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Showing content with the highest reputation on 06/21/13 in all areas
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Sentença proferida no último dia 27 pela juíza Cláudia Carneiro Calbucci Renaux, da 13ª Vara Criminal Central da Capital, desclassificou conduta de rapaz acusado de tráfico de drogas e aplicou, como pena, medida de advertência sobre os efeitos dos entorpecentes. - A denúncia relata que policiais civis se dirigiram até a casa de L.T.M.B. para averiguação e lá encontraram, dentro de estufa própria para o cultivo, 25 pés de maconha, razão pela qual o rapaz foi preso por suposto tráfico de drogas. Interrogado, ele afirmou ser o proprietário das plantas apreendidas, mas negou a traficância, dizendo que fazia o cultivo para consumo próprio. - Diante das provas produzidas e dos testemunhos colhidos durante a instrução processual, a magistrada entendeu pela desclassificação do delito de tráfico para porte de drogas para consumo pessoal e aplicou a pena de advertência sobre os efeitos dessas substâncias. Porém, pelo fato de ele ter ficado preso provisoriamente por dez dias, a juíza julgou a pena extinta, pois, segundo ela, “o réu esteve detido em situação mais gravosa do que aquela prevista na lei”. fonte: http://www.comunicacaojuridica.com/tribunais/justica-estadual/acusado-de-trafico-de-drogas-por-cultivo-de-maconha-em-casa-tem-pena-extinta10 points
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Começa com os mais famosos ... greenhouse, barneys, grey area, green place ... eu gosto tb do Hunters e o Stones Corner ... so para comprar ... eu não gosto de fumar nesses lugares ... normalmente eu vou a algum lugar que vende cerveja ... (antigamente podia comprar erva e cerva no mesmo lugar, mas as leis estão mudando com o governo Cristão de extrema direita). Se vc gosta de hash tem Blue Bird, tem um dos melhores menus de hash em Dam ... mas acho q o greenhouse tem o mais forte, tb o Popeye tem uns marroquinos da hora. Os menus mudam rápido por la ... mas em marco/2013 os melhores bagulhos foram Grey area - Kosher Kush (se não tiver no menu pode pedir q o cara tem) Barneys - Dr Grinspoon (muito forte) e Tangerin Dream, hash king hussien tava borbulhando bastante ... Greenhouse - Haiwaian Snow e o Manala Cream (black hash) ... não achei nada de especial o Flower Power (ganhador CC 2012) Green Place - os Kushs estavao muito bom, mas o NYCD estava muito muito bom (gosto 10 e potencia 8) Hunters - Chocolope e SSH Stones corner - Dr Grinspoon com 20 semanas de flora esta formidável (melhor q do barneys). Espero que ajude e tenha uma ótima viagem ... Não esqueça de fazer a sua própria aventura ... tem 200+ coffeeshops em Dam e tem muita coisa boa, mas tb muita merda ...5 points
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Fui nas manifestações que ocorreram aqui na minha cidade contra o reajuste nos preços dos transportes (embora minha raiva principal seja contra os gastos absurdos da Copa do mundo no Brasil e os $10 bilhões que o BNDS deu para o Sr. Eike Batista, e que provavelmente voltou certa parte a título de caixa 2) e reparei que tinha bastante gente enrolando baseado, fumando mesmo. A média de usuários ali na manifestação certamente era maior do que a média de usuários na população em geral. O arquétipo que temos de manifestante é em geral o estudante universitário barbudo... E lembrei me das palavras do Bob Marley, dizendo que a erva é proibida por que o governo dizem que ela transforma as pessoas em rebeldes... rebeldes against what ele pergunta ao final. Será que isso ocorreria por que os usuários ao consumir a ilícita erva vêem como algumas leis podem ser injustas e se revoltam contra o sistema que está os oprimindo de consumir algo que é direito delas e passam a repensar outras leis que são impostas OU seria tal transformação em rebeldes uma consequência direta dos efeitos na mente, ampliando a visão? A erva realmente transforma as pessoas em rebeldes?3 points
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não sei se ela transforma a pessoa em rebelde, mas ela abre a mente. alguns para questões sociais, alguns para questões pessoais e emocionais. a verdade é que uma mente que se abre jamais retorna ao seu tamanho original, e isso preocupa quem está no poder. #VemPraRuaGalera3 points
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Bulldog não chego nem perto ... caro, baixa qualidade e pessoal e bem mal educado ... para mim os coffeeshops, bulldog, babba e grasshopers são 'turist trap'. Isto e só minha opinião,3 points
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Eu acho palha pra caralho esse tipo de crítica. Consumidor que critica quem explora o mercado ilegal tem que criticar a lei, não o comerciante. Um mercado ilegal é explorado por todo tipo de gente, quanto maior a participação no mercado, mais beligerante é a atuação do agente. A culpa é da lei. Bota todo esse mercado dentro da legalidade e só teremos empresários e cultivadores explorando esse filão. A culpa é da lei.3 points
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confia na midia não loucaço, nem cai nas paranoias a moral é que o cara pode ser o maior pnc do mundo, isso não faz dele um demonio nem vitima porra! se um traficante é vitima da lei o policial tb é, nos e todo mundo a coisa é bem simples: não tem bem X mal fdps se aproveita da lei da maneira que pode o que eu vejo de errado é a supervalorização dessas ações, a pressão que se mete pra demonizar o traficante, pra aumentar pena o mega-traficante é so um cara fazendo seu comercio ele mata, ele explora, ele corrompe porque pode, porque é possivel não deveria poder, como se impede isso, criando uma lei que proiba o trafico? ou quem sabe mudando o produto de mãos... não vou chorar por esse cara nem festejar, confesso que se fosse o pablo escobar... mas seria conclusivo? a morte do escobar resolveu a questão ou so acalmou? essa calma deve ter sido muito mais lucrativa pros sucessores do pablao do que uma guerra e agora a conclusão: nenhum chefão vai ser atingido por leis mais rigidas, isso ataca o usuario, o funcionario, o otario nenhum banco vai pagar por tanto dinheiro lavado não adianta ir contra o traficante pra defender o usuario o erro é a lei, essa é a origem agora se tu acha que esse cara devia morrer, tranquilo, foda-se esse cara, nunca comprei dele...2 points
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FOTOS desculpe sou péssimo fotógrafo, e pelas fotos esfumaçadas.... dia 17, av. paulista., é o que a bateria permitiu. primeiro uma charge que vi pela net.. caras pintadas esse pedaço da chuva de papel picado que faziam usando o vento das galerias de metro caiu bem em mim, e bem oportuno... a quem pensam que enganam????? fdps..2 points
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loucaço, tu confia na policia? tu confia na midia? porque toma como verdade o que esta escrito e o que foi dito pela policia? o cara tava plantando e abastecendo toda a região? td bem que a reportagem não traga muitos detalhes mas da uma olhada na foto e me diz cade a area necessaria pra abastecer tanta gente? supondo que vendia, pra quem vendia, quantos? se vedia precisava de uma arma certo? e se fosse outro sujeito qualquer nessa região tb não precisaria duma arma pra se garantir? se o cara vendia ou não não importa, se o cara lucrava ou não NÃO IMPORTA é preciso saber diferenciar banqueiros de bancarios, mega traficantes de meros funcionarios esse cara ae é prioridade ou ta com cara de boi de piranha? depois é apagado, por reagir mas VAI SABER??? quiseram supervalorizar a apreensão, se te pegassem seria tu o traficante, com plantas e sementes geneticamente modificadas fornecidas por suspeitos do exterior que podem ou não ter ligações com o crime (ou com os aliens ou com os illuminati) tua tesura ia virar katana, tua calculadora e serra tico tico material pra "fabricação e logistica" da droga não tem santo aqui, não lado bom x lado mal a lei gera essa situação, monta o palco e as regras e os atores somos nozes, tendo que nos virar nos trinta quanto a dar pipoco na policia... tu nunca sentiu isso? precisa ser "bandido vagabundo" pra ter as "bronca" com a puliça brasileira? se fuder essa lei insana, se fuder o projeto de higienização do osmaralho, se fuder a midia, que em poucas palavras, emburrece... cerveza out2 points
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Meu nome e Adriane, e na verdade queria mesmo e um incetivo e mais esclarecimento a respeito. meu filho tem 18 anos e confessou que fuma a 3 meses, confesso que não gostei, mas ao invés de criticálo achei melhor escuta-lo e ficar mais esclarecida do assunto, por este motivo estou aqui. Tenho medo dele se expor demais, pois e proibido, e agora tenho que ficar atenta, com quem ele fuma, onde compra e etc..segundo ele, diz que ta tranquilo que sabe o que esta fazendo. Ele estuda, tem objetivos e garante que nada vai mudar, e realmente o comportamento dele nada mudou e conheço todos os seus amigos, são todos bons meninos que nso se envolve com nada além disso...mas mesmo assim né? Agente nso ta cabeça de ninguém, nunca se sabe o que eles pensam e o que vai fazer. Aceito umas dicas, palavras de conforto sei lá, do sei que preciso entender a respeito. Obrigada.1 point
