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Boa noite pessoal, Tenho um relato pessoal que hoje em dia me sinto seguro em compartilhar aqui ( principalmente porque estou a mais de 1.000km aonde o relato ocorreu ). Há aproximadamente 4 anos atrás eu tinha um grow de armário sob medida rolando numa casinha simples que morava eu e minha namorada foi o 1o canto que arrumamos pra morar só nós 2. O local não era dos melhores mas também longe de ser dos piores, morei nela por 11 meses sem problemas até que ... A casa tinha 2 quartos, um deles ficava no fundo da mesma e eu montei o grow nela ( com direito a tomada 220 puxada pelo proprietário sob o pretexto de utilizar elas para computadores ). Foi justamente por esse 2o quarto que um ladrão durante 1 dia de trabalho nosso entrou arrombando a janela toda para levar alguns pertences ( video games, roupas nada que não pudesse ser facilmente reposto com trabalho ). Apesar da revolta e sensação de impotência já que haviam violado a nossa residência ( e minha namorada que chegou e viu 1o no dia ) o maior problema na minha cabeça foi o grow ! Fui olhar o mesmo, ele estava no regime de escuridão na hora do roubo mas com a ventilação ligada porém comecei a pensar : O cara entrou e saiu revirando TUDO pela casa, nosso quarto pessoal estava de pernas pro ar CERTEZA que ele tinha aberto a porta do grow !!! O que o cara ia pensar ? O grow tava a todo vapor com 3 ambientes ( berçário, vega e flora ) com plantas quase prontas para serem colhidas e uma PORRADA de clone enraizando e algumas plantas em veg. Pra mim não tinha chance do cara não ter visto, não durmi 1 hora sequer nessa noite. O dono da casa era meu vizinho e disse não ter visto nada, não chamei a policia para mostrar nada por motivos óbvios. Depois desse ocorrido em exatamente 7 dias eu estava de mudança para um AP bem próximo do local, mas sem coragem de manter o grow foi quando interrompi quase 5 anos de perpetual continuo devido ao medo de ser preso pelo ato de um bandido dentro da minha casa !! Colhi o que dava, matei TUDO que não dava e mantive apenas as seeds no freezer. Somente hoje em dia que retomei a coragem e animo de começar tudo do zero, morando inclusive em outro estado. Espero que sirva para alguém o relato, afinal o meu esquema era 100% discreto e ninguém sabia mas mesmo assim a casa podia ter caído feia pra mim em inúmeros cenários. Imaginem só por exemplo o dono da casa vê algo e chama a policia e eles entram ?!!!! Isso entre vários cenários desesperados possíveis. Nem mesmo meus amigos da época que sabiam do grow ficaram sabendo porque me desfiz dele, o clima foi de paranoia e revolta total por meses ! Bom é isso ae, no minimo uma história incomum e curiosa. Abs9 points
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Pelo voto do Gilmar eu arriscaria dizer que o stf nao vai estipular quantidades maximas que excluam o trafico, como disse o munistro barroso em entrevistas, se eles fizerem isso as quantidades serao buscadas na propria jurisprudencia do stf. Eu acho q quantidade de plantas ou ate msmo uma abordagem mais complexa sobre o cultivo so quando chegar um recurso extaordinario ou um hc que tenha como objeto exatamente essa materia. Nos ultimos tempos growers presos, inclusive usuarios medicinais, infelusmente nao foram raridade. Cabe aos advogados dessas viitimas ou ate msmo ao juridico do GR (pois habeas corpus pode ser ajuizado por qq um) levar a discussao especifica do cultivo, em especial do cultivo medicinal ate o stf. Acredito q o atual julgamento abrira uma porta importante mas ainda nao sera o ideal.7 points
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Uma vez estava indo fumar um na casa de um brother, fiz a presa e levei uma vela no bolso,e um bom bom caseiro pra matar a larica hehe. Passei por uma rua escura e dei de frente com 3 malandros, me intimaram, enquanto um apontava a arma na minha cabeça, outro me revistava.Nao tinha grana naquele dia,só o baseado e o bom bom. E estava usando um Nike shox 4 molas novinho que a tempos estava querendo.O cara que estava armado mandou eu tirar o tênis, na mesma hora o que me revistou interviu e disse :"Deixa o cara, ele já salvou"...Então aquela noite fiquei sem meu baseado e minha larica ,mais continuei com meu shox, sei lá acho que o cara se simpatizou, aquela noite a erva me salvou kkkkk6 points
