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O Remédio Proibido (ou Como Resolver o Enigma de Jano) Título original: History of Cannabis as a Medicine¹, de Lester Grinspoon, professor emérito de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Harvard, publicado em 16 de agosto de 2005, no Medical Cannabis Journal. Tradução: André Kiepper, Analista de Gestão em Saúde da Fiocruz. 1. Adotou-se o conceito de remédio segundo Alice Desclaux, professora de antropologia da Universidade Paul Cézzane, para quem “durante muito tempo os tratamentos foram distribuídos de ambos os lados de uma linha de partilha entre remédios (compostos majoritariamente de plantas medicinais) e medicamentos, pertencentes aos saberes autóctones e biomédicos, sustentados, por um lado, pelos tradipráticos locais e, de outro, pelos comunicadores formados em biomedicina”. Nativa da Ásia Central, a Cannabis pode estar sendo cultivada há mais de 10.000 anos. Ela certamente foi cultivada na China por volta de 4.000 A.C. e no Turquestão por volta de 3.000 A.C.. Foi utilizada como um remédio na Índia, China, Oriente Médio, Sudeste Asiático, África do Sul e América do Sul. A primeira evidência do uso medicinal da Cannabis está em um memento fitoterápico publicado durante o reinado do imperador chinês Chen Nung 5.000 anos atrás. Ela foi recomendada para malária, constipação, dores reumáticas, "distração" e "transtornos do sexo feminino". Outro herbalista chinês recomendou uma mistura de maconha, resina e vinho como um analgésico durante cirurgias. Na Índia a Cannabis era recomendada para aceleração da mente, febres baixas, indução do sono, cura da disenteria, estimulação do apetite, melhora da digestão, alívio de dores de cabeça e cura de doenças venéreas. Na África ela foi usada para disenteria, malária e outras febres. Hoje, certas tribos tratam picada de cobra com maconha ou a fumam antes do parto. A maconha também foi descrita como um remédio por Galeno e outros médicos das eras clássica e helenística, e foi altamente valorizada na Europa medieval. O clérigo inglês Robert Burton, em sua famosa obra “A Anatomia da Melancolia”, publicada em 1621, sugeriu o uso de Cannabis no tratamento da depressão. O “Novo Dispensatório Inglês” de 1764 recomendou a aplicação de raízes de cânhamo sobre a pele para inflamações, um remédio que já era popular na Europa Oriental. “O Novo Dispensário de Edimburgo” de 1794 incluiu uma longa descrição dos efeitos da maconha e declarou que o óleo era útil no tratamento de tosses, doenças venéreas e incontinência urinária. Poucos anos depois, o médico Nicholas Culpeper resumiu todas as condições para as quais a Cannabis era supostamente útil na medicina. Mas no Ocidente a Cannabis não deu seu grito de independência como um remédio até meados do século XIX. Durante seu auge, de 1840 a 1900, mais de 100 artigos foram publicados na literatura médica ocidental recomendando-a para várias doenças e desconfortos. Poder-se-ia quase dizer que os médicos de um século atrás sabiam mais sobre a Cannabis do que os médicos contemporâneos; eles estavam certamente mais interessados em explorar o seu potencial terapêutico. O primeiro médico ocidental a ter um interesse na Cannabis como remédio foi W. B. O'Shaughnessy, um jovem professor da Faculdade de Medicina de Calcutá, que tinha observado o seu uso na Índia. Ele deu Cannabis para animais, satisfez a si mesmo de que era algo seguro, e começou a usá-la com pacientes que sofriam de raiva, reumatismo, epilepsia e tétano. Em um relatório publicado em 1839, ele escreveu ter constatado que a tintura de maconha (uma solução de Cannabis em álcool, administrada por via oral) era um analgésico eficaz. Ele também ficou impressionado com suas propriedades músculo-relaxantes e a chamou de "um remédio anticonvulsivante do mais alto valor". O'Shaughnessy retornou à Inglaterra em 1842 e proveu Cannabis a farmacêuticos. Médicos na Europa e nos Estados Unidos logo começaram a prescrevê-la para uma variedade de condições físicas. A Cannabis foi dada inclusive à Rainha Victoria pelo seu médico da corte. Ela foi listada no Dispensatório dos Estados Unidos em 1854 (com um aviso de que grandes doses eram perigosas e que era um poderoso "narcótico"). Preparações comerciais de Cannabis podiam ser compradas em farmácias. Durante a Exposição do Centenário de 1876, na Filadélfia, alguns farmacêuticos carregavam 05 kg ou mais de haxixe. Enquanto isso, relatórios sobre a Cannabis se acumulavam na literatura médica. Em 1860, o Dr. R. R. M'Meens relatou as conclusões da Comissão sobre Cannabis indica para a Sociedade Médica do Estado de Ohio. Depois de reconhecer uma dívida a O'Shaughnessy, M'Meens reavaliou sintomas e condições para as quais o cânhamo indiano tinha sido considerado útil, incluindo o tétano, nevralgias, dismenorreia (menstruação dolorosa), convulsões, dor de reumatismo e de parto, asma, psicose pós-parto, gonorreia e bronquite crônica. Como um hipnótico (droga de indução do sono), ele a comparou ao ópio: "Seus efeitos são menos intensos, e as secreções não são tão suprimidas por ela. A digestão não é perturbada; o apetite aumenta bastante; o efeito global da maconha é menos violento, e produz um sono mais natural, sem interferir com as ações dos órgãos internos; ela é certamente preferível ao ópio, embora não seja igual a esta droga em resistência e fiabilidade”. Como O’Shaughnessy, M'Meens enfatizou a capacidade notável da Cannabis para estimular o apetite . O interesse persistiu entre a geração seguinte. Em 1887, H. A. Hare exaltou a capacidade da maconha de dominar o nervosismo e a ansiedade e distrair a mente de um paciente em doença terminal. Nessas circunstâncias, ele escreveu: "O paciente, cujo sintoma mais doloroso tem sido trepidação mental, pode se tornar mais feliz ou mesmo hilário”. Ele acreditava que a Cannabis podia ser tão eficaz para aliviar a dor quanto o ópio: "Durante o tempo em que este notável fármaco está aliviando a dor, uma condição psíquica muito curiosa às vezes se manifesta; nomeadamente, que a diminuição da dor parece ser devido ao seu desaparecimento à distância, de modo que a dor se torna cada vez menor e menor, como se a dor em um delicado ouvido crescesse cada vez menos e menos como a batida de um tambor sendo levado para mais e mais longe, fora do alcance do ouvido”. Hare também observou que a maconha é um excelente anestésico tópico, especialmente para as membranas mucosas da boca e da língua - uma propriedade bem conhecida pelos dentistas no século XIX. Em 1890, J. R. Reynolds, um médico britânico, resumiu 30 anos de experiência com Cannabis indica, recomendando-a para pacientes com ‘insônia senil’: "Nesta classe de casos eu não encontrei nada comparável, em utilidade, a uma dose moderada de cânhamo indiano”. De acordo com Reynolds, a maconha permaneceu eficaz durante meses e mesmo anos, sem um aumento na dose. Ele também a achou valiosa no tratamento de várias formas de neuralgia, incluindo tique doloroso (uma desordem neurológica facial), e acrescentou que era útil na prevenção de crises de enxaqueca: "Muitas vítimas dessa doença mantiveram durante anos o seu sofrimento sobre controle usando maconha no momento da ameaça ou início do ataque". Ele também descobriu sua utilidade para certos tipos de epilepsia, para depressão, e às vezes para asma e dismenorreia (cólica menstrual). O Dr. J. B. Mattison, em 1891, chamou-lhe "uma droga que tem um valor especial sobre algumas condições mórbidas e o mérito e a segurança intrínsecos que legitimam o lugar que uma vez ocupou na terapêutica". Mattison revisou seus usos como um analgésico e hipnótico, com especial referência para dismenorreia, reumatismo crônico, asma, úlcera gástrica, e dependência de morfina, mas para ele o uso mais importante da Cannabis estava no tratamento "daquele opróbrio da arte da cura – a enxaqueca". Revelando suas próprias experiências e as de médicos anteriores, ele concluiu que a Cannabis não só bloqueia a dor da enxaqueca, mas previne ataques de enxaqueca. Anos mais tarde, William Osler expressou o seu acordo, dizendo que a Cannabis era "provavelmente o remédio mais satisfatório" para a enxaqueca. O relatório de Mattison concluiu com uma nota melancólica: Dr. Suckling me escreveu: “Os jovens estão raramente a prescrevendo”. Para eles eu a especialmente recomendo. Com o desejo de efeito imediato, é tão fácil usar essa morfina hipodérmica, trapaceira moderna, que eles [jovens médicos] são propensos a esquecer os resultados remotos da administração imprudente de opiáceos. Que a sabedoria passada a seus pais profissionais através de uma experiência infeliz possa servir para que se afastem desse cardume de narcóticos sob efeito dos quais muitos pacientes naufragaram. O cânhamo indiano não está aqui louvado como um específico. Ele vai às vezes falhar. Assim como outras drogas. Mas os numerosos casos em que atua bem conferem a ele uma grande e duradoura confidência. Como ele observou, o uso medicinal da Cannabis já estava em declínio em 1890. A potência das preparações de Cannabis era muito variável, e as respostas individuais à Cannabis ingerida oralmente pareciam erráticas e imprevisíveis. Outra razão para o abandono das pesquisas sobre as propriedades analgésicas da Cannabis foi o grande aumento do uso de opiáceos após a invenção da seringa hipodérmica na década de 1850, que permitiu drogas solúveis serem injetadas para o alívio rápido da dor; produtos de maconha são insolúveis em água e portanto não podem ser facilmente administrados através de injeção. Perto do final do século XIX, o desenvolvimento de tais drogas sintéticas como a aspirina, o hidrato de cloro e os barbitúricos, que são quimicamente mais estáveis do que a Cannabis indica e portanto mais fiáveis, acelerou o declínio da Cannabis como um remédio. Mas as novas drogas tiveram desvantagens marcantes. Mais de mil pessoas morrem de hemorragia induzida pela aspirina a cada ano nos Estados Unidos, e os barbitúricos são, com certeza, muito mais perigosos. Poderíamos ter esperado que médicos à procura de melhores analgésicos e hipnóticos se voltassem a substâncias canabinóides, especialmente depois de 1940, quando se tornou possível estudar congêneres (parentes químicos) de tetrahidrocanabinol que pudessem ter efeitos mais estáveis e específicos. Mas a Lei do Imposto Sobre a Maconha de 1937 minou qualquer experimentação. Esta lei foi a culminância de uma campanha organizada pela Agência Federal de Narcóticos sob a direção de Harry Anslinger, em que o público foi levado a acreditar que a maconha viciava e que seu uso levava a crimes violentos, psicose e deterioração mental. O filme “Reefer Madness”, feito como parte da campanha de Anslinger, pode parecer uma piada pela sofisticação de hoje, mas já foi considerado como uma séria tentativa de resolver um problema social, e a atmosfera e as atitudes que exemplificou e promoveu continuam a influenciar a nossa atual cultura. De acordo com a Lei do Imposto Sobre a Maconha, qualquer pessoa que usasse a planta da maconha para certos fins industriais ou médicos era obrigada a se registrar e pagar uma taxa de 01 dólar por cada 28 gramas. Uma pessoa que usasse maconha para qualquer outra finalidade teria que pagar uma taxa de US$ 100 por cada 28 gramas em transações não registradas. Aqueles que não cumprissem eram sujeitos a grandes multas ou a prisão por sonegação de impostos. A lei não era diretamente orientada para o uso medicinal de maconha - seu objetivo era desestimular o uso recreativo. Ela foi colocada na forma de um imposto sobre renda para evitar o efeito das decisões da Suprema Corte que reservavam aos estados o direito de regular a maioria das transações comerciais. Ao forçar que algumas transações de maconha fossem registradas e outras fossem tributadas pesadamente, o governo poderia tornar proibitivamente cara a obtenção da droga legalmente para quaisquer outros fins que não médicos. Quase por acaso, a lei dificultou o uso medicinal da Cannabis por causa da extensa papelada requerida aos médicos que quisessem usá-la. A Agência Federal de Narcóticos seguiu com regulações "anti-desvio" que contribuíram para o desencanto dos médicos. A Cannabis foi removida da Farmacopeia dos Estados Unidos e do Formulário Nacional em 1941. Na década de 1960, como um grande número de pessoas começou a usar maconha recreativamente, anedotas sobre a sua utilidade médica começaram a aparecer, não na literatura médica, mas geralmente na forma de cartas para revistas populares, como a Playboy. Enquanto isso, a preocupação legislativa sobre o uso recreativo aumentou, e em 1970 o Congresso aprovou a Lei Total de Controle e Prevenção ao Abuso de Drogas (também chamada de Lei de Substâncias Controladas), que classificou as drogas psicoativas em cinco categorias e colocou a Cannabis na Classe I, a mais restritiva. De acordo com a definição legal, as drogas da Classe I não têm uso médico e possuem um elevado potencial de abuso, e não podem ser usadas com segurança, mesmo sob a supervisão de um médico. Nessa época, o renascimento do interesse na Cannabis como um remédio estava bem encaminhado. Dois anos depois, em 1972, a Organização Nacional para a Reforma das Leis da Maconha (NORML) pediu à Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas (antiga Agência Federal de Narcóticos) para transferir a maconha para a Classe II, para que ela pudesse ser prescrita legalmente pelos médicos. As audiências perante a Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas (BNDD) foram instrutivas. Enquanto eu esperava para depor sobre os usos medicinais da Cannabis, testemunhei o esforço para colocar o pentazocine (Talwin), um analgésico opiáceo sintético feito pela Winthrop Pharmaceuticals, na classe de drogas perigosas. O depoimento indicou várias centenas de casos de vício, diversas mortes por overdose e provas consideráveis de abuso. Seis advogados da empresa farmacêutica, pastas na mão, tomaram à frente para evitar a classificação do pentazocine, ou pelo menos garantir que ele fosse colocado em uma das classes menos restritivas. Eles conseguiram em parte; ele se tornou uma droga de Classe IV, disponível por prescrição com menores restrições. No depoimento sobre a Cannabis, a próxima droga a ser considerada, não havia nenhuma evidência de mortes por overdose ou dependência - simplesmente muitas testemunhas, tanto pacientes quanto médicos, atestando a sua utilidade médica. O governo recusou-se a transferi-la para a Classe II. O resultado poderia ter sido diferente se uma grande empresa farmacêutica com enormes recursos financeiros tivesse um interesse comercial na Cannabis? Ao rejeitar a petição da NORML, a Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas (BNDD) falhou ao não promover audiências públicas, conforme exigido por lei. A justificativa dada foi que a reclassificação violaria as obrigações do tratado dos EUA sob a Convenção Única das Nações Unidas sobre Substâncias Entorpecentes. A NORML respondeu em janeiro de 1974 mediante a apresentação de uma ação contra a Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas. O Tribunal de Recursos da Segunda Circunscrição dos EUA reverteu o indeferimento da petição pela Agência, devolvendo o caso para reconsideração e criticando tanto a Agência quanto o Departamento de Justiça. Em setembro de 1975, a Agência Antidrogas (DEA), sucessora da Agência de Narcóticos e Drogas Perigosas (BNDD), admitiu que as obrigações do tratado não impediram a reclassificação da maconha, mas continuou a recusar audiências públicas. A NORML novamente entrou com uma ação. Em outubro de 1980, depois de muitas outras manobras legais, o Tribunal de Recursos deferiu a petição da NORML à DEA para reconsideração pela terceira vez. O governo reclassificou o tetrahidrocanabinol sintético (Dronabinol) como uma droga de Classe II em 1985, mas manteve a maconha em si – e o THC derivado da maconha (uma substância química idêntica à versão sintética) – na Classe I. Finalmente, em maio de 1986 o diretor da DEA anunciou as audiências públicas ordenadas pelo tribunal sete anos antes. Essas audiências começaram no verão de 1986 e duraram dois anos. As longas audiências envolviam muitas testemunhas, incluindo ambos pacientes e médicos, e milhares de páginas de documentação. O registro dessas audiências constitui uma das análises recentes mais extensas da evidência da Cannabis como um remédio. O juiz de direito administrativo Francis L. Young analisou a evidência e proferiu sua decisão em 06 de setembro de 1988. Young disse que a aprovação por uma "minoria significativa" de médicos era suficiente para atender ao critério de "uso médico atualmente aceito em tratamento nos Estados Unidos", estabelecido pela Lei de Substâncias Controladas para uma droga de Classe II. Ele acrescentou que "a maconha, em sua forma natural, é uma das substâncias terapeuticamente ativas mais seguras conhecidas pelo homem. Deve-se razoavelmente concluir que há segurança reconhecida no uso de maconha sob supervisão médica. Concluir de outra forma, na sentença, seria despropositado, arbitrário e caprichoso". Young prosseguiu recomendando “que o diretor da DEA conclua que a planta de maconha considerada como um todo tem um uso médico atualmente aceito em tratamento nos Estados Unidos, que não há falta de reconhecida segurança para o uso dela sob supervisão médica e que ela pode ser legalmente transferida da Classe I para a Classe II”. Ao determinar o que "uso médico atualmente aceito" significava para efeitos legais, o juiz Young estava adotando o ponto de vista dos peticionários e rejeitando o da DEA, cujo critério era o resultado de um ação judicial anterior envolvendo a droga 3,4-metilenodioximetanfetamina (MDMA). Em 1984, a DEA colocou essa droga anteriormente sem classificação na Classe I. A classificação foi contestada por mim e alguns colegas médicos, que acreditavam que o MDMA tinha potencial terapêutico. Após exaustivas audiências, o juiz de direito administrativo rejeitou a posição da DEA de que o MDMA não tinha uso medicinal reconhecido em tratamento nos Estados Unidos e concordou com os interpelantes que ele deveria ser colocado na Classe III ao invés da Classe I. O diretor da DEA rejeitou essa recomendação. Apelamos para o Tribunal de Recursos da Primeira Circunscrição dos EUA, que decidiu em nosso favor, considerando que aprovação formal para comercialização pela Agência de Alimentos e Drogas, o critério da DEA para "uso medicinal reconhecido em tratamento nos Estados Unidos", era inaceitável nos termos da Lei de Substâncias Controladas. O diretor da DEA respondeu com os seguintes novos critérios para o uso medicinal reconhecido de uma droga: (1) conhecimento cientificamente determinado e aceito sobre sua química; (2) conhecimento científico sobre sua toxicologia e farmacologia em animais; (3) eficácia em seres humanos estabelecida através de testes clínicos concebidos cientificamente; (4) disponibilidade geral da substância e informações sobre sua utilização; (5) reconhecimento do seu uso clínico na farmacopeia geralmente aceita, referências médicas, revistas, ou livros; (6) indicações específicas para o tratamento de doenças reconhecidas; (7) reconhecimento de seu uso por organizações ou associações médicas; e (8) reconhecimento e uso por um segmento significativo de médicos nos Estados Unidos. Esses foram os critérios rejeitados pelo juiz Young em sua decisão sobre a maconha. A DEA ignorou o parecer do juiz de direito administrativo e recusou-se a reclassificar a maconha. O advogado da agência comentou: "O juiz parece pendurar seu chapéu sobre o que ele chama de uma minoria respeitável de médicos. Sobre qual percentual você está falando? A metade de um por cento? Um quarto de um por cento?" O diretor da DEA John Lawn foi mais longe, chamando as reivindicações da utilidade medicinal da maconha uma "farsa perigosa e cruel". Em março de 1991, os demandantes apelaram mais uma vez e em abril o Tribunal de Recursos do Distrito de Columbia ordenou por unanimidade que a DEA reexaminasse os requisitos, sugerindo que eles eram ilógicos e que a maconha nunca poderia satisfazê-los. Uma droga ilegal não poderia ser utilizada por um grande número de médicos ou citada como um remédio em textos médicos. Como o tribunal destacou: "Nós temos que fazer um grande esforço para entender como alguém poderia mostrar que qualquer droga de Classe I fosse de uso geral ou geralmente disponível". O tribunal devolveu o caso para a DEA para mais explicações, mas ela não ofereceu nenhum desafio direto ao dogma central de que a maconha carecia de valor terapêutico. A DEA emitiu uma rejeição final a todos os pedidos de reclassificação em março de 1992. Apesar do obstrucionismo do governo federal, alguns pacientes foram capazes de obter legalmente a maconha para fins terapêuticos. Os governos estaduais começaram a responder de uma forma limitada à pressão dos pacientes e médicos no final dos anos 70. Em 1978, o Novo México promulgou a primeira lei destinada a tornar a maconha disponível para uso médico. Trinta e três estados o seguiram entre o final da década de 70 e início dos anos 80. Em 1992, Massachusetts se tornou o 34º estado a promulgar tal legislação, e em 1994 Missouri tornou-se o 35º. Mas as leis se revelaram difíceis de executar. Devido à maconha não ser reconhecida como um remédio sob a lei federal, os estados só podem fornecê-la através da criação de programas formais de pesquisa para obterem a aprovação da FDA para inscrição em uma Investigação de Nova Droga (IND). Muitos estados desistiram assim que os servidores encarregados dos programas confrontaram o pesadelo burocrático das leis federais pertinentes. No entanto, entre 1978 e 1984, 17 estados receberam permissão para criar programas para o uso da maconha no tratamento de glaucoma e náusea induzida pela quimioterapia do câncer. Cada um desses programas teve suspensões por causa dos muitos problemas envolvidos. Tomem o caso de Louisiana, onde a lei foi aprovada em 1978 estabelecendo um programa que permitia a um Conselho de Prescrição de Maconha analisar e aprovar requerimentos de médicos para tratar pacientes com Cannabis. O conselho teria preferido um procedimento simples em que as decisões médicas seriam confiadas ao médico, mas as agências federais não forneceriam Cannabis sem uma IND. Isso exigiria uma enorme quantidade de papelada e tornaria o programa insuportavelmente pesado. O conselho, portanto, decidiu usar um programa de pesquisa já aprovado pelo Instituto Nacional do Câncer, que foi limitado a pacientes com câncer e empregou apenas um THC sintético. A maconha em si não foi disponibilizada legalmente para qualquer paciente em Louisiana. Com essas limitações, o programa se revelou ineficiente. Os pacientes se sentiram compelidos a usar Cannabis ilícita, e pelo menos um foi preso. Apenas dez estados eventualmente estabeleceram programas em que a Cannabis era utilizada como um remédio. Entre estes, Novo México foi o primeiro e o mais bem sucedido, em grande parte por causa dos esforços de um jovem paciente com câncer, Lynn Pierson. Em 1978, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei permitindo que os médicos prescrevessem maconha a pacientes que sofressem de náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia do câncer. A lei foi posteriormente modificada para cumprir com as regulações federais da IND que requeriam um programa de pesquisa. Um considerável atrito se desenvolveu imediatamente entre a FDA e os responsáveis pelo programa do Novo México. A FDA exigiu estudos com placebos (substâncias inativas) como controle; os médicos do programa do Novo México queriam oferecer cuidados aos pacientes doentes. A FDA queria prosseguir lentamente; as atitudes dos médicos refletiam a urgência das necessidades dos seus pacientes. Finalmente, um acordo foi alcançado: os pacientes seriam distribuídos aleatoriamente em um tratamento com cigarros de maconha ou cápsulas de THC sintético. Mas o atraso prolongado sugeriu aos servidores do Novo México que a FDA não estava tratando de boa-fé, e as tensões começaram a crescer. A um certo ponto as autoridades estaduais consideraram até mesmo o uso de maconha confiscada, e o chefe da Polícia Rodoviária Estadual foi questionado se ela poderia ser fornecida. Em agosto de 1978, Lynn Pierson, que tinha feito um esforço heroico para estabelecer um programa de compaixão, morreu de câncer sem nunca ter recebido maconha legal. A FDA aprovou agora a IND Novo México, apenas para revogar a autorização algumas semanas mais tarde, depois de o furor do público em torno da morte de Pierson ter desvanecido. Nesse momento servidores do Novo México consideraram realizar uma conferência de imprensa para condenar as autoridades federais por "comportamento antiético e imoral". Por fim, em novembro de 1978, o programa foi aprovado, suprimentos de maconha foram prometidos dentro de um mês, mas não foram entregues durante dois meses. O modelo aleatório do programa logo foi violado. Pacientes discutiam entre si os méritos relativos dos dois tipos de tratamento e o trocavam quando queriam fazê-lo; isso também lhes dava uma sensação de controle sobre seu próprio cuidado. Mas muitos pacientes acreditavam, apesar das negativas do Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (NIDA), que os cigarros que recebiam não tinham a potência adequada. O estado nunca realizou uma análise independente. Alguns pacientes deixaram o programa a fim de comprar Cannabis nas ruas, que eles sentiam que era melhor do que a maconha do governo ou que o THC sintético. De 1978 a 1986 cerca de 250 pacientes com câncer no Novo México receberam maconha ou THC após medicamentos convencionais terem falhado no controle de náuseas e vômitos. Para esses pacientes, tanto a maconha quanto o THC eram eficazes, mas a maconha era superior. Mais de 90% relataram alívio significativo ou total de náuseas e vômitos. Apenas três efeitos adversos foram relatados em todo o programa - reações de ansiedade que foram facilmente tratadas com simples tranquilização. Os programas bem sucedidos em outros estados se assemelharam ao do Novo México. Entendia-se que "pesquisa" era apenas um desculpa; o objetivo era o de aliviar sofrimento. Embora os resultados não cumprissem as normas metodológicas para a pesquisa clínica controlada, eles confirmavam a eficácia da Cannabis e a vantagem da maconha fumada sobre o THC oral. A propósito, nenhum dos programas relatou problemas com abuso ou desvio de quaisquer THC ou cigarros de maconha . Um relatório do