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Usar a Cannábis recreativa(fumada) na intenção de uso Medicinal, lhe permite apenas melhorar os sintomas msm, principalmente nos casos ´´crônicos`` e doenças graves, Agora se o cidadão usar a Cannabis Medicinal de forma correta, que é a ingestão diária do Hemp Oil, esse Chron ai leva um sacode rapidinho hehe...1 point
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http://www.alternet.org/drugs-addiction?paging=off Everything Americans Think They Know About Drugs Is Wrong: A Scientist Explodes the Myths June 13, 2013 | What many Americans, including many scientists, think they know about drugs is turning out to be totally wrong. For decades, drug war propaganda has brainwashed Americans into blaming drugs for problems ranging from crime to economic deprivation. In his new book High Price: A Neuroscientist's Journey of Self-Discovery That Challenges Everything You Know About Drugs and Society, Carl Hart blows apart the most common myths about drugs and their impact on society, drawing in part on his personal experience growing up in an impoverished Miami neighborhood. Hart has used marijuana and cocaine, carried guns, sold drugs, and participated in other petty crime, like shoplifting. A combination of what he calls choice and chance brought him to the AIr Force and college, and finally made him the first black, tenured professor of sciences at Columbia University. Intertwined with his story about the struggles of families and communities stressed by lack of capital and power over their surroundings is striking new research on substance use. Hart uses his life and work to reveal that drugs are not nearly as harmful as many think. For example, most people who use the most “addicting” drugs do not develop a problem. Rather, Hart says, drugs are scapegoated for problems related to poverty. The policies that result from this misconception are catastrophically misguided. AlterNet spoke with Hart about his life and research. Kristen Gynne: What are some of the false conclusions about drugs you are challenging? Carl Hart: There are multiple false conclusions. There is a belief, for example, that crack cocaine is so addictive it only took one hit to get hooked, and that it is impossible to use heroin without becoming addicted. There was another belief that methamphetamine users are cognitively impaired. All of these are myths that have have been perpetuated primarily by law enforcement, and law enforcement deals with a limited, select group of people—people who are, in many cases, behaving badly. But to generalize that to all drug users is not only shortsighted and naive, it’s also irresponsible. The impact of that irresponsible behavior has been borne primarily by black communities. Nobody really cares about black communities, and that's why this irresponsible behavior has been allowed to continue. It's also true that we've missed critical opportunities to challenge our basic assumptions about drugs. If drugs really were as damaging as we are led to believe, a respectable society should do something to address that problem. But the thing is, the very assumptions driving our drug policy are wrong, and must be questioned. KG:How does the lack of people of color in academia or research affect our understanding of drugs? CH: I'd just like to be clear, I don't say people of color, I say black people, because people of color can mean a number of other [races]. I'm talking about black people who, like me, when we go back to our communities and we ask about people who we grew up with, the response is, "Well, they got caught up with a drug charge, they're upstate. They're doing some time” or, “Oh, he's doing better now that he got out of jail. He can't really find a good job, but he's doing his best.” It would be nice if we had black scientists, more black people in science, to incorporate these kinds of experiences as they think about the questions they investigate. The problem is it’s so homogenous that critical questions about our community are ignored because they're not seen as being important. KG:And the result is that they don't comprehend environment, or the other variables that are affecting someone's decisions or behavior, and miss the mark? CH: That's exactly right. It's that if you don't contextualize what is happening with drugs in the country you might get the impression that drugs are so bad they're causing all these people to go to jail: “Let's find out how drugs are exerting these awful effects.” Now, you have just completely disregarded context in which all of these things occur, and that is what has happened in science. If you don't fully appreciate the context, and you think that drug users are awful, then you don't think about how a person takes care of their kid, takes care of their family, goes to work, but they also use drugs. If you don't think about all of those contextual factors, you limit the picture and that's what we've done. It's not that science lies. Science doesn't lie. But when you look at your research with a limited view, you may erroneously draw conclusions about drugs, when in fact other variables you might not understand are what's really at play. KG:You talk about how people are always blaming problems on drugs, when those issues really spring from the stress of poverty. What are some examples? CH: I think crack cocaine is the easiest example In the 1980s, as I was coming of age in my teens and my early 20s, people—black people, white folks, a number of people in the country—said crack was so awful it was causing women to give up their babies and neglect their children such that grandmothers had to raise another generation of children. Now, if you look at the history in poor communities—my community, my family—long before crack ever hit the scene, that sort of thing happened in my house. We were raised by my grandmother. My mother went away because she and my father split up. She went away in search of better jobs and left the state, but it wasn't just her. This sort of thing, this pathology that is attributed to drugs, happened to immigrant communities like the Eastern European Jews when they came to the Lower East SIde, but people simply blamed crack in the 1980s and the 1990s. Another example is that, since the crack era, multiple studies have found that the effects of crack cocaine use during pregnancy do not create an epidemic of doomed black "crack babies." Instead, crack-exposed children are growing up to lead normal lives, and studies have repeatedly found that the diferences between them and babies who were not exposed cannot be isolated from the health effects of growing up poor, without a stable, safe environment or access to healthcare. KG:What about the idea that drugs can turn people into criminals? CH: The pharmalogical effects of drugs rarely lead to crime, but the public conflates these issues regardless. If we were going to look at how pharmalogical drugs influence crime, we should probably look at alcohol. We know sometimes people get unruly when they drink, but the vast majority of people don't. Certainly, we have given thousands of doses of crack cocaine and methamphetamine to people in our lab, and never had any problems with violence or anything like that. That tells you it's not the pharmacology of the drug, but some interaction with the environment or environmental conditions, that would probably happen without the drug. Sure, new markets of illegal activity are often or sometimes associated with increased violence, or some other illegal activity, but it is not specific to drugs like people try to make it out to be. Other than crime, you have myths that drugs cause cognitive impairment, make people unable to be productive members of society, or tear families apart. If the vast majority of people are using these drugs without problems—and a smaller proportion of users do have problems—what that tells you if you're thinking critically is it can't be only the drug, or mainly the drug. It tells you it is something about the individual situations, environmental conditions, a wide range of factors. KG:What about addiction? Won't some people who use drugs inevitably become dependent on drugs? CH: Given the large percentage of people who are not addicted and try these drugs, it's something other than the pharmacology of the drugs that's causing addiction. We find that 85% of the people, for example, who use cocaine are not addicted, even though they use the same cosmetological substance as those who are. Somebody could say there may be something biologically predisposing people who get addicted, but there is no evidence to support that position. Certainly, that idea should be investigated, but there is far more evidence to support the view that there are other things going in the lives of people who are predisposed to addiction, that can predict their addiction as well as other problems. KG:What kinds of environmental factors matter? CH: Well, let's think about drug use. Drug effects are predictable, and some drugs are really good at increasing euphoria and feelings of positive reinforcement. Now, if you don't have anything competing with drugs for pleasure and happiness, all you have is deprivation. Why wouldn't you get high? If you have competing reinforcers or alternatives, like the ability to earn income, learn a skill, or receive some respect based on your performance in some sort of way, those things compete with potentially destructive