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Olá pessoal acabo de voltar da minha declaração na pf Cheguei lá muito nervoso e apreensivo, estava com medo de gaguejar ou demonstrar algum outro tipo de sinal de nervosismo (cosas que os policiais são treinados a perceber) após chegar lá aguardei sentado por um período de dez minutos até um senhor meia idade me chamar pelo nome e pedir que adentrasse ao recinto, entramos e o mesmo me conduziu até uma sala onde aguardei por um minuto (em minha cabeça esse senhor era o delegado) após esse minuto de espera entrou novamente o escrivão e o delegado o qual me comprimentou e se apresentou como o mesmo. Nessa hora eu já estava fora do meu corpo querendo fingir que estava tudo bem kkkk, mas logo após o cumprimento o delegado já me pediu se eu sabia porque estava lá, respondi a ele que ainda não sabia mas em consulta com meu advogado o mesmo me disse que provavelmente era para responder algumas perguntas, nesse momento ele já abriu o jogo e disse sobre uma apreensão de sementes em meu nome onde recebeu algumas perguntas que iria realizar para eu. Tudo isso aconteceu em um tom descontraído sobre pressão nenhuma, me senti muito confortável durante a mesma. As perguntas são basicamente: qual minha atividade, residência, usuário, faz compras internacionais, valor, destino? Vejo muitas pessoas aqui falando para mentir ou coisa parecida, fui lá e assumi a bronca e disse que realmente importei as sementes em minhas primeiras palavras, depois disso a conversa se tornou muito mais amigável e descontraída, o delegado me disse que esse procedimento está sendo cada vez mais comum devido à facilidade da importação, e que o resultado da obra dependeria do entendimento do juiz em arquivar ou não. Vejo algumas pessoas falando mal da polícia federal, questão a qual não foi o meu caso o mesmo deixou claro que era um procedimento o qual era obrigatório a partir do momento que você tem as sementes apreendias cm seu endereço, foram muito cordeais e tudo aconteceu em um ambiente descontraído, me senti muito aliviado e sobre pressão nenhuma, até parabenizo os mesmos pelo serviço, sinceramente foram atitudes de exemplo a serem seguidas. Gostaria de agradecer aos CJGR, procedi como os mesmos haviam me informado e sinceramente foi o melhor caminho a ser escolhido, falar a verdade e assumir a bronca. Várias vezes fiquei pensando em não assumir pelo fato de vc estar admitindo algo, mas agora reconheço que a justificativa afirmativa foi o melhor caminho. Edir: compareci sozinho e sem advogado por achar que não sou criminoso ou devo algo para chegar lá acompanhado, queria passar essa ideia. Valeu CJGR pela força!! O trabalho de vocês é excepcional, faltam palavras para descrever a ajuda que vocês dão. Obrigado growroom!5 points
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Na verdade levou 2 potes!!!! Dei mole....cerca elétrica danificada e janela quebrada por algumas semanas . E o resultado foi um malandro entrando na casa e levando um note , uma máquina fotográfica um gps e o pior de tudo.....2 potes de flores. Tinha 3 plantas no quintal do fundo e tenho certeza que lá o cara não chegou, pois tenho dogs de prontidão. Fiquei bem noiado, mas agora coloquei segurança nível hard em casa.4 points
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devia se chamar Não Veja hahahahaha4 points
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hahhahaha e um fdp que roubou 6 planta minha gigante na flora num sitio? levaram até o substrato do chao uhaehuauhehuaehuae passei meses so futucando aqui esperando um fdp abrir um diario com minhas planta kkkk4 points
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Pô irmao desculpe mas nao tenho como nao pergutar mas e aí? comeu? ou ficou viajando e nada KKKKKKKkkkkk3 points
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Caso parecido com de outro grower a mto tempo atras.. ele deixou uma fresta na janela do sotão e um gato entrou pela fresta e disparou o alarma da baia.. quando a policia chegou na casa viu a janela entre-aberta, achou que tinha ladrão la dentro e entrou.. acharam só o grow do irmão.. nunca esqueço essa fita.. a grande LENDA Lowrider!3 points
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paia demais muito paia dizendo que não existe honra entre os ladrões mas espero que pelo menos tenha a decência de não ser um fdp pior do que ladrão, que é quem delata grow caseiro Ia ser legal se o cara tivesse deixado um bilhete do tipo "Desculpa aí roubei porque ___________________, vi sua maconha mas juro pela minha alma de ladrão que nunca irei dizer a ninguém" kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk que nunca isso aconteça aqui3 points
