as pessoas tenham uma vida mais saudável. Como a repressão e a Guerra às Drogas nunca conseguiram reduzir o consumo nem a violência, os indicadores que se criam são indicadores que não dizem nada. São apreensões, prisões, mortes de traficantes. Se estes indicadores não significam que o consumo e a violência estão caindo, não são indicadores de sucesso, mas de fracasso. Significa que está se trabalhando muito, gastando muito dinheiro e muita energia para não alcançar os objetivos mais importantes. Sul21 – O indicador deveria ser, por exemplo, quantas pessoas foram ressocializadas? Pedro Abramovay – Mortes por overdose, quanto é? Em Portugal, ao descriminalizar, despencou o número de mortes por overdose. Este é um indicador de sucesso. As pessoas muitas vezes imaginam que a descriminalização aumenta o consumo, mas foi feita uma pesquisa por um instituto inglês em 21 países que tiveram medidas de flexibilização da legislação. Em nenhum deles aumentou o consumo. Em alguns até caiu. Não se diminuiu o consumo de nenhuma droga ilícita por meio da repressão. A única droga que se conseguiu diminuir o consumo por meio de atitude do Estado foi uma droga lícita: o tabaco. O caso do tabaco mostra que é possível reduzir consumo, mas se faz isto com regulação, não com cadeia. Com a criminalização, todo mundo tem acesso à droga, mas você não consegue tratar ninguém e prende pessoas que não cometeram violência contra ninguém. Sul21 – Num segundo momento, o senhor defende a legalização do comércio, ou o plantio (de cannabis) em casa? Pedro Abramovay – O tema do plantio em casa sem dúvida deve ser discutido. Há experiências bastante bem-sucedidas na Espanha. Acho que temos que debater isto no Brasil. A legalização é algo que nenhum país fez. Eu me sinto mais confortável em falar sobre a descriminalização, que é um modelo que deu certo onde tentaram, do que no modelo de legalização, que nunca ninguém testou. Sul21 – Na Holanda não foi testado? Pedro Abramovay – Na Holanda não é legalizado, porque a venda é permitida em pequenas quantidades, mas a produção não é. Então, os coffee shops compram ilicitamente a droga. Então, é um modelo que tem uma hipocrisia. A impressão que eu tenho é que pior que a atual política (do Brasil) não tem, uma política que não consegue frear o consumo e que causa tantos danos. Tem coisas que claramente já deram certo, como a descriminalização e o cultivo pessoal. Os outros passos têm que ser debatidos com muito cuidado e com atenção às experiências que outros países têm feito. Na Califórnia, por exemplo, se diz que foi regularizada a maconha medicinal, mas existe um milhão de pacientes cadastrados. A pessoa vai na farmácia, compra, e a sociedade californiana não teve nenhum prejuízo com esta medida. A gente tem que ter um debate baseado em dados concretos, na ciência, e não baseado na ideologia, no medo, na raiva – em geral, o tema de drogas é debatido assim. A gente quer debater como quem quer resolver o problema, e não como quem quer fazer barulho, dar a impressão de que está dando uma resposta sem, até agora, ter chegado perto de solucionar o problema. “Até pouco tempo atrás, o tema das drogas no Brasil estava sob a guarda dos militares. Hoje, a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas está no Ministério da Justiça. É um avanço extraordinário” Fracasso da política de guerra contra drogas cria necessidade de testar outros mecanismos, defende Pedro Abramovay | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – Como o senhor vê a proposta do presidente José Mujica, do Uruguai, de que o Estado plante maconha e de que isto separaria o usuário de maconha das drogas mais pesadas? Pedro Abramovay – Nesta lógica de tanto esgarçamento da atual política é o momento de testar novas coisas, porque insistir no erro a gente sabe que não funciona. O caso do Uruguai tem algumas questões. Primeiro: a gente precisa descriminalizar não só a maconha, mas todas as drogas. Quanto maior efeito da droga sobre a pessoa, mais próxima de um doente esta pessoa vai estar e mais atenção de saúde, e não de prisão, esta pessoa deve ter. Então, não é que a droga mais grave deve ser criminalizada e a mais leve não. A gente não pode tratar nenhum usuário como criminoso. Do ponto de vista da legalização, muitas pessoas dizem que a maconha é a porta de entrada para outras drogas. Tem um estudo neozelandês que afirma isto, mas o próprio autor diz que a maconha é a porta de entrada porque a gente força os jovens a comprarem maconha da mesma pessoa que vende cocaína, que vende crack. Quando você vai no supermercado comprar arroz, você acaba comprando outras coisas. Então, o que torna a maconha uma porta de entrada é o fato de ela ser considerada ilícita. Acho que, de alguma maneira, separar a maconha — que é a droga responsável, de longe, pela maior parte do consumo de drogas ilícitas — é afastar os jovens do crime. Então, acho que tem algum sentido nisto. São experiências, inovações que a gente tem que olhar com calma, avaliar, ter a serenidade de ver quais são os resultados concretos disto, sem nenhum clima de oba-oba e nem de cegueira, como é o clima com que se convive com a política atual. Sul21 – Qual é a visão do senhor sobre a internação compulsória dos dependentes químicos? Pedro Abramovay – Eu não sou médico, mas li muitos artigos científicos sobre isto e vários mostram que a eficiência da internação compulsória é baixíssima, de menos de 10%. É claro que existem situações absolutamente excepcionais – menos de 5% dos casos – em que a pessoa pode ser avaliada como psicopata e não tem juízo sobre a situação e pode se matar, ou matar outra pessoa. Mas estes casos são exceção até no caso do crack. Na grande maioria dos casos, as pessoas têm, sim, total consciência nos momentos de abstinência e podem decidir por tratamento. Quando elas tomam esta decisão, a eficiência do tratamento é muito maior. E o tratamento ambulatorial e a rua têm eficiência muito maior que a internação, porque a relação da droga com a dependência não está na própria substância. O que faz a pessoa se tornar dependente é a relação da pessoa com a droga dentro de uma circunstância social específica. Então, se a pessoa está desempregada, vê naquilo uma muleta para seus problemas ou algo assim, a chance dela se tornar dependente é muito maior. Quando você interna a pessoa, desintoxica ela, mas devolve para o meio que gerou a dependência, ela vai voltar a ser dependente. Por isto é que a maioria dos casos de internação não funciona. Quando você consegue tratar a pessoa no meio em que ela vive e fazer ela lidar com os problemas que levaram à dependência, aí a pessoa consegue sair da tragédia das drogas. "Hoje é possível debater o tema das drogas no Brasil. Antes, qualquer pessoa que levantasse essas questões era tachada de maluca" | Foto: Ramiro Furquim/Sul21 Sul21 – Como o senhor avalia a atual política do Governo Federal na questão de drogas? Pedro Abramovay – Acho que o Governo Federal avançou em várias áreas no tema das drogas. Até pouco tempo atrás, o porta-voz do tema das drogas no Brasil era um general, o tema estava sob a guarda dos militares. Hoje, a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas está no Ministério da Justiça e o grande porta-voz do plano tem sido o ministro da Saúde. É um avanço extraordinário que a gente possa ter este olhar sobre o tema e não o olhar de guerra. O Plano de Enfrentamento ao Crack pela primeira vez dá dinheiro para o tratamento ambulatorial, mas também dá dinheiro para a internação, e aí é uma contradição. Claro, há momentos em que você precisa de internação, mas são casos mais raros. Mas como não é o Governo Federal que executa, lá na ponta, nos municípios, você pode transformar o consultório de rua em uma carrocinha de pegar usuários pobres e levar para esconder na internação. Então, a gente tem quer vigiar muito de perto o plano para apoiar o que ele tem de muito positivo, que é incentivar o tratamento de rua, incentivar o olhar de saúde, e não deixar que setores mais conservadores se apropriem deste plano pelo lado da internação compulsória, não respaldada na ciência. Sul21 – Em que pé está o debate sobre drogas neste momento no país? Avançamos? Pedro Abramovay – Acho que pela primeira vez a gente tem o debate aparecendo de maneira séria. Agora, é possível debater o tema. Antigamente, qualquer pessoa que levantasse essas questões era taxada de maluca. Agora, é um tema sério, há grandes personalidades que discutem este tema, apresentam suas propostas. Acho que é um cenário positivo. Ainda está longe de ser um tema discutido sem preconceito, mas acho que a gente pode finalmente discutir o tema com base em dados, em pesquisas, e não só em ideologia e impressões. fonte: http://sul21.com.br/...omo-traficante/1 point
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A única ajuda por enquanto é a financeira, porque esse negócio de colher assinaturas infelizmente me parece um tanto utópico. Mas eu não vou ser hipócrita e vou falar honestamente: o amigo preso vai ter que ter muita sorte no juíz que vai julgar o fato e nos recursos que provavelmente virão para se livrar do Art 12, pois 32 pés de maconha é muita coisa, na cabeça das autoridades, pra ser considerado usuário, a verdade é que para ser auto-suficiente é preciso isso aí mesmo, mas infelizmente acho dificil ele se livrar, apesar de torcer do fundo do meu coração para q isso aconteça. Ps: Vou depositar 20 reais hj e pensar q se todos os membros depositarem igual quantia de para pagar um bom advogado1 point