Departamento de Saúde do Estado de Nova York sobre o uso terapêutico de Cannabis questionou por que mais pacientes e médicos não tinham se inscrito no programa de Nova York. Ele concluiu que havia várias razões. Primeiro, os médicos estavam céticos por causa de sua formação e experiência limitadas. Segundo, os obstáculos burocráticos eram enormes. Como o relatório afirma, "farmacêuticos hospitalares e gestores queixam-se da papelada e procedimentos. Médicos reclamam dos requisitos de inscrição e relatórios onerosos. Pelo menos 16 médicos perguntaram sobre a disponibilidade da maconha, mas optaram por não se inscrever no programa, porque perceberam a grande quantidade de procedimentos burocráticos”. Uma terceira possibilidade era de que muitos pacientes e médicos decidiram que era mais fácil conseguir maconha de boa qualidade na rua. Mais ou menos ao mesmo tempo, os programas estaduais estavam sendo instituídos, a crescente demanda forçou a FDA a lançar um Tratamento Individual IND (normalmente referido como IND de Uso Compassivo ou IND de Compaixão) para o uso de médicos individuais cujos pacientes necessitassem de maconha. O processo de inscrição não era fácil, porque ele foi projetado para um propósito completamente diferente – fazer que as empresas farmacêuticas garantissem a segurança de novos medicamentos. O paciente que precisasse de Cannabis tinha que primeiro persuadir um médico a requerer à FDA a inscrição em uma IND. O médico tinha que preencher um formulário especial da DEA abrangendo as drogas de Classe I. Se o pedido fosse aprovado por ambas agências, o médico tinha então que preencher formulários de pedidos especiais para maconha, que eram enviados para o Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas (NIDA). O NIDA cultiva maconha em uma fazenda na Universidade de Mississippi - a única fazenda de maconha legal nos Estados Unidos - e a envia para a Carolina do Norte, onde é enrolada em cigarros que deveriam ter a mesma potência que a maconha de rua (na época 2%, atualmente 3,5%). O NIDA, em seguida, envia a maconha a uma farmácia designada que tem que cumprir com rigorosos regulamentos da DEA para a segurança da droga. O processo de candidatura demorava de quatro a oito meses. Tanto a FDA quanto a DEA requeriam constante prontidão, mas raramente respondiam dentro do prazo estabelecido por lei. De acordo com a (agora extinta) Aliança para a Cannabis Terapêutica, que ajudou inúmeros pacientes e médicos ao longo do processo, as agências governamentais rotineiramente pareciam perder alguns dos formulários de inscrição, e o médico tinha que reenviá-los, às vezes mais de uma vez. Compreensivelmente, a maioria dos médicos não queria se ver enredada na papelada, especialmente porque muitos também acreditavam que havia um certo estigma associado à prescrição de maconha. Em 1976, Robert Randall, que sofria de glaucoma, se tornou o primeiro paciente a receber uma IND de Compaixão para o uso de maconha. Ao longo dos 13 anos que se seguiram o governo premiou relutantemente mais uma meia dúzia. Então, em 1989, a FDA foi inundada com requerimentos de pessoas com AIDS. O caso que chamou a atenção para as consequências absurdas e terríveis da proibição médica sobre a maconha foi a agressão do governo sobre Kenneth e Barbra Jenks, um casal da Flórida em seus 20 anos que contraiu AIDS através de uma transfusão de sangue dada ao marido, hemofílico. Ambos estavam sofrendo de náuseas, vômitos e perda de apetite causada pela AIDS ou pelo AZT; o médico deles temia que Barbra Jenks morresse de fome antes que a doença a matasse. No início de 1989, os Jenks tomaram conhecimento da maconha através de um grupo de apoio para pessoas com AIDS. Eles começaram a fumar e por um ano levaram uma vida razoavelmente normal. Eles se sentiram melhor, recuperaram o peso perdido, e foram capazes de ficar fora do hospital; Kenneth Jenks manteve até mesmo seu emprego de tempo integral. Então alguém os denunciou. Em 29 de março de 1990, 10 oficiais de narcóticos armados bateram na porta do trailer deles, apontaram uma arma para a cabeça de Barbra Jenks, e apreenderam a evidência do crime: duas plantas pequenas de maconha que eles vinham cultivando, porque não podiam pagar o preço de rua da droga. O cultivo de maconha é um crime na Flórida; os Jenks enfrentariam cinco anos de prisão. Em seu julgamento, em julho, eles usaram a defesa de necessidade médica, que é raramente bem sucedida. O juiz rejeitou a defesa e condenou os Jenks, embora tenha imposto apenas uma pena suspensiva. A condenação foi posteriormente anulada por um tribunal superior e a defesa da necessidade médica foi aprovada. O caso recebeu publicidade nacional e os Jenks foram capazes de obter uma IND de Compaixão. A FDA foi inundada com novos pedidos de doentes com AIDS. O número vigente de INDs de Compaixão subiu de cinco para trinta e quatro em um ano. Em seguida, James O. Mason, diretor do Serviço de Saúde Pública, anunciou que o programa seria suspenso porque prejudicaria a oposição da administração do Bush ao uso de drogas ilegais. "Se percebem que o Serviço de Saúde Pública está por aí dando maconha para as pessoas, vão achar que essa coisa pode não ser tão ruim assim", disse Mason. Ele continuou: "Isso dá um sinal ruim. Eu não me importo de fazer isso se não houver outra maneira de ajudar essas pessoas, mas não há a menor evidência de que fumar maconha auxilia uma pessoa com AIDS". Depois de manter o programa "sob avaliação" durante nove meses, o Serviço de Saúde Pública o interrompeu em março de 1992. Vinte e oito pacientes cujos pedidos já haviam sido aprovados tiveram negada a maconha prometida. Treze pacientes que já recebiam maconha foram autorizados a continuar a recebê-la. Atualmente, o número caiu para sete. Depois de mais de 20 anos em que centenas de pessoas trabalharam através de assembleias estaduais, tribunais federais e órgãos administrativos para tornar a maconha disponível para pessoas que sofrem, estes sete são os únicos para os quais ela ainda não é um remédio proibido. Com o fim do programa IND de Compaixão, o último lampejo compassivo para com os pacientes de maconha medicinal por parte do governo federal desapareceu. Agora não havia nenhuma esperança de qualquer tipo de acesso legal a uma droga que milhares de americanos vieram a acreditar que era o melhor tratamento para seus problemas médicos particulares. Mais uma vez, alguns estados começaram a tentar preencher o vácuo, a começar pela Califórnia, que em 1996 aprovou a Proposição 215. Esta iniciativa tornou possível para os pacientes com determinados sintomas e síndromes, em que a Cannabis é útil, obter de um médico uma carta, que é o equivalente funcional a uma receita para maconha. Estas "receitas" são "preenchidas" em um dos muitos “Clubes de Compaixão” sem fins lucrativos que surgiram nos 10 estados que, por meio de legislação ou de iniciativa do eleitor, fazem agora subsídios semelhantes para pacientes de maconha medicinal. O governo respondeu com uma firme campanha visando a fechar os clubes de compaixão, e muitos pacientes que finalmente tinham encontrado uma forma legítima de obter este remédio estavam novamente dependentes de fontes ilícitas ou forçados a cultivar para si próprios, e alguns foram processados. Se a maconha não tem qualquer utilidade médica, como afirma o governo dos EUA, por que milhares de pacientes arriscam entrar em conflito com a lei para a obterem e usá-la? Eles a utilizam por uma ou mais de três razões: (1) a maconha é, mesmo com a tarifa da proibição, menos cara do que o medicamento convencional que a substitui, ou que o Marinol; (2) devido a sua toxicidade ser tão baixa, eles sofrem menos "efeitos colaterais" (efeitos tóxicos) do que com o medicamento convencional pelo qual a Cannabis foi substituída, e (3) porque é extremamente versátil - ela é útil no tratamento de uma variedade de síndromes e sintomas. Hoje, a maconha é mais comumente, mas certamente não exclusivamente, utilizada no tratamento de: - náuseas e vômitos severos da quimioterapia do câncer; - glaucoma; - epilepsia; - esclerose múltipla; - dor e espasmo de paraplegia e tetraplegia; - HIV/AIDS; - dor crônica; - enxaqueca; - doenças reumáticas (osteoartrite e espondilite anquilosante); - síndrome pré-menstrual, cólicas menstruais, e dores do parto; - colite ulcerativa; - doença de Crohn; - dor do membro fantasma; - depressão; - hiperemese gravídica. Existem várias razões pelas quais a medicina não tem sido mais rápida para reconhecer o valor de readmissão da Cannabis à farmacopeia. Uma delas é a ausência de incentivos de empresas farmacêuticas a desenvolvê-la como um medicamento, porque não é possível patentear uma planta. Na verdade, há um desestímulo, porque este medicamento versátil iria competir com sucesso com muitos dos produtos já existentes. Mas a razão mais importante é a pouca consideração que a medicina dá aos dados empíricos, e quase tudo o que sabemos sobre a maconha como remédio é empírico. Dados empíricos são menos confiáveis do que os derivados de estudos duplo-cegos controlados que foram introduzidos no início dos anos 60 e dos quais a medicina moderna agora depende. Ainda assim, não se deve esquecer que a medicina moderna foi construída sobre uma base de dados empíricos e que continua a apontar para novas possibilidades terapêuticas, algumas das quais, como no caso da Cannabis, se revelam válidas. Atualmente, opiniões em relação à natureza empírica da maior parte dos dados sobre a Cannabis está mudando lentamente. Em um artigo publicado recentemente na “Trends in Neurosciences” (maio de 2005), os autores escrevem o seguinte: “O uso da Cannabis como um remédio para várias condições tem uma história bem documentada que remonta milhares de anos. Com a identificação de um sistema endógeno de receptores e ligantes nos últimos anos, dados experimentais abundantes reforçaram as reivindicações empíricas de pessoas que percebem benefício medicinal do consumo atualmente ilegal de Cannabis. Isto, combinado com os dados de estudos clínicos recentes, aponta para a perspectiva da Cannabis como um remédio no tratamento de esclerose múltipla e outras numerosas condições médicas”. No século XIX a Cannabis era fornecida como um medicamento de administração oral sob a forma de um extrato à base de álcool, genericamente conhecido como Cannabis indica. A dosagem era uma questão de suposição, uma vez que não havia bioensaios naquele tempo. Os médicos não ficavam muito preocupados com a sobre dosagem, porque mesmo que uma dose especialmente grande pudesse deixar o paciente desconfortável até que o efeito da droga passasse, ela não iria de forma alguma prejudicá-lo. O que angustiava os médicos daquela época era o tempo de espera entre o paciente tomar, digamos, duas gotas da solução de Tilden (uma forma de Cannabis indica patenteada comumente usada) e o aparecimento do alívio dos sintomas - cerca de uma hora e meia. Médicos do século XIX não estavam cientes de uma das propriedades notáveis da maconha, por exemplo, que ela podia ser fumada, e que quando administrada desta forma ela proporcionaria o alívio dos sintomas dentro de minutos. Esta foi uma descoberta feita por usuários recreativos do início do século XX, que a transmitiram aos pacientes que usavam maconha como remédio. Esta é uma propriedade medicinal da Cannabis criteriosamente importante, pois permite aos pacientes determinarem rapidamente o quanto da droga necessitam para alcançar o seu objetivo médico. Além disso, proporciona ao paciente, que está em melhor posição para determinar esta dose, a capacidade de estar no controle do alívio de sua dor, náusea, ou outro sintoma. Embora nunca tenha sido relatado um caso de câncer de pulmão ou enfisema atribuível ao fumo de Cannabis, há no clima antitabagista generalizado de hoje preocupação com o efeito do fumo sobre o sistema pulmonar. Outra propriedade fortuita da maconha é que há uma janela de temperatura que é inferior ao ponto de ignição da Cannabis, mas sob a qual os canabinóides irão vaporizar. Está amplamente disponível agora um dispositivo conhecido como vaporizador, que tira vantagem desta propriedade. Ele mantém a maconha a uma temperatura entre 140ºC e 200°C, permitindo assim que o paciente inala os canabinóides terapêuticos isentos de qualquer um dos produtos de combustão do material da planta, incluindo os supostos cancerígenos. O problema da maconha medicinal é como um enigma de Jano: uma parte do problema é vista através dos olhos dos pacientes e a outra por aqueles de seu governo. Uma face olha com espanto o problema de negar maconha para o número crescente de pacientes doloridos e impacientes que a consideram útil, muitas vezes mais útil, menos tóxica e mais barata que os medicamentos legalmente disponíveis. Através dos olhos dos pacientes o problema é, claro, como adquirir e usar este remédio sem engrossar as fileiras (já são mais de 750 mil, anualmente) daqueles que são presos por usar esta substância ilegal e como evitar colocar em risco a segurança do emprego através do teste aleatório de urina. A outra face, a que olha para trás, é a de um governo obstinado, que defensivamente e inconsistentemente insiste que "a maconha não é um remédio", e que dá marcha à ré nessa posição arrogante e mal informada