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  1. CEBRID cria grupo de estudos sobre Cannabis sativa L. (maconha) O CEBRID tem notado que o número de trabalhos científicos/artigos sobre maconha tem aumentado de maneira acentuada nos últimos tempos. E é sempre a mesma coisa: artigos a favor; artigos contra; não importando o tópico com o qual a planta é encarada. Acima de tudo, percebe-se um viés ideológico que obscurece a realidade sobre a maconha. Assim, criamos um grupo multidisciplinar formado por pesquisadores do CEBRID e de outras instituições, visando analisar e discutir diferentes aspectos sobre esta temática. Ficou então constituído um grupo de estudos denominado“Maconhabras”. Este nome veio da lembrança de importantes instituições brasileiras que honram o país, como: Petrobras, Eletrobras, Biobras, Radiobras, entre outras. Não se trata, portanto, de deboche ou ironia às deselegantes atitudes que procuram desmerecer os estudiosos sobre a maconha, em número cada vez maior no Brasil. Como parte de suas atividades, o grupo publicará boletins sobre diferentes assuntos envolvendo as discussões sobre a maconha, especialmente a respeito de suas propriedades medicinais. Desfrute da primeira edição do nosso boletim! Grupo Maconhabras E. A. Carlini, Lucas Maia, Paulo Mattos, Rafael Zanatto e Renato Filev. Maconhabras_Boletim#1_Final.pdf
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  2. O Remédio Proibido (ou Como Resolver o Enigma de Jano) Título original: History of Cannabis as a Medicine¹, de Lester Grinspoon, professor emérito de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard, publicado em 16 de agosto de 2005, no Medical Cannabis Journal. Tradução: André Kiepper, Analista de Gestão em Saúde da Fiocruz. 1. Adotou-se o conceito de remédio segundo Alice Desclaux, professora de antropologia da Universidade Paul Cézzane, para quem “durante muito tempo os tratamentos foram distribuídos de ambos os lados de uma linha de partilha entre remédios (compostos majoritariamente de plantas medicinais) e medicamentos, pertencentes aos saberes autóctones e biomédicos, sustentados, por um lado, pelos tradipráticos locais e, de outro, pelos comunicadores formados em biomedicina”. Nativa da Ásia Central, a Cannabis pode estar sendo cultivada há mais de 10.000 anos. Ela certamente foi cultivada na China por volta de 4.000 A.C. e no Turquestão por volta de 3.000 A.C.. Foi utilizada como um remédio na Índia, China, Oriente Médio, Sudeste Asiático, África do Sul e América do Sul. A primeira evidência do uso medicinal da Cannabis está em um memento fitoterápico publicado durante o reinado do imperador chinês Chen Nung 5.000 anos atrás. Ela foi recomendada para malária, constipação, dores reumáticas, "distração" e "transtornos do sexo feminino". Outro herbalista chinês recomendou uma mistura de maconha, resina e vinho como um analgésico durante cirurgias. Na Índia a Cannabis era recomendada para aceleração da mente, febres baixas, indução do sono, cura da disenteria, estimulação do apetite, melhora da digestão, alívio de dores de cabeça e cura de doenças venéreas. Na África ela foi usada para disenteria, malária e outras febres. Hoje, certas tribos tratam picada de cobra com maconha ou a fumam antes do parto. A maconha também foi descrita como um remédio por Galeno e outros médicos das eras clássica e helenística, e foi altamente valorizada na Europa medieval. O clérigo inglês Robert Burton, em sua famosa obra “A Anatomia da Melancolia”, publicada em 1621, sugeriu o uso de Cannabis no tratamento da depressão. O “Novo Dispensatório Inglês” de 1764 recomendou a aplicação de raízes de cânhamo sobre a pele para inflamações, um remédio que já era popular na Europa Oriental. “O Novo Dispensário de Edimburgo” de 1794 incluiu uma longa descrição dos efeitos da maconha e declarou que o óleo era útil no tratamento de tosses, doenças venéreas e incontinência urinária. Poucos anos depois, o médico Nicholas Culpeper resumiu todas as condições para as quais a Cannabis era supostamente útil na medicina. Mas no Ocidente a Cannabis não deu seu grito de independência como um remédio até meados do século XIX. Durante seu auge, de 1840 a 1900, mais de 100 artigos foram publicados na literatura médica ocidental recomendando-a para várias doenças e desconfortos. Poder-se-ia quase dizer que os médicos de um século atrás sabiam mais sobre a Cannabis do que os médicos contemporâneos; eles estavam certamente mais interessados ​​em explorar o seu potencial terapêutico. O primeiro médico ocidental a ter um interesse na Cannabis como remédio foi W. B. O'Shaughnessy, um jovem professor da Faculdade de Medicina de Calcutá, que tinha observado o seu uso na Índia. Ele deu Cannabis para animais, satisfez a si mesmo de que era algo seguro, e começou a usá-la com pacientes que sofriam de raiva, reumatismo, epilepsia e tétano. Em um relatório publicado em 1839, ele escreveu ter constatado que a tintura de maconha (uma solução de Cannabis em álcool, administrada por via oral) era um analgésico eficaz. Ele também ficou impressionado com suas propriedades músculo-relaxantes e a chamou de "um remédio anticonvulsivante do mais alto valor". O'Shaughnessy retornou à Inglaterra em 1842 e proveu Cannabis a farmacêuticos. Médicos na Europa e nos Estados Unidos logo começaram a prescrevê-la para uma variedade de condições físicas. A Cannabis foi dada inclusive à Rainha Victoria pelo seu médico da corte. Ela foi listada no Dispensatório dos Estados Unidos em 1854 (com um aviso de que grandes doses eram perigosas e que era um poderoso "narcótico"). Preparações comerciais de Cannabis podiam ser compradas em farmácias. Durante a Exposição do Centenário de 1876, na Filadélfia, alguns farmacêuticos carregavam 05 kg ou mais de haxixe. Enquanto isso, relatórios sobre a Cannabis se acumulavam na literatura médica. Em 1860, o Dr. R. R. M'Meens relatou as conclusões da Comissão sobre Cannabis indica para a Sociedade Médica do Estado de Ohio. Depois de reconhecer uma dívida a O'Shaughnessy, M'Meens reavaliou sintomas e condições para as quais o cânhamo indiano tinha sido considerado útil, incluindo o tétano, nevralgias, dismenorreia (menstruação dolorosa), convulsões, dor de reumatismo e de parto, asma, psicose pós-parto, gonorreia e bronquite crônica. Como um hipnótico (droga de indução do sono), ele a comparou ao ópio: "Seus efeitos são menos intensos, e as secreções não são tão suprimidas por ela. A digestão não é perturbada; o apetite aumenta bastante; o efeito global da maconha é menos violento, e produz um sono mais natural, sem interferir com as ações dos órgãos internos; ela é certamente preferível ao ópio, embora não seja igual a esta droga em resistência e fiabilidade”. Como O’Shaughnessy, M'Meens enfatizou a capacidade notável da Cannabis para estimular o apetite . O interesse persistiu entre a geração seguinte. Em 1887, H. A. Hare exaltou a capacidade da maconha de dominar o nervosismo e a ansiedade e distrair a mente de um paciente em doença terminal. Nessas circunstâncias, ele escreveu: "O paciente, cujo sintoma mais doloroso tem sido trepidação mental, pode se tornar mais feliz ou mesmo hilário”. Ele acreditava que a Cannabis podia ser tão eficaz para aliviar a dor quanto o ópio: "Durante o tempo em que este notável fármaco está aliviando a dor, uma condição psíquica muito curiosa às vezes se manifesta; nomeadamente, que a diminuição da dor parece ser devido ao seu desaparecimento à distância, de modo que a dor se torna cada vez menor e menor, como se a dor em um delicado ouvido crescesse cada vez menos e menos como a batida de um tambor sendo levado para mais e mais longe, fora do alcance do ouvido”. Hare também observou que a maconha é um excelente anestésico tópico, especialmente para as membranas mucosas da boca e da língua - uma propriedade bem conhecida pelos dentistas no século XIX. Em 1890, J. R. Reynolds, um médico britânico, resumiu 30 anos de experiência com Cannabis indica, recomendando-a para pacientes com ‘insônia senil’: "Nesta classe de casos eu não encontrei nada comparável, em utilidade, a uma dose moderada de cânhamo indiano”. De acordo com Reynolds, a maconha permaneceu eficaz durante meses e mesmo anos, sem um aumento na dose. Ele também a achou valiosa no tratamento de várias formas de neuralgia, incluindo tique doloroso (uma desordem neurológica facial), e acrescentou que era útil na prevenção de crises de enxaqueca: "Muitas vítimas dessa doença mantiveram durante anos o seu sofrimento sobre controle usando maconha no momento da ameaça ou início do ataque". Ele também descobriu sua utilidade para certos tipos de epilepsia, para depressão, e às vezes para asma e dismenorreia (cólica menstrual). O Dr. J. B. Mattison, em 1891, chamou-lhe "uma droga que tem um valor especial sobre algumas condições mórbidas e o mérito e a segurança intrínsecos que legitimam o lugar que uma vez ocupou na terapêutica". Mattison revisou seus usos como um analgésico e hipnótico, com especial referência para dismenorreia, reumatismo crônico, asma, úlcera gástrica, e dependência de morfina, mas para ele o uso mais importante da Cannabis estava no tratamento "daquele opróbrio da arte da cura – a enxaqueca". Revelando suas próprias experiências e as de médicos anteriores, ele concluiu que a Cannabis não só bloqueia a dor da enxaqueca, mas previne ataques de enxaqueca. Anos mais tarde, William Osler expressou o seu acordo, dizendo que a Cannabis era "provavelmente o remédio mais satisfatório" para a enxaqueca. O relatório de Mattison concluiu com uma nota melancólica: Dr. Suckling me escreveu: “Os jovens estão raramente a prescrevendo”. Para eles eu a especialmente recomendo. Com o desejo de efeito imediato, é tão fácil usar essa morfina hipodérmica, trapaceira moderna, que eles [jovens médicos] são propensos a esquecer os resultados remotos da administração imprudente de opiáceos. Que a sabedoria passada a seus pais profissionais através de uma experiência infeliz possa servir para que se afastem desse cardume de narcóticos sob efeito dos quais muitos pacientes naufragaram. O cânhamo indiano não está aqui louvado como um específico. Ele vai às vezes falhar. Assim como outras drogas. Mas os numerosos casos em que atua bem conferem a ele uma grande e duradoura confidência. Como ele observou, o uso medicinal da Cannabis já estava em declínio em 1890. A potência das preparações de Cannabis era muito variável, e as respostas individuais à Cannabis ingerida oralmente pareciam erráticas e imprevisíveis. Outra razão para o abandono das pesquisas sobre as propriedades analgésicas da Cannabis foi o grande aumento do uso de opiáceos após a invenção da seringa hipodérmica na década de 1850, que permitiu drogas solúveis serem injetadas para o alívio rápido da dor; produtos de maconha são insolúveis em água e portanto não podem ser facilmente administrados através de injeção. Perto do final do século XIX, o desenvolvimento de tais drogas sintéticas como a aspirina, o hidrato de cloro e os barbitúricos, que são quimicamente mais estáveis ​​do que a Cannabis indica e portanto mais fiáveis, acelerou o declínio da Cannabis como um remédio. Mas as novas drogas tiveram desvantagens marcantes. Mais de mil pessoas morrem de hemorragia induzida pela aspirina a cada ano nos Estados Unidos, e os barbitúricos são, com certeza, muito mais perigosos. Poderíamos ter esperado que médicos à procura de melhores analgésicos e hipnóticos se voltassem a substâncias canabinóides, especialmente depois de 1940, quando se tornou possível estudar congêneres (parentes químicos) de tetrahidrocanabinol que pudessem ter efeitos mais estáveis ​​e específicos. Mas a Lei do Imposto Sobre a Maconha de 1937 minou qualquer experimentação. Esta lei foi a culminância de uma campanha organizada pela Agência Federal de Narcóticos sob a direção de Harry Anslinger, em que o público foi levado a acreditar que a maconha viciava e que seu uso levava a crimes violentos, psicose e deterioração mental. O filme “Reefer Madness”, feito como parte da campanha de Anslinger, pode parecer uma piada pela sofisticação de hoje, mas já foi considerado como uma séria tentativa de resolver um problema social, e a atmosfera e as atitudes que exemplificou e promoveu continuam a influenciar a nossa atual cultura. De acordo com a Lei do Imposto Sobre a Maconha, qualquer pessoa que usasse a planta da maconha para certos fins industriais ou médicos era obrigada a se registrar e pagar uma taxa de 01 dólar por cada 28 gramas. Uma pessoa que usasse maconha para qualquer outra finalidade teria que pagar uma taxa de US$ 100 por cada 28 gramas em transações não registradas. Aqueles que não cumprissem eram sujeitos a grandes multas ou a prisão por sonegação de impostos. A lei não era diretamente orientada para o uso medicinal de maconha - seu objetivo era desestimular o uso recreativo. Ela foi colocada na forma de um imposto sobre renda para evitar o efeito das decisões da Suprema Corte que