behavior. And so as a psychologist, you just want to make sure people have a variety of potential reinforcers. If you don't have that, you increase the likelihood of people engaging in behaviors that society does not condone. Skills that are employable or marketable, education, having a stake or meaningful role in society, not being marginalized—all of those things are very important. Instead of ensuring that all of our members have these things, our society has blamed drugs, said drugs are the reasons that people don't have a stake in society, and that's simply not true. KG:So if drugs aren't the problem, why do we say they are? CH: They’re just an easy scapegoat. You can imagine if so few people have engaged in an activity, you can make up some incredible stories about that activity, and be believed. And that's what's happened with drugs. Note that you can't make up those incredible stories about marijuana today, but there was a time when we could: the 1930s. That has passed because more people have tried marijuana, but you can make up those incredible stories about methamphetamine because so few people have used methamphetamine. Well, I should say so few people actually know that they use methamphetamine. All those people who use Adderall and those kinds of drugs, they are using methamphetamine, basically. It is the amphetamine, not the "D" [like Adderall] or "meth" in front of it, that creates the effects. KG:What is actually responsible for problems often linked to drugs? CH: Poverty. And there are policies that have played a role, too. Policies like placing a large percentage of our law enforcment resources in those communities, so that when people get charged with some petty crime, they have a blemish on their record that further decreases their ability to join mainstream, get a job that's meaningful, and that sort of thing. The policy decisions that we make play a far bigger role than the drugs themselves. When I turned 14, for example, there was a federal government program that, in order to keep kids like me out of the streets, gave us jobs. Under these federal government programs, we had money for the summer, for clothing—it was great. When we cut these types of programs and kids have nowhere to go what do you expect to happen? It doesn't take rocket scientists to figure this out. Now, I have an 18-year-old who, this summer, won't have anything to do. I'm trying to find him some sort of work. Having a federal government program for underpriveleged children, that was great. That let kids know that the society might care about you. We teach them work skills, we teach them something about responsibility, we make sure they have money in their pockets. Now, you take away all of this, and you miss the chance to teach them about responsibility. You miss the opportunity to help them put food on the table, to put clothes on their backs. KG:In your acknowledgements, you thank Aid to Families with Dependent Children, which you call "welfare as we once knew it." CH: All of my childhood, we were on welfare. My mom received aid for families with dependent children—welfare. Without that, we wouldn't have had subsidized housing. Most of my childhood we had a two-bedroom apartment, but eventually we got into the projects, where we had four bedrooms. That was great. We got food stamps that helped make sure we had something to eat, even though it was little. Without that program, I wouldn't have developed physically. There would have been a lot more stress in the household. Now, the interesting thing about it is that all of my sibling were all on that program because of my mom, and all of my siblings now have jobs and they're responsible, taxpaying citizens. That's the typical story on that program, but the conservatives, under Reagan, they began to perpetuate this narrative of the welfare queen, when in fact, we know who the biggest welfare kings are: the people on Wall Street. The federal government gives far money to them than to poor families, but welfare became so villified that we essentially got rid of it. KG:How does institutional racism affect policy? In your book, you talk about how crack, which is pharmacologically almost identical to cocaine, is punished with an 18-1 (and once 100-1) sentencing disparity because of racially coded language linking the "crack scourge" to bad behavior in poor, black communities. There was also a recent ACLU report, which found that blacks are an average of four times more likely to be arrested for pot than whites. CH: I often testify as an expert witness to help women who have used marijuana while pregnant to keep their children. Case after case is a black woman. Security in the court is all black; the judges are all white; and the lawyers are young and white, building careers. It's just slavery all over again. When you have a group that’s already identified as an “other,” or a villified group that is a minority, it's easier to associate a behavior with them. But people don't see black people as being fully human. That’s what happens in the US, although people won't tell you that. Because when we think about Trayvon Martin, when we think about Ramarley Graham, Sean Bell, these black kids who were killed at the hands of some security or law enforcement person—that almost never happens with white kids. If it did, it would be a national crises. But it's not a national crises because we really don't value black men and boys in the same way we value white boys and men. We don't see them as being equal. I look at how people behave, and it's clear. As long as you view this group that way, you can continue to put large percentage of law enforcement resources in those communities, but not so much to make them better. If you want to make it better, you give people jobs. Instead, we put police in those communities to pretend that they care, to pretend that you're doing something. But that's not helping. Whereas drug reactions are predictable, interactions with police are not and too often become deadly. As a parent of a black youth, I'd much rather my kids interact with drugs than law enforcement. White people don't need to think about that. Police officers too often see young, black boys as less than human. It creates a mentality where black kids are supposed to "know your place," and it affects your psyche. Indignities become part of who you are. KG:How is meth changing this conversation? CH: Meth is the new crack. It is the same thing as Adderall, but we are told it causes people's faces and teeth to decay. There is no evidence to suggest meth alone, versus poor hygiene, makes people look ugly. At the same time, because most people who use or arrested for meth are white people—poor of course, people we don't like—it creates an opportunity to say the drug war is not racist. In Montana, they have invested in sentencing alternatives, like a maximum one-year sentence and treatment, for meth users. Could you imagine that happening with crack cocaine? Hell no. It's interesting because, with meth, we are doing our job, trying to seek alternatives to help people. Still, in some places, like Oklahoma, they're still locking white people up. KG:In your book, it seems as though you feel some guilt for being successful, as if you have abandoned your community. How has your life changed? CH: In terms of where I'm at now, I have money and I don't have to worry about where my next meal is coming from, so that's a really good thing. Whereas, when I was an adolescent, it was a good day if I ate two meals. Now, I expect to eat three meals, and that sort of thing. But, on the other hand, when I think about family, friends andthat sort of thing, it was a lot better where I was previously because you knew where everyone stood, you knew everyone had your back, you didn't have to worry about people backstabbing you or trying to go after you for a variety of reasons. Mainly, you were just being who you are—that's one of the things I bring with me from the past. Whether I am there or here, I have this sense of community responsibility and I hope that will always be with with me. When it's no longer with me, perhaps it's time to die. KG:How do you navigate two different cultures? CH: That's very difficult, because I deal in mainstream and my family, they don't as much. Not only do I deal in mainstream society, I deal in mainstream as a fucking professor at Columbia. Now, when I take that mask off to go home, and it takes me a few days to acclimate, to be like OK, I'm no longer in the shark pit, I can relax, and relax my vernacular. And then I have to leave again. So, my family might see this Columbia personality, and they may take it as a personal affront. I feel like a fraud, oftentimes, at home, but it has nothing to do with how I feel about my family. It's just that I'm catching hell in the mainstream. In the mainstream, I’m suspect because I’m black, I have dreadlocks, I have a goatee. I mean, I'm just suspect. In my classroom and at Columbia, I'm not as suspect because it's clear I know what I'm doing, but I am still suspect. And people are curious; they don’t know that I have the same dreams and aspirations as they do. They think that I may be different somehow. This sort of issue would be a fascinating topic for research, particularly when we think about physical health or mental health, and how it manifests. But that will never be approved