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valeu o relato man.. importante .. infelizmente casa não é tão seguro quanto apto.... a casos e casos, mas taí o registro pra rapaziada que mora em casa se ligar...! boa sorte, abre um diário ai pra gente acompanhar o cultivo...2 points
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È,foi foda o caso do Lowrider...o mano passou muito perrengue,ate parou de usar cannabis depois dessa fita toda..muita bad.. recentemente aconteceu com o Frp (daqui a pouco ele chega aqui pra contar) so que o malandro levou um pote cheinho de green2 points
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A Veja foi a precursora do Sensacionalista, ela só nunca avisou q era tudo piada (de mau gosto)...2 points
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Partiu audiência e julgamento agora. Que Deus esclareça a inteligência deste juiz.2 points
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O consumo de drogas deve ser descriminalizado? Sim Para Pedro Abramovay, diretor para a América Latina da Open Society Foundations, o mais arriscado é manter a política de drogas atual PEDRO ABRAMOVAY 14/08/2015 http://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/08/o-consumo-de-drogas-deve-ser-descriminalizado-sim.html "Descriminalizar as drogas é muito arriscado. O Brasil não está pronto.” Esse é o argumento mais ouvido para barrar qualquer inovação na política de drogas no Brasil. Mesmo sabendo que a nossa atual lei de drogas é injusta, cruel e ineficiente, a pressão para insistir no fracasso é enorme. Nossa lei é cruel porque, ao definir o usuário como criminoso, impede tratamento adequado de quem apresenta um uso problemático e necessita de acesso à saúde. A experiência internacional mostra que é muito mais difícil cuidar de usuários problemáticos em um contexto no qual eles são definidos como criminosos do que nos países onde eles podem ser tratados na perspectiva da saúde. Portugal descriminalizou o consumo há 15 anos e praticamente zerou o número de overdoses. Nossa lei é injusta porque, apesar de definir altas penas de prisão para traficantes e sanções leves para usuários, não estabelece nenhum critério objetivo para diferenciar um do outro. Os critérios aplicados, na prática, são a renda e a raça das pessoas. O negro pobre com uma pequena quantidade de drogas é considerado traficante e recebe penas altíssimas, enquanto o branco de classe média com quantidades idênticas não recebe pena alguma. Cerca de 60% dos presos por tráfico são réus primários, sem ligação com o crime organizado e com pequenas quantidades. Muitos usuários acabam presos como traficantes. Para corrigir essa injustiça, também podemos olhar para o que foi feito em outros países. Dezenas de países estabelecem critérios quantitativos para separar o traficante do usuário com bastante êxito. Nossa lei também é ineficiente. Em todos os lugares do mundo onde a política de drogas foi baseada na repressão, na prisão e na violência, os resultados foram trágicos. O consumo apenas cresceu. A explosão no número das prisões por tráfico no Brasil não diminuiu o tráfico ou consumo de drogas. Ao prender tantas pessoas que não tinham ligação com o crime organizado em prisões que são controladas por organizações criminosas, alimentamos uma perversa engrenagem do crime que só gera mais insegurança. É comum ouvir o argumento de que descriminalizar as drogas pode gerar aumento do consumo. É um argumento intuitivo, por isso é tão repetido. Mas o problema das drogas é sério demais para ser tratado com intuições. O Brasil é um dos últimos países, ao lado da Guiana, a manter o consumidor de drogas como criminoso na América do Sul. O estudo Uma revolução silenciosa: políticas de descriminalização de drogas pelo mundo mostra que em nenhum país em que o consumidor foi descriminalizado houve aumento do consumo de drogas. Devemos ir além? É necessário regular o mercado de drogas da mesma maneira que se faz com o tabaco? A redução de consumo do tabaco a partir de campanhas preventivas foi maior do que a de qualquer droga ilícita como os trilhões gastos na repressão. Vários países têm avançado na direção da regulação responsável do mercado de algumas drogas. Devemos olhar essas experiências com lupa e ver se há algo para aprender com elas. Foram décadas de esforços monumentais na política da repressão. Centenas de milhares de mortos, trilhões de dólares gastos, milhões de pessoas presas. E o resultado é injusto, cruel e ineficiente. Não querer mudar a política é uma irresponsabilidade. Deixar as coisas como estão é o maior risco que podemos correr.1 point