reservavam aos estados o direito de regular a maioria das transações comerciais. Ao forçar que algumas transações de maconha fossem registradas e outras fossem tributadas pesadamente, o governo poderia tornar proibitivamente cara a obtenção da droga legalmente para quaisquer outros fins que não médicos. Quase por acaso, a lei dificultou o uso medicinal da Cannabis por causa da extensa papelada requerida aos médicos que quisessem usá-la. A Agência Federal de Narcóticos seguiu com regulações "anti-desvio" que contribuíram para o desencanto dos médicos. A Cannabis foi removida da Farmacopeia dos Estados Unidos e do Formulário Nacional em 1941. Na década de 1960, como um grande número de pessoas começou a usar maconha recreativamente, anedotas sobre a sua utilidade médica começaram a aparecer, não na literatura médica, mas geralmente na forma de cartas para revistas populares, como a Playboy. Enquanto isso, a preocupação legislativa sobre o uso recreativo aumentou, e em 1970 o Congresso aprovou a Lei Total de Controle e Prevenção ao Abuso de Drogas (também chamada de Lei de Substâncias Controladas), que classificou as drogas psicoativas em cinco categorias e colocou a Cannabis na Classe I, a mais restritiva. De acordo com a definição legal, as drogas da Classe I não têm uso médico e possuem um elevado potencial de abuso, e não podem ser usadas com segurança, mesmo sob a supervisão de um médico. Nessa época, o renascimento do interesse na Cannabis como um remédio estava bem encaminhado. Dois anos depois, em 1972, a Organização Nacional para a Reforma das Leis da Maconha (NORML) pediu à Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas (antiga Agência Federal de Narcóticos) para transferir a maconha para a Classe II, para que ela pudesse ser prescrita legalmente pelos médicos. As audiências perante a Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas (BNDD) foram instrutivas. Enquanto eu esperava para depor sobre os usos medicinais da Cannabis, testemunhei o esforço para colocar o pentazocine (Talwin), um analgésico opiáceo sintético feito pela Winthrop Pharmaceuticals, na classe de drogas perigosas. O depoimento indicou várias centenas de casos de vício, diversas mortes por overdose e provas consideráveis ​​de abuso. Seis advogados da empresa farmacêutica, pastas na mão, tomaram à frente para evitar a classificação do pentazocine, ou pelo menos garantir que ele fosse colocado em uma das classes menos restritivas. Eles conseguiram em parte; ele se tornou uma droga de Classe IV, disponível por prescrição com menores restrições. No depoimento sobre a Cannabis, a próxima droga a ser considerada, não havia nenhuma evidência de mortes por overdose ou dependência - simplesmente muitas testemunhas, tanto pacientes quanto médicos, atestando a sua utilidade médica. O governo recusou-se a transferi-la para a Classe II. O resultado poderia ter sido diferente se uma grande empresa farmacêutica com enormes recursos financeiros tivesse um interesse comercial na Cannabis? Ao rejeitar a petição da NORML, a Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas (BNDD) falhou ao não promover audiências públicas, conforme exigido por lei. A justificativa dada foi que a reclassificação violaria as obrigações do tratado dos EUA sob a Convenção Única das Nações Unidas sobre Substâncias Entorpecentes. A NORML respondeu em janeiro de 1974 mediante a apresentação de uma ação contra a Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas. O Tribunal de Recursos da Segunda Circunscrição dos EUA reverteu o indeferimento da petição pela Agência, devolvendo o caso para reconsideração e criticando tanto a Agência quanto o Departamento de Justiça. Em setembro de 1975, a Agência Antidrogas (DEA), sucessora da Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas (BNDD), admitiu que as obrigações do tratado não impediram a reclassificação da maconha, mas continuou a recusar audiências públicas. A NORML novamente entrou com uma ação. Em outubro de 1980, depois de muitas outras manobras legais, o Tribunal de Recursos deferiu a petição da NORML à DEA para reconsideração pela terceira vez. O governo reclassificou o tetrahidrocanabinol sintético (Dronabinol) como uma droga de Classe II em 1985, mas manteve a maconha em si – e o THC derivado da maconha (uma substância química idêntica à versão sintética) – na Classe I. Finalmente, em maio de 1986 o diretor da DEA anunciou as audiências públicas ordenadas pelo tribunal sete anos antes. Essas audiências começaram no verão de 1986 e duraram dois anos. As longas audiências envolviam muitas testemunhas, incluindo ambos pacientes e médicos, e milhares de páginas de documentação. O registro dessas audiências constitui uma das análises recentes mais extensas da evidência da Cannabis como um remédio. O juiz de direito administrativo Francis L. Young analisou a evidência e proferiu sua decisão em 06 de setembro de 1988. Young disse que a aprovação por uma "minoria significativa" de médicos era suficiente para atender ao critério de "uso médico atualmente aceito em tratamento nos Estados Unidos", estabelecido pela Lei de Substâncias Controladas para uma droga de Classe II. Ele acrescentou que "a maconha, em sua forma natural, é uma das substâncias terapeuticamente ativas mais seguras conhecidas pelo homem. Deve-se razoavelmente concluir que há segurança reconhecida no uso de maconha sob supervisão médica. Concluir de outra forma, na sentença, seria despropositado, arbitrário e caprichoso". Young prosseguiu recomendando “que o diretor da DEA conclua que a planta de maconha considerada como um todo tem um uso médico atualmente aceito em tratamento nos Estados Unidos, que não há falta de reconhecida segurança para o uso dela sob supervisão médica e que ela pode ser legalmente transferida da Classe I para a Classe II”. Ao determinar o que "uso médico atualmente aceito" significava para efeitos legais, o juiz Young estava adotando o ponto de vista dos peticionários e rejeitando o da DEA, cujo critério era o resultado de um ação judicial anterior envolvendo a droga 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA). Em 1984, a DEA colocou essa droga anteriormente sem classificação na Classe I. A classificação foi contestada por mim e alguns colegas médicos, que acreditavam que o MDMA tinha potencial terapêutico. Após exaustivas audiências, o juiz de direito administrativo rejeitou a posição da DEA de que o MDMA não tinha uso medicinal reconhecido em tratamento nos Estados Unidos e concordou com os interpelantes que ele deveria ser colocado na Classe III ao invés da Classe I. O diretor da DEA rejeitou essa recomendação. Apelamos para o Tribunal de Recursos da Primeira Circunscrição dos EUA, que decidiu em nosso favor, considerando que aprovação formal para comercialização pela Agência de Alimentos e Drogas, o critério da DEA para "uso medicinal reconhecido em tratamento nos Estados Unidos", era inaceitável nos termos da Lei de Substâncias Controladas. O diretor da DEA respondeu com os seguintes novos critérios para o uso medicinal reconhecido de uma droga: (1) conhecimento cientificamente determinado e aceito sobre sua química; (2) conhecimento científico sobre sua toxicologia e farmacologia em animais; (3) eficácia em seres humanos estabelecida através de testes clínicos concebidos cientificamente; (4) disponibilidade geral da substância e informações sobre sua utilização; (5) reconhecimento do seu uso clínico na farmacopeia geralmente aceita, referências médicas, revistas, ou livros; (6) indicações específicas para o tratamento de doenças reconhecidas; (7) reconhecimento de seu uso por organizações ou associações médicas; e (8) reconhecimento e uso por um segmento significativo de médicos nos Estados Unidos. Esses foram os critérios rejeitados pelo juiz Young em sua decisão sobre a maconha. A DEA ignorou o parecer do juiz de direito administrativo e recusou-se a reclassificar a maconha. O advogado da agência comentou: "O juiz parece pendurar seu chapéu sobre o que ele chama de uma minoria respeitável de médicos. Sobre qual percentual você está falando? A metade de um por cento? Um quarto de um por cento?" O diretor da DEA John Lawn foi mais longe, chamando as reivindicações da utilidade medicinal da maconha uma "farsa perigosa e cruel". Em março de 1991, os demandantes apelaram mais uma vez e em abril o Tribunal de Recursos do Distrito de Columbia ordenou por unanimidade que a DEA reexaminasse os requisitos, sugerindo que eles eram ilógicos e que a maconha nunca poderia satisfazê-los. Uma droga ilegal não poderia ser utilizada por um grande número de médicos ou citada como um remédio em textos médicos. Como o tribunal destacou: "Nós temos que fazer um grande esforço para entender como alguém poderia mostrar que qualquer droga de Classe I fosse de uso geral ou geralmente disponível". O tribunal devolveu o caso para a DEA para mais explicações, mas ela não ofereceu nenhum desafio direto ao dogma central de que a maconha carecia de valor terapêutico. A DEA emitiu uma rejeição final a todos os pedidos de reclassificação em março de 1992. Apesar do obstrucionismo do governo federal, alguns pacientes foram capazes de obter legalmente a maconha para fins terapêuticos. Os governos estaduais começaram a responder de uma forma limitada à pressão dos pacientes e médicos no final dos anos 70. Em 1978, o Novo México promulgou a primeira lei destinada a tornar a maconha disponível para uso médico. Trinta e três estados o seguiram entre o final da década de 70 e início dos anos 80. Em 1992, Massachusetts se tornou o 34º estado a promulgar tal legislação, e em 1994 Missouri tornou-se o 35º. Mas as leis se revelaram difíceis de executar. Devido à maconha não ser reconhecida como um remédio sob a lei federal, os estados só podem fornecê-la através da criação de programas formais de pesquisa para obterem a aprovação da FDA para inscrição em uma Investigação de Nova Droga (IND). Muitos estados desistiram assim que os servidores encarregados dos programas confrontaram o pesadelo burocrático das leis federais pertinentes. No entanto, entre 1978 e 1984, 17 estados receberam permissão para criar programas para o uso da maconha no tratamento de glaucoma e náusea induzida pela quimioterapia do câncer. Cada um desses programas teve suspensões por causa dos muitos problemas envolvidos. Tomem o caso de Louisiana, onde a lei foi aprovada em 1978 estabelecendo um programa que permitia a um Conselho de Prescrição de Maconha analisar e aprovar requerimentos de médicos para tratar pacientes com Cannabis. O conselho teria preferido um procedimento simples em que as decisões médicas seriam confiadas ao médico, mas as agências federais não forneceriam Cannabis sem uma IND. Isso exigiria uma enorme quantidade de papelada e tornaria o programa insuportavelmente pesado. O conselho, portanto, decidiu usar um programa de pesquisa já aprovado pelo Instituto Nacional do Câncer, que foi limitado a pacientes com câncer e empregou apenas um THC sintético. A maconha em si não foi disponibilizada legalmente para qualquer paciente em Louisiana. Com essas limitações, o programa se revelou ineficiente. Os pacientes se sentiram compelidos a usar Cannabis ilícita, e pelo menos um foi preso. Apenas dez estados eventualmente estabeleceram programas em que a Cannabis era utilizada como um remédio. Entre estes, Novo México foi o primeiro e o mais bem sucedido, em grande parte por causa dos esforços de um jovem paciente com câncer, Lynn Pierson. Em 1978, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei permitindo que os médicos prescrevessem maconha a pacientes que sofressem de náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia do câncer. A lei foi posteriormente modificada para cumprir com as regulações federais da IND que requeriam um programa de pesquisa. Um considerável atrito se desenvolveu imediatamente entre a FDA e os responsáveis ​​pelo programa do Novo México. A FDA exigiu estudos com placebos (substâncias inativas) como controle; os médicos do programa do Novo México queriam oferecer cuidados aos pacientes doentes. A FDA queria prosseguir lentamente; as atitudes dos médicos refletiam a urgência das necessidades dos seus pacientes. Finalmente, um acordo foi alcançado: os pacientes seriam distribuídos aleatoriamente em um tratamento com cigarros de maconha ou cápsulas de THC sintético. Mas o atraso prolongado sugeriu aos servidores do Novo México que a FDA não estava tratando de boa-fé, e as tensões começaram a crescer. A um certo ponto as autoridades estaduais consideraram até mesmo o uso de maconha confiscada, e o chefe da Polícia Rodoviária Estadual foi questionado se ela poderia ser fornecida. Em agosto de 1978, Lynn Pierson, que tinha feito um esforço heroico para estabelecer um programa de compaixão, morreu de câncer sem nunca ter recebido maconha legal. A FDA aprovou agora a IND Novo México, apenas para revogar a autorização algumas semanas mais tarde, depois de o furor do público em