by National Institute of Health, because it's not of interest to white researchers. These are just things that I have to live my life with. KG:How does this book adress your experience in academia and black America? CH: I speak the language of both. And as a result, I think it speaks to both. And I’m hoping in the process, maybe along the way, the people who are back home, whose stories I'm trying to share, will see themselves in my story. And the people in my mainstream—I'm trying to help them see themselves in my story. At some point, I just hope that it merges, that they see we're not that different. We have the same hopes and dreams and aspirations. The expression of those hopes and dreams may be slightly different but we are very similar. That's what I'm hoping. KG:What wouldpolicy that reflects reality look like, and how do we get there? CH: That is complex, but quite simple to start. The first thing is we decriminalize all drugs. More than 80% of people arrested for drugs are arrested for simple possession. Wen you decriminalize, now you have that huge number of people—we're talking 1.5 million people arrested every year—that no longer have that blemish on their record. That increases the likelihood that they can get jobs, participate in the mainstream. Number two is dramatically increase realistic education about drugs —none of this "this is your brain on drugs" stuff, but real education, hich looks like making sure people understand effects of drugs they're using, particularly potentially medical affects. Don't use heroin with another sedative because it increases the likelihood of respiratory depression. Realistic education, telling people what to do, how to prevent negative effects associated with drugs. We do it with alcohol—you shouldn't binge drink, don't drink on an empty stomach—and could do it with other drugs.1 point
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HÁ UM GOLPE SENDO CONSTRUIDO!! O QUE FAREMOS? não sei pra onde correr1 point
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acredito que depois que o cara fuma e pensa: "por que é proibido?" começou ali uma revolução comportamental1 point
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Opa, eu vou editar meu post para incluir a fonte, eu tava saindo pra almoçar e esqueci de citar. Falha minha. Dreadlocos, leia as entrelinhas, é lá que está o âmago da questão.1 point
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Minha leitura eh meio essa do texto PP, so nao sei se vai rolar golpe ou sangria do governo ate 2014 pra viabilizar Aecio ou uma terceira via qualquer: Postei isso aqui as 14:00h do dia 13 no facebook: As “revoluções” coloridas O primeiro caso de uma pretendida revolução colorida (na verdade, uma contrarrevolução) se apresentou em 1989 na antiga Tchecoslováquia, quando os dissidentes e opositores substituíram o governo existente mediante uma manobra que denominaram a “revolução de veludo”. Os personagens que dirigiram o acontecimento rapidamente mostraram seu verdadeiro rosto e converteram a República Tcheca em um país incondicional aos interesses de Washington e ao capitalismo, o que rubricaram com a implantação de um modelo abertamente neoliberal e privatizante, com sua participação militar nas guerras imperialistas no Oriente Médio, seu racismo contra os ciganos e respaldo à política anticubana dos Estados Unidos e da União Europeia, que se sustenta na pretendida defesa dos “direitos humanos”. Posteriormente a esse caso, apresentaram-se “revoluções coloridas” de outras formas. Entre as exitosas se podem mencionar a Revolução do Bulldozer de 2000, na Sérvia (um nome pouco vistoso, que aparentemente se originou do papel que desempenharam os motoristas que dirigiam esse tipo de veículo); a Revolução Rosa, na Geórgia, em 2003; a Revolução Laranja, na Ucrânia, em 2004; e a Revolução das Tulipas, no Quirguistão, em 2005. Entre as fracassadas estão a Revolução Branca na Bielorússia, a Revolução Verde no Irã e a Revolução do Twitter na Moldávia. Todos esses acontecimentos têm muitas coisas em comum. Apresentam-se depois do fim da Guerra Fria e, em grande medida, no espaço pós-soviético, com a finalidade de implantar regimes fantoches e incondicionais aos Estados Unidos e a essa enteléquia que se autodenomina como “ocidente”. Esses movimentos costumam pintar a si mesmos como democráticos, liberais e inimigos da ditadura e do totalitarismo. É significativo porque sempre se geram em lugares no quais, por variadas razões, não se pôde implantar de maneira clara e direta o projeto neoliberal ou se encontram governantes incômodos ou pouco obedientes aos desígnios dos Estados Unidos e do sistema financeiro internacional. Igualmente, uma particularidade notável de tais “revoluções em cores” é que nelas não interveem de forma direta as Forças Armadas, como nos golpes clássicos, nem forças militares de tipo convencional, ficando a impressão de que os governos são derrubados pela luta heroica de jovens desarmados que enfrentam cheios de vontade e coragem um regime opressivo. Tais “revoluções em cores” são impulsionadas por jovens aparentemente despolitizados, que se mostram inconformados com um determinado governo e recebem de imediato respaldo da imprensa autodenominada livre e independente (na qual se sobressai a CNN), a qual se encarrega de amplificar suas demandas e de denunciar o governo escolhido para ser derrubado. Inicia-se, então, uma campanha midiática, planificada e constante, que apresenta os “revolucionários” como expressão de novos tipos de movimentos sociais e inéditas formas de protesto, que não buscam a queda violenta de um governo, mas sua substituição aparentemente pacífica pela via eleitoral, mostrando-os como pluralistas, pacíficos e respeitosos aos métodos democráticos, enquanto ao mesmo tempo cataloga como ditatorial e autoritário o governo que se pretende substituir. Antes de começarem as revoluções, a mão visível dos Estados Unidos opera através de vários instrumentos, entre os quais se encontram o financiamento a dirigentes e movimentos universitários, a criação de ONGs de fachada, que recebem vultosos fundos da USAID e da CIA, e a entrada em cena de outras ONGs internacionais, entre as quais se sobressaem as do especulador George Soros. Os símbolos utilizados são similares, sobressaindo uma mão empunhada, e costumam ser da cor que se dá à “revolução”, sendo portados por jovens, em geral de classe média, que se comunicam pelo telefone celular, usam o twitter e se expressam através das redes sociais. Esses jovens começam a atuar antes de uma eleição presidencial e de antemão se sabe que sua finalidade é declará-la ilegal e fraudulenta, caso não triunfe seu candidato preferido. A “imprensa livre” do mundo faz eco de tais denúncias e, desde semanas antes das eleições, põe em dúvida a legalidade dos resultados. No dia da eleição, cria-se um ambiente de pânico e medo entre os eleitores, sabotam-se sistemas eletrônicos e se difundem todo tipo de mentiras e calúnias contra os inimigos da “democracia” e da “liberdade”, tal e como as entendem os opositores da “sociedade civil”, obviamente incondicionais às ordens dos Estados Unidos. Na noite das eleições, nas quais os “revolucionários coloridos” saem perdedores, denuncia-se a fraude, convocam-se estudantes e jovens ao centro da cidade capital e se inicia o protesto para que mudem o resultado eleitoral ou que se volte à campanha. Tais manifestações foram preparadas com antecedência e organizadas pelas embaixadas dos Estados Unidos, a USAID e as ONGs “democráticas”. Quando se efetuam os protestos, a imprensa mundial automaticamente reproduz a notícia da suposta fraude, algo que quase nunca se confirma, e a mencionada “comunidade internacional” (um pseudônimo de Estados Unidos e lacaios) afirma que não reconhecerá ditas eleições, pressionando para que se mude o veredicto ou se realizem novamente. E, quando isso acontece, saem vitoriosos os “revolucionários”, como ocorreu na Ucrânia em 2004. As “revoluções coloridas” na realidade são uma orquestrada manobra de desestabilização política que tem um roteiro pré-estabelecido, não por coincidência contando com um texto de cabeceira redigido pelo estadunidense Gene Sharp, do Instituto Albert Einstein, e que se intitula “Da ditadura à democracia”, que se constitui em um “Manuel do Golpe de Estado Perfeito”. A vitória de uma “revolução colorida” depende da debilidade interna do governo atacado, de sua incapacidade de entender o que está em jogo e de não proceder com firmeza para rechaçar as manobras desestabilizadoras. Seu objetivo, como se evidencia nos países aonde venceram, é implantar uma ordem completamente favorável e inclinada aos Estados Unidos, à União Europeia e à OTAN. Como resultado, os novos governantes rapidamente mostram sua verdadeira cara antidemocrática e antipopular, incorrendo em piores níveis de corrupção do que aqueles que antes denunciavam, aplicando fanaticamente os dogmas neoliberais e abrindo as portas de seus países para as multinacionais dos países imperialistas. Com isso, fica claro que não constituem nenhuma revolução, mas que simplesmente se apropriaram da palavra, tirando seu sentido radical, para se apresentarem como porta-vozes de um sentimento de descontentamento e rejeição a um determinado governo. Dizem basear-se na ‘não violência’ e na desobediência pacífica, algo que nada tem a ver com seus verdadeiros