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Antes velho do que nunca é cada uma! Uma vez tambem fiquei dez anos sem fumar e ai fumei. Dai um policial parou a gente numa blitz, dae eu comi o cérebro dele e nunca mais parei... de comer cérebro de polícia.1 point
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Acho que tudo é muito relativo, Como vc ficou mto tempo sem fumar, com certeza o efeito veio mais forte.. Mas eu acho que o ambiente e a situação também ajudou a vc ter essas pira errada.. Se vc fuma de boa sozinho em casa vai ser mais tranquilo com certeza.. Fume se vc realmente quiser, não por causa das outras pessoas..1 point
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Sou da turma do arizer solo....gosto muito, supri todas as minhas necessidades, discreto, só precisa tomar cuidado com o vidro pra não quebrar, é bom sempre ter um de reserva1 point
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Como só tenho o Magic Flight Launch Box, fica aí outra recomendação. É bem simples, relativamente barato, dura anos se bem conservado e tem garantia vitalícia. Além de economizar muita erva. Ah, e é um dos mais discretos, se tu tiver a manha dá pra vaporizar sem nem exalar vapor visível e quase nenhum cheiro. Como desvantagem: é um pouquinho mais difícil de aprender a usar (tem gente que nunca aprende e passa a odiar o negocio), é péssimo pra usar com amigos (não cabe muita erva e, pra quem nunca usou, tem que dar um mini-curso pra explicar), usam pilhas que vêm junto mas que não duram lá muito (com o adaptador de tomada é MIL vezes melhor, mas requer mais uma graninha), e acho que é isso.1 point
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“O debate sobre o canabidiol deu a entender que ele é algo diferente de maconha” O advogado Fernando Silva, o Profeta Verde, fala sobre os desafios da cannabis após regulamentação de um dos seus compostos e do congresso on-line de maconha que começa na segunda Monique Oliveira - Editora-assistente Saúde!Brasileiros 21/08/2015 14:50, atualizada às 21/08/2015 20:36 http://brasileiros.com.br/2015/08/o-debate-sobre-o-canabidiol-deu-entender-que-ele-e-algo-diferente-de-maconha/ Muita coisa aconteceu desde as primeiras edições da Marcha da Maconha, uma das mais importantes manifestações públicas em defesa da legalização da cannabis. Em 2002, quando a marcha despontava por aqui, seus organizadores mal podiam imaginar que um dos compostos da maconha seria retirado da lista de substâncias proibidas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O feito aconteceu o ano passado com o canabidiol (CBD), um dos 80 princípios ativos da erva. O gatilho da história foi o pedido na Justiça de Anny Fischer, 7, para usar o composto. Ela é portadora da síndrome CDKL5, condição que chega a provocar inúmeras convulsões em um único dia. Anny não só conseguiu o direito de usar a substância como deflagrou intenso debate que culminou na mudança do status do CBD na Anvisa. Agora, apesar das boas notícias para o movimento canábico, como a expectativa de uma decisão favorável no Supremo Tribunal Federal para a tão sonhada descriminalização do uso, muitos ainda acham que há muito o que dizer. E, para isso, os idealizadores da Marcha da Maconha preparamo CONNABIS 2015, o primeiro Congresso On-line da Maconha que começa nesta segunda (24) e vai até o dia 30. O CONNABIS não está vinculado à uma instituição ou universidade. Sem financiamento, ele é uma cria da Marcha da Maconha. O acesso ao congresso é para todos e as inscrições estão abertas aqui. O evento vai trazer nomes como Dartiu Xavier e Elisaldo Carlini, psiquiatras da Unifesp, Sidarta Ribeiro, neurocientista da UFRN, Henrique Carneiro, professor de História da USP, entre antropólogos, usuários e ativistas para falar sobre maconha na internet. São especialistas de peso. O psiquiatra Dartiu Xavier já fez estudos diversos nessa ceara. O mais polêmico sugeria o uso da maconha para o tratamento de viciados em crack. Já Elisaldo Carlini, é um dos arautos da maconha medicinal no Brasil. Ele foi um dos primeiros a atestar os efeitos anticonvulsivos da droga -e foi justamente esse efeito que mudou a visão sobre o canabidiol. Mesmo com as conquistas e nomes importantes ligados ao ativismo, o organizador do CONNABIS, Fernando Silva, 30, no entanto, diz que o debate sobre a maconha continua estigmatizado porque a mídia dava a entender que o CBD era algo diferente da cannabis (o composto corresponde a uma importante fatia da erva, junto com o THC, mas é conhecido por não ter efeitos psicoativos). Em entrevista, o advogado fala à Saúde!Brasileiros sobre o CONNABIS 2015 e sobre os desafios do movimento canábico. O Fernando é um personagem curioso e talvez