torno da morte de Pierson ter desvanecido. Nesse momento servidores do Novo México consideraram realizar uma conferência de imprensa para condenar as autoridades federais por "comportamento antiético e imoral". Por fim, em novembro de 1978, o programa foi aprovado, suprimentos de maconha foram prometidos dentro de um mês, mas não foram entregues durante dois meses. O modelo aleatório do programa logo foi violado. Pacientes discutiam entre si os méritos relativos dos dois tipos de tratamento e o trocavam quando queriam fazê-lo; isso também lhes dava uma sensação de controle sobre seu próprio cuidado. Mas muitos pacientes acreditavam, apesar das negativas do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (NIDA), que os cigarros que recebiam não tinham a potência adequada. O estado nunca realizou uma análise independente. Alguns pacientes deixaram o programa a fim de comprar Cannabis nas ruas, que eles sentiam que era melhor do que a maconha do governo ou que o THC sintético. De 1978 a 1986 cerca de 250 pacientes com câncer no Novo México receberam maconha ou THC após medicamentos convencionais terem falhado no controle de náuseas e vômitos. Para esses pacientes, tanto a maconha quanto o THC eram eficazes, mas a maconha era superior. Mais de 90% relataram alívio significativo ou total de náuseas e vômitos. Apenas três efeitos adversos foram relatados em todo o programa - reações de ansiedade que foram facilmente tratadas com simples tranquilização. Os programas bem sucedidos em outros estados se assemelharam ao do Novo México. Entendia-se que "pesquisa" era apenas um desculpa; o objetivo era o de aliviar sofrimento. Embora os resultados não cumprissem as normas metodológicas para a pesquisa clínica controlada, eles confirmavam a eficácia da Cannabis e a vantagem da maconha fumada sobre o THC oral. A propósito, nenhum dos programas relatou problemas com abuso ou desvio de quaisquer THC ou cigarros de maconha . Um relatório do Departamento de Saúde do Estado de Nova York sobre o uso terapêutico de Cannabis questionou por que mais pacientes e médicos não tinham se inscrito no programa de Nova York. Ele concluiu que havia várias razões. Primeiro, os médicos estavam céticos por causa de sua formação e experiência limitadas. Segundo, os obstáculos burocráticos eram enormes. Como o relatório afirma, "farmacêuticos hospitalares e gestores queixam-se da papelada e procedimentos. Médicos reclamam dos requisitos de inscrição e relatórios onerosos. Pelo menos 16 médicos perguntaram sobre a disponibilidade da maconha, mas optaram por não se inscrever no programa, porque perceberam a grande quantidade de procedimentos burocráticos”. Uma terceira possibilidade era de que muitos pacientes e médicos decidiram que era mais fácil conseguir maconha de boa qualidade na rua. Mais ou menos ao mesmo tempo, os programas estaduais estavam sendo instituídos, a crescente demanda forçou a FDA a lançar um Tratamento Individual IND (normalmente referido como IND de Uso Compassivo ou IND de Compaixão) para o uso de médicos individuais cujos pacientes necessitassem de maconha. O processo de inscrição não era fácil, porque ele foi projetado para um propósito completamente diferente – fazer que as empresas farmacêuticas garantissem a segurança de novos medicamentos. O paciente que precisasse de Cannabis tinha que primeiro persuadir um médico a requerer à FDA a inscrição em uma IND. O médico tinha que preencher um formulário especial da DEA abrangendo as drogas de Classe I. Se o pedido fosse aprovado por ambas agências, o médico tinha então que preencher formulários de pedidos especiais para maconha, que eram enviados para o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (NIDA). O NIDA cultiva maconha em uma fazenda na Universidade de Mississippi - a única fazenda de maconha legal nos Estados Unidos - e a envia para a Carolina do Norte, onde é enrolada em cigarros que deveriam ter a mesma potência que a maconha de rua (na época 2%, atualmente 3,5%). O NIDA, em seguida, envia a maconha a uma farmácia designada que tem que cumprir com rigorosos regulamentos da DEA para a segurança da droga. O processo de candidatura demorava de quatro a oito meses. Tanto a FDA quanto a DEA requeriam constante prontidão, mas raramente respondiam dentro do prazo estabelecido por lei. De acordo com a (agora extinta) Aliança para a Cannabis Terapêutica, que ajudou inúmeros pacientes e médicos ao longo do processo, as agências governamentais rotineiramente pareciam perder alguns dos formulários de inscrição, e o médico tinha que reenviá-los, às vezes mais de uma vez. Compreensivelmente, a maioria dos médicos não queria se ver enredada na papelada, especialmente porque muitos também acreditavam que havia um certo estigma associado à prescrição de maconha. Em 1976, Robert Randall, que sofria de glaucoma, se tornou o primeiro paciente a receber uma IND de Compaixão para o uso de maconha. Ao longo dos 13 anos que se seguiram o governo premiou relutantemente mais uma meia dúzia. Então, em 1989, a FDA foi inundada com requerimentos de pessoas com AIDS. O caso que chamou a atenção para as consequências absurdas e terríveis da proibição médica sobre a maconha foi a agressão do governo sobre Kenneth e Barbra Jenks, um casal da Flórida em seus 20 anos que contraiu AIDS através de uma transfusão de sangue dada ao marido, hemofílico. Ambos estavam sofrendo de náuseas, vômitos e perda de apetite causada pela AIDS ou pelo AZT; o médico deles temia que Barbra Jenks morresse de fome antes que a doença a matasse. No início de 1989, os Jenks tomaram conhecimento da maconha através de um grupo de apoio para pessoas com AIDS. Eles começaram a fumar e por um ano levaram uma vida razoavelmente normal. Eles se sentiram melhor, recuperaram o peso perdido, e foram capazes de ficar fora do hospital; Kenneth Jenks manteve até mesmo seu emprego de tempo integral. Então alguém os denunciou. Em 29 de março de 1990, 10 oficiais de narcóticos armados bateram na porta do trailer deles, apontaram uma arma para a cabeça de Barbra Jenks, e apreenderam a evidência do crime: duas plantas pequenas de maconha que eles vinham cultivando, porque não podiam pagar o preço de rua da droga. O cultivo de maconha é um crime na Flórida; os Jenks enfrentariam cinco anos de prisão. Em seu julgamento, em julho, eles usaram a defesa de necessidade médica, que é raramente bem sucedida. O juiz rejeitou a defesa e condenou os Jenks, embora tenha imposto apenas uma pena suspensiva. A condenação foi posteriormente anulada por um tribunal superior e a defesa da necessidade médica foi aprovada. O caso recebeu publicidade nacional e os Jenks foram capazes de obter uma IND de Compaixão. A FDA foi inundada com novos pedidos de doentes com AIDS. O número vigente de INDs de Compaixão subiu de cinco para trinta e quatro em um ano. Em seguida, James O. Mason, diretor do Serviço de Saúde Pública, anunciou que o programa seria suspenso porque prejudicaria a oposição da administração do Bush ao uso de drogas ilegais. "Se percebem que o Serviço de Saúde Pública está por aí dando maconha para as pessoas, vão achar que essa coisa pode não ser tão ruim assim", disse Mason. Ele continuou: "Isso dá um sinal ruim. Eu não me importo de fazer isso se não houver outra maneira de ajudar essas pessoas, mas não há a menor evidência de que fumar maconha auxilia uma pessoa com AIDS". Depois de manter o programa "sob avaliação" durante nove meses, o Serviço de Saúde Pública o interrompeu em março de 1992. Vinte e oito pacientes cujos pedidos já haviam sido aprovados tiveram negada a maconha prometida. Treze pacientes que já recebiam maconha foram autorizados a continuar a recebê-la. Atualmente, o número caiu para sete. Depois de mais de 20 anos em que centenas de pessoas trabalharam através de assembleias estaduais, tribunais federais e órgãos administrativos para tornar a maconha disponível para pessoas que sofrem, estes sete são os únicos para os quais ela ainda não é um remédio proibido. Com o fim do programa IND de Compaixão, o último lampejo compassivo para com os pacientes de maconha medicinal por parte do governo federal desapareceu. Agora não havia nenhuma esperança de qualquer tipo de acesso legal a uma droga que milhares de americanos vieram a acreditar que era o melhor tratamento para seus problemas médicos particulares. Mais uma vez, alguns estados começaram a tentar preencher o vácuo, a começar pela Califórnia, que em 1996 aprovou a Proposição 215. Esta iniciativa tornou possível para os pacientes com determinados sintomas e síndromes, em que a Cannabis é útil, obter de um médico uma carta, que é o equivalente funcional a uma receita para maconha. Estas "receitas" são "preenchidas" em um dos muitos “Clubes de Compaixão” sem fins lucrativos que surgiram nos 10 estados que, por meio de legislação ou de iniciativa do eleitor, fazem agora subsídios semelhantes para pacientes de maconha medicinal. O governo respondeu com uma firme campanha visando a fechar os clubes de compaixão, e muitos pacientes que finalmente tinham encontrado uma forma legítima de obter este remédio estavam novamente dependentes de fontes ilícitas ou forçados a cultivar para si próprios, e alguns foram processados. Se a maconha não tem qualquer utilidade médica, como afirma o governo dos EUA, por que milhares de pacientes arriscam entrar em conflito com a lei para a obterem e usá-la? Eles a utilizam por uma ou mais de três razões: (1) a maconha é, mesmo com a tarifa da proibição, menos cara do que o medicamento convencional que a substitui, ou que o Marinol; (2) devido a sua toxicidade ser tão baixa, eles sofrem menos "efeitos colaterais" (efeitos tóxicos) do que com o medicamento convencional pelo qual a Cannabis foi substituída, e (3) porque é extremamente versátil - ela é útil no tratamento de uma variedade de síndromes e sintomas. Hoje, a maconha é mais comumente, mas certamente não exclusivamente, utilizada no tratamento de: - náuseas e vômitos severos da quimioterapia do câncer; - glaucoma; - epilepsia; - esclerose múltipla; - dor e espasmo de paraplegia e tetraplegia; - HIV/AIDS; - dor crônica; - enxaqueca; - doenças reumáticas (osteoartrite e espondilite anquilosante); - síndrome pré-menstrual, cólicas menstruais, e dores do parto; - colite ulcerativa; - doença de Crohn; - dor do membro fantasma; - depressão; - hiperemese gravídica. Existem várias razões pelas quais a medicina não tem sido mais rápida para reconhecer o valor de readmissão da Cannabis à farmacopeia. Uma delas é a ausência de incentivos de empresas farmacêuticas a desenvolvê-la como um medicamento, porque não é possível patentear uma planta. Na verdade, há um desestímulo, porque este medicamento versátil iria competir com sucesso com muitos dos produtos já existentes. Mas a razão mais importante é a pouca consideração que a medicina dá aos dados empíricos, e quase tudo o que sabemos sobre a maconha como remédio é empírico. Dados empíricos são menos confiáveis do que os derivados de estudos duplo-cegos controlados que foram introduzidos no início dos anos 60 e dos quais a medicina moderna agora depende. Ainda assim, não se deve esquecer que a medicina moderna foi construída sobre uma base de dados empíricos e que continua a apontar para novas possibilidades terapêuticas, algumas das quais, como no caso da Cannabis, se revelam válidas. Atualmente, opiniões em relação à natureza empírica da maior parte dos dados sobre a Cannabis está mudando lentamente. Em um artigo publicado recentemente na “Trends in Neurosciences” (maio de 2005), os autores escrevem o seguinte: “O uso da Cannabis como um remédio para várias condições tem uma história bem documentada que remonta milhares de anos. Com a identificação de um sistema endógeno de receptores e ligantes nos últimos anos, dados experimentais abundantes reforçaram as reivindicações empíricas de pessoas que percebem benefício medicinal do consumo atualmente ilegal de Cannabis. Isto, combinado com os dados de estudos clínicos recentes, aponta para a perspectiva da Cannabis como um remédio no tratamento de esclerose múltipla e outras numerosas condições médicas”. No século XIX a Cannabis era fornecida como um medicamento de administração oral sob a forma de um extrato à base de álcool, genericamente conhecido como Cannabis indica. A dosagem era uma questão de suposição, uma vez que não havia bioensaios naquele tempo. Os médicos não ficavam muito preocupados com a sobre dosagem, porque mesmo que uma dose especialmente grande pudesse deixar o paciente desconfortável até que o efeito da droga passasse, ela não iria de forma alguma prejudicá-lo. O que angustiava os médicos daquela época era o tempo de espera entre o paciente tomar, digamos, duas gotas da solução de Tilden (uma forma de Cannabis indica patenteada comumente usada) e o aparecimento do alívio dos sintomas - cerca de uma hora e meia. Médicos do século XIX não estavam cientes de uma das propriedades notáveis ​​da maconha, por exemplo, que ela podia