interesses, como se demonstra quando estão no governo, onde colocam em marcha medidas antipopulares respaldadas na violência bruta, como se demonstrou nos casos da Geórgia e Sérvia. A revolução vinho tinto (?) na Venezuela Todo esse roteiro já conhecido e repetido em múltiplas ocasiões pelos Estados Unidos e seus cães de estimação é o que se tentou implantar na Venezuela há várias semanas. Isso se complementa com todos os métodos de subversão e sabotagem impulsionados pelos Estados Unidos desde quando Hugo Chávez ganhou as eleições de 1998, porque já correm 15 anos de uma prolongada ação contrarrevolucionária contra o povo venezuelano. Acontece que, diante do fracasso do golpe de Estado clássico em 2002, das sucessivas derrotas da “oposição” nas eleições e a desaparição física do líder do processo bolivariano, os Estados Unidos, junto à burguesia venezuelana, idealizaram como plano estratégico do momento efetuar uma “revolução colorida”, pondo em marcha o roteiro previamente conhecido em outras latitudes. Não é casual que no início desse ano tenha aparecido um grupo de estudantes que se declarou em greve de fome e reclamou presença física do presidente Hugo Chávez, que estava doente em Cuba. Ao mesmo tempo, a CNN e todos os membros da ‘falsimídia’ começaram a difundir o rumor de que as eleições seriam fraudulentas e a oposição manifestou que não aceitaria os resultados em caso de derrota de seu candidato. Ainda que a tentativa não tenha sido exitosa, a conjuntura eleitoral lhes foi favorável, na qual diminuíram os votos chavistas e aumentaram os do candidato pró-Estados Unidos, e o resultado final foi mais estreito que o pensado. Esse fato facilitou o trabalho golpista e desestabilizador que se pôs em marcha desde o momento em que se soube oficialmente da vitória de Nicolas Maduro. Durante a jornada eleitoral, além do mais, foram sabotadas as comunicações virtuais e eletrônicas dos principais dirigentes da Venezuela e se tentou bloquear o Conselho Nacional Eleitoral. Simultaneamente, a CNN e os canais privados de grande parte do mundo desinformavam e mentiam, dando de antemão, sem nenhum dado confiável, o candidato da direita como ganhador. Como estava cantado, depois que se deram a conhecer os resultados oficiais, Capriles os desconheceu, apresentou supostas provas da fraude, negou-se a aceitar a autoridade do Conselho Nacional Eleitoral e pediu uma contagem manual de 10%, quer dizer, o retorno ao velho sistema eleitoral. Como que pra não deixar dúvidas, chamou seus seguidores a se manifestarem na rua em repúdio à pretensa fraude. Ao mesmo tempo, a CNN e quase a totalidade da imprensa internacional começaram a falar do resultado incerto, que não se sabia quem tinha vencido, da polarização reinante e do triunfo por ligeira margem de Henrique Capriles. Na Colômbia, por exemplo, os meios de “incomunicação”, que nos contaminam com sua brutalidade, recorreram a todos os instrumentos de enganação e mentira para deslegitimar a vitória de Nicolás Maduro. Chama a atenção, nesse sentido, que o Canal Capital em Bogotá – dirigido por um reconhecido jornalista – tenha emprestado toda a noite do domingo a uma cientista política da Universidade dos Andes, de duvidosa idoneidade, para que, junto com uns mascates da propaganda antibolivariana, chegasse a dizer, inclusive antes de se conhecer o primeiro boletim do Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela, que Henrique Capriles tinha vencido. Essa foi a mesma infâmia da cobertura da CNN e companhia em nível mundial. Até a noite de 14 de abril, Capriles e seus partidários haviam se apresentado como democratas, pluralistas, defensores do Estado de direito e mil embustes do estilo, seguindo as diretrizes das “revoluções coloridas”; mas, desde o mesmo momento em que se conheceu o veredicto eleitoral, todos eles tiraram a máscara e começaram a atuar como o que são, fascistas, exatamente como fizeram há 11 anos durante o fracassado golpe de Estado. E como nessa ocasião, procederam com os mesmos métodos: atacaram os pobres, evidenciaram todo seu racismo e rejeição ao povo chavista, destruíram hospitais e centros de saúde atendidos por médicos cubanos, queimaram várias sedes do Partido Socialista Unificado da Venezuela (PSUV), bateram em centenas de pessoas que comemoravam a vitória de Nicolás Maduro, tentaram queimar viva uma pessoa e mataram até o momento em que se escrevem essas linhas sete pessoas. Todos esses procedimentos criminosos, apoiados por todo o poder midiático internacional, não são contrários ao verdadeiro sentido dos mal chamados “revolucionários em cores”, mas sua verdadeira essência, ao passo que expressam a cara de pau do imperialismo dos EUA. Esse proceder tinha como finalidade gerar o caos, para dar a impressão de que na Venezuela não havia governo, reinava a instabilidade e estavam criadas as condições para passar a outra fase, de golpismo aberto. Afortunadamente, a reação tanto do CNE como de Nicolás Maduro – após um infeliz discurso na noite de 14 de abril – foi rápida e efetiva, entendendo que um fator chave para não deixar prosperarem as “revoluções coloridas” é o tempo e a firmeza. Agir com decisão e rapidez, sem dúvidas de nenhum tipo. Foi o que se fez nesse caso, porque na segunda, 15, o CNE proclamou oficialmente Nicolás Maduro como presidente constitucional da República Bolivariana da Venezuela, negando-se a aceitar uma contagem manual de votos, manobra com a qual Capriles e os Estados Unidos buscavam tempo necessário para semear não só a dúvida, mas atuar pelas costas e realizar manobras de sabotagem e terrorismo, como tanto lhes apetece. Foi essa atuação rápida que desesperou Capriles e o levou a incitar o ódio e a violência, com os resultados trágicos que se conhecem. E por essa mesma razão, os Estados Unidos, seu ministério de colônias, a moribunda e insepulta OEA e, como não podia deixar de faltar, o Reino da Espanha – os mesmos que respaldaram o golpe de 2002 – foram os únicos que se atreveram a por em dúvida a legitimidade do novo governo e sua vitória legal. Como dessa vez o roteiro das revoluções coloridas não saiu como nos filmes de Hollywood, em que aqueles que se apresentam como os bons vencem seus malvados inimigos, os Estados Unidos respiram pela ferida, ao dizer pela boca de seus funcionários de quinta categoria que a proclamação de Maduro como presidente, por parte do CNE, “foi um ato imprudente” e reflete “crise institucional”, segundo as palavras de Kevin Whitaker, subsecretário assistente para Assuntos do Hemisfério Ocidental dos EUA. Claro, queriam tempo para montar uma armadilha aparentemente legal, baseando-se na contagem manual dos votos e na incerteza e vazio legal que isso provocaria, para consumar sua “revolução colorida”. Dessa vez fracassou a revolução vinho tinto (cor da camisa da seleção venezuelana de futebol), mas o governo de Maduro e a condução do processo bolivariano devem aprender dessa dura experiência e dos erros cometidos (entre eles uma desastrosa campanha eleitoral) para encaminhar o processo e impedir a vitória da contrarrevolução. Isso não interessa somente à Venezuela, mas aos revolucionários da América e do mundo, que compreendemos ser necessário um processo de retificação para defrontar os diversos problemas econômicos, produtivos, sociais e políticos que a pátria de Bolívar e Chávez enfrenta, e que é a mesma de todos os que entendemos o que significa uma derrota do tipo que se viveu na Nicarágua em 1990. Renan Veja Cantor é historiador, professor titular da Universidade Pedagógica Nacional de Bogotá e está exilado da Colômbia desde setembro de 2012, após ameaças de grupos de direita do país.1 point
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https://medium.com/@MariliaMoscou https://medium.com/primavera-brasileira/dfa6bc73bd8a Está tudo tão estranho, e não é à toa. Um relato do quebra-cabeças que fui montando nos últimos dias. Aviso que o post é longo, mas prometo fazer valer cada palavra. Começo explicando que não ia postar este texto na internet. Com medo. Pode parecer bobagem, mas um pressentimento me dizia que o papel impresso seria melhor. O papel impresso garantiria maiores chances de as pessoas lerem tudo, menores chances e copiarem trechos isolados destruindo todo o raciocínio necessário. Enquanto forma de comunicação, o texto exige uma linearidade que é difícil. Difícil transformar os fatos, as coisas que vi e vivi nos últimos dias em texto. Estou falando aqui das ruas de São Paulo e da diferença entre o que vejo acontecer e o que está sendo propagandeado nos meios de comunicação e até mesmo em alguns blogs. Talvez essa dimensão da coisa me seja possível porque conheço realmente muita gente, de vários círculos; talvez porque sempre tenha sido ligada à militância política, desde adolescente; talvez porque tenha tido a oportunidade de ir às ruas; talvez porque pude estar conectada na maior parte do tempo. Não sei. Mas gostaria de compartilhar com vocês. E gostaria que, ao fim, me dissessem se estou louca. Eu espero verdadeiramente que sim, pois a minha impressão é a de que tudo é muito mais grave do que está parecendo. Tentei escrever este texto mais ou menos em ordem cronológica. Se não foi uma boa estratégia, por favor me avisem e eu busco uma maneira melhor de contar. Peço paciência. O texto é longo. 