você o conheça mais como Profeta Verde, uma figura que usa uma fantasia verde nas marchas e em ações em defesa da erva. Saúde!Brasileiros: Como se tornou o profeta verde? Fernando Silva: A minha história com a Marcha da Maconha começou quando estudava direito e fui percebendo que uma política de drogas orientada pela repressão ao uso e ao comércio destas substâncias era um verdadeiro equívoco. Além de não impedir o uso destas drogas (ao contrário, os usos aumentaram neste período de guerra às drogas) os efeitos colaterais da proibição foram enormes: fortalecimento do crime organizado, aumento da corrupção de agentes estatais, lavagem de dinheiro, encarceramento em massa de caráter seletivo que atingia especialmente os pobres. Enfim, uma série de danos que se mostravam muito mais graves que os danos específicos do uso das drogas à saúde dos usuários. A partir de 2009, eu passei a me envolver com a marcha da maconha e me aprofundar no debate pela legalização, da maconha e de todas as demais drogas. Entendi que legalizar não era liberar geral, como pensa muita gente, mas criar uma regulamentação sensata, que difere em níveis de controle e acesso conforme os variados níveis de periculosidade da substância. Ao meu ver, tanto a maconha quanto a cocaína devem ser legalizadas, claro que com normas relativas à produção e distribuição de cada uma delas. Em 2011, quando a Marcha da Maconha ainda era proibida, eu decidi usar essa fantasia verde para minimizar o peso do estigma de se participar de uma manifestação tão polêmica. A estética daquela roupa agradou tanto os presentes que decidi criar este personagem que propagaria uma nova era pra maconha: Profeta Verde. 1 / 5 Após ser considerada proibida por apologia às drogas e até formação de quadrilha, ativistas ainda vão para as ruas na histórica Marcha da Maconha de 2011 em São Paulo. Foto: Divulgação/Marcha Esse é o primeiro Congresso que fazem. O que acreditam que precisa ser informado. O que é mais importante hoje nesse debate? Ao concebermos o congresso, queríamos criar mais um canal para a potencialização das vozes da cultura cannábica. O grande objetivo deste encontro é mostrar que os usos da maconha vão muito além daquilo que é mostrado nos noticiários, que quase sempre relacionam o uso ao crime. Também é importante pra gente municiar aqueles que já sentem que algo precisa ser mudado. Oferecemos informações para qualificar o debate que fazem diariamente com seus pares. Mostramos em nossas entrevistas que não é nada absurda a realidade da maconha. Pelo contrário, é muito mais normal e corriqueira do que se imagina. Quais estratégias pensam para que o debate da maconha consiga alcançar outros nichos da população? Precisamos ir abrindo nossos espaços dentro dessa massa informacional gerada pelas veículos de comunicação. O uso da internet para driblar a censura velada feita pela mídia hegemônica é uma de nossas principais estratégias. Eventos de rua como marchas e atos de protesto é outro recurso que adotamos em conjunto com a panfletagem presencial em eventos que atraiam públicos que queiramos atingir. Isso tudo é importante porque as pessoas que não são inicialmente simpáticas ao debate podem até rejeitar nossa mensagem, mas não podem fingir que não existimos. Elas começam, então, a se acostumar com a nossa presença nos espaços públicos. O advogado Fernando Silva, Profeta Verde, em audiência pública no Senado. Foto: Arquivo Pessoal Acreditam que a discussão sobre o uso medicinal da maconha pode ser uma porta de entrada para um debate mais profundo? Sim. Embora seja preciso deixar claro que esta discussão o ano passado [sobre o canabidiol] foi feita de forma eufemista pela mídia hegemônica, que evitava falar de maconha medicinal e dava a entender que o CBD era algo diferente da maconha. A ideia que se passava era que aquele poderia ser regulamentado enquanto esta poderia continuar proscrita, o que se torna um contrassenso, assim como a descriminalização, porque entende-se ser possível o uso sem que ninguém cultive ou comercialize a planta. Independentemente disso, o debate sobre o óleo de maconha rico em CBD foi importante para trazer, pela primeira vez no país, uma visão positiva da maconha que há décadas vinha sendo associada a usos negativos. Agora, estamos tentando aproveitar essa brecha aberta no imaginário público para alargamos a aceitação dos demais usos da maconha. O que acharam do debate em torno do canabidiol o ano passado? A retirada da lista de substâncias proibidas da Anvisa foi um avanço? Além de um tanto falacioso, o debate sobre o canabidiol, ao nosso ver, revelou mais