ser fumada, e que quando administrada desta forma ela proporcionaria o alívio dos sintomas dentro de minutos. Esta foi uma descoberta feita por usuários recreativos do início do século XX, que a transmitiram aos pacientes que usavam maconha como remédio. Esta é uma propriedade medicinal da Cannabis criteriosamente importante, pois permite aos pacientes determinarem rapidamente o quanto da droga necessitam para alcançar o seu objetivo médico. Além disso, proporciona ao paciente, que está em melhor posição para determinar esta dose, a capacidade de estar no controle do alívio de sua dor, náusea, ou outro sintoma. Embora nunca tenha sido relatado um caso de câncer de pulmão ou enfisema atribuível ao fumo de Cannabis, há no clima antitabagista generalizado de hoje preocupação com o efeito do fumo sobre o sistema pulmonar. Outra propriedade fortuita da maconha é que há uma janela de temperatura que é inferior ao ponto de ignição da Cannabis, mas sob a qual os canabinóides irão vaporizar. Está amplamente disponível agora um dispositivo conhecido como vaporizador, que tira vantagem desta propriedade. Ele mantém a maconha a uma temperatura entre 140ºC e 200°C, permitindo assim que o paciente inala os canabinóides terapêuticos isentos de qualquer um dos produtos de combustão do material da planta, incluindo os supostos cancerígenos. O problema da maconha medicinal é como um enigma de Jano: uma parte do problema é vista através dos olhos dos pacientes e a outra por aqueles de seu governo. Uma face olha com espanto o problema de negar maconha para o número crescente de pacientes doloridos e impacientes que a consideram útil, muitas vezes mais útil, menos tóxica e mais barata que os medicamentos legalmente disponíveis. Através dos olhos dos pacientes o problema é, claro, como adquirir e usar este remédio sem engrossar as fileiras (já são mais de 750 mil, anualmente) daqueles que são presos por usar esta substância ilegal e como evitar colocar em risco a segurança do emprego através do teste aleatório de urina. A outra face, a que olha para trás, é a de um governo obstinado, que defensivamente e inconsistentemente insiste que "a maconha não é um remédio", e que dá marcha à ré nessa posição arrogante e mal informada com toda a força de seu vasto poder legal, como ele está fazendo atualmente no estado da Califórnia. Em 1985, a Agência de Alimentos e Drogas (FDA) aprovou o Dronabinol (Marinol) para o tratamento de náuseas e vômitos da quimioterapia do câncer. O Dronabinol é uma solução de tetrahidrocanabinol sintético em óleo de sésamo (o óleo de sésamo é destinado a proteger contra a possibilidade de que o conteúdo da cápsula possa ser fumado). O Dronabinol foi desenvolvido pela Unimed Pharmaceuticals Inc., com uma grande quantidade de apoio financeiro do governo dos Estados Unidos. Este foi o primeiro indício de que a "farmaceuticalização" da Cannabis poderia ser o que o governo esperava para resolver os seus problemas com a maconha como remédio - o problema de como tornar as propriedades medicinais da Cannabis (na medida em que o governo acredite que existam tais propriedades) amplamente disponíveis como um medicamento, ao mesmo tempo proibindo a sua utilização para qualquer outra finalidade. Mas o Marinol não deslocou a maconha como "o tratamento de escolha"; a maioria dos doentes considerou a erva em si muito mais útil do que o Dronabinol no tratamento da náusea e vômitos associados à quimioterapia do câncer. Em 1992, o tratamento da síndrome de emagrecimento da AIDS foi adicionado à indicação de uso do Dronabinol; novamente, os pacientes relataram que era inferior à maconha fumada. Porque se pensava que iria vender mais se colocado em uma Classe de Controle de Drogas menos restritiva, ele foi transferido da Classe II para a Classe III no ano 2000. Mas o Marinol não resolveu o problema da maconha-como-um-remédio, porque tão poucos pacientes que descobriram a utilidade terapêutica do uso da maconha usam o Dronabinol. Em geral, eles o consideram menos eficaz do que a maconha fumada; ele não pode ser titulado, porque tem que ser tomado por via oral, o que provoca um longo atraso na manifestação da sua utilidade terapêutica; e mesmo com a tarifa de proibição da maconha de rua, o Marinol é mais caro. Assim, a primeira tentativa de “farmaceuticalização” provou não ser a resposta. Na prática, para muitos pacientes que usam maconha como remédio o Marinol de prescrição médica serve principalmente como uma camuflagem para a ameaça da crescente onipresença dos testes de urina. Mais recentemente, o Relatório do Instituto de Medicina (IOM) de 1999, que reconheceu a utilidade da maconha como remédio, propôs que a solução era a "farmaceuticalização" da Cannabis: prescrição de canabinóides individuais isolados, canabinóides sintéticos e análogos de canabinóides. O Relatório IOM afirma que "se houver qualquer futuro para a maconha como um remédio, ele se encontra em seus componentes isolados, os canabinóides, e seus derivados sintéticos". Ele continua: "Portanto, o objetivo dos ensaios clínicos com maconha fumada não seria desenvolver a maconha como uma droga licenciada, mas tais ensaios poderiam ser um primeiro passo para o desenvolvimento de sistemas de distribuição, de início rápido, de canabinóides não-fumados". Alguns canabinóides e análogos podem de fato ter vantagens sobre a maconha fumada ou ingerida em circunstâncias limitadas. Por exemplo, o canabidiol pode ser mais eficaz como um remédio anti-ansiedade e anticonvulsivante quando não é tomado junto com tetrahidrocanabinol (THC), que algumas vezes gera ansiedade. Outros canabinóides e análogos podem se provar mais úteis do que a maconha em algumas circunstâncias, porque podem ser administrados por via intravenosa. Por exemplo, de 15% a 20% dos pacientes perdem a consciência depois de sofrer um acidente vascular cerebral trombótico ou embólico, e algumas pessoas que sofrem síndrome cerebral depois de um forte golpe na cabeça ficam inconscientes. O novo Dexanabinol análogo (HU-211) demonstrou proteger os neurônios (em animais) contra danos quando administrado imediatamente após um acidente vascular cerebral; se isso se revelar verdadeiro em seres humanos, será possível administrá-lo por via intravenosa a uma pessoa inconsciente. Provavelmente outros análogos podem oferecer vantagens semelhantes. Alguns desses produtos comerciais podem também não ter os efeitos psicoativos que tornam a maconha útil para alguns fins não médicos. Portanto, eles não serão definidos como drogas "abusivas" sujeitas às restrições da Lei Total de Controle do Abuso de Drogas. Os sprays nasais, vaporizadores, nebulizadores, adesivos de pele, comprimidos e supositórios podem ser utilizados para evitar a exposição dos pulmões ao material particulado na fumaça da maconha. A questão é se estes projetos tornarão a erva da maconha medicamente obsoleta. Com certeza muitos desses novos produtos seriam suficientemente úteis e seguros para o desenvolvimento comercial. É incerto, no entanto, se as empresas farmacêuticas vão considerar que os enormes custos de desenvolvimento valem a pena. Alguns podem ser (por exemplo, um canabinóide agonista inverso que reduz o apetite pode ser altamente lucrativo), mas para a maioria dos sintomas específicos, análogos ou combinações de análogos são improváveis de ser mais úteis do que a erva da maconha. Eles também não têm a probabilidade de possuir um espectro mais amplo de usos terapêuticos, uma vez que o produto natural contém os compostos (e as combinações sinérgicas de compostos) a partir dos quais eles são derivados. Por exemplo, o THC e canabidiol naturalmente presentes na maconha, bem como o Dexanabinol, protegem as células do cérebro de animais após um acidente vascular cerebral ou uma lesão traumática. Além disso, qualquer novo análogo terá que ter um índice terapêutico aceitável. O índice terapêutico (um índice de segurança do fármaco) da maconha não é conhecido porque ela nunca causou uma morte por overdose, mas estima-se, na base de extrapolação a partir de dados obtidos com animais, que sejam inéditos 20.000 a 40.000. O índice terapêutico de um novo análogo é improvável que seja superior a isso; na verdade, novos análogos podem ser muito menos seguros do que a planta da maconha, porque vai ser fisicamente possível uma maior ingestão deles. É obrigatório perguntar: qual é o problema do governo com a maconha medicinal? O problema, como visto através dos olhos do governo, é a crença de que, à medida que um número crescente de pessoas observam parentes e amigos usando maconha como um remédio, elas chegarão a um entendimento que essa é uma droga que não se adequa à descrição que o governo tem empurrado por anos. Elas vão pela primeira vez apreciar o quão notável remédio ela realmente é; ela é menos tóxica do que quase qualquer outro medicamento na farmacopeia; ela é, como a aspirina, extremamente versátil; e é menos cara do que os medicamentos convencionais que ela substitui. As pessoas, então, vão começar a se perguntar se há alguma propriedade deste remédio que justifique sua negação a pessoas que desejam usá-lo por qualquer motivo, quanto mais a prisão de mais de 750 mil cidadãos por ano. O governo federal vê a aceitação da maconha como remédio como a porta de entrada para uma catástrofe - a revogação de sua proibição. Na medida em que o governo vê como um anátema qualquer uso da maconha, é difícil imaginá-lo aceitando um instrumento jurídico que permitiria seu uso como um remédio, ao mesmo tempo em que persegue vigorosamente uma política de proibição de qualquer outro uso. Contudo, existem muitas pessoas que acreditam que este tipo de acordo é possível e viável. Na verdade, esta é a opção que os governos canadense e holandês estão atualmente buscando, assim como vários estados dos Estados Unidos. Mas não vai ser possível fazer isso nos Estados Unidos na ausência de grandes estudos duplo-cegos que façam uso do remédio que milhares de pacientes utilizam nos dias de hoje: a erva da maconha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Desclaux, A. O medicamento, um objeto de futuro na antropologia da saúde. Revista Mediações, Londrina, v.11, n.2, p.124, jul./dez. 2006. Grinspoon L. History of Cannabis as a Medicine. DEA statement, prepared for DEA Administrative Law Judge hearing beginning. 2005 Aug 22. Disponível em: <http://www.maps.org/mmj/grinspoon_history_cannabis_medicine.pdf>. Acesso em: 06 novembro 2013.
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  3. Osmar admiti que curti um choi na entrevista em seu site oficial: http://osmarterra.com.br/noticia.php?idnoticia=300
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  4. Osmar Terra assumi em entrevista que curti um choi. http://osmarterra.com.br/noticia.php?idnoticia=300
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  5. Invade o do Laranjeiras tambem !!!!!
    6 points
  6. Dr. Carlini é foda!!! pegou o deboche do Dr. pé de laranja naquela ocasião do debate da folha onde ele disse que queríamos criar a maconhabras pra distribuir erva pra todo mundo com aquele jeito racista fdp arrogante... Agora toma filho da puta taí a maconhabras seu troxa!!!! não vai distribuir erva, mas melhor que isso, vai distribuir conhecimento verdadeiro coisa q tu não faz seu merda!!! chupa q é de uva!!!
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  7. Mandou benzasso!!! Tô com o finger. Já pensou derrubar o site do Laranjolas... seria fenomenal!!!
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  8. Será que rola uma autorização para cultivo com fins científicos dessa vez?
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  9. Boa noite Jovens, Sou eu sim, na verdade o Osmar foi a segunda vítima. O Feliciano já sofreu um recentemente: http://noticias.gospelmais.com.br/hackers-anunciam-marco-feliciano-assumido-homossexualidade-61939.html Abraço e valeu ae pelos elogios.
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  10. O Coletivo Antiproibicionista de Atibaia "Alterando a Consciência" realizará entre os dias 10 a 17 de Novembro o evento FUMEGANDO VERDE. http://www.growroom.net/board/gallery/image/260605-fumegando-verde-capa/ http://www.growroom.net/board/gallery/image/260606-fumegando-verde-programacao/ tenho de reconhecer ! Os caras são corajosos e atrevidos. Se fosse em Bragança Pta, cidade vizinha, eles já estariam respondendo processo de apologia......
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  11. Pô Brother Bigcunha Valeu pela ajuda!!!Entrei em contato com um despachante que me disse para simplesmente enviar esses dados que eles estão exigindo por e mail mesmo para a ANVISA. Agora o resultado acho que não é muito animador né... Infelizmente não tenho um advogado para me auxiliar nesta causa,mas acho que para um caso desses o auxílio que posso encontrar aqui é muito bem vindo!!! Muito Obrigado Amigos!!!Vocês são o lado do Brasil que dão orgulho as pessoas que ainda pensam neste País. HASTA DESPUES DE LA VICTORIA.SIEMPRE.