1. Contexto é bom e mantém a pauta no lugar Hoje é dia 18 de junho de 2013. Há uma semana, no dia 10, cerca de 5 mil pessoas foram violentamente reprimidas pela Policia Militar paulista na Avenida Paulista, símbolo da cidade de São Paulo. Com a transmissão dos horrores provocados pela PM pela internet, muitas pessoas se mobilizaram para participar do ato seguinte, que seria realizado no dia 13. A pauta era a revogação no aumento das tarifas de ônibus, que já são caras e já excluem diversos cidadãos se seu direito de ir e vir, frequentando a própria cidade onde moram. No dia 13, então, aconteceu a primeira coisa estranha, que acendeu uma luzinha amarela (quase vermelha de tão laranja) na minha cabeça: os editoriais da folha e do estadão aprovavam o que a PM tinha feito no dia 10 de junho e, mais do que isso, incentivavam ações violentas da pm “em nome do trânsito” [aliás, alguém me faz um documentário sensacional com esse título, faz favor? ]. Guardem essa informação. Logo após esses editoriais, no fim do dia, a PM reprimiu cerca de 20mil pessoas. Acompanhei tudo de casa, em outra cidade. Na primeira hora de concentração para a manifestação foram presas 70 pessoas, por sua intenção de participar do protesto. Essa intenção era identificada pela PM com o agora famoso “porte de vinagre” (já que vinagre atenua efeitos do gás lacrimogêneo). Muitas pessoas saíram feridas nesse dia e, com os horrores novamente transmitidos - mas dessa vez também pelos grandes meios de comunicação, inclusive esses dos editoriais da manhã, que tiveram suas equipes de reportagem gravemente feridas -, muita gente se mobilizou para o próximo ato. 2. Desonestidade pouca é bobagem No próprio dia 13, à noite, aconteceu a segunda “coisa estranha”. Logo no final da pancadaria na região da Paulista, sabíamos que o próximo ato seria na segunda-feira, dia 17 de junho. Me incluíram num evento no Facebook, com exatamente o mesmo nome dos eventos do MPL, as mesmas imagens, bandeiras, etc. Só que marcado para sexta-feira, o dia seguinte. Eu dei “ok”, entrei no evento, e comecei a reparar em posts muito, mas muito esquisitos. Bandeiras que não eram as do MPL (que conheço desde adolescente), discursos muito voltados à direita, entre outros. O que estava ali não era o projeto de cidade e de país que eu defendo, ou que o MPL defende. Dei uma olhada melhor: eram três pessoas que haviam criado o evento. Fucei o pouco que fica público no perfil de cada um. Não encontrei nenhuma postagem sobre nenhuma causa política. Apenas postagens sobre outros assuntos. Lá no fim de um dos perfis, porém, encontrei uma postagem com um grupo de pessoas em alguma das tais marchas contra a corrupção. Alguma coisa com a palavra “Juventude”, não me lembro bem. Ficou claro que não tinha nada a ver com o MPL e, pior que isso, estavam tentando se passar pelo MPL. Alguém me deu um toque e observei que a descrição dizia o trajeto da manifestação (coisa que o MPL nunca fez, até hoje, sabiamente). Além disso, na descrição havia propostas como “ir ao prédio da rede globo” e “cantar o hino nacional”, “todos vestidos de branco”. O alerta vermelho novamente acendeu na minha cabeça. Hino nacional é coisa de integralista, de fascista. Vestir branco é coisa de movimentos em geral muito ou totalmente despolitizados. Basta um mínimo de perspectiva histórica pra sacar. Pois bem. Ajudei a alertar sobre a desonestidade de quem quer que estivesse organizando aquilo e meu alerta chegou a uma das pessoas que, parece, estavam envolvidas nessa organização (ou conhecia quem estava). O discurso dela, que conhece alguém que eu conheço, era totalmente despolitizado. Ela falava em “paz”, “corrupção” e outras palavras de ordem vazias que não representam reivindicação concreta alguma, e muito menos um projeto de qualquer tipo para a sociedade, a cidade de São Paulo, etc. Mais um pouco de perspectiva histórica e a gente entende no que é que palavras de ordem e reivindicações vazias aleatórias acabam. Depois de fazer essa breve mobilização na internet com várias outras pessoas, acabaram mudando o nome e a foto do evento, no próprio dia 13 de noitão. No dia seguinte transferiram o evento para a segunda-feira, “para unir as forças”, diziam. 3. E o juiz apita! Começa a partida! Seguiu-se um final de semana extremamente violento em diversos lugares do país. Era o início da Copa das Confederações e muitos manifestantes foram protestar pelo direito de protestarem. O que houve em sp mostrou que esse direito estava ameaçado. Além disso, com a tal “lei da copa”, uma legislação provisória que vale durante os eventos da FIFA, em algumas áreas publicas se tornam proibidas quaisquer tipos de manifestações políticas. Quer dizer, mais uma ameaça a esse direito tão fundamental numa [suposta] democracia. No final de semana as manifestações não foram tão grandes, mas significativas em ao menos três cidades: Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro. No DF e no RJ as polícias militares seguiram a receita paulista e foram extremamente violentas. A polícia mineira, porém, parecia um exemplo de atuação cidadã, que repassamos, compartilhamos e apoiamos em redes sociais do lado de cá do sudeste. Não me lembro bem, mas acho que foi no intervalo entre uma coisa e outra que percebi a terceira “coisa estranha”. Um pouco depois do massacre na região da Paulista, e um pouco antes do final de semana de horrores, mais um sinal: ficamos sabendo que uma conhecida distante, depois do dia 13, pegou um ônibus para ir ao Rio de Janeiro. Essa pessoa contou que a PM paulista parou o ônibus na estrada, antes de sair do Estado de São Paulo. Mandaram os passageiros descerem e policiais entraram no veículo. Quando os passageiros subiram novamente, todas as coisas, bolsas, malas e mochilas estavam reviradas. A policial perguntou a essa pessoa se ela tinha participado de algum dos protestos. Pediu pra ver o celular e checou se havia vídeos, fotografias, etc. Não à toa e no mesmo “clima”, conto pra vocês a quarta “coisa estranha”: descobrimos que, após o ato em BH, um rapaz identificado como uma das lideranças políticas de lá foi preso, em sua casa. Parece que a nossa polícia exemplar não era tão exemplar assim, mas agora ninguém compartilhava mais. Coisas semelhantes aconteceram em Brasília, antes mesmo das manifestações começarem. 4. Sequestraram a pauta? Então veio a segunda-feira. Dia 17 de junho de 2013. Ontem. Havia muita gente se prontificando a participar dos protestos, guias de segurança compartilhados nas redes, gente montando pontos de apoio, etc. Uma verdadeira mobilização para que muita gente se mobilizasse. Estávamos otimistas. Curiosamente, os mesmos meios de comunicação conservadores que incentivaram as ações violentas da PM na quinta-feira anterior (13) de manhã, em seus editoriais, agora diziam que de fato as pessoas deveriam ir às ruas. Só que com outras bandeiras. Isso não seria um problema, se as pessoas não tivessem, de fato, ido à rua com as bandeiras pautadas por esses grupos políticos (representados por esses meios de comunicação). O clima, na segunda-feira, era outro. Era como se a manifestação não fosse política e como se não estivesse acontecendo no mesmo planeta em que eu vivo. Meu otimismo começou a decair. A pauta foi sequestrada por pessoas que estavam, havia alguns dias, condenando os manifestantes por terem parado o trânsito, e que são parte dos grupos sociais que sempre criminalizaram os movimentos sociais no Brasil (representados por um pedaço da classe política, estatisticamente o mais corrupto - não, não está nem perto de ser o PT -, e pelos meios de comunicações que se beneficiam de uma política de concessões da época da ditadura). De repente se falava em impeachment da presidenta. As pessoas usavam a bandeira nacional e se pintavam de verde e amarelo como ordenado por grandes figurões da mídia de massas, colunistas de opinião extremamente populares e conservadores. As reações de militantes variavam. Houve quem achasse lindo, afinal de contas, era o povo nas ruas. Houve quem desconfiasse. Houve quem se revoltasse. Houve quem, entre todos os sentimentos possíveis, ficasse absolutamente confuso. Qualquer levante popular em que a pauta não é muito definida cria uma situação de instabilidade política que pode virar qualquer coisa. Vimos isso no início do Estado Novo e no golpe de 1964, ambos extremamente fascistas. Não quer dizer que desta vez seria igual, mas a história me dizia pra ficar atenta. 