com toda a força de seu vasto poder legal, como ele está fazendo atualmente no estado da Califórnia. Em 1985, a Agência de Alimentos e Drogas (FDA) aprovou o Dronabinol (Marinol) para o tratamento de náuseas e vômitos da quimioterapia do câncer. O Dronabinol é uma solução de tetrahidrocanabinol sintético em óleo de sésamo (o óleo de sésamo é destinado a proteger contra a possibilidade de que o conteúdo da cápsula possa ser fumado). O Dronabinol foi desenvolvido pela Unimed Pharmaceuticals Inc., com uma grande quantidade de apoio financeiro do governo dos Estados Unidos. Este foi o primeiro indício de que a "farmaceuticalização" da Cannabis poderia ser o que o governo esperava para resolver os seus problemas com a maconha como remédio - o problema de como tornar as propriedades medicinais da Cannabis (na medida em que o governo acredite que existam tais propriedades) amplamente disponíveis como um medicamento, ao mesmo tempo proibindo a sua utilização para qualquer outra finalidade. Mas o Marinol não deslocou a maconha como "o tratamento de escolha"; a maioria dos doentes considerou a erva em si muito mais útil do que o Dronabinol no tratamento da náusea e vômitos associados à quimioterapia do câncer. Em 1992, o tratamento da síndrome de emagrecimento da AIDS foi adicionado à indicação de uso do Dronabinol; novamente, os pacientes relataram que era inferior à maconha fumada. Porque se pensava que iria vender mais se colocado em uma Classe de Controle de Drogas menos restritiva, ele foi transferido da Classe II para a Classe III no ano 2000. Mas o Marinol não resolveu o problema da maconha-como-um-remédio, porque tão poucos pacientes que descobriram a utilidade terapêutica do uso da maconha usam o Dronabinol. Em geral, eles o consideram menos eficaz do que a maconha fumada; ele não pode ser titulado, porque tem que ser tomado por via oral, o que provoca um longo atraso na manifestação da sua utilidade terapêutica; e mesmo com a tarifa de proibição da maconha de rua, o Marinol é mais caro. Assim, a primeira tentativa de “farmaceuticalização” provou não ser a resposta. Na prática, para muitos pacientes que usam maconha como remédio o Marinol de prescrição médica serve principalmente como uma camuflagem para a ameaça da crescente onipresença dos testes de urina. Mais recentemente, o Relatório do Instituto de Medicina (IOM) de 1999, que reconheceu a utilidade da maconha como remédio, propôs que a solução era a "farmaceuticalização" da Cannabis: prescrição de canabinóides individuais isolados, canabinóides sintéticos e análogos de canabinóides. O Relatório IOM afirma que "se houver qualquer futuro para a maconha como um remédio, ele se encontra em seus componentes isolados, os canabinóides, e seus derivados sintéticos". Ele continua: "Portanto, o objetivo dos ensaios clínicos com maconha fumada não seria desenvolver a maconha como uma droga licenciada, mas tais ensaios poderiam ser um primeiro passo para o desenvolvimento de sistemas de distribuição, de início rápido, de canabinóides não-fumados". Alguns canabinóides e análogos podem de fato ter vantagens sobre a maconha fumada ou ingerida em circunstâncias limitadas. Por exemplo, o canabidiol pode ser mais eficaz como um remédio anti-ansiedade e anticonvulsivante quando não é tomado junto com tetrahidrocanabinol (THC), que algumas vezes gera ansiedade. Outros canabinóides e análogos podem se provar mais úteis do que a maconha em algumas circunstâncias, porque podem ser administrados por via intravenosa. Por exemplo, de 15% a 20% dos pacientes perdem a consciência depois de sofrer um acidente vascular cerebral trombótico ou embólico, e algumas pessoas que sofrem síndrome cerebral depois de um forte golpe na cabeça ficam inconscientes. O novo Dexanabinol análogo (HU-211) demonstrou proteger os neurônios (em animais) contra danos quando administrado imediatamente após um acidente vascular cerebral; se isso se revelar verdadeiro em seres humanos, será possível administrá-lo por via intravenosa a uma pessoa inconsciente. Provavelmente outros análogos podem oferecer vantagens semelhantes. Alguns desses produtos comerciais podem também não ter os efeitos psicoativos que tornam a maconha útil para alguns fins não médicos. Portanto, eles não serão definidos como drogas "abusivas" sujeitas às restrições da Lei Total de Controle do Abuso de Drogas. Os sprays nasais, vaporizadores, nebulizadores, adesivos de pele, comprimidos e supositórios podem ser utilizados para evitar a exposição dos pulmões ao material particulado na fumaça da maconha. A questão é se estes projetos tornarão a erva da maconha medicamente obsoleta. Com certeza muitos desses novos produtos seriam suficientemente úteis e seguros para o desenvolvimento comercial. É incerto, no entanto, se as empresas farmacêuticas vão considerar que os enormes custos de desenvolvimento valem a pena. Alguns podem ser (por exemplo, um canabinóide agonista inverso que reduz o apetite pode ser altamente lucrativo), mas para a maioria dos sintomas específicos, análogos ou combinações de análogos são improváveis de ser mais úteis do que a erva da maconha. Eles também não têm a probabilidade de possuir um espectro mais amplo de usos terapêuticos, uma vez que o produto natural contém os compostos (e as combinações sinérgicas de compostos) a partir dos quais eles são derivados. Por exemplo, o THC e canabidiol naturalmente presentes na maconha, bem como o Dexanabinol, protegem as células do cérebro de animais após um acidente vascular cerebral ou uma lesão traumática. Além disso, qualquer novo análogo terá que ter um índice terapêutico aceitável. O índice terapêutico (um índice de segurança do fármaco) da maconha não é conhecido porque ela nunca causou uma morte por overdose, mas estima-se, na base de extrapolação a partir de dados obtidos com animais, que sejam inéditos 20.000 a 40.000. O índice terapêutico de um novo análogo é improvável que seja superior a isso; na verdade, novos análogos podem ser muito menos seguros do que a planta da maconha, porque vai ser fisicamente possível uma maior ingestão deles. É obrigatório perguntar: qual é o problema do governo com a maconha medicinal? O problema, como visto através dos olhos do governo, é a crença de que, à medida que um número crescente de pessoas observam parentes e amigos usando maconha como um remédio, elas chegarão a um entendimento que essa é uma droga que não se adequa à descrição que o governo tem empurrado por anos. Elas vão pela primeira vez apreciar o quão notável remédio ela realmente é; ela é menos tóxica do que quase qualquer outro medicamento na farmacopeia; ela é, como a aspirina, extremamente versátil; e é menos cara do que os medicamentos convencionais que ela substitui. As pessoas, então, vão começar a se perguntar se há alguma propriedade deste remédio que justifique sua negação a pessoas que desejam usá-lo por qualquer motivo, quanto mais a prisão de mais de 750 mil cidadãos por ano. O governo federal vê a aceitação da maconha como remédio como a porta de entrada para uma catástrofe - a revogação de sua proibição. Na medida em que o governo vê como um anátema qualquer uso da maconha, é difícil imaginá-lo aceitando um instrumento jurídico que permitiria seu uso como um remédio, ao mesmo tempo em que persegue vigorosamente uma política de proibição de qualquer outro uso. Contudo, existem muitas pessoas que acreditam que este tipo de acordo é possível e viável. Na verdade, esta é a opção que os governos canadense e holandês estão atualmente buscando, assim como vários estados dos Estados Unidos. Mas não vai ser possível fazer isso nos Estados Unidos na ausência de grandes estudos duplo-cegos que façam uso do remédio que milhares de pacientes utilizam nos dias de hoje: a erva da maconha. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Desclaux, A. O medicamento, um objeto de futuro na antropologia da saúde. Revista Mediações, Londrina, v.11, n.2, p.124, jul./dez. 2006. Grinspoon L. History of Cannabis as a Medicine. DEA statement, prepared for DEA Administrative Law Judge hearing beginning. 2005 Aug 22. Disponível em: <http://www.maps.org/mmj/grinspoon_history_cannabis_medicine.pdf>. Acesso em: 06 novembro 2013.4 points
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Eis-me aqui para dar minha versão de como tudo ocorreu na tarde de ontem, na PF de Campinas; Marcado pras 15:00, cheguei com meu advogado 40 minutos antes, e na portaria fomos avisados de que só voltariam do almoço um pouco mais tarde, o que atrasaria em alguns minutos nosso atendimento; sendo assim, sentamos e aguardamos chamar nossos nomes... por volta das 14:30, fomos chamados, junto com outra pessoa que estava sozinha, e também ia depor, subimos de elevador e aguardamos em uma sala enquanto o escrivão pegava nossos dados pessoais. Por volta das 15:10 fomos encaminhados para a sala do delegado, que estava sozinho e nos atendeu em sua porta, sentamos à uma certa distancia do mesmo e iniciaram-se as perguntas; -Você comprou algo fora do país? Conforme fui orientado pelo meu advogado, mostrei certa surpresa antes de responder; -Sim, geralmente compro chás, ou outras alternativas medicinais pra um problema de ansiedade/insônia que eu tenho; Foi perguntado em seguida se eu sabia o que era aquilo, e disse que sim, era uma das alternativas que eu havia encontrado para não ter que ficar comprando sempre os mesmos chás, pois eram caríssimos, o que não é mentira, no próprio sementedemaconha tem alternativas "legais" pra ervas, como mix de ervas com efeito parecido com o da cannabis, e eu realmente tinha efetuado uma compra deles anteriormente desse produto, e chegou tranquilo, o que não vieram foram as sementes...e acredito que isso foi o que deu uma "aliviada" na minha situação...ele entrou no site na minha frente, e na busca digitando "ervas legais" ele encontrou exatamente os produtos que eu havia citado... Fui indagado umas 4x pra que eu ia utilizar as sementes, e em todas respondi a mesma coisa sem piscar, ia plantar, e usar as folhas para fazer chá, pra consumo próprio, e apenas isso, nada ilícito; Terminando as perguntas, ele abriu seu livreto de leis e disse que eu podia ser enquadrado como traficante internacional, dependendo do juiz, mas que pelo menos um usuário eu pegaria...meu advogado tomou à frente algumas vezes para questionar as sementes, que em qualquer beco da cidade eu encontraria alguem vendendo, e se quisesse, pegaria a qualquer momento, mas que prefiri não me envolver com tráfico, e por não saber que importar sementes era ilegal, por ingenuidade fiz o pedido, mas sequer fui atrás saber o porque de não ter chegado. Finalizando, pegamos uma cópia do meu depoimento, e saímos do prédio, o processo todo não levou mais que meia hora. Em nenhum momento o delegado demonstrou qualquer emoção, nem boa, nem ruim, fez apenas seu trabalho de forma correta ao meu ver, muito diferente desses milicos pastéis que andam pela cidade se achando o dono da justiça e da razão; Portanto, se servir de apoio, segue uma dica: Nunca desvie seu olhar ao falar o sobre a compra, mantenha-se firme e confiante no que está dizendo, isso é fundamental pro delegado ver que você não é um babaca meitdo a malucão, estude bastante antes de ir, o conhecimento é vital pra que não seja tirado de otário, ou de malandrão, pois o tempo todo fica uma tensão no ar, que dependendo das palavras e de como elas são colocadas, podem elevar um pouco o nervosismo de ambas as partes. Espero que isso ajude os próximos que irão fazer uma visita a PF, mantenha a calma, e LEVE UM ADVOGADO, extremanente indispensável, va bem vestido e nunca se desvie do assunto, atenção total; Abs. à todos, e novamente obrigado pelos conselhos; Sektor3 points
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"Algum dia, quando a descriminalização das drogas for uma realidade, os historiadores olharão para trás e sentirão o mesmo arrepio que hoje nos produz a Inquisição." — Javier Martinez Lázaro. Juiz Penalista. Madri, Espanha.2 points
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boas novas! vovó conseguiu colocar stent através de endoscopia e no dia seguinte (hoje) voltou pra casa!! Ficou 12 horas antes sem óleo de maconha por causa da anestesia, mais 1 dia no hospital e só foi voltar ao óleo hoje. Avisei pra diminuir a dose, e assim foi feito mas aí... A VOVÓ CHAPOU!!! e é por isso que quero escrever, além de trazer a boa nova, claro! outra hora eu atualizo melhor a situação do tratamento. Fui conversar com ela, dizer que estava feliz pela cirurgia ter sido um sucesso. Ela começou a falar do tal remédio que dei pra ela e me descreveu em detalhe como estavam fazendo pra dar o remédio pra ela. (ela não sabe o que está tomando). "esse seu remédio eu sei que é muito bom... hihihihihih" "é amargo... hihihihihi" "pega no palito, joga na capsula e manda pra dentro hnihihihi" saquei que tinha algum lance errado, aí começou a me mostrar as feridas nos braços por causa da medicação e começou a rir da própria condição "olha meu braço, tá todo machucado... e roxo! hihihihihih" eu rindo, mas me segurava pra não rir muito. então ela me disse, rindo e com cara de chapada "há duas de mim. uma está muito, muito mal, no fundo do poço, e a outra fica só observando, imobilizada. (risos) " "só que agora ela ta vendo uma bola de luz em cima dela e um caminho. e, a outra está puxando ela por uma corda no túnel de luz.... HihihiHIhihihi" e ela dizia olhando e apontando pra cima, como se estivesse vendo. e ria aí não aguentei e comecei a rir de vez... nós dois rimos um bocado. pra todo mundo que entrou no quarto depois que ela tomou o óleo ela disse coisas estranhas... vovó dando pala geral!! huehuheuahuehuehuhauehau perguntei se ela se sentia melhor, por causa da cirugia, e ela disse. "sim. eu já acho que melhorou sim". -você acha que já tá menos amarela? eu não consigo perceber. "sim eu acho. e muito obrigado mesmo por trazer o remédio" - rindo de novo. enfim, impagável o momento que tive hj com a vovó. a luta continua!2 points