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  12. tiraram tudo do ar pelo visto... alguém tem aí o CTR+C da parada ? só pra mim rir um pouco tb kkkk EDIT: viva o cache do google: segue a copia pra quem não ta conseguindo ver... Osmar Terra tem criado polêmica ao falar sobre "drogas" e fazer linha grossa frente ao tráfico e ao uso de entorpecentes. Mas muito além disso, Osmar Terra descobriu o prazer de uma das maiores iguarias do mundo. Em sua viagem ao Uruguai, Osmar sentou com Mujica para protestar contra a liberação da "verdinha", e acabou mudando de opinião. Veja nessa entrevista exclusiva com Ricardo Cockdick. Ricardo Cockdick: Osmar, o que aconteceu na reunião com Mujica? Osmar Terra: Sentei com ele para saber o que estava acontecendo e as razões para o Uruguai legalizar a tal da maconha. Não deu outra, Mujica acendeu aquela "tronca" como ele disse e me ofereceu. Ricardo Cockdick: E o senhor aceitou? Osmar Terra: O cheiro estava muito bom, de mato, verdinho. Ele olhou para mim e disse "Tu não quieres la verdita? És cosita muy boa. Kunkzinho", eu então decidi experimentar essa sensação nova. Ricardo Cockdick: Como foi essa experiência? Osmar Terra: Achei fantástica! Primeiro tive aquela sensação de leveza, depois fiquei tranquilão e então pra fechar comi 2 pratos daquele almoço incrível. A gente até riu da situação. Agora eu faço cultivo em casa e mando um, mas só nos finais de semana né. Ricardo Cockdick: Muito bom, Osmar, bate bola jogo rápido ok? Osmar Terra: Pode me chamar de Osmaneiro agora. Ricardo Cockdick: Celebridade. Osmar Terra: Bob Marley. Ricardo Cockdick: Banda. Osmar Terra: Planet Hemp, adoro aquela música, esqueci o nome. "D2 iiiih, preste atenção, rapaziada que não aguenta o poder da missão, isso é nã nã nã NÃ." por ai. Ricardo Cockdick: Frase. Osmar Terra: "Vou apertar, mas não vou acender agora". Gênio. Mito. Ponto Final. Ricardo Cockdick: Empresa. Osmar Terra: Dutch Passion, adoro a tal da Euforia deles, plantei uma vez e fiquei chapadão. Ricardo Cockdick: Hobby. Osmar Terra: Fingir que sou durão, que o mundo vai ser melhor reprimindo usuários de drogas, mentir pra mim e para todos dizendo que maconha é a porta de entrada sendo que eu SEI e TENHO CERTEZA que a porta de entrada é o álcool. Mas o que eu gosto mesmo é de por fogo na tronca. Ricardo Cockdick: Obrigado osmaneiro. Osmar Terra: Por nada Ricardo, agora passa a bola ô mão de cola. Quem for a favor da legalização é só postar no twitter e no facebook #osmaneiroliberaaganja.
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  13. Galera da regiao vamo lá chama pai, mae o vô chama geral! Nao vai dar pra mim comparecer mas gostaria muito que minha familia fosse marcar presença por mim.
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  14. Atibaia nao tem nem comparaçao com Bragança Pta , apesar de nao ser a cidade mais liberal Atibaia sempre foi uma cidade Vanguardista , pouca gente sabe mais a primeira festa "Rave" do Brasil feita por um grupo de gringos que excursionavam pelo mundo foi realizada em um sitio de Atibaia !! Acredito que o evento nao tenha o apoio da Prefeitura , porém só de nao estar dando "chabu" neguinho tomando processo e a midia desmentindo o evento ! Ja ta de bom Tamanho !!! Agora Galera o Negocio é a Gente Fazer a Nossa Parte e Comparecer ! Nao precisa vir vestido de "folha de maconha" o importante é prestigiar o evento e marcar presença e posiçao perante a Sociedade, Que imaginam que as pessoas que fazem parte do mundo da Cannabis sao meros desocupados , desajustados sociais ou vagabundos !!! Temos que comparecer e mostrar que nao somos nada disso e que temos os nossos direitos ou pelo menos em relaçao a cannabis "queremos ter" ! Eu e muitos outros Brothers estarao lá , nao só gente do GR como alguns do Cannabis Café Brasil !! Embora se mobilizar galera de SP e Regiao !! Valew E Noiz
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  15. Cada um tem o direito de pensar de acordo com o conhecimento que vai adiquirindo, e as experiências que vão tendo com esse conhecimento... Eu por ex. penso que os óleos negros são os melhores, a cor negra é devido a presença de clorofila por ter sido deixada no alcool por mais tempo. A clorofila tem propriedades medicinas muito bem vindas, dentre elas a capacidade de alcalinizar e oxigenar o sangue, o câncer pro ex. não sobrevive em um ambiente alcalino/oxigenado. Quanto ao produto, muito bom que esteja começando a ser disponibilizado, e quem sabe logo todas as pessoas que querem fazer um tratamento alternativo possam ter acesso. Mais o que me chamou a atenção foi a disposição dos growers do fórum em comprar um produto que podem facilmente fazer, inclusive melhor... eu queria entender isso.
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  16. http://oesquema.com.br/penselivre/2013/08/06/acho-dificil-pensar-em-uma-politica-tao-equivocada-quanto-a-guerra-contra-as-drogas/ 6 de agosto de 2013 às 15h35 ‘Acho difícil pensar em uma política tão equivocada quanto a guerra contra as drogas’ Por Shelley de Botton O advogado Diogo Busse tem 30 anos e é diretor de Política Pública Sobre Drogas da Prefeitura de Curitiba. Já foi presidente do Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas de Curitiba e faz parte do Conselho Estadual de Políticas Sobre Drogas. Quem não o conhece, pode até pensar que sua trajetória meteórica na vida pública foi tranquila. Na verdade, Busse guarda uma história de sofrimento e superação que tem orgulho de contar e usa como exemplo para provar que todos merecem e podem ter uma segunda chance. Diogo Busse se envolveu com as drogas muito cedo. Experimentou quase tudo e, aos 22 anos, como ele mesmo diz, foi ao fundo do poço. “Eu vivi uma verdadeira escuridão e, se puder resumir em uma palavra os últimos anos do meu convívio com as drogas, eu diria: angústia. Eu acordava, passava o dia e ia dormir angustiado. Me vi diante da necessidade de reconhecer que eu tinha um grave problema e que eu precisava de ajuda”. Passou por três internações e, quando soube que ia ser pai, decidiu dar outro rumo à sua vida. Parou de usar drogas (tratando-se com ibogaína *detalhe inserido por mim PPerverso) e começou a trabalhar como voluntário em instituições de cuidados a dependentes de drogas. Daí não parou mais. Fez mestrado e especialização em Law Legal Master e se candidatou a vereador pelo município de Curitiba com a proposta de fazer uma campanha sem gastar dinheiro. Não foi eleito, mas obteve 4.240 votos (um deles meu * PPerverso) – segundo ele, alguns vereadores se elegeram com apenas 2.800 votos. Após a campanha, criou um núcleo de pesquisa e estudos na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e uma comissão na OAB/PR para estudar políticas sobre drogas. Ficou como presidente desta comissão até ser convidado pelo prefeito de Curitiba a assumir a política municipal sobre drogas. Busse é contra a política atual de guerra às drogas, não acredita na internação compulsória de usuários de drogas como base de uma política pública e defende uma estratégia que tenha uma estrutura de saúde de qualidade capaz de oferecer tratamento humanizado aos dependentes de drogas e que tenha profissionais preparados para lidar com o tema das drogas. Busse acha que é cedo para falar de legalização mas que é um tema a ser debatido, já que “a realidade demanda novas formas de enfrentamento dos problemas relacionados ao uso de drogas”. “Na essência desse debate há muito preconceito, interesses escusos e um moralismo cego que nos impede de enxergar outros caminhos. Trata-se, no fundo, de uma questão cultural que tem sido propagada ao longo dos anos como uma verdade inquestionável. É preciso uma mudança cultural e acho que estamos bem diante desta transição”, avalia. E bate forte na indústria do álcool: “não consigo entender como ainda vemos propagandas de cerveja tão apelativas, especialmente direcionadas aos jovens, que acabam criando necessidades que não existem, mesmo sabendo que grande parte dos acidentes de trânsito e dos casos de violência doméstica contra mulheres são decorrentes do uso de álcool“. Porque decidiu seguir a carreira pública? Estava reunido com alguns amigos há dois anos, quando eclodiu um escândalo na Câmara Municipal de Curitiba, em que o presidente da casa foi afastado sob suspeita de várias irregularidades. Estávamos cansados de assistir tudo aquilo sem fazer nada e decidimos lançar uma candidatura que tinha um propósito muito claro: não gastar dinheiro. Produzimos alguns vídeos que em pouco tempo “viralizaram” nas redes sociais. Formulamos um plano de gestão que foi registrado no cartório e publicado na internet. O plano continha as diretrizes e ações que eram baseados nos três eixos da nossa proposta de trabalho: mobilidade urbana, cultura e prevenção às drogas. Conseguimos surpreendentes 4.240 votos. Para se ter uma ideia, vereadores de outras legendas elegeram-se com 2.800 votos. Não fui eleito, mas o nosso objetivo foi alcançado, ou seja, mostrar um caminho diferente para uma campanha eleitoral. Poderia falar um pouco da sua experiência com as drogas? Embora eu tenha sido sempre um aluno dedicado, nunca tenha perdido um ano na escola ou na faculdade, me envolvi com drogas desde muito cedo. Quando me formei em Direito, aos 22 anos, não sabia ainda exatamente qual caminho seguir e foi aí que eu me afundei e vivi alguns anos de muito sofrimento. Eu vivi uma verdadeira escuridão e, se puder resumir em uma palavra os últimos anos do meu convívio com as drogas, eu diria: angústia. Eu acordava, passava o dia e ia dormir angustiado. Me vi diante da necessidade de reconhecer que eu tinha um grave problema e que eu precisava de ajuda. Passei por três internamentos em clínicas de recuperação e, entre idas e vindas, recebi a notícia de que eu me tornaria pai. Meu filho irá completar seis anos em setembro e nunca me viu fazendo uso de nenhum tipo de substância, seja lícita ou ilícita. A paternidade trouxe luz na minha vida, além de um senso de responsabilidade muito grande. Ganhei um belo propósito e comecei a trabalhar pela minha recuperação e, logo em seguida, comecei a trabalhar como voluntário. Como foi a sua experiência em clínicas para dependentes de drogas? No meu caso, foi muito importante. Entendo a internação como um processo de autoconhecimento. Todavia, eu tive condições de ter tratamento de qualidade em clínicas muito boas. Este foi um dos principais motivos que me levou a estudar políticas públicas sobre drogas e a trabalhar como voluntário: eu sabia que eu tinha sido uma exceção, pois suponho que mais de 90% das pessoas que precisam de algum tipo de abordagem, não possui condições para custear um tratamento de qualidade. O que te fez decidir que era hora de mudar? Sem dúvida o nascimento do meu filho iluminou a minha vida e consistiu no principal acontecimento que me fez, de alguma forma, despertar. Minha família foi, também, fundamental. Meus pais e irmãos, embora muitas vezes não soubessem como agir direito, sempre estiveram ao meu lado e nunca me abandonaram. Fez uso de algum tratamento de substituição de drogas? O maior divisor de águas e que marcou profundamente a minha vida e, especialmente a minha recuperação, foi minha experiência com a ibogaína, substância extraída de um arbusto africano, que inicialmente era encontrado no Gabão e que me fez ter uma verdadeira viagem espiritual. Desde então eu nunca mais usei drogas e me sinto um ser humano plenamente feliz. Embora os problemas não tenham parado de surgir porque eu parei de usar drogas, mudei profundamente minha forma de encarar os obstáculos e iniciei uma trajetória de preparação, tanto mental e espiritual, quanto técnica e teórica. É a favor da internação compulsória ou involuntária? Vejo com muita preocupação quando a internação compulsória de usuários de drogas torna-se base de uma política pública, mas reconheço, sim, o cabimento de uma intervenção da família, por exemplo, como último recurso necessário para salvar a vida de uma pessoa. Acha que esta é uma estratégia válida como política pública de saúde? Quando analisamos políticas sobre drogas, geralmente nos deparamos com pessoas vendendo soluções mágicas que procuram simplificar um problema que é complexo. Vemos muitas pessoas formulando políticas sobre drogas sem conhecer o básico da realidade da dependência e, principalmente, do seu tratamento. Via de regra, são pessoas que procuram números (apreensões, prisões, números de pessoas internadas) e baseiam seus programas e projetos em ações paliativas e disseminam essas “soluções mágicas”. O problema é que estas crenças, como a internação involuntária, por exemplo, acabam desviando o foco de atenção para questões muito mais importantes, como a falta de estrutura e de uma rede pública articulada para receber pessoas que precisam de tratamento e, fundamentalmente, ressocialização; que precisam de acesso a alternativas culturais, esportivas, profissionalizantes e educacionais. Não existe uma fórmula universal para o tratamento de usuários de drogas, que possa indistintamente ser aplicada para uma grande massa de pessoas. Como gestores públicos não somos os portadores da solução, porque a solução encontra-se dentro de cada um. O máximo que podemos fazer é trabalhar para que os usuários de drogas encontrem o seu próprio caminho para a recuperação. É por isso que eu costumo dizer que, hoje, eu trabalho pela emancipação das pessoas. Como foi a receptividade dos eleitores ao seu projeto de drogas que