5. Não, sequestraram o ato! A passeata do dia 17, segunda-feira, estava marcada para sair do Largo da Batata, que fica numa das pontas da avenida Faria Lima. Não se sabia, não havia decisão ainda, do que se faria depois. Aos que não entendem, a falta de um trajeto pré-definido se justifica muito bem por duas percepções: (i) a de que é fácil armar emboscadas para repressão quando divulga-se o trajeto; e, (ii) mais importante do que isso, a percepção de que são as pessoas se manifestando, na rua, que devem definir na hora o que fazer. [e aqui, se vocês forem espertos, verão exatamente onde está a minha contradição - que não nego, também me confunde] A passeata parecia uma comemoração de final de copa do mundo. Irônico, não? Começamos a teorizar (sem muita teoria) que talvez essa fosse a única referência de manifestações públicas que as pessoas tivessem, em massa:o futebol. Os gritos eram do futebol, as palavras de ordem eram do futebol. Muitas camisetas também eram do futebol. Havia inclusive uns imbecis soltando rojões, o que não é muito esperto pois pode gerar muito pânico considerando que havia poucos dias muita gente ali tinha sido bombardeada com gás lacrimogêneo. Havia pessoas brincando com fogo. [guardem essa informação do fogo também] Agora uma pausa: vocês se lembram do fato estranho número dois? O evento falso no facebook? Bom, o trajeto desse evento falso incluía a Berrini, a ponte Estaiada e o palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado. Reparem só. Quando a passeata chegou ao cruzamento da Faria Lima com a Juscelino, fomos praticamente empurrados para o lado direito. Nessa hora achamos aquilo muito esquisito. Em nossas cabeças, só fazia sentido ir à Paulista, onde havíamos sido proibidos de entrar havia alguns dias. Era uma questão de honra, de simbologia, de tudo. Resolvemos parar para descobrir se havia gente indo para o lado oposto e subindo a Brigadeiro até a Paulista. Umas amigas disseram que estavam na boca do túnel. Avisei pra não irem pelo túnel que era roubada. Elas disseram então que estavam seguindo a passeata pela ponte, atravessando a Marginal Pinheiros. Demoramos um tanto pra descobrirmos, já prontos pra ir para casa broxados, que havia gente subindo para o outro lado. Gente indo à esquerda. Era lá que preferíamos estar. Encontramos um outro grupo de pessoas conhecidas e amigas e seguimos juntos. As palavras de ordem não mudaram. Eram as mesmas em todos os lugares. As pessoas reproduziam qualquer frase de efeito tosca de manira acrítica, sem pensar no que estavam dizendo. Efeito “multidão”, deve ser. As frases me incomodaram muito. Nem uma só palavra sobre o governador que ordenara à PM descer bala, cassetete e gás na galera havia poucos dias. Que promove o genocídio da juventude negra nessa cidade todos os dias, há 20 anos. Nem mesmo uma. Os culpados de todos os problemas do mundo, para os verde-amarelos-bandeira-hino eram o prefeito e a presidenta. Ou essas pessoas são ignorantes, ou são extremamente desonestas. Nem chegamos à Paulista, incomodados com aquilo. Fomos para casa nos sentindo muito esquisitos. Aí então conseguimos entender que aquelas pessoas do evento falso no facebook tinham conseguido de alguma maneira manobrar uma parte muito grande de pessoas que queria ir se manifestar em outro lugar. A falta de informação foi o que deu poder para esse grupo naquele momento específico. Mas quem era esse grupo? Não sei exatamente. Mas fiquei incomodada. 6. O centro em chamas. Quem diria que essa sensação bizarra e sem nome da segunda-feira faria todo sentido no dia seguinte? Fez. Infelizmente fez. O dia seguinte, “hoje”, dia 18 de junho de 2013, seria decisivo. Veríamos se as pessoas se desmobilizariam, se a pauta da revogação do aumento se fortaleceria. Essa era minha esperança que, infelizmente, não se confirmou. A partir daqui são todos fatos recentes, enquanto escrevo e vou tentar explica-los em ordem cronológica. Aviso que foram fazendo sentido aos poucos, conforme falávamos com pessoas, ouvíamos relatos, descobríamos novas informações. Essa é minha tentativa de relatar o que eu vi, vivi, experienciei. No fim da tarde, pegamos o metrô Faria Lima lotadíssimo um pouco depois do horário marcado para a manifestação. Perguntei na internet, em redes sociais, se o ato ainda estava na concentração ou se estava andando, e para onde. Minha intenção era saber em qual estação descer. Me disseram, tomando a televisão como referencia (que é a referencia possível, já que não havia um único comunicado oficial do MPL em lugar algum) que o ato estava na prefeitura. Guardem essa informação. Fomos então até o metrô República. Helicópteros diversos sobrevoavam a praça e reparei na quinta “coisa estranha”: quase não havia polícia. Acho que vimos uns três ou quatro controlando curiosamente a ENTRADA do metrô e não a saída… Quer dizer, quem entrasse no metro tinha mais chance de ser abordado do que quem estava saindo, ao contrário do dia 13. A manifestação estava passando ali e fomos seguindo, até que percebemos que a prefeitura era outro lado. Para onde estavam indo essas pessoas? Não sabíamos, mas pelos gritos, pelo clima de torcida de futebol, sabíamos que não queríamos estar ali, endossando algo em que não acreditávamos nem um pouco e que já estávamos julgando ser meio perigoso. Quando passamos em frente à câmara de vereadores, a manifestação começou a vaiar e xingar em massa. Oras, não foram eles também que encheram aquela câmara com vereadores? O discurso de ser “apolítico” ou “contra” a classe política serve a um único interesse, a história e a sociologia nos mostram: o dos grupos conservadores para continuarem tocando a estrutura social injusta como ela é, sem grandes mudanças. Pois era esse o discurso repetido ali. Resolvemos então descer pela rua Jandaia e tentar voltar à Sé, pois disseram nas redes sociais que o ato real, do MPL, estava no Parque Dom Pedro. Como aquilo fazia mais sentido do que um monte de pessoas bem esquisitas, com cartazes bem bizarros, subindo para a Paulista, lá fomos nós. Outro fato estranho, número seis: no meio da Rua Jandaia, num local bem visível para qualquer passante nos viadutos do centro, um colchão em chamas. A manifestação sequer tinha passado ali. Uma rua deserta e um colchão em chamas. Para quê? Que tipo de sinal era aquele? Quem estava mandando e quem estava recebendo? Guardamos as mascaras de proteção com medo de sermos culpados por algo que não sabíamos sequer de onde tinha vindo e passamos rápido pela rua. Cruzamos com a mesma passeata, mais para cima, que vinha lá da região que fica mais abaixo da Sé, mas não sabíamos ainda de onde. Atrás da catedral, esperamos amigos. Uma amiga disse que o marido estava chateado porque não conseguiu pegar trem na Vila Olímpia. Achamos normal, às vezes a CPTM trava mesmo, daí essa porcaria de transporte e os protestos, etc. pois bem. Guardem a informação. Uma amiga ligou dizendo que estava perto do teatro municipal e do Vale do Anhangabaú, que estava “pegando fogo”. Imbecil que me sinto agora, na hora achei que ela estava falando que estava cheio de gente, bacana, legal. [que tonta!] Perguntei se era o ato do MPL, se tinha as faixas do MPL. Ela disse que sim mas não confiei muito. Resolvemos ir ver. [A partir daqui todos os fatos são “estranhos”. Bem estranhos.] O clima no centro era muito tenso quando chegamos lá. Em nenhum dos outros lugares estava tão tenso. Tudo muito esquisito sem sabermos bem o quê. Os moradores de rua não estavam como quem está em suas casas. Os moradores de rua estavam atentos, em cantos, em grupos. Poucos dormiam. Parecia noite de operação especial da PM (quem frequenta de verdade a cidade de São Paulo, e não apenas o próprio bairro, sabe bem o que é isso entre os moradores de rua). Só que era ainda mais estranho: não havia polícia. Não havia polícia no centro de São Paulo à noite. No meio de toda essa onda. Não havia polícia alguma. Nadinha de nada, em lugar nenhum. Na Sé, descobrimos mais ou menos o caminho e fomos mais ou menos andando perto de outras pessoas. Um grupo de franciscanos estava andando perto de nós, também. Vimos uma fumaça preta. Fogo. MUITO fogo. Muito alto. O centro em chamas. Tentamos chegar mais perto e ver. Havia pessoas trepadas em construções com latas de spray enquanto outros bradavam em volta daquela coisa queimando que não conseguíamos identificar. Outro colchão? Os mesmos que deixaram o colchão queimando na Jandaia? Mas quem eram eles? De repente algumas pessoas gritaram e nós,mais outros e os franciscanos, corremos achando que talvez o choque estaria avançando. Afinal de contas, era óbvio que a polícia iria descer o cacete em quem tinha levantado aquele fogaréu (aliás, será q ela só tinha visto agora, que estava daquele tamanho todo?). Só que não. Na corrida descobrimos que era a equipe da TV Record. Estavam fugindo do local - a multidão indo pra cima deles - depois de terem o carro da reportagem queimado. Não, não era um colchão. Era o carro de reportagem de uma rede de televisão. O olhar no rosto da repórter me comoveu. Ela, como nós, não conseguia encontrar muito sentido em tudo que estava acontecendo. Ao lado de onde conversávamos, uns quatro policiais militares. Parados. Assistindo o fogo, a equipe sendo perseguida… Resolvemos dar no pé que bobos nós não somos. Tinha algo muito, mas muito errado (e estranho) ali. Voltamos andando bem rápido para a Sé, onde os moradores de rua continuavam alertas, e os franciscanos tentavam recolher pertences caídos pelo chão na fuga e se organizarem novamente para dar continuidade a sua missão. Nós não fomos tão bravos e decidimos voltar para nossas casas. 