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tiraram tudo do ar pelo visto... alguém tem aí o CTR+C da parada ? só pra mim rir um pouco tb kkkk EDIT: viva o cache do google: segue a copia pra quem não ta conseguindo ver... Osmar Terra tem criado polêmica ao falar sobre "drogas" e fazer linha grossa frente ao tráfico e ao uso de entorpecentes. Mas muito além disso, Osmar Terra descobriu o prazer de uma das maiores iguarias do mundo. Em sua viagem ao Uruguai, Osmar sentou com Mujica para protestar contra a liberação da "verdinha", e acabou mudando de opinião. Veja nessa entrevista exclusiva com Ricardo Cockdick. Ricardo Cockdick: Osmar, o que aconteceu na reunião com Mujica? Osmar Terra: Sentei com ele para saber o que estava acontecendo e as razões para o Uruguai legalizar a tal da maconha. Não deu outra, Mujica acendeu aquela "tronca" como ele disse e me ofereceu. Ricardo Cockdick: E o senhor aceitou? Osmar Terra: O cheiro estava muito bom, de mato, verdinho. Ele olhou para mim e disse "Tu não quieres la verdita? És cosita muy boa. Kunkzinho", eu então decidi experimentar essa sensação nova. Ricardo Cockdick: Como foi essa experiência? Osmar Terra: Achei fantástica! Primeiro tive aquela sensação de leveza, depois fiquei tranquilão e então pra fechar comi 2 pratos daquele almoço incrível. A gente até riu da situação. Agora eu faço cultivo em casa e mando um, mas só nos finais de semana né. Ricardo Cockdick: Muito bom, Osmar, bate bola jogo rápido ok? Osmar Terra: Pode me chamar de Osmaneiro agora. Ricardo Cockdick: Celebridade. Osmar Terra: Bob Marley. Ricardo Cockdick: Banda. Osmar Terra: Planet Hemp, adoro aquela música, esqueci o nome. "D2 iiiih, preste atenção, rapaziada que não aguenta o poder da missão, isso é nã nã nã NÃ." por ai. Ricardo Cockdick: Frase. Osmar Terra: "Vou apertar, mas não vou acender agora". Gênio. Mito. Ponto Final. Ricardo Cockdick: Empresa. Osmar Terra: Dutch Passion, adoro a tal da Euforia deles, plantei uma vez e fiquei chapadão. Ricardo Cockdick: Hobby. Osmar Terra: Fingir que sou durão, que o mundo vai ser melhor reprimindo usuários de drogas, mentir pra mim e para todos dizendo que maconha é a porta de entrada sendo que eu SEI e TENHO CERTEZA que a porta de entrada é o álcool. Mas o que eu gosto mesmo é de por fogo na tronca. Ricardo Cockdick: Obrigado osmaneiro. Osmar Terra: Por nada Ricardo, agora passa a bola ô mão de cola. Quem for a favor da legalização é só postar no twitter e no facebook #osmaneiroliberaaganja.2 points
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Finger resumiu tudo... Também estarei presente, e já vou levar mais 3 amigos no minimo para marcar presença! Unidos venceremos!2 points
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Boa noite Jovens, Sou eu sim, na verdade o Osmar foi a segunda vítima. O Feliciano já sofreu um recentemente: http://noticias.gospelmais.com.br/hackers-anunciam-marco-feliciano-assumido-homossexualidade-61939.html Abraço e valeu ae pelos elogios.2 points
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Então a humanidade foi esquizofrênica por milênios, já que a maconha foi usada em todo o globo, nos últimos milhares de anos...2 points
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CARA ALGUEM POR FAVOR DA UMA LUZ comprei umas seeds esses tempos atras 6 meses por ai, então ontem trampando ali e chega o cara da PF me entregar a intimacão as sementes,e estavam la no meio das folhas da minha "investigação" ainda no envelope, as fotos das minhas 3 SEMENTES SOMENTE,enfim, FUI LA HOJE DIA 08/11/2013, os caras sabiam tudo sobre mim tudo mesmo, ate que a minha irmã morava fora de casa e bla bla bla, ai o cara falo que ia ter que vir aqui em casa olhar se eu não tinha nada,ou senão ia chamar o camburão pra vir aqui, me botou a boba da pressão, eu nunca vendi, tinha comprado as seeds pela 1 vez, so pra ver quale que era, e queria fuma um do bom e claro, eu fui pego por p2 da civil fumando 1 com meu amigo a 2 meses atras e tava com um toquinho ja to pagando 1 salario so por isso, e hoje dai os caras da PF, 3 CARAS +eu em um carro preto, vieram aqui em casa por que falaram que se eu não permitisse (vinha o camburão aqui, e a casa e do lado da empresa que eu e meu pai trampamos, ele DISSE que se eu topasse vinha em carro discreto e tals, então eu aceitei, vieram aqui e levaram minhas 4G de fumo prenssado que estavam no meu quarto,so oque acharame eu ja havia dito pra ele la que eu so fumava e tinha so para meu consumo mesmo, me levaram de novo a PF e la mais um TC encaminhado pro forum, liguei pro ADVOGADO, e ele me informou que eles abusaram, da autoridade pois não tinham mandato, to muto preocupado pois cai 2x em menos de 2 meses, e na outra o juiz ja havia falado que da proxima seria bem mais serio. e eu como falo pra eles, fumo mesmo e não consigo ficar sem, so muito ancioso, minha vida so rola se tiver a erva pra me acalmar, sou trabalhador,tanto que deixei o serviço 2x ja para ir em audiencias em 2 meses, isso e sacanagem, hoje atrasei um trampo meu chefe me encheu de lixo, e eu nunca fiz nada de mal pra ninguem, agora to ate com medo de pega weed de novo, pois ta mt foda, os cara da civil ja me humilharam aquele dia por causa de menos de 4G algema e tudo, hoje mais uma vez, e agora a PF, e ainda me acuso de trafico internacional por causa das seeds. to aqui mt puto agora bebendo uma vodka pq não da pra aguenta a raiva..... ajudem ai galera oque eu posso fazer?1 point
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Osmar admiti que curti um choi na entrevista em seu site oficial: http://osmarterra.com.br/noticia.php?idnoticia=3001 point
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CEBRID cria grupo de estudos sobre Cannabis sativa L. (maconha) O CEBRID tem notado que o número de trabalhos científicos/artigos sobre maconha tem aumentado de maneira acentuada nos últimos tempos. E é sempre a mesma coisa: artigos a favor; artigos contra; não importando o tópico com o qual a planta é encarada. Acima de tudo, percebe-se um viés ideológico que obscurece a realidade sobre a maconha. Assim, criamos um grupo multidisciplinar formado por pesquisadores do CEBRID e de outras instituições, visando analisar e discutir diferentes aspectos sobre esta temática. Ficou então constituído um grupo de estudos denominado“Maconhabras”. Este nome veio da lembrança de importantes instituições brasileiras que honram o país, como: Petrobras, Eletrobras, Biobras, Radiobras, entre outras. Não se trata, portanto, de deboche ou ironia às deselegantes atitudes que procuram desmerecer os estudiosos sobre a maconha, em número cada vez maior no Brasil. Como parte de suas atividades, o grupo publicará boletins sobre diferentes assuntos envolvendo as discussões sobre a maconha, especialmente a respeito de suas propriedades medicinais. Desfrute da primeira edição do nosso boletim! Grupo Maconhabras E. A. Carlini, Lucas Maia, Paulo Mattos, Rafael Zanatto e Renato Filev. Maconhabras_Boletim#1_Final.pdf1 point
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Osmar Terra assumi em entrevista que curti um choi. http://osmarterra.com.br/noticia.php?idnoticia=3001 point
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Vamos aguardar os consultores jurídicos se pronunciarem .... mais vc ajudou a comprovar que não se manda seed para o endereço do grow ... muito menos no seu nome... Abraço e que Jah ilumine seus caminhos ... e mal nenhum te acertará ...1 point
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CAraca ... Rauzito é meu ídolo desde quando comecei a gostar de musica ... Vou dar meus pitacos e as "MINHAS" considerações mediúnicas sobre eles ... não dá para falar de Raul sem Falar em Paulo Coelho ... Dois seres iluminadíssimos .... porém como todo Louco ... os dois curtiram a juventude .... e quem aqui não extrapolou na vida que atire a primeira pedra ... Eu tenho profunda admiração tanto pelo RAul como Paulo Coelho ... a questão é que Paulo percebeu o tamanho do abismo e parou ... mais ele já disse varias veses que se arrepende de ter apresentado Drogas ao Raul .... mais quem realmente conheçeu Raul, sabe ... ele iria conheçer e curtir de qualquer geito ... cedo ou tarde, pois ele gostava mesmo ... era de levar a sua loucura ao limite do abismo .... e por escolha própria, caiu nele ... mais todos os amantes de RAul sabem ... ele viveu do jeito que quis ... e morreu feliz .... Por isto que o torna um grande ídolo ... o ser que levou seu livre arbítrio aos extremos .... e viveu livre ... alcançou altas realizações .... coisa que esta se tornando cada vez mais rara nesta terra ! Luz de Jah Raul ... e que nosso pai te irradie sua luz ... para engrandecer e purificar ... este seu ser .... Louco1 point
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Aqui até os químicos são genéricos. A coisa que tem menos no pó das biqueiras por aqui é coca. Vai bicarbonato pra baixo... Imagina se o Keith Richards cheirasse do nosso pó, o Rolling Stones ia durar só 2 anos kkkkkkkkkkkkkk1 point
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toma terraaaaaaaaaaaaaaaaaaaa toma no seu cu falei que ele ia la pra aprender, quero ver justificar os gastos com essa viagem agora quer argumentar falacias com quem ta certo come terra? toma no seu rabo e leva essa pra casa, no Brasil a politica é tão canalha que leva um sapo até de um micro estado como O Uruguai vai aprender a fazer politica vagabundo, sua função é social e não seus interesses particulares!!!1 point
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Mais umas fotos macro das minhas coleções... ...espero que gostem Para celebrar o post nº 1.000.000 no GrowRoom!!! Parabéns!1 point
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Já começaram errado: "Durante o programa, os cientistas da University College de Londres programam provar que a maconha, além de provocar uma dependência mais forte do que muitas outras drogas, leva também à paranoia e à perda de memória." Percebe-se qual o intuito por trás disto...1 point
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"Deliveries were made through the mail in discrete packages"1 point
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Atibaia nao tem nem comparaçao com Bragança Pta , apesar de nao ser a cidade mais liberal Atibaia sempre foi uma cidade Vanguardista , pouca gente sabe mais a primeira festa "Rave" do Brasil feita por um grupo de gringos que excursionavam pelo mundo foi realizada em um sitio de Atibaia !! Acredito que o evento nao tenha o apoio da Prefeitura , porém só de nao estar dando "chabu" neguinho tomando processo e a midia desmentindo o evento ! Ja ta de bom Tamanho !!! Agora Galera o Negocio é a Gente Fazer a Nossa Parte e Comparecer ! Nao precisa vir vestido de "folha de maconha" o importante é prestigiar o evento e marcar presença e posiçao perante a Sociedade, Que imaginam que as pessoas que fazem parte do mundo da Cannabis sao meros desocupados , desajustados sociais ou vagabundos !!! Temos que comparecer e mostrar que nao somos nada disso e que temos os nossos direitos ou pelo menos em relaçao a cannabis "queremos ter" ! Eu e muitos outros Brothers estarao lá , nao só gente do GR como alguns do Cannabis Café Brasil !! Embora se mobilizar galera de SP e Regiao !! Valew E Noiz1 point
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as intimações de quem pediu no sementedemaconha ta começando a aparecer. nao comprem la.1 point
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Mandou benzasso!!! Tô com o finger. Já pensou derrubar o site do Laranjolas... seria fenomenal!!!1 point
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Toda vez que eu começo a considerar a possibilidade de pedir seeds de novo aparece outro azarado recebendo cartinha de amor da PF e postando aqui Como é triste ser medroso vivendo no Brasil1 point