visa a substituir o foco repreensivo pela prevenção comunitária? Não tem sido nada fácil. É impressionante como a maioria das pessoas procura uma solução que seja simples e rápida para solucionar um problema que é extremamente complexo e que exige uma rede articulada de corresponsabilidade. As famílias entregam às escolas ou às igrejas, que entregam à administração pública, que sofre com a falta de estrutura e articulação. Minha campanha, contudo, provou que já existe um número considerável de pessoas que está disposta a assumir o seu papel nesse desafio e enxergar o valor de uma política pública sobre drogas humanizada, estruturante e baseada na prevenção. Como chegou ao cargo que ocupa hoje? Após a minha campanha, como o intuito era realmente ajudar de alguma forma e ingressar definitivamente nesse debate, eu criei, com um grupo de professores e membros da sociedade civil organizada, um núcleo de pesquisa e estudos na UFPR, universidade onde concluí o mestrado em direito. Criei, também, uma comissão na OAB/PR para estudar políticas sobre drogas, comissão a qual presidi até que, no começo do ano, fui convidado pelo prefeito de Curitiba para assumir a política municipal sobre drogas. Qual é a sua opinião sobre a atual política de drogas que tem como base a repressão à venda e ao consumo? Acho difícil pensar em uma política pública tão equivocada quanto a guerra contra as drogas. O percurso criminalizante do consumo e do comércio de drogas redundou em violência, encarceramento em massa de pessoas e, o que é pior, nunca foi capaz de impedir a oferta de drogas nas sociedades, tampouco o aumento dos problemas relacionados ao uso. Vejo que na essência desse debate há muito preconceito, interesses escusos e um moralismo cego que nos impede de enxergar outros caminhos. Trata-se, no fundo, de uma questão cultural que tem sido propagada ao longo dos anos como uma verdade inquestionável. É preciso uma mudança cultural e acho que estamos bem diante desta transição. É a favor da descriminalização do usuário? Por quê? Quando se fala em descriminalização no Brasil, imediatamente se faz uma vinculação muitas vezes equivocada. Se eu defendo a descriminalização de usuários de drogas, por exemplo, não significa que esteja fazendo apologia às drogas. Eu acredito que as drogas fazem com que a gente se afaste de quem essencialmente somos. O uso de substâncias, na maioria das vezes, dificulta o processo de autoconhecimento. Quero dizer com isso, que entendo que as pessoas estão se prejudicando, sim, usando drogas. Contudo, a forma com que o Estado lida com isso é totalmente equivocada e acaba agravando o quadro. E na sociedade, acha que esse tema ainda é visto com preconceito? Para além do Estado, o tema ainda é visto com muita confusão dentro de casa. É preciso preservar e manter um ambiente de diálogo com os nossos filhos, amigos e pessoas queridas, sem julgamentos ou preconceito, a ponto de gerarmos um sentimento de confiança na pessoa que porventura esteja precisando de ajuda. É muito mais provável que uma mãe consiga ajudar seu filho que esteja passando por problemas relacionados ao uso de drogas, por exemplo, se existir um ambiente de diálogo dentro de casa. Se houver repressão, julgamento e castigo, na primeira oportunidade que o garoto tiver para usar novamente, ele irá usar e muito provavelmente os pais não saberão. Muitas vezes assim tem início uma caminhada perigosa. Em resumo, eu não gostaria que meu filho usasse drogas, mas, se ele fizer uso e experimentar qualquer uma, eu não quero que ele apanhe da polícia ou vá preso por isso. Pretendo conversar em um diálogo franco e aberto com ele, procurando informar e entender suas motivações. É favorável a uma política que legalize e regulamente a produção, comércio e consumo das drogas hoje consideradas ilegais? Acho que este é um tema a ser debatido, já que a realidade demanda novas formas de enfrentamento dos problemas relacionados ao uso de drogas. Acha que uma política desse tipo seria aplicável ao Brasil? Em que pese a grande dificuldade de discutir novas formas de enfrentamento de um problema, cujas raízes são tão fortemente vinculadas a preconceitos e dogmas nascidos de moralismo e interesses escusos, vejo uma nova geração de pesquisadores e a formação de uma mentalidade crítica e humanizadora muito favorável ao surgimento de novas políticas públicas. Um outro fator que me faz otimista tem sido o convívio com novas lideranças que se colocam corajosamente à frente do processo político, procurando, além de dar mais qualidade ao debate no Poder Legislativo e na Administração Pública, estruturar políticas públicas responsáveis que permaneçam, independentemente do gestor que esteja à sua frente. No debate sobre as drogas, é preciso muita responsabilidade para propor ações preventivas e estruturantes, pois elas muitas vezes não geram resultados eleitorais imediatos. Na sua opinião, qual seria a melhor política de drogas para o Brasil? É preciso se concentrar em dois grandes movimentos: o primeiro, de criação de uma estrutura de saúde de qualidade, que seja capaz de oferecer tratamento humanizado a estas pessoas que sofrem com o uso problemático de drogas. Dentro deste processo, três eixos fundamentais devem sempre estar articulados: a prevenção, o tratamento e a ressocialização. Além da ampliação da rede de assistência em saúde mental, precisamos oferecer alternativas culturais, esportivas e, sobretudo, educação à população, as principais vias que levam à emancipação das pessoas. O segundo grande movimento é a formação continuada dos recursos humanos e aqui eu me refiro, especialmente, aos servidores públicos, às famílias e às lideranças comunitárias. As pessoas precisam estar preparadas para lidar com o tema das drogas, seja onde for que se deparem com essa realidade – nas escolas, na rua, nos postos de saúde. Esta preparação deve ser desenvolvida por profissionais que enfoquem os problemas relacionados ao uso de drogas como uma questão da saúde. Poderia falar sobre a sua proposta de dificultar a oferta pública de substâncias que possam causar vícios? Me refiro especificamente à questão do álcool. Acredito que a discussão acerca do crack, que sem dúvida é muito relevante e preocupante, acabou desviando o foco de atenção sobre uma realidade muito mais nociva e que precisamos urgentemente enfrentar: a cultura dedisseminação do álcool na nossa sociedade. E quando eu digo enfrentar, não me refiro a nenhum tipo de proibição. Defendo a formulação da uma política de prevenção comunitária, nos moldes do que foi feito com o tabaco, que torne mais difícil o acesso ao álcool e limite o poder dessa indústria que hoje é a mais lucrativa do Brasil. Não consigo entender como ainda vemos propagandas de cerveja tão apelativas, especialmente direcionadas aos jovens, que acabam criando necessidades que não existem, mesmo sabendo que grande parte dos acidentes de trânsito e dos casos de violência doméstica contra mulheres são decorrentes do uso de álcool. Não consigo entender como ainda permitimos que esta indústria patrocine a seleção brasileira de futebol, dentre outras grandes equipes esportivas, além de vermos grandes arenas sendo erguidas com o nome de bebidas alcoólicas. É preciso chamar a indústria do álcool para que assuma sua grande parcela de responsabilidade e integre este processo estruturante de investimento nas questões sociais. Como é o programa de redução de danos de Curitiba? Estamos equipando um ônibus que atuará como um espaço móvel onde os usuários de drogas poderão exercer a dignidade. Este ônibus irá nas regiões de maior vulnerabilidade de Curitiba, onde os usuários de maior risco poderão ter atendimento psicossocial, fazer higienização e tomar café. Entendemos que a probabilidade de uma pessoa nestas condições se recuperar, é muito maior a partir do momento em que ela integra a rede de serviços mais básicos da prefeitura, do que se ela permanecer isolada nestas cracolândias, livre de qualquer vínculo com o estado. Também estudamos outras ações de redução de danos. Há muitos exemplos positivos ao redor do mundo e pouco se discute a redução de danos no país, por conta, principalmente, do preconceito e da falta de informação. Qual é a sua opinião sobre as salas de consumo assistido? Vejo com bons olhos. A polarização de posicionamentos que propõem a abstinência de um lado e, de outro, a redução de danos, limita as possibilidades. Não acho que sejam visões necessariamente antagônicas para se enfrentar problemas decorrentes do uso de drogas, muito pelo contrário. Acho que as políticas públicas mais eficientes e inteligentes são formuladas com base na divergência, em ambientes favoráveis ao debate de qualidade, por onde fluem livremente ideias e estudos sérios e responsáveis. É também por isso que meu esforço em Curitiba tem sido, desde o começo, aproximar a administração pública municipal das universidades e do conhecimento que está sendo frutificado incessantemente na academia. Foto: divulação Esse cara cresceu comigo, nossos pais trabalharam por décadas juntos. Um excelente caráter e muitas boas ideias para tratar dessas questões sob um novo viés. Eu deposito muita espectativa nesse cara, e creio que em Curitiba temos hoje uma política sobre drogas de vanguarda, em se tratando de Brasil. Grande Diogo, sinta-se abraçado por esse velho amigo.
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  17. “Levou 2 anos e meio para o FBI fazer o que eles fizeram…Mas depois de quatro semanas em silêncio É ISSO QUE ELES TERÃO!” falou ”Dread Pirate Roberts”, administrador do Silk Road site reaberto desde ontem. Nova conta no Twitter também foi aberta. “Silk Road levanta novamente… Comunicação aberta com seus antigos fornecedores e consumidores. Vamos deixar esta notícias ser levada aos quatro cantos da rede Tor e além”. Leia completo em inglês na Al Jazeera The original Silk Road was shut down in October and its owner, Ross William Ulbricht, arrested [AP] A new anonymous internet marketplace for illegal drugs has opened, with the same name and appearance as the Silk Road website shut down by US law enforcement authorities a month ago.Like its predecessor, the new Silk Road listed hundreds of advertisements for controlled substances available to buy using the anonymous Bitcoin digital currency.On October 1, the Federal Bureau of Investigation shut down the original Silk Road and arrested its alleged mastermind, Ross William Ulbricht, 29, known online as “Dread Pirate Roberts”, in San Francisco.”It took the FBI two-and-a-half years to do what they did…but four weeks of temporary silence is all they got,” a site administrator wrote, also using the “Dread Pirate Roberts” pseudonym, when the site opened on Wednesday. A new Twitter account was also launched in conjunction with the site’s re-emergence. Multi-million dollar marketplace The FBI declined to comment on the new version of the Silk Road. For more than two years, the original site allowed users to buy and sell illegal goods and services on the assumption that they were safe from the law. Deliveries were made through the mail in discrete packages. US authorities also say Ulbricht had tried to have a user who had threatened to expose the identities of thousands of Silk Road users killed. The charges against Ulbricht said his website generated sales of more than 9.5 million Bitcoins, roughly equivalent to $1.2 billion. The new website uses improved technology meant to keep identities secret, including measures to keep users from losing their Bitcoins in case the site shuts down, according to the new Dread Pirate Roberts. Like the original Silk Road, users access the new site using a no-cost, anti-surveillance service known as the Tor network instead of traditional web browsers. “The Silk Road has risen once more…Open communication with your old suppliers and customers, let this wonderful news be taken to all corners of the Tor Network and beyond,” the new administrator wrote. Edit: Esqueci de por a fonte http://coletivodar.org/2013/11/silk-road-reabre-apos-1-mes-fechado-pelo-fbi/
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  18. maneiro o relato.. tb me incomodo com ansiedade e defit d atençao.. creio q essas strains sao melhores pra mim tbm.. dia q eu cultivar ctz correrei atras dessas strains remedios pra mim.. pren me deixa eletrico tb coração a mil os carai todo..
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  19. Texto longo, mas muitíssimo informativo. Vale muito a leitura.
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  20. "Deliveries were made through the mail in discrete packages"
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  21. Eu vou é plantar maconha, sem patente oficial mesmo...pustamerda, ainda estou inconformado com o termo...
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  22. Finger resumiu tudo... Também estarei presente, e já vou levar mais 3 amigos no minimo para marcar presença! Unidos venceremos!
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  23. Bom se fosse. Tomara que ninguém perto de você tenha essa doença "imaginária".
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  24. Depois que a Bad instala e a sua pressão cai amigo não tem essa de "controlar o pensamento" , vc fica no mal estar geral. Toda vez que colo duas sedas e faço um brawzão, geralmente quando acabo de fumar minha pressão cai e fica tipo um inicio de bad, é ai que curto a viagem por que fico malzão mas ainda no controle.