uma vez a força dos interesses econômicos por trás das políticas adotadas. Uma pena que sigamos restringindo a exploração do potencial terapêutico da maconha in naturapara favorecer os interesses da indústria farmacêutica, interessada em patentear e lucrar com os componentes purificados da planta. De toda forma, a mudança da classificação do canabidiol na Anvisa já é uma pequena vitória para uma pequena parcela dos usuários medicinais de maconha que agora podem, em algumas doenças e casos bem específicos, fazerem um uso regulamentar da maconha. Vocês têm um plano de ação para que isso seja uma conquista estendida a todos os componentes da Cannabis? Nosso plano de ação é que a maconha seja legalizada da forma mais ampla possível. Assim, todos os usos medicinais seriam possíveis, mas não só: também os usos religiosos, industriais e até mesmo recreativo, como acontece hoje no Colorado ou no Uruguai. No debate sobre o canabidiol, algo bem frisado foi o fato da substância não ter efeitos psicoativos, ao contrário do THC. O que achou desse enfoque? Essa é uma abordagem reducionista que não leva em consideração o efeito comitiva da maconha, a sinergia entre os mais de 80 canabinoides e centenas de tempernoides capazes de trabalhar no nosso sistema endocanabinoide e regular uma série de funções vitais do organismo. CBD e THC são parceiros que atuam em nosso organismo de forma orquestrada com os demais canabinoides, propiciando os diversos efeitos terapêuticos indicados para diferentes sintomas patológicos. As pessoas procuram vocês para saber sobre o uso medicinal da erva? Esse debate cresceu? Algumas pessoas já nos procuravam pedindo ajuda para obter o acesso à maconha, fosse para o uso medicinal ou recreativo. Após o boom do CBD na mídia em 2014, essa procura aumentou em relação ao óleo de CBD, com muitas pessoas nos procurando para saber como obter o óleo. Hoje, infelizmente, não damos conta de ajudar estas pessoas porque ficamos atados com a proibição que prevalece sobre a regulamentação para a maioria dos casos que chegam até nós. O que diriam para as pessoas que estão tentando usar a erva como medicamento pela primeira vez e têm medo dos seus efeitos? Que procurem outras pessoas que fazem o uso medicinal da maconha e vejam o que relatam de melhora ou piora em seus quadros sintomáticos.1 point
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Amigo Tenho o Pax , o Vaponic e o Magic Fligth Launch Box. Aconselho o Magic Flight Launch Box . Este é o mais especial para mim ! Design perfeito e naturalista ! Fiável no sentido que não existe contacto com superficies metálicas nem nada do género, só por madeira . Vaporizador com alguma aprendizagem mas que faz sessões maravilhosas ! (Tem garantia vitalícia pela marca !!! ) O Pax sim é bom mas é preciso mais planta, bom sabor também , mas mais caro e mais manutenção. Vaponic, vaporizador manual , curva de apreendizagem difícil mas optimos resultados depois de apreendido. Sabor inconfundível ! Não depende de baterias e pode fazer com pouca planta. Cumprimentos Cumprimentos1 point
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Fala meu! Tenho o arizer air e minha mina o pax. O pax é mais discreto, parece um isqueiro bic gigante. Quanto ao odor, os dois são parecidos, liberam um aroma de erva diferente que em quase nada lembra o cheiro de cannabis fumada. Ambos possuem luz de led indicadora de temperatura, que pode sumir, desde que se coloque o dedo em cima dela. As temperaturas são quase as mesmas (180-210 graus), o pax tem dividida em 3 níveis e o arizer em 5. Particularmente, se a discrição é importante, opto pelo pax preto. Mas no arizer, se a bateria acabar, pode usar ele ligado direto na tomada o pax não. Boa pesquisa!1 point
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Que bad cara! Com certeza a segurança do local de cultivo é primordial sob todos os apectos. Polícia, Ladrão, vizinhos... Quanto menos pessoas mesmo souberem, melhor... Boa sorte na empreitada1 point
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o Fachin não é do Ministério Público não, ele fez carreira na advocacia e docência.1 point
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eu vi essa capa e dei uma olhada na matéria dentro do mercado pão de açucar em ctba (não comprei não kkkkk) pela olhada rápida achei a matéria neutra para os padrões da veja. se alguém puder postar para analisarmos a fim de revisar nossos discursos anti proíba seria legal.1 point
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que aperto no peito ein irmão....ainda bem que deu tudo certo1 point