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O Brasil e a maconha uruguaia Data 05/11/13 Fonte http://www.jb.com.br/coisas-da-politica/noticias/2013/11/05/o-brasil-e-a-maconha-uruguaia/ Uma delegação governamental brasileira, composta de autoridades do governo federal e do estado do Rio Grande do Sul, pretende visitar o Uruguai, nos próximos dias, para — segundo informam os jornais — “alertar” as autoridades de Montevideu a respeito do projeto de lei que legaliza a venda e o cultivo de maconha que está para ser votado este mês naquele país. O Brasil estaria preocupado — e para isso tentando se meter em um assunto que só interessa ao povo uruguaio — com as consequências do projeto para o país de Mujica e os “outros países da região”. Do ponto de vista do Brasil — mergulhado em uma pandemia de crack e em uma guerra tão inútil quanto mal sucedida contra uma praga que já contaminou toda a sociedade — não dá para perceber em que aspecto a venda de maconha no Uruguai poderia piorar ainda mais a situação. E muito menos que tipo de “orientação” o Brasil poderia dar, nesse aspecto, ao governo de Pepe Mujica. Iremos ensinar o Uruguai a não perder, em confrontos relacionados com o tráfico de drogas em apenas três cidades, quase 2 mil pessoas? Será que o Brasil vai ensinar ao Uruguai a defender suas juízas para que elas não sejam assassinadas ao descobrir que dezenas de policiais, trabalhando em um mesmo bairro, recebiam regularmente dinheiro de traficantes de drogas? Ou será que vai propor à polícia uruguaia que use kits de teste para evitar prender automaticamente qualquer um que esteja portando um papelote, ou uma “pedra”, mesmo que ali só haja anfetamina misturada com pó de mármore e bicabornato de sódio? Será que iremos ensinar o Uruguai a não perder, em confrontos relacionados à repressão ao tráfico de drogas, em apenas três cidades, quase 2 mil pessoas assassinadas por ano? Ou será que vamos ensinar a solucionar os problemas de superlotação, de péssima condição e das mortes por problemas de saúde e de violência nas cadeias uruguaias? Como mostram estas poucas perguntas — irônicas, está claro — há uma série de assuntos, entre eles corrupção, tráfico de drogas, violência, situação carcerária, procedimento legal, etc, em que o Brasil não está em condições de dar lições a ninguém. E muito menos ao povo uruguaio, um país que tem uma cultura e uma qualidade de vida — para ficar apenas em dois aspectos — muitíssimo superior às que nós temos aqui. Para resolver o problema de drogas no Brasil e em outros países é preciso, primeiro — como está fazendo o Uruguai — parar de relativizá-las hipocritamente. O cigarro e a bebida — considerando-se o câncer, a violência e os acidentes de trânsito — matam tanto, direta e indiretamente, quanto a maconha, o crack e a cocaína, por exemplo. Toda substância que afeta a mente e o comportamento é droga. Nunca vi ninguém deixar de fazer bêbado, o que faria sob o efeito de outras drogas, até porque o álcool é a droga de entrada, a partir da qual o usuário é apresentado às outras. Um sujeito, sob o efeito de cocaína, pode matar a família a pauladas, em São Paulo, do mesmo jeito que outro faz o mesmo a machadadas, no interior da Bahia, depois de passar a noite bebendo pinga e fumando cigarro de palha. Se sequer proibimos a publicidade de álcool na televisão, como vamos nos meter em assuntos internos de terceiros países?Ora, se sequer proibimos a publicidade de álcool na televisão, como queremos nos meter nos assuntos internos de terceiros países para influenciar o que eles vão fazer com relação á maconha? No Uruguai, e em alguns estados norte-americanos, cansados de armar a polícia gastando milhões, sem nenhum resultado palpável a não ser milhares de mortos e cadeias superlotadas, transformadas em universidades do crime, o que fizeram os governos? Optaram por controlar e taxar a produção e a venda de maconha, tirando das mãos dos traficantes e dos corruptos que vivem à custa deles, e colocando nas mãos do Estado, milhões de dólares que podem, por meio dos impostos, beneficiar a toda a sociedade. O proibicionismo radical e intolerante, em um mundo em que a Europa e os EUA já descriminalizaram, de fato, a maconha — e a situação pré-existente não piorou em razão disso — é anacrônico e descabido, e só serve para manter em funcionamento um Estado repressivo fundamentalista, no qual uma multidão de espertos explora a ignorância alheia e sobrevive da indústria do medo e da violência. Se não se tivesse ido com tanta sede ao pote, a repressão ao tráfico de cocaína, antes restrito a pequena parcela dos jovens da classe média, talvez não tivéssemos hoje o fenômeno do crack. Incomodados no seu “negócio”, os traficantes resolveram trocar o pequeno atacado por uma droga de varejo, para consumo de massa, que, pela disseminação e a quantidade de usuários, não pudesse ser rastreada ou controlada. Hoje, até eles estão sendo alijados do processo. Até porque o que se está vendendo hoje nas ruas é uma série de produtos químicos altamente tóxicos, que em suas diversas composições muitas vezes não têm nem traço de cocaína. Se esse fosse o caso, a produção boliviana não daria para abastecer nem o estado de São Paulo. Tags: autoridades, delegação, Governo, praga, traficantes1 point
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Aqui tem mais detalhes: smkbd.com/fumegando-verde-semana-canabica-atibaia/ DE 10 À 17 DE NOVEMBRO DE 2013 Coletivo Antiproibicionista Alterando a Consciência traz para Atibaia o maior evento cannábico da região: Semana de informação e cultura cannábica, acompanhe a programação de 8 dias que visa trazer a tona o que vem sendo estudado com relação à maconha no Brasil e no mundo. Diversos ativistas estarão presentes junto à profissionais que trarão uma novo maneira de se tratar o problema da guerra às drogas que tantos problemas sociais acarreta no Brasil. Programação do evento, todos gratuitos: DOM 10/11 16:20h Abertura do evento Exposição de artistas locais (fotografia e artes plásticas) Samba de Mesa (Partido Alto) Cineclube – “Up in Smoke – Cheech & Chong” / “Rockers” Local: KANDANGOS Bar SEG 11/11 16:20 Caminhada verde pelo centro Fala do Coletivo Antiproibicionista Alterando a Consciência na tribuna popular da câmara 19h Cineclube – “Cortina de Fumaça” “Modelos internacionais de políticas de drogas e falhas no proibicionismo. Contexto atual e produção do filme Cortina de Fumaça.” Aula Pública com Rodrigo Mac Niven Local: Praça da Matriz TER 12/11 19h “Políticas de Redução de Danos e maconha na saúde.” Aula pública com psicólogo Luiz Paulo Guanabara Aula Pública com neurocientista João Menezes Work Shop – Redução de Danos Cineclube – “Correndo da cura” Local: Praça da Matriz QUA 13/11 19h “Aula de medicina acerca do tema.” Cineclube - “Quebrando o tabu” Aula Pública com Dartiu Xavier Local: Praça da Matriz QUI 14/11 19h Sarau do Manolo “Movimentos sociais e as lutas pela legalização no Brasil.” Presença dos coletivos ASMA e DAR. I Campeonato Municipal de Enrolação de Fumo Cineclube – “História da Maconha” Local: Praça da AMADA SEX 15/11 (feriado) 15h Cineclube - “Maconha Medicinal” Local: Praça da Matriz 17h Debate Convidados Pró Legalização: Hildebrando Saraiva (LEAP Brasil) Henrique Carneiro Convidados Proibicionistas: Psicóloga Suely Bischoff Carlos Neher Local: Praça da Matriz SAB 16/11 14:20h Show de Reggae e cultura Rastafari: Guerreiros de Sião Tempo de Revolução Sensimilla Dub Jah I Ras Jimmy Luv Kamaphew Tawá (Bahia) Rebel Music – O melhor da música Jamaicana (Discotecagem com Robson Camundongo e Márcio Vibration) Local: Pouso de Asa Delta DOM 17/11 14h Feira de encerramento Exposições “Legislação acerca da política de drogas, internação compulsória, criminalização da periferia, sistema carcerário em falência e cenário político atual.” “A química da maconha.” Aula pública com: André Barros Mandacaru Discotecagem Cineclube - “A história das drogas” Stands, livros, revista Sem Semente, HAZE Brasil e HAZE Argentina, cobertura do blog Hempadão e do Jornal Canábico. Local: Praça da Matriz Convidados: LEAP Brasil (Law Enforcement Against Prohibition) – A LEAP é formada por integrantes das forças policiais e da justiça criminal (na ativa e aposentados) que falam claramente sobre a falência das atuais políticas de drogas. Hildebrando Saraiva (LEAP Brasil) - Detetive-inspetor da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro desde 2002. Cientista Social pela UFRJ, está lotado na 18ª Delegacia Policial da cidade do Rio de Janeiro, após ter passado por várias outras unidades policiais. Em 2008, criou um programa para educação de policiais, o Projeto QSL, patrocinado pelo edital de bolsas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Dr. André Barros - Presidente do Diretório Estudantil da Faculdade de Direito Cândido Mendes - Centro, foi da Executiva Nacional dos Estudantes de Direito da UNE. Integrou o primeiro Diretório Municipal do PT do Rio de Janeiro. Ex-conselheiro da OAB-DF e presidente da Comissão de Direitos Humanos. Em Brasília foi também assessor jurídico de Deputados Federais do Partido dos Trabalhadores. É do Diretório Municipal do PT do Rio de Janeiro. Prof. Henrique Carneiro - Bacharel, mestre e doutor em História Social pela USP e leciona História Moderna na USP. Foi professor na Universidade Federal de Ouro Preto. Seu mestrado (Filtros, mezinhas e triacas: as drogas no mundo moderno) e doutorado (Amores e sonhos da flora. Afrodisíacos e alucinógenos na botânica e na farmácia) trataram da história das drogas na época moderna e colonial. Desenvolveu pesquisas sobre bebidas alcoólicas (Bebida, abstinência e temperança na história antiga e moderna). É membro fundador do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos, e pertence à Associação Brasileira de Estudos Sociais sobre Uso de Psicoativos e à Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos sobre Drogas. Rodrigo Mac Niven - É jornalista e documentarista. Carioca, nasceu em 1976 e ainda na faculdade trabalhou como cinegrafista, editor e finalizador de programas de TV. Em 2005 criou a TVa2 Produções onde dirigiu, entre outros, os documentários “Por trás de uma última cena”; “Ei, you! O Haiti antes do terremoto” e o especial “Pessoas”, sobre o poeta Fernando Pessoa. Em 2010 produziu seu primeiro longa documental, sobre a guerra contra as drogas: "Cortina de Fumaça". Dr. Dartiu Xavier - Professor Livre-docente. Graduado em Medicina, mestrado em Psiquiatria e Psicologia Médica e doutorado em Psiquiatria e Psicologia Médica, ambos pela Unifesp. É professor, consultor do Ministério da Saúde, professor-orientador do grupo Cochrane do Brasil, membro da American PsychiatryAssociation, da InternationalAssociation for AnalyticalPsychology e da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, além de pesquisador-colaborador da UniversityofCalifornia (UCLA). Luiz Paulo Guanabara – Psicólogo especializado em Psicoterapia Breve pela CESANTA – Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Em 2003, fundou o Psicotropicus, a primeira organização de política de drogas do país. Em 2006, fundou um grupo de ativistas internacionais a Rede Internacional de Pessoas que Usam Drogas (INPUD). É membro do conselho da Rede Nacional de Redução de Danos (REDUC). João Menezes - Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1987), mestrado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1991) e doutorado em Ciências Biológicas (Biofísica) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1996). Pós-Doutoramento no Massachusetts General Hospital e Harvard Medical School (2003-05). Atualmente é prof. Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Morfologia, com ênfase em Citologia e Biologia Celular, atuando principalmente nos seguintes temas: neurogenese pós-natal, migração celular, gap junctions, desenvolvimento do córtex cerebral, neuroembriologia e neuroplasticidade Mancadacaru - Quem já conhece o Mandacaru da militância canábica do Growroom sabe que a palestra do cara deixa qualquer proibicionista escondido embaixo da mesa. Com seus moldes de estrutura molecular ele mostrou ao público a proximidade da cocaína com a prima legalizada ritalina. Pra completar ele ainda deu uma aula sobre os diferentes canabinóides da planta (THC, CBD, etc.) PELO FIM DA GUERRA LEGALIZE Organização: Coletivo Alterando a Consciência https://www.facebook.com/AlterandoAConsciencia?fref=ts Marcha da Maconha de Atibaia: https://www.facebook.com/MarchadaMaconhaDeAtibaia?fref=ts TODOS OS EVENTOS GRATUITOS1 point
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que jah ouça esse bunda mole...to loko pra fuma um camarão uruguaio...1 point
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http://www.youtube.com/watch?v=2uYs0gJD-LE maaanooo eu pegava essa mina.1 point
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campeonato rolando aqui na joaquina - floripa..to acompanhando esses dias, ta dahora!!1 point
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Achei a reportagem um lixo! Pegaram lindos exemplos de uso da maconha para tratamento de doenças mas jogaram numa mistura de informações sem ordem alguma, falando sobre exemplos em outros lugares e voltando para o tema, que era pra ser a legalização, mas não disse coisa com coisa, não se posicionou totalmente, em horas tendencioso, em horas superficial... REDE GLOBOSTA DE TELEVISÃO! Ainda acabou tão rápido que não deu nem pra fumar um todo e curtir a lombra ¬1 point