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  25. The Huffington Post | By Matt Ferner | Posted: 11/05/13 EST 18 Milestones That Led To Our Marijuana 'Tipping Point' http://www.huffingtonpost.com/2013/11/05/marijuana-history_n_4175633.html 5-11-13 At a recent speech in Denver, Drug Policy Alliance executive director Ethan Nadelmann declared that we've hit "the tipping point" on marijuana policy. With Colorado and Washington getting ready for the first ever legal, regulated, recreational marijuana retail market for adults in the U.S.; with a majority of Americans recently saying for the first time in U.S. history that marijuana usage should be made legal; with a coalition of conservative Mormon mothers fighting for safe access to medicinal cannabis for their children -- it's hard to to disagree with him. Although much of this is recent history, it has been a long road to what very well may be the beginning of the end of marijuana prohibition in America. Here's a look back at the major milestones that helped bring the United States to its "tipping point." 1. A long, long time ago, a plant grew on planet Earth. The cannabis plant has a long history. It's widely believed that humans' first contact with the plant was roughly 10,000 years ago in China, where some of the earliest archeological evidence of hemp first originated. For thousands of years, the Chinese used it to make rope, paper, clothing and medicine. During the second century A.D., Chinese surgeon Hua T'o even used cannabis as an anesthesia. 2. America's founding fathers were quick to celebrate its benefits... In the 17th century, American farmers were required by law to grow hemp in Virginia and the other colonies. George Washington and Thomas Jefferson grew hemp, and Benjamin Franklin owned a mill that is rumored to have used hemp paper. Meanwhile, his own newspaper, the Pennsylvania Gazette, espoused the benefits of the crop for multiple uses. For hundreds of years in the U.S., hemp was used to make rope, sails, lamp oil and clothing, until production dropped to zero in the late 1950s over anti-drug sentiment and competition from synthetic fibers. 3. ...and so were our Mexican neighbors. In the late 1800s, marijuana was sold in many over-the-counter medicinal products. During the Mexican Revolution in 1910, Mexican immigrants fleeing their home country to the U.S. began introducing the recreational use of marijuana to American culture. Early prejudices about the Spanish-speakers became associated with marijuana use and crime, and the seeds to various stigmas about the drug were planted. 4. The "Summer of Love" brought smoking pot into the mainstream... George Harrison pays a surprise visit to San Francisco's famed Haight-Ashbury district on Aug. 8, 1967. (AP Photo) As the good vibes from the "Summer of Love" spread out from San Francisco, the 1960s counterculture movement blossomed and marijuana use among the anti-establishment became the norm. Led by poet-activist and "Marijuana Newsletter" publisher Ed Sanders with beat poet Allen Ginsburg at his side, the 1960s saw one of the first ever organized public protests against restrictive marijuana laws. Though the event itself was dubbed "LeMar" (Legalize Marijuana), it later formed the basis for the California-based pot reform group Amorphia. 5. ...and policy organizations came on board. Oregon became the first state to reduce the penalty for marijuana possession in 1973, and that same year, The Shafer Commission recommended that small quantities of marijuana should be legalized. President Richard Nixon ultimately rejected the advice of the commission. But the early 1970s still saw the creation of the National Organization for the Reform of Marijuana Law (NORML), a Washington D.C.-based lobby dedicated to drug policy reform; the People's Pot Conference, the first political pro-reform conference; Cheech & Chong, a comedy duo whose material revolves around drug use and much more. Marijuana had begun to go mainstream. 6. High times called for High Times. Acceptance for marijuana use grew in America by the mid-1970s, and the plant even got its own lifestyle magazine. Called High Times, the debut issue was published in 1974 and sold 45,000 copies. High Times is exclusively devoted to the promotion of pot culture and the drug's legalization to this day. 7. One man fought for his right to use medical marijuana -- and won. Glaucoma sufferer Robert Randall smoking marijuana he was prescribed legally to treat his illness. (Photo by Terry Ashe//Time Life Pictures/Getty Images) Robert Randall became America's first legal medical marijuana patient in 1975, growing the plant himself in Washington, D.C., and using it to treat his glaucoma. 8. San Francisco became the first city to allow medical use... Leave it the home of the "Summer of Love" to become the first city to pass an ordinance that gave medical patients access to marijuana. In 1991, in a historic first, San Francisco did just that. 9. ...the rest of California soon followed its lead... Dennis Peron, leader of the campaign for Proposition 215 and founder of the Cannabis Buyers Club, right, smokes a marijuana cigarette next to Jack Herer, of Los Angeles, Wednesday, Nov. 6, 1996, in San Francisco. (AP photo) Voters passed a ballot initiative in California that legalized the cultivation, possession and use of marijuana for medical purposes. 10. ...and so did 20 other states. Since 1996, 20 other states and the District of Columbia have followed California's lead, each passing some form of medical marijuana law. 11. Over the same time period, studies emerged showing cannabis can help fight cancer... A pair of scientists in San Francisco found that a compound derived from marijuana could stop metastasis in many kinds of aggressive cancer. A more recent study from the UK found that compounds derived from marijuana can kill cancerous cells in individuals with leukemia. 12. ...and help treat epilepsy. After using cannabis oil to treat her debilitating seizures, six-year-old Charlotte Figi saw her seizures fall from around 300 a week to just three over an eight-month period. 13. Then in 2012, the impossible happened... People attending an Amendment 64 watch party celebrate after a local television station announced the marijuana amendment's passage in Denver, Colo. (AP Photo/Brennan Linsley) On Tuesday, Nov. 12, 2012, voters in both Colorado and Washington approved ballot measures that legalize marijuana for recreational use for adults in each state. The first recreational marijuana shops will open in both states in 2014. 14. ...and the government said, "yes you can-nabis!" Attorney General Eric Holder (AP Photo/Manuel Balce Ceneta) The United States government took a historic step back from its long-running drug war in August, when Attorney General Eric Holder informed the governors of Washington and Colorado that the Department of Justice would allow the states to create a regime that would regulate and implement the ballot initiatives that legalized the use of marijuana for adults. 15. Hemp laws expanded to unlikely states... A commercial hemp field. Kentucky, a state not exactly known for embracing hippies or marijuana culture, legalized industrial hemp production in early 2013. North Dakota and West Virginia also have hemp laws on the books. 16. ...and the crop sprouted in U.S. soil once again. Colorado farmer Ryan Loflin harvests hemp on his farm in Springfield, Colo. Loflin planted 55 acres of several varieties of hemp alongside his typical alfalfa and wheat crops. (AP Photo/P. Solomon Banda) Farmers in Colorado made history in 2013 when they harvested a hemp crop -- the first in the United States since 1957. 17. Marijuana is now largely considered to be "the next great American industry"... A marijuana grow facility. Cannabis business is "the next great American industry," CEO Troy Dayton of The ArcView Group said during a recent investor meeting in Denver that resulted in over $1 million poured into startup marijuana businesses in Colorado. A study in November showed that legal marijuana is among the fastest-growing markets in the United States, and it's poised to outpace the expansion of the global smartphone market. 18. ...and a clear majority agrees. For the first time in U.S. history, more than half of Americans think that marijuana usage should be made legal, according to a recent Gallup poll. Fifty-eight percent of Americans now back legalizing marijuana. That represents an eight-point increase from the previous record of 50 percent in 2011, and a 10-point increase from November 2012, just after Colorado and Washington voted for legalization. Also on HuffPost: Loading Slideshow $13.7 Billion Saved On Prohibition Enforcement Costs The government would save an estimated $13.7 billion on prohibition enforcement costs and tax revenue by legalizing marijuana, <a href="http://www.huffingtonpost.com/2012/04/17/economists-marijuana-legalization_n_1431840.html" target="_hplink">according to a paper endorsed by 300 economists</a>. $500 Million In Tax Revenue For Washington State It's estimated that Washington's legalization of marijuana could bring the state an<a href="http://www.wptv.com/dpp/news/national/marijuana-legalization-decision-washington-colorado-oregon-can-pot-stimulate-the-economy" target="_hplink"> additional $500 million in tax revenue</a>, WPTV reports. $60 Million Saved By Colorado Legalization Colorado's pot legalization legislation, Amendment 64, is estimated to create <a href="http://csbj.com/2012/11/02/marijuana-economic-stimulant-or-just-a-can-of-worms/" target="_hplink">$60 million for the state in combined savings and additional tax revenue</a>, Colorado Springs Business Journal reports. Legalization Could Reduce Marijuana Prices Marijuana users could see substantial savings due to marijuana legalization, as <a href="http://www.huffingtonpost.com/2012/11/07/legalizing-marijuana-washington-colorado_n_2088375.html?1352310298" target="_hplink">prices could fall by up to 100 times</a>, perhaps freeing up some cash to spend on other things. Huge Prison Cost Savings Inmates incarcerated on marijuana-related charges cost U.S. prisons $1 billion annually, according to a 2007 study, <a href="http://www.alternet.org/rights/47815/" target="_hplink">AlterNet reports</a>. Marijuana Prohibition Costs Taxpayers $41.8 Billion A Year Including lost tax revenues, a 2007 study found that enforcing the marijuana prohibition costs tax payers $41.8 billion annually, <a href="http://www.forbes.com/2007/09/29/marijuana-laws-work-biz-cx_qh_1001pot.html" target="_hplink">Forbes</a> reports. California Marijuana Crop Worth $14 Billion A Year Marijuana growers account for <a href="http://www.time.com/time/nation/article/0,8599,1884956,00.html" target="_hplink">$14 billion a year in sales in California</a>, making it the state's most valuable cash crop, TIME reports. Illegal Marijuana A $36 Billion A Year Industry It's estimated that <a href="http://madamenoire.com/106691/capitalizing-on-the-billion-dollar-marijuana-industry/" target="_hplink">illegal marijuana is a $36 billion industry</a> in the U.S., MadameNoire reports. Dispensary Ads Boost Newspapers' Revenue The <em>Sacramento News and Review</em> saw a big boost in ad revenue when it offered advertising space for more than 60 medical marijuana dispensaries, enabling the publication to hire three additional employees, <a "http://www.news10.net/news/local/article/144285/2/Marijuana-ads-mean-big-money-for-weekly-newspaper" according to News 10. Mendocino Zip Tie Program Raised $600,000 Mendocino County, California's zip tie program aimed at regulating medical marijuana growing by charging permits for each plant raised <a href="http://www.huffingtonpost.com/2012/01/09/medical-marijuana-license-mendocino_n_1193198.html" target="_hplink">$600,000 in revenue in for the Sheriff's department</a> in 2011. Oakland Raised More Than $1 Million In Marijuana Tax Revenue The city of Oakland, California raised $1.3 million in tax revenue from medical marijuana dispensaries in 2011, 3 percent of the city's total business tax revenue, according to <a href="http://www.nytimes.com/2012/02/12/us/cities-turn-to-a-crop-for-cash-medical-marijuana.html?_r=1" target="_hplink"><em>The New York Times</em></a>. Colorado Pulls In $5 Million From Pot Sales Tax In 2011, Colorado pulled in $5 milllion in sales taxes from medical marijuana businesses, <a href="http://www.nytimes.com/2012/02/12/us/cities-turn-to-a-crop-for-cash-medical-marijuana.html?_r=1" target="_hplink"><em>The New York Times</em></a> reports. Legal Marijuana Could Be $100 Billion Industry Economist Stephen Easton estimated in 2010 that <a href="http://www.businessweek.com/debateroom/archives/2010/03/legalize_mariju.html" target="_hplink">legal marijuana could be a $45 to $100 billion industry</a>, <em>Bloomberg Businessweek</em> reports. Each weGrow Center Creates 75 Jobs When hydroponic marijuana growing supply chain weGrow opens a new store it <a href="http://aznow.biz/small-biz/wegrow-phoenix-opens-cultivates-opportunities-arizona)" target="_hplink">creates an estimated 75 jobs</a> indirectly, according to AZBusiness Magazine. 14 Reasons Why Marijuana Is Good For The Economy 1 of 15 AP Fullscreen  Play All $13.7 Billion Saved On Prohibition Enforcement Costs The government would save an estimated $13.7 billion on prohibition enforcement costs and tax revenue by legalizing marijuana, according to a paper endorsed by 300 economists.
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  26. as intimações de quem pediu no sementedemaconha ta começando a aparecer. nao comprem la.