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Tenso e Triste demais. Infelizmente é esta a nossa realidade hoje. Não podemos nos socorrer com quem deveria nos socorrer, pois se formos descobertos passaremos de vítimas a inimigos de forma irracional (já que mais um que planta é menos um que compra). Jah bless e muita PAZ!1 point
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que bad em irmão um user antigo nao me lembro certo qual foi rodou devido a uma bad dessas, o alarme disparou na casa do cara , ele nao estava, chamaram a policia que encontrou o grow aí fu**** bom que no seu caso terminou tudo bem sorte aí1 point
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isso ae é pra deixar os proibas de varanda mais calmos, pq na boa, se STF descriminalizando 3g vai ser um retrocesso, e acho que não é isso que eles querem, apontaram um relatório que 60g era a media portada por usuário presos como traficantes, e se forem seguir o modelo de Portugal se não me engano la é 15g... Ae como vc faz um " corre" de 50g ? fodeu, o lance é ter umas prenssed que vai dar 15g ehuehueheu1 point
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Revistas e seus títulos tendenciosos... a matéria pelo menos está completa? ou não fala nada com nada também? ahahahaha ai ai1 point
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MANCHETE BOMBASTICA: A Veja ta por fora...1 point
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na minha história o grow tava disativado. era numa chácara. levaram as lampadas, reatores, timers. até a caixinha da sensi onde veio a skunk#1 rsrs lá não monto mais! to há mais de ano no prensado. agora resolvi mandar uma guerrilha.1 point
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nunca chegamos tão perto! Por aqui é só comemoração!1 point
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Este julgamento do STF deve ser o maior avanço em direção à legalização / contra a Guerra as Drogas que tivemos no Brasil nos últimos anos. Se a gente não for otimista, quem mais vai ser? Pra mim cada pequena vitória é motivo de comemoração. Marcarem o plenário foi uma vitória, o voto do Gilmar foi outra, e quando o Fachin devolver o voto (contrário ou a favor) será outra. Tem colega nosso que parece que entra na fila pra esperar tudo dar errado só para ser o "macaco-velho" pra dizer "viu, falei que ia dar em nada"......1 point
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A galera ta pesando demais. Se entendi bem os caras, não é pessimismo nem proibicionismo. O mano ali em cima, chegou a 'expulsar' os caras("Se não apoia a causa ou não acredita, a porta está aberta para ir embora", "ou pelo menos quem é contra deveria se dignar a ficar quieto"). Não é assim não brother, convivencia e civilidade tbm conta. Acredito que oque quiseram dizer é: "não adianta ficar torcendo pra dar certo com a bunda no sofá". Isso é querer a descriminalização (Chile na véspera da legalização) :1 point
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Recebi a seguntie resposta do abinete do Min. Faschin. Ou seja, ainda depende de inclusao no calendario de julgamentos do plenario. A quem cabe essa responsabilidade? Prezado Senhor, Informamos a Vossa Senhoria que Sua Excelência o Senhor Ministro Edson Fachin devolverá os autos do RE 635659, conforme o prazo previsto no art. 134, caput, do Regimento Interno desta Corte: "Art. 134. Se algum dos Ministros pedir vista dos autos, deverá apresentá-lo s, para prosseguimento da votação, até a segunda sessão ordinária subsequente." Ressaltamos, ainda, que, uma vez devolvido pelo Ministro o processo com vista, seu julgamento dependerá da inclusão no calendário de julgamentos do Plenário. Atenciosamente, Supremo Tribunal Federal Secretaria Judiciária Central do Cidadão Edifício Anexo II - Térreo - Sala C-011 - Brasília (DF) - 70175-9001 point
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Amigo, isso é uma democracia. Qualquer mudança numa sociedade democrática leva tempo. Ninguém vai legalizar da noite pro dia. Estamos atrasados no tempo? Sim. Muito. Isso impede que haja mudanças eventualmente? Não. E esse é o ponto. Infelizmente, de maneira geral no país, quase nenhum maconheiro levanta bandeira pra nada. Fora a galera que é grower/ativista o resto mal se manifesta sobre o assunto e pra mim esse é o problema principal. Se não houver uma pressão de mais gente ainda realmente fica difícil, mas as causas tem que partir de algum lugar e acho que o trabalho agora é o maior número de pessoas falar sobre o assunto mesmo e as leis vão sendo adaptadas. Realmente, achar que mês que vem vai