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Olha.. Eu não quero polemizar, tampouco fazer papel de advogado do diabo.. Mas eu acho que algumas coisas tem que ser melhor explicadas, os pingos de alguns is tem que ser colocados e eu vou usar a minha vivência na situação como exemplo para clarear a mente de muitos e, talvez, fazer alguns pensarem melhor antes de escreverem determinadas "certezas" em um fórum de internet. Como a maioria dos Growers iniciantes, eu resolvi pagar pra ver e encomendar sementes gringas para começar o meu plantio. Vi comodidade no fato das mesmas chegarem em minha casa pelo correio, em poder pagá-las com cartão de crédito ou VPI (vale postal internacional), sem contar que fiquei maravilhado ao ver as variedades e ao perceber que poderia comprar diretamente sementes feminizadas (o que pouparia bastante meu trabalho como Grower). Logicamente, sabia dos riscos envolvidos, sabia que poderia ter as seeds apreendidas, ser intimado pela polícia e quiça, rodar. Como deslumbrei geral, efetuei a encomenda das seeds assim mesmo. Fiz o pedido no sementemaconha e as seeds chegaram, até rápido. A intenção era a de plantar e sendo meu primeiro plantio, sabia que ia me confundir com algumas coisas, mas lendo as infos aqui com os camaradas, vendo os diários de cultivo da galera e estudando mais sobre o assunto a idéia era conseguir ter belas plantas e alguma coisinha para fumar sem ter que ir em boca de fumo, em biqueira, sem ter que me envolver com traficante algum. Até aí, lindo. Confiante como estava e vendo que as seeds que tinha comigo eram poucas (5 apenas), efetuei um novo pedido, no mesmo site, próximo do final do ano passado. As seeds não chegaram. Entrei em contato com o site, reclamei e eles se comprometeram a enviar o pedido novamente. As seeds não chegaram again. Noiei, paranoiei, fiquei assim até meados do ano atual e depois relaxei, já que não chegou intimação nenhuma, pensei "Foi pra cacete, se perdeu, extraviou". Ledo engano. No início do mês passado, tive o desprazer de receber do carteiro uma carta que tinha em seu conteúdo uma intimação da DRE da PF aqui do RJ para que eu comparecesse para prestar "esclarecimentos do interesse da justiça", 15 dias depois. Irmãos.. Como diz aquela música do Djavan "Só eu sei, as esquinas por que passei" depois de receber a intimação. Primeiro, fui surpreendido, tomei um "shock and now" já que eu nem esperava mais que aquelas seeds chegassem, assim como não esperava que ela estivesse em poder da PF, já que passados praticamente 1 ano após a compra em questão eu pressumi que, se estivesse com eles, eles já teriam me intimado antes. Ledo engano 2. Não só estava com eles como sim, eles me intimaram apenas 1 ano após a compra. A casa caiu, literalmente. Minha esposa, com a qual eu já sou casado a 10 anos pirou, chorou, ficou numa pior. Ela é aquela mulher toda certinha, que tem as contas em dia, que nunca teve ninguém da família envolvida com parada errada, que dirá ter um marido sendo intimado pela DRE da PF para prestar esclarecimentos. Nunca a vi tão triste. Como consequência, meus pneus arriaram junto. O TAG (transtorno de ansiedade generalizada) do qual eu sou portador e estava devidamente controlado se descontrolou em um tiro, como consequência, entrei em depressão aguda. Uma colite ulcerativa que tive a 5 anos atrás que estava igualmente controlada voltou com força total, emagreci 5 kilos. Foi a destruição mental e material de um ser humano mais rápida que eu já vi. Sofri, sangrei e chorei, literalmente. No meio dessa densa névoa, perdido e sem saber a quem recorrer, mandei um email para o SOS aqui do Growroom, pedindo ajuda. Juro, não achei que teria um décimo do que me foi oferecido. Quando muito, passariam algumas informações para algum advogado maluco que quisesse pegar minha causa, pensei eu. Ledo engano 3. Minutos depois de ter mandado o email, fui respondido pelo camarada Bigcunha que de bate pronto me deu as primeiras informações e me tranquilizou. Expliquei todo o ocorrido para ele e novamente, minutos depois, ele me respondeu dizendo que se eu quisesse, meu caso seria acompanhando diretamente pela Consultoria Jurídica do Growroom. Fiquei estupefato. Como podia em coisa de minutos eu, um fudido, ter arrumado consultoria jurídica para o meu caso? As coisas não estavam batendo para mim. De toda forma, trocamos telefones e marcamos de nos encontrar em um restaurante aqui do centro da cidade, alguns dias depois. Imaginei que seria eu e o camarada Bigcunha, achei que ele seria o responsável pela minha defesa e eu já estava achando isso o máximo. Ledo engano 4. Imaginem o tamanho da minha satisfação ao encontrar o camarada Bigcunha e em seguida, ser surpreendido pelos camaradas Sano, BraveHeart, Forrester e Agroo, chegando com uma enorme energia positiva, me abraçando, afagando minha cabeça e me dizendo para ficar tranquilo que eu seria assessorado por eles, que estavamos todos juntos nessa e que eu não podia abaixar a minha cabeça já que eu não era bandido. Nossa galera.. Pra um cara que estava no estado mental e psicológico que eu estava, ter tido esse tipo de recepção, de apoio, de ajuda e de carinho não tem preço, é algo que fica difícil mensurar ou tentar quantificar em valores reais. No meio disso tudo eu resolvi fazer a pergunta mais importante : Quanto me custaria a ajuda que eles estavam me oferecendo? Sim, até porque, estamos no Brasil, uma merda de um país fudido de terceiro mundo. Ninguém (ou pelo menos não a maioria das pessoas) arrota dinheiro. Estava começando a preparar meu psicológico para ouvir os valores. Incrivelmente eu obtive como resposta em uníssono que não me custaria nada. Nada. Absolutamente nada. Me disseram que estavam ali para me defender gratuitamente, já que eu era usuário, estava sem pai nem mãe na pista e que a minha causa era a causa deles. Fiquei muito emocionado. Não acreditava no que estava ouvindo. Sei bem que os honorários cobrados pelos poucos advogados capazes de lidar com esse tipo de assunto (querendo ou não querendo, o assunto pra PF é tráfico internacional de entorpecentes) estão bem acima das minhas possibilidades financeiras. E no entanto, eu teria uma assessoria jurídica de primeira, triple A, gratuitamente. Achei incrível no momento e continuo achando até agora. Dito isso, sentamos, almoçamos, conversamos, alinhamos parte das coisas e o Bigcunha marcou um outro dia, para que eu fosse a residência dele, para que conversassemos melhor, definíssimos uma linha de defesa e nos preparassemos para o dia da ida a PF. No dia acordado, estava me preparando para ir a residência do Bigcunha quando sou mais uma vez surpreendido pela notícia de que ele viria me buscar em minha casa, eu não precisaria ir até a casa dele de buzão, o cara viria até mim, me pegaria e me levaria para a casa dele. Além de não pagar porra nenhuma para os caras ele ainda viria me pegar em casa. E veio. Chegando a residência dele entreguei os documentos que ele me pediu, a intimação, alguns laudos médicos que possuo e começamos a conversar. Eu contei toda a minha história, expliquei os motivos que me levaram a querer importar minhas próprias seeds, falei tudo. Ele ouviu atentamente, leu tudo com a maior atenção e varamos noite adentro conversando a respeito do caso e montando a linha de defesa a ser seguida. Tarde da noite, na hora de ir embora, o camarada Bigcunha me levou novamente até minha residência. Eu disse que não precisava, que eu pegaria um ônibus e para casa voltaria no entanto, o camarada contra argumentou dizendo que estava tarde, que o ônibus demoraria e que de carro eu chegaria em casa em um instante. E assim foi feito e nessa noite digo a todos vocês que foi a primeira noite que eu consegui dormir mais tranquilo, já que estava me sentindo defeso, protegido pelo CJGR. Na despedida, marcamos um novo dia para rebatermos novamente tudo que haviamos conversado, para que chegassemos na PF preparados para o que desse e viesse. O dia chegou e o esquema foi o mesmo. O camarada Bigcunha me buscou e me trouxe em casa novamente, mesmo após estar cansado do seu dia de trabalho e por estar cuidando de sua pequena filha. Nesse dia ele fez uma procuração para que eu assinasse, procuração essa que daria a ele o direito de me defender na PF. Eu achei que seria ele somente. Ledo engano 5. Constavam na procuração como meus advogados o camarada Bigcunha, o camarada Sano e o camarada Braveheart. Pirei quando li aquilo. Vejam : Eu não teria grana para pagar nem 1, que diria 3 advogados. Mas sim, era exatamente isso que me estava sendo ofertado, gratuitamente : 3 advogados compentes e experientes no assunto, prontos para me defender contra os leões. Em casa, após esse dia, antes de dormir, fiquei pensando em tudo que estava ocorrendo. Não me achava merecedor de tanto apoio, nem imaginava que teria um décimo dele. No entanto, eu estava tendo e graças a ele, estava me sentindo mais seguro, mais confiante e foi com esse espírito que fomos a PF, no dia que a intimação ordenava. Ao adentrar no prédio da PF, nem precisa dizer que gelei. Tremia, suava, estava entrando em um processo de paranóia que eu não desejo nem para o meu pior inimigo. Enquanto isso o Bigcunha estava ali, impávido, do meu lado, me passando força, me pedindo tranquilidade e me garantindo que tudo daria certo, que no final, tudo acabaria bem. Entendam o pavor que um ser humano normal sente ao entrar pela primeira vez em uma delegacia de polícia e ao chegar lá ser surpreendido por um cheiro de maconha dos mais fortes que eu senti em minha vida. Olhei assustado para o Bigcunha e ele com um sorriso tranquilo me disse que naquele andar era onde eles guardavam as apreensões. Não sei dizer se fiquei feliz ou triste com isso, mas garanto que bem eu não estava. Quando fomos chamados para entrar, me vi com um réu andando sobre o patíbulo, prestes a ser enforcado. Juro, esse foi o sentimento que me cobriu. Deu um vazio imenso, cheguei a entrar em um estado que no kendo chamamos de "mente da não mente", onde a pessoa esta no lugar, mas ao mesmo tempo, não esta. Onde parece pensar no que esta acontecendo mas ela na verdade é parte integrante do que esta acontecendo. Difícil de explicar, complicado de sentir, mas era assim que eu estava. Não sentia mais medo. Simplesmente não sentia mais nada. Sentei na mesa e tinham pilhas, repito, pilhas de processos encima dela. Um escrivão mal humorado pegava meus dados enquanto aguardávamos o delegado. O mesmo chegou minutos depois, se apresentou e nesse momento, o Bigcunha pediu que eu tomasse a frente e começasse a falar tudo que havíamos conversado nos dias anteriores. E assim o fiz. Falei, falei, falei até não poder mais. E o silêncio na sala do delegado era profundo nesse momento. Terminado o depoimento, fiz a entrega expontânea de algumas outras seeds que estavam comigo. Isso deixou o delegado surpreso. E pelo olhar vi que foi uma supresa positiva, tipo "o cara entregou tudo numa boa, na maior, por conta dele mesmo". Após isso ele cantou o depoimento para o escrivão que digitou tudo exatamente da forma que o delegado cantava. E eu, apesar de leigo, comecei a ver que a linha de defesa criada pelo CJGR era realmente eficaz, já que quando entrei ali o olhar pra mim era tipo "lá vem mais um enrolão" e ao sair recebi tapas nas costas e desejos sinceros de boa sorte da parte do delegado. Quando saímos do prédio, quando nos afastamos tive a sensação que um Titã teria ao tirar o mundo que estava carregando em suas costas. Me senti leve, tranquilo e pela primeira vez em quase 1 mês, me senti feliz. Estamos agora no aguardo da decisão do MPF a respeito da situação mas pelo que vi até então, o desfecho final tem tudo para ser o arquivamento do inquérito policial. Eu vou ser sincero.. Li acima gente dizendo que é besteira levar advogado por conta de seeds apreendidas pela PF. Eu já penso o contrário. Besteira, besteira mesmo é se expor ao risco de entrar em uma delegacia de polícia federal, local onde só existem leões, sozinho, despreparado e sem a companhia de um advogado de confiança e compentente no direito canábico. A chance de tremer nas bases, falar mesbla e se complicar é gigante, colossal. Lembremos sempre que por mais malandros que possamos nos achar, os policiais lá dentro são 10, 20 vezes mais malandros do que nós todos juntos. Lidam com gente da pior estirpe diariamente, estão acostumados a ouvir mentiras e a desmontá-las a todo momento. Então, achar que por ser minimamente hábil com as palavras e por conhecer um tico de direito vai entrar e sair de uma delegacia da polícia federal incólume após ter seeds interceptadas é contar demais com o ovo no três da galinha.. EU não o faria e EU não recomendo ninguém que proceda dessa forma.. No entanto.. Cada cabeça, uma sentença. Todos somos grandinhos para sabermos quem devemos ouvir, para sabermos o que é prudente e o que é idiota fazer. Eu fico com a prudência. Se conselho fosse bom, ninguém dava, vendia. Mas eu vou deixar um aqui : Nunca, jamais, encomendem sementes de ganja antes da legislação mudar. Os motivos são óbvios. Se querem mesmo plantar, peguem mudas com algum amigo, juntem uma graninha, comprem um pedaço de prensado bom, catem as seeds e plantem, enfim, existem mil maneiras de preparar Neston. O que não pode é querer fazer o Neston de uma forma e terminar tomando Nescau de outra.. Eu não vou entrar no mérito da questão da minha vida pessoal, das minhas experiências.. Mas posso dizer para vcs que eu conheço nessa vida 3 tipos de pessoas : As boas, as ruins e as extremamente ruins. Após conhecer a galera do CJGR eu percebi que falta uma categoria.. A das pessoas extremamente boas.. Sim, apesar de não acreditar que elas existiam, elas existem e eu tive a honra de conhecer algumas dessas pessoas. Na verdade, analisando melhor, é quase como se os CJGR não fossem pessoas e sim, anjos vestidos de pessoas, infiltrados no meio delas para protegerem as mesmas das covardias e atrocidades que estamos expostos diante da Lei atual, da forma que ela é. De antemão peço desculpas por um post tão extenso, mas é que achei importante contar a coisa como ela realmente aconteceu, nos mínimos detalhes. No mais, é isso. Um salve para os amigos do CJGR e energias positivas para os amigos que se encontram na mesma situação que eu. Paz, sempre.1 point