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  27. deixa ele ir pessoal, vai ter uma aula de o que é ser um politico de verdade e vai voltar envergonhado
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  28. Aqui tem mais detalhes: smkbd.com/fumegando-verde-semana-canabica-atibaia/ DE 10 À 17 DE NOVEMBRO DE 2013 Coletivo Antiproibicionista Alterando a Consciência traz para Atibaia o maior evento cannábico da região: Semana de informação e cultura cannábica, acompanhe a programação de 8 dias que visa trazer a tona o que vem sendo estudado com relação à maconha no Brasil e no mundo. Diversos ativistas estarão presentes junto à profissionais que trarão uma novo maneira de se tratar o problema da guerra às drogas que tantos problemas sociais acarreta no Brasil. Programação do evento, todos gratuitos: DOM 10/11 16:20h Abertura do evento Exposição de artistas locais (fotografia e artes plásticas) Samba de Mesa (Partido Alto) Cineclube – “Up in Smoke – Cheech & Chong” / “Rockers” Local: KANDANGOS Bar SEG 11/11 16:20 Caminhada verde pelo centro Fala do Coletivo Antiproibicionista Alterando a Consciência na tribuna popular da câmara 19h Cineclube – “Cortina de Fumaça” “Modelos internacionais de políticas de drogas e falhas no proibicionismo. Contexto atual e produção do filme Cortina de Fumaça.” Aula Pública com Rodrigo Mac Niven Local: Praça da Matriz TER 12/11 19h “Políticas de Redução de Danos e maconha na saúde.” Aula pública com psicólogo Luiz Paulo Guanabara Aula Pública com neurocientista João Menezes Work Shop – Redução de Danos Cineclube – “Correndo da cura” Local: Praça da Matriz QUA 13/11 19h “Aula de medicina acerca do tema.” Cineclube - “Quebrando o tabu” Aula Pública com Dartiu Xavier Local: Praça da Matriz QUI 14/11 19h Sarau do Manolo “Movimentos sociais e as lutas pela legalização no Brasil.” Presença dos coletivos ASMA e DAR. I Campeonato Municipal de Enrolação de Fumo Cineclube – “História da Maconha” Local: Praça da AMADA SEX 15/11 (feriado) 15h Cineclube - “Maconha Medicinal” Local: Praça da Matriz 17h Debate Convidados Pró Legalização: Hildebrando Saraiva (LEAP Brasil) Henrique Carneiro Convidados Proibicionistas: Psicóloga Suely Bischoff Carlos Neher Local: Praça da Matriz SAB 16/11 14:20h Show de Reggae e cultura Rastafari: Guerreiros de Sião Tempo de Revolução Sensimilla Dub Jah I Ras Jimmy Luv Kamaphew Tawá (Bahia) Rebel Music – O melhor da música Jamaicana (Discotecagem com Robson Camundongo e Márcio Vibration) Local: Pouso de Asa Delta DOM 17/11 14h Feira de encerramento Exposições “Legislação acerca da política de drogas, internação compulsória, criminalização da periferia, sistema carcerário em falência e cenário político atual.” “A química da maconha.” Aula pública com: André Barros Mandacaru Discotecagem Cineclube - “A história das drogas” Stands, livros, revista Sem Semente, HAZE Brasil e HAZE Argentina, cobertura do blog Hempadão e do Jornal Canábico. Local: Praça da Matriz Convidados: LEAP Brasil (Law Enforcement Against Prohibition) – A LEAP é formada por integrantes das forças policiais e da justiça criminal (na ativa e aposentados) que falam claramente sobre a falência das atuais políticas de drogas. Hildebrando Saraiva (LEAP Brasil) - Detetive-inspetor da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro desde 2002. Cientista Social pela UFRJ, está lotado na 18ª Delegacia Policial da cidade do Rio de Janeiro, após ter passado por várias outras unidades policiais. Em 2008, criou um programa para educação de policiais, o Projeto QSL, patrocinado pelo edital de bolsas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Dr. André Barros - Presidente do Diretório Estudantil da Faculdade de Direito Cândido Mendes - Centro, foi da Executiva Nacional dos Estudantes de Direito da UNE. Integrou o primeiro Diretório Municipal do PT do Rio de Janeiro. Ex-conselheiro da OAB-DF e presidente da Comissão de Direitos Humanos. Em Brasília foi também assessor jurídico de Deputados Federais do Partido dos Trabalhadores. É do Diretório Municipal do PT do Rio de Janeiro. Prof. Henrique Carneiro - Bacharel, mestre e doutor em História Social pela USP e leciona História Moderna na USP. Foi professor na Universidade Federal de Ouro Preto. Seu mestrado (Filtros, mezinhas e triacas: as drogas no mundo moderno) e doutorado (Amores e sonhos da flora. Afrodisíacos e alucinógenos na botânica e na farmácia) trataram da história das drogas na época moderna e colonial. Desenvolveu pesquisas sobre bebidas alcoólicas (Bebida, abstinência e temperança na história antiga e moderna). É membro fundador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos, e pertence à Associação Brasileira de Estudos Sociais sobre Uso de Psicoativos e à Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas. Rodrigo Mac Niven - É jornalista e documentarista. Carioca, nasceu em 1976 e ainda na faculdade trabalhou como cinegrafista, editor e finalizador de programas de TV. Em 2005 criou a TVa2 Produções onde dirigiu, entre outros, os documentários “Por trás de uma última cena”; “Ei, you! O Haiti antes do terremoto” e o especial “Pessoas”, sobre o poeta Fernando Pessoa. Em 2010 produziu seu primeiro longa documental, sobre a guerra contra as drogas: "Cortina de Fumaça". Dr. Dartiu Xavier - Professor Livre-docente. Graduado em Medicina, mestrado em Psiquiatria e Psicologia Médica e doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica, ambos pela Unifesp. É professor, consultor do Ministério da Saúde, professor-orientador do grupo Cochrane do Brasil, membro da American PsychiatryAssociation, da InternationalAssociation for AnalyticalPsychology e da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, além de pesquisador-colaborador da UniversityofCalifornia (UCLA). Luiz Paulo Guanabara – Psicólogo especializado em Psicoterapia Breve pela CESANTA – Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 2003, fundou o Psicotropicus, a primeira organização de política de drogas do país. Em 2006, fundou um grupo de ativistas internacionais a Rede Internacional de Pessoas que Usam Drogas (INPUD). É membro do conselho da Rede Nacional de Redução de Danos (REDUC). João Menezes - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987), mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) e doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996). Pós-Doutoramento no Massachusetts General Hospital e Harvard Medical School (2003-05). Atualmente é prof. Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Citologia e Biologia Celular, atuando principalmente nos seguintes temas: neurogenese pós-natal, migração celular, gap junctions, desenvolvimento do córtex cerebral, neuroembriologia e neuroplasticidade Mancadacaru - Quem já conhece o Mandacaru da militância canábica do Growroom sabe que a palestra do cara deixa qualquer proibicionista escondido embaixo da mesa. Com seus moldes de estrutura molecular ele mostrou ao público a proximidade da cocaína com a prima legalizada ritalina. Pra completar ele ainda deu uma aula sobre os diferentes canabinóides da planta (THC, CBD, etc.) PELO FIM DA GUERRA LEGALIZE Organização: Coletivo Alterando a Consciência https://www.facebook.com/AlterandoAConsciencia?fref=ts Marcha da Maconha de Atibaia: https://www.facebook.com/MarchadaMaconhaDeAtibaia?fref=ts TODOS OS EVENTOS GRATUITOS
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  29. Boa Sorte irmão! Fica na paz!
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  30. Amanhã é o dia que tenho que ir na PF dar meu depoimento, seguindo os conselhos dos amigos, joguei aberto com meu advogado, e ele fez o favor de dar uma acalmada nos meus nervos, ja tenho problemas pra dormir e alguns tiques nervosos, imagina depois da intimação rsrs... Volto amanhã a noite pra contar como tudo ocorreu, e quem sabe, tranquilizar também mais companheiros do forum, estou num misto de nervoso, com medo, mas de certa forma tranquilo, pois sei que não sou bandido, de nenhum tipo, e sem medo da verdade; Abs a todos!
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  31. Uruguai ouve posição brasileira, mas está convencido em legalizar maconha Políticos locais defenderam a nova lei ao comparar a legalidade do consumo de tabaco no país O governo do Uruguai agradeceu nesta terça-feira (5) qualquer "contribuição" ao debate sobre a descriminalização da produção e venda de maconha, em resposta à chegada ao país de uma missão brasileira que tem por objetivo argumentar contrariamente à mudança na legislação uruguaia. O secretário da Presidência e presidente da Junta Nacional de Drogas, Diego Cánepa, disse que "todas as opiniões são uma contribuição", ao ser consultado pela imprensa sobre a visita da delegação do Brasil durante a apresentação de um relatório sobre cooperação internacional no Uruguai. No entanto, depois recalcou que "há um convencimento do Governo para não insistir em uma política que até agora não deu os resultados esperados". Uma delegação oficial brasileira se reuniu hoje com parlamentares uruguaios para advertir dos riscos para o país e a região da legalização de compra, venda e cultivo de maconha. A delegação é liderada pelo deputado federal Osmar Terra, médico, ex-secretário de Saúde do estado do Rio Grande do Sul e colaborador próximo da presidente, Dilma Rousseff. Cánepa também comparou o projeto de lei, já aprovado na Câmara dos Deputados e que deve ser ratificado no Senado este mês, com as restrições ao consumo de tabaco implementadas no país nos últimos anos. "O tabaco é a segunda droga mais consumida no Uruguai, e quatro mil uruguaios morrem por ano de doenças relacionadas com o tabagismo. A solução é proibir o cigarro e perseguir os fumantes como delinquentes?", se perguntou. "Não, a solução passa por um mercado fortemente regulado que proíbe a publicidade, que estabelece claramente quem pode vender, com uma fiscalização muito forte e com políticas muito restritivas e de controle de mercado. Achamos que este é o caminho a seguir também com a maconha", argumentou. Explicou que no Uruguai "não está se criando um comércio livre da droga, mas um mercado muito restrito em nível local, com um controle do Estado muito forte, porque o objetivo é tratar o consumo e a dependência". No Senado o controvertido projeto de lei conta com votos suficientes para aprovação já que o governo é maioria na casa. A legislação poderia entrar em vigor antes de dezembro, depois de ser sancionada pel o presidente José Mujica, que foi um de seus impulsores. A iniciativa estabelece a criação de um ente estatal reguladora encarregada de emitir licenças e controlar a produção e a distribuição da droga. Os consumidores previamente registrados poderão comprar maconha em farmácias especialmente determinadas, até o máximo de 40 gramas por mês, ou cultivar em casa até seis plantas que produzam não mais de 480 gramas por colheita. http://noticias.r7.com/internacional/uruguai-ouve-posicao-brasileira-mas-esta-convencido-em-legalizar-maconha-05112013
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  32. o ilustre "presidente do RS" sempre foi a favor da legalização e do auto cultivo, se ele faz por votos, eles faz desde o começo da carreira politica.
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  33. apoiado, que tal presentearmos o cidadão com um dossiê como o do Laranjada?
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  34. Oficializar Maconha É acabar com a necessidade de tomar rivotril, diazepam, prosac, frontal. Oficializar Maconha É acabar com a necessidade de internação compulsória Oficializar Maconha É acabar com a necessidade de precisar de psiquiatra!!
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  35. Fiz 2 anos e meio de Psicologia, tranquei e não sou psicólogo formado, mas conheço a área. Esse povo não entende (ou não quer) entender mesmo, por que teimam em bater na tecla do uso de cannabis por menores adolescentes? Assim como o álcool, a cannabis seria um produto destinado para maiores de 18 anos, é comprovado sim que cannabis na adolescência aumenta o risco de desenvolvimento (prematuro) de Esquizofrenia em pacientes pré-dispostos a ter a patologia, assim como o álcool ou uma experiência traumática também tem possibilidade de desencadear o mesmo efeito. Porém, em adultos formados a possibilidade de tais situações (uso de cannabis, traumas e etc) desencadearem em patologias como Esquizofrenia ou Psicose caí drasticamente. Não estou afirmando que não é possível, mas é muito raro, e ainda sim não se pôde identificar relações diretas (apenas indiretas) com tais substâncias com o desenvolvimento de patologias mentais. Fazendo uma analogia simples, o problema não são os jogos violentos destinados a maiores de 18 anos, o problema são os pais negligentes que permitem que crianças façam uso dos mesmos estando cientes que o produto é destinado a adultos, é comprovado que a mente em desenvolvimento da criança e do adolescente é sim muito mais vulnerável a auto-sugestão e a influência de agentes externos para molde de comportamento ético e social. Legal ou ilegal a criança e o adolescente tem a possibilidade de utilizar tais substâncias, não é a ilegalidade que afasta o uso, pelo contrário, marginaliza e oculta, dificultando ainda mais a ajuda médica aos necessitados.
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  36. Desde que o ultra-reacionário A.Nunes começou a apresentar o RV o programa morreu. Depois da Gabí Gabriela cagar em cima do RV esse escroto foi lá e puxou a descarga...Sabem quem foi entrevistado durante a falsa polêmica dos embargos infringentes? Simplesmente o Reale Jr! Pra quem não sabe o cara é filho de um dos fundadores do Integralismo - o nazismo tupiniquim - quanta imparcialidade. Esperavam que levassem quem? O Dartiu? Esqueçam! O RV virou mais uma trincheira reacionária da massmedia... Eu vi uns pedaços e o cara só falou uma merda atrás da outra...TNC!
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  37. Então a humanidade foi esquizofrênica por milênios, já que a maconha foi usada em todo o globo, nos últimos milhares de anos...
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  38. HAHAHHA vim postar isso... Seria lindo se o brasil realmente fosse o destino da maconha Uruguaia. Talvez isso faz aqueles joselitos la do paraguai a ler um livro de cultivo ou talvez ver apenas um video no youtube
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  39. "um Estado repressivo fundamentalista, no qual uma multidão de espertos explora a ignorância alheia e sobrevive da indústria do medo e da violência."
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  40. Ah, mano, o risco existe pra todo mundo! Bola pra frente, administra esse risco ai, e seja feliz!
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  41. Corre sim! Seja mais incisivo com elas! Blefa dizendo q já teve problemas com vizinhos! E que elas explanando pode respingar em você!
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  42. lobo_666, Não vi sinal nenhum de sexo ainda... Relaxa
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