7. Prelúdio de um… golpe? Nometrô um aviso: as estações de trem estavam fechadas. É, pois é, aquela coisa que havíamos falado antes e tal. Mal havíamos chegado em casa, porém, uma conhecida posta no facebook que um amigo não conseguiu chegar em lugar nenhum porque algumas pessoas invadiram os trilhos da CPTM e várias estações ficaram paradas, fechadas. Não era caos “normal” da CPTM, nem problemas “técnicos” como a moça anunciava. Era de propósito. Seriam os mesmos do colchão, do carro da Record? Lemos, em seguida, em redes sociais, que havia pessoas saqueando lojas e destruindo bancos no centro. Sabíamos que eram o mesmos. Recebi um relato de que uma ocupação de sem-teto foi alvo de tentativa (?) de incêndio. Naquele momento sabíamos que, quem quer que estivesse por trás do “caos” no centro, da depredação de ônibus na frente do Palácio dos Bandeirantes no dia anterior, de tentativas de criar caos na prefeitura, etc. não era o MPL. Também sabíamos que não era nenhum grupo de esquerda: gente de esquerda não quer exterminar sem-teto. Esse plano é de outro grupo político, esse que manteve a PM funcionando nos últimos 20 anos com a mesma estrutura da época da ditadura militar. Algum tempo depois, mais uma notícia: em Belo Horizonte, onde já se fala de chamar a Força Nacional e onde os protestos foram violentíssimos na segunda-feira (culminando inclusive em morte), havia ocorrido a mesma coisa. Depredação total do centro da cidade, sem nenhum policial por perto. Nenhunzinho. Muito estranho. Nessa hora eu já estava convencida de que estamos diante de uma tentativa muito séria de golpe, instauração de estado de exceção, ou algo do tipo. Muito séria. Muito, muito, muito séria. Postei algumas coisas no facebook, vi que havia pessoas compartilhando da minha sensação. Sobretudo quem havia ido às ruas no dia de hoje. Um pouquinho depois, outra notícia: a nova embaixadora dos EUA no Brasil é a mesma embaixadora que estava trabalhando no Paraguai quando deram um golpe de estado em Fernando Lugo. Me perguntaram e eu não sei responder qual golpe, nem por que. Mas se o debate pela desmilitarização da polícia e pelo fim da PM parece que finalmente havia irrompido pelos portões da USP, esse seria um ótimo motivo. Nem sempre um golpe é um golpe de Estado. Em 1989 vivemos um golpe midiático de opinião pública, por exemplo. Pode ser que estejamos diante de outro. Essa é a impressão que, ligando esses pontos, eu tenho. Já vieram me falar que supor golpe “desmobiliza” as pessoas, que ficam em casa com medo. De forma alguma. Um “golpe” não são exércitos adentrando a cidade. Não necessariamente. Um “golpe” pode estar baseado na ideia errônea de que devemos apoiar todo e qualquer tipo de indignação, apenas porque “o povo na rua é tão bonito!”. Curiosamente, quando falei sobre a manifestação do dia 13 com meus alunos, no dia 14, vários deles me perguntaram se havia chances de golpes militares, tomadas de poder, novas ditaduras. A minha resposta foi apenas uma, que ainda sustento sobre este possível golpe de opinião pública/mídia: em toda e qualquer tentativa de golpe, o que faz com que ela seja ou não bem-sucedida é a resposta popular ao ataque. Em 1964, a resposta popular foi o apoio e passamos a viver numa ditadura. Nos anos 2000, a reposta do povo venezuelano à tentativa de golpe em Chávez foi a de rechaço, e a democracia foi restabelecida. O ponto é que depende de nós. Depende de estarmos nas ruas apoiando as bandeiras certas (e há pessoas se mobilizando para divulgar em tempo real, de maneira eficaz, onde está o ato contra o aumento da passagem, porque já não podemos dizer que é apenas “um” movimento, como fez Haddad em sua entrevista coletiva). Depende de nos recusarmos a comprar toda e qualquer informação. Depende de levantarmos e irmos ver com nossos próprios olhos o que está acontecendo. Se essa sequencia de fatos faz sentido pra você, por favor leia e repasse o papel. Faça uma cópia. Guarde. Compartilhe. Só peço o cuidado de compartilharem sempre integralmente. Qualquer pessoa mal-intencionada pode usar coisas que eu disse para outros fins. Não quero isso. Quero apenas que vocês sigam minha linha de raciocínio e me digam: estamos mesmo diante da possibilidade iminente de um golpe? Estou louca? Espero sinceramente que sim. Mas acho que não.1 point
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cade a diaba da maconha? tó vendo umas mudicas migrilas que não servem ainda pra nada kkk. po que bad ainda mata o cara? Que SUPOSTAMENTE traficava? parabéns proibicionistas, mais uma vida ceifada pela ignorância e bestialidade humana e das ratazanas de cinza.1 point
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tetrahidroCARBINOL existre sim! é similar aos aditivos da gasolina para poder carburar melhor o beque. Francamente...1 point
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Pois é meu velho: Gato escaldado tem medo de agua fria! Essas revoltas globais tem um desenrolar muito diferente em paises como EUA e Inglaterra e em paises como Egito ou Siria. Nos temos nossas proprias particularidades mas somos uma democracia fragil ainda e extremamente suscetível a manipulacoes. Se essa massa estivesse unida por uma proposta de renovacao social clara e coesa eu seria o primeiro nas fileiras das manifestacoes. Mas nao é o caso, ela une extremistas dos dois polos e ignorantes completos em economia e politica. Os novos revoluciuonarios que saem a rua com cartezes com slogan de marca de whisky correm o risco de gerar uma "involucao". Estive em duas manifestacoes e nao gostei do que vi.1 point
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O meio politico é financiado por agentes economicos da esfera civil. Nao caiam nesse conto da pós-política porque é barca furadissima. Quem, por exemplo, iniciou o processo mundial da criminalizacao da cannabis? Já ouviram falar numa tal de DuPont? Sempre que se quiser entender qualquer processo é preciso perguntar primeiro; quem esta financiando? Derrubar o meio politico é derrubar o unico meio intermediario entre os agentes do capital e o controle social. Os proprietarios e tecnocratas do cartel petrolifero internacional devem estar acompanhando as noticias sobre o Brazil esfregando as maos e com um sorriso malicioso nos labios...1 point
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Não deveria existir? Então você quer 1964 se repetindo? É isso que querem meu amigo. Quem acha que está nojento, vai ver como vai ficar sendo apolítico. Vai continuar nojento, e para adicionar vão chutar a sua cara, e se você reclamar(se conseguir), vai levar outro chute na cara e vai ser preso, sem ninguém saber, se não cortarem você em pedacinhos. Essa campanha para tornar o povo cada vez mais apolitico, apartidário, com nojinho de política, sem o mínimo de bom senso, tem um objetivo. Isso abre o espaço para o autoritarismo, e um monte de coisas muito ruins.1 point
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Tudo bem gente, vou continuar achando babaquice. Só os politicos é uma merda? O povo também não? Eu vejo que essa gente pode ser manipulada muito fácil, e expulsar partidos é só uma parte disso. Psol, Pstu, e PCo estão sempre ajudando o MPL. Porque não podem levar bandeiras se estão sempre ajudando e são a favor da causa? Vocês estão sendo autoritários ao negar quem quer que seja a participar daquilo que eles querem. É triste, isso sim é mais do mesmo, e não a mera participação de pessoas com bandeiras.1 point
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Na minha opinião é uma babaquice infantil fazer isso, desde que esteja ali para defender a redução da tarifa qualquer partido pode se mostrar a favor.1 point
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Pelo que sei o Olavo é um reaça de marca maior, tipo guru do Azevedo! Inclusive ele é crítico ferrenho de qualquer revolução e ruptura.1 point
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Thiabo vc que tanto ataca o establishment gostar do fã numero um dos Estados Unidos da America Olavo de Carvalho eu não entendo.1 point
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Estou cansado de saber quem e essa pessoa, esse cara e horrivel.1 point
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Os cachorros já deveriam estar de saco cheio de fuder maconheiro! Os cachorros não deveriam entender nada, achavam uma flor super cheirosa e no momento seguinte o dono dela estava sendo preso, agredido e etc.1 point
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Thiabo, olavo de carvalho NÃO! Por favor, para com isso! hehehehehe Esse fascistinha só pode servir de exemplo, se for exemplo contrário.1 point
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tinha que pegar esses estudos desse psicolgo/psiquiatra e esfregar na cara do laranjola1 point
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vacilo total do entrevistador: "people of color". cara não curtiu.1 point
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eu tambem nao acredito muito e as vezes nem assino, mas nesse eles se comprometeram a mostrar as assinaturas ao chefe de estado da guatemala, sendo que ele pediu o apoio da população para reverter essa situação onde obedecemos os eua na política contra as drogas desde o início do proibicionismo. claro que a chance é pequena, ainda mais do Brasil se opor aos EUA, mas quem sabe cara, quem sabe..1 point
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Minha próxima aquisição: http://www.growroom.net/board/gallery/image/225755-puffit/ PufFit Vaporizer Bateria interna recarregável por USB. Ainda dá pra dar aquele puxão igual ao de asmático na frente de todo mundo...1 point
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O que eu achei pior disso tudo é que ainda nunca dei uma vaporizada!!!! To bem atrasado mesmo!!!!1 point
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O pior não eh sofrer as sanções da lei e sim perder o brinquedinho, ai sim eu choro....1 point
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Admoestação verbal, ui santa....1 point
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Nego fica em chóki quando lê sobre vaporizadores. E até informaram que a vaporização não solta toxinas, estamos evoluindo mesmo, a passos de formiga, mas estamos.1 point