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pq uma associação cannabica como o inca nao pede a autorização, com um projeto pra estudar as propriedades medicinais da cannabis pra pacientes de HIV ou CANCER? sabemos que irá ser negada, mas isso é tudo MUNIÇÃO ANTI PROIBICIONISTA, pra criar uma campanha sensacionalista em prol das pessoas desses grupos de risco que são marginalizados e não são atendidos em sua necessidades, devido a uma politica injusta, ineficiente e ignorante. até imagino um adesivo do growroom: "a ANVISA é contra o cultivo medicinal da cannabis para combater o Câncer. E você?" como o "usuário" é bode expiatório do proibicionismo, escolheriamos a anvisa como bode expiatório do anti proibicionismo, e iriamos desmoraliza-la e culpa-lá por nao permitirem o estudo - pura jogada de marketing pra permitir os politicos lavarem as mãos da culpa e apelar a ganância deles: faze-los ver nisso uma oportunidade de se saírem como "praça" (leia "moral") e botarem as armas na mesa e discutirem essa lei. Como seria politicamente incorreto negar o direito a tentativa de cura para pessoas com Cancêr, imagino que só um cenário desses de sinuca de bico é que vão fazer as autoridades se mexerem, e rapidinho.1 point
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CANNABIS SATIVA - Cultura e História Cannabis spirituality by Alex Grey (http://www.alexgrey.com/) A mais antiga prova da associação do Homo sapiens sapiens com a Cannabis sativa que se tem notícia são as fezes fossilizadas de um membro de nossa espécie que contêm claramente vestígios do pólen de Cannabis. Este cropólito foi achado às margens do lago Baiakal, na Ásia Central datado em 10 mil anos. É provável que a Cannabis tenha sido uma das primeiras plantas a serem domesticadas pelo homem há 20 mil anos - vários e fortes indícios levam a esta conclusão. Há 15 mil anos, acredita-se, a planta já era usada para a confecção de tecidos, cordas, fios, etc.. no entanto não se sabe se era já inalada ou ingerida deliberadamente com a intenção de alterar a consciência. Em todo caso há provas definitivas do uso cultural da Cannabis há 6.500 anos naquela que é considerada a mais antiga cultura neolítica da China chamada Yang Chao. Nessa cultura, as fibras da planta eram usadas na confecção de roupas, redes de pesca e caça, cordas, etc., sendo que as sementes eram usadas na alimentação na forma de farinha, bolos, pudins e outras preparações. O livro de medicina mais antigo que se conhece, o Pên-Ts'ao Ching, remonta há 4 mil anos e fala do uso mágico das inflorescências femininas da planta: "Se tomada em excesso produzirá a visão de demônios. Se tomada durante muito tempo ilumina seu corpo e faz ver espíritos." Há 3.500 anos, o Atharva Veda, livro sagrado dos hindus, também se referia a Cannabis na forma de Bhang, preparação esta que incluía a resina da planta misturada com manteiga e açúcar. O Bhang era usado para "libertar da aflição" e para "alívio da ansiedade". Ainda hoje o Bhang é consumido livremente em algumas partes da Índia pelos recém-casados na noite de sua lua-de mel, como afrodisíaco. A religião hinduísta acredita que a Cannabis é um presente dos Deuses. De fato, diz-se que a planta teve origem quando Shiva (uma das personalidades de Deus na tríade dessa religião), chegando a um banquete preparado por sua esposa Parvati, começa a salivar ao ver tantas delícias e das gotas de sua saliva que caem ao chão surge a planta abençoada. Os Shivaístas, devotos de Shiva, fumam continuamente a ganja (a planta feminina) com o charas (a resina das flores) para meditarem e se elevarem espiritualmente. Eles consideram que o chillum - o cachimbo onde a planta é fumada - é o corpo de Shiva, o charas é a mente de Shiva, a fumaça resultante da combustão da planta é a divina influência do Deus e o efeito desta, sua misericórdia. Os citas também faziam uso mágico-religioso da cannabis. Esta era privilégio dos nobres que se reuníam para consumi-la em tendas especialmente construídas para este fim. Estas tendas eram montadas sobre as areias do deserto e um grande buraco era aberto onde queimavamtoras de madeiras arométicas. Quando estas estavam em brasa, três ou quatro pés da planta eram jogado inteiros no buraco que era então coberto com uma tampa feita de pele de carneiro, exceto por uma abertura em torno da qual os participantes se reuniam para gozarem dos vapores que se elevavam. Isso há 2.800 anos. Os Assírios conheciam a planta a qual chamavam Kunubu ou Kunnapu, que veio dar no latin Cannabis. A planta era cultivada pelo rei, que a distribuía diariamente, junto com um litro e meio de cerveja, para todos os cidadãos, num claro exemplo de uso hedonístico, não anônimo. As qualidades medicinais da planta estão descritas em escrita cuneiforme num dos livros mais antigos da humanidade e que fazia parte da Biblioteca de Assurbanipal há 2.700 anos. Este livro pode ser visto hoje no British Museum em Londres. Entre os Gregos, a Cannabis na forma de haxixe era ingerida junto com o ópio na célebre preparação (descrita por Homero) chamada nepenthes, que aliviava as dores, angústias e preocupações. Dvido a proibição do Corão ao uso do álcool, desde sempre o haxixe e a Cannabis têm sido o embriagante preferido dos povos islâmicos. A célebre seita dos haxixin, liderada pelo afamado Al-Hassan Ibn Sabbah, o Velho da Montanha, fazia uso da planta. Seu líder levava os membros a um recinto onde estes fumavam haxixe em meio a um lauto banquete servido por jovens e belas mulheres que lhes atendiam em todos os seus desejos. Após isto, o Velho da Montanha lhes dizia que assim gozariam do paraíso de Allah caso cometessem assassinatos políticos que favorecessem a seita. A palavra assassino tem origem a partir desse episódio, já que os membos da seita eram chamados haxixin. É certo que os cruzados que os combateram aprenderam destes o uso do haxixe levando-o consigo de volta à Europa. Com a islamização do norte da África, a planta se espalha rapidamente por este continente e breve não só os povos islamizados dela fazem uso entusiástico como também as tribos animistas do resto da África. Um rei africano apresentado à erva, converte-se a seu culto e a tribo passa a se chamar Bena Riamba - "os irmãos da Cannabis". Todo dia ao pôr-do-sol, os membros desta tribo se reúnem em roda no pátio central da aldeia para fumar a planta. antes de passar o cachimbo, olham-se nos olhos dizendo: "Paz irmão da Cannabis". Representantes desta tribo são até hoje encontrados na costa sul de Moçambique. Assim como os Bena Riambe, muitas outras tribos se convertem ao uso da planta, incorporando-a em destaque no seu panteão. A palavra maconha, nome pelo qual é conhecida entre nós, vem de Ma Konia, mãe divina num dialeto da costa ocidental africana. Apesar de se saber que as caravelas portuguesas tinham seu velame e cordame feitos da fibra do cânhamo (Cannabis sativa), acredita-se que a Cannabis tenha sido introduzida no Brasil pelos negros escravos que pra cá foram trazidos. Os nomes pelos quais a planta é conhecida no Brasil indicam tal fato, já que são todos nomes de origem africana: fumo d'angola, Gongo, Cagonha, Maconha, Marigonga, Maruamba, Dirijo, Diamba, Liamba, Riamba e Pango. Este último vem do sânscrito Bhang, através do árabe Pang, até o africanismo Pango. De toda forma a planta esteve desde o início associada à população de origem africana sendo que a ampliação de seu uso, atingindo também aqueles de origem européia, era considerada por autores como Rodrigues Dória como "uma vingança da raça dominada contra o dominador". Os cultos afro-brasileiros sempre utilizaram a Cannabis. Já no século XVIII, os relatos sobre os calundus - reuniões de negros ao som de tambores - indicavam a presença da planta, que era inalada pelos participantes, deixando-os "absortos e fora de si". Até a década de 30 do século XX, quando são legalizados os Candomblés e Xangôs, a Cannabis era constantemente apreendida nos terreiros junto com os objetos de culto. A cannabis é considerada planta de Exu, sendo consagrada a esta divindade. Em 1830, a legislação do município do Rio de Janeiro punia o uso do "pito de pango", como era conhecida a Cannabis com pena de multa de 5 mil réis ou dois dias de detenção, esta foi nossa primeira lei a respeito da planta. Nas décadas de 20 e 30 deste século, são produzidos os primeiros trabalhos científicos brasileiros a cerca do hábito de fumar Cannabis. apesar de seus autores serem em sua quase totalidade médicos preocupados em justificar a proibição da planta, estes tinham um olhar etnográfico sensível, descrevendo com minúcias os rituais do "clube de diambistas", nome dado à associação de indivíduos com o intuito de fumar Diamba. Os diambistas eram, preferencialmente, membros dos estratos mais baixos da população brasileira, em especial pescadores que se reuniam para fumar a erva cantando loas a esta. São dessa época os famosos versos: "Diamba, sarabamba, quando fumo Diamba, fico com as pernas bambas. Fica sinhô? Dizô, dizô". Termos utilizados pelos diambistas, como "fino", "morra" e "marica" entre outros, são até hoje parte da gíria própria dos usuários de Cannabis. A distribuição geográfica do consumo de Cannabis na época incuía Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Maranhão e Bahia. Daí, pouco a pouco o hábito se espalha e, a partir da década de 60, com a contra-cultura, passa a atingir outros estratos sociais. Atualmente seu uso é amplamente disseminado entre as camadas médias urbanas. Também os povos do novo mundo não ficaram imunes à Cannabis. Hoje em dia no Brasil, os Mura, os Sateré-Mawé e os Guajajaras fazem uso tradicional da erva. Os Guajajaras tem a planta em alta estima e sua presença na mitologia do grupo atesta a antiguidade de seu uso, que remontaria à segunda metade do século XVII. A planta é consumida no contexto xamânico, junto com o tabaco para proporcionar o transporte místico do Pajé e na sua divinação. No contexto profano, a erva é inalada em grupo antes de trabalhos pesados nos mutirões para dar disposição, indicando que a chamada "síndrome amotivacional" - associada a Cannabis - possa ser um fenômeno antes cultural que uma decorrência dos seus princípios ativos, Os dados jamaicanos parecem confirmar essa tese, uma vez que nesse país a Cannabis é amplamente fumada por trabalhadores rurais como estimulante antes de trabalhos pesados e extenuantes. Outros nativos da América também usam a Cannabis, entre os quais estão os índios Cuna do Panamá, que já possuíam escrita antes da chegada dos europeus, os índios Cora do México, e outros. Hoje em dia existem religiões organizadas onde observa-se o uso da Cannabis. Para os Rastafari da Jamaica, a planta é Kaya, energia feminina de Deus. Seu uso diário naquilo que é chamado "Irie meditation", a meditação na energia positiva, é justificado pelas seguintes passagens da Bíblia no Gênesis: "Eu sou Jeová teu Deus, eis que te dou toda planta que há sobre a terra, e que da semente nela mesma, para que fazeis bom uso dela" e no livro das revelações, o Apocalipse, quando descreve o paraíso: "Vi também a árvore da vida, cujas folhas são a cura das nações" Para a doutrina do Santo Daime, a planta é sagrada e identificada com Santa Maria, a mãe de Jesus. Para consagrá-la, é nescessário aderir a um uso diferenciado, sendo a planta consumida exclusivamente durante os rittuais, em silêncio, com o pito, a designação nativa para baseado, passando sempre no sentido anti-horário, isto é, da direita para a esquerda. Devida à longa história de associação entre nossa espécie e a Cannabis, esta apresenta um grande polimorfismo decorrente das inúmeras hibridizações levadas a cabo com a intenção de desenvolver plantas com qualidades desejadas. Sendo uma planta dióica, ou seja, possuindo os sexos separados em duas plantas: uma macho e outra fêmea, o gênero Cannabis compreende três espécies distintas: sativa, indica e ruderalis.1 point
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Ola K-2 e cronista! Obrigado pela visita Agora deixo umas macros do nascimento canabico. E assim temos o nascimento canabico. Mais um momento belo, fascinante e unico proporcionado pela mae natureza. Saudacoes canabicas! tommy1 point
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essa coisa de fumar o verde, pelo que li é exatamente o que o laranja podre se refere do quadro psicótico... ou seja, ele se refere ao fumo verde como única maconha existente no mundo, o que não é verdade. é a maconha colhida cedo, a maconha comercial, que visa exclusivamente o lucro. por isso a necessidade de uma regulamentação, pois existem vários tipos de fumo em detrimento da época da colheita/amadurecimento da planta...1 point