legalizar tudo é bobeira, mas achar que descriminalizar é um avanço pequeno é viagem. É um passo, é sinal que as coisas estão andando. E olha, as coisas andam surpreendendo positivamente. O discurso do Gilmar Mendes foi do caralho, pensa que nenhum ministro pode chegar chutando o pau da barraca. O cara pra defender a posição dele fez uma fala de mais de duas horas. Além do que a pauta era sobre descriminalizar o PORTE de TODAS as drogas. Acho que é um passo para as próximas discussões se voltarem em torno da maconha medicinal especificamente. Enfim, como já falei num post anterior, ficar achando que nada vai acontecer só porque é Brasil é totalmente irracional, é basicamente reclamar do jeito do brasileiro se comportando do jeito brasileiro. A única forma da coisa continuar é botando pressão, militando, criando discussão sobre as ideias e o assunto vai deixando de ser tabu e ganhando espaço pra ser aceito. As estatísticas estão a nosso favor. Acho que é só um passo mesmo, a comoção é a comoção de quem sempre ouviu não pra aquela pauta e agora está começando a ouvir sim. Na minha opinião tá certo que reivindica mais ainda, mas errado quem acha que não vai mudar em nada. Enfim, a mudança nunca vai acontecer de uma hora pra outra. Outro dia teve a sessão com o Cristovão Buarque, uma galera pró-legalização viajou pra Brasília só pra discutir o assunto. Dali não ia sair nada efetivamente. Mas talvez se não tivesse ninguém lá representando aquele dia o processo não teria voltado e Gilmar não teria dado o posicionamento que deu... É só um exemplo de como eu vejo que uma coisa puxa a outra necessariamente e não que o jogo vai ser ganho rapidamente só porque a gente quer.1 point
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Não achei perfeito, mas ficou assim: Isso é a sugestão dele, creio o que ocorrerão muitos debates.1 point
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Calma. Vamos fazer assim: O que o Gilmar usou no voto dele X O que aconteceria hoje. Se a polícia chegar na sua casa e achar que 2 plantas é 33: Segundo Gilmar: Você teria que ser levado a um juiz para que ele decidisse se converte sua prisão em flagrante para preventiva, fazendo com que você aguarde o processo preso; ou o juiz entende que 2 plantas é uso e, como o uso estará descriminalizado, impõe pena de multa, prestação, etc, mas tudo na esfera civil / administrativa. Ou até mesmo encerra o processo e te manda pra casa. Não sabemos como ficará o acordão, só depois que geral votar. Segundo a lei atual: Você é levado pra Delegacia e se o Delegado entende que é 28 lavra o Termo e vc vai pra casa. Ou se o delegado entende que é 33 você é transferido pra cadeia, pq tráfico é hediondo, inafiançável, etc, e aguarda o processo preso. Isso só com a prisão em flagrante. Ai o delegado manda o processo pro Juiz e ele converte a sua prisão em preventiva ou relaxa a sua prisão. Isso o juiz tem 24 horas. Mas nunca é feito em 24 horas. E pior, o juiz nem olhou pra sua cara. A única coisa que ele leu é o depoimento do PM. Então o que acontece na maioria dos casos é o juiz converter o flagrante em preventiva. Gilmar até fala isso no voto dele. E ai você aguarda o processo na cadeia, até que na audiência o Juiz pode se convencer de que era 28 e não 33. Mas isso você pode ter ficado anos na cadeia. Ainda mais se for pobre e assessorado pela Defensoria. Foi?1 point
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Sim quando ele falou isso da maconha se viciar imediatamente e do alcool somente com abusivo excessivos deu vontade de chorar, literalmente, ainda bem que ele não vota, também pensei que ele iria votar, parece que o Gilmar vai ser favorável a descriminalização, saiu ate na folha, ele sendo o primeiro votar e fazendo a sustentação oral, deve acabar com essas baboseiras do Janot, eu espero por isso, ou melhor nós, o interessante é que os Ministros podem interromper uns aos outros durante a sustentação oral de seu voto, então se alguém falar alguma melda, espero que o Gilmar e o Barroso deem o outro lado de perspectiva, como tem mostrado,1 point
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Da guerra ao comércio de maconha por Marcelo Pellegrini — publicado 28/07/2015 04h06 Colorado, nos EUA, é uma prova das vantagens da legalização da erva http://www.cartacapital.com.br/revista/859/da-guerra-ao-comercio-7458.html Vlademir Alexandre/ Estadão Conteúdo O Colorado arrecadou 27 milhões de dólares em sete meses O debate sobre a liberação da maconhaganhou uma nova perspectiva. O cultivo legal da erva, revelam os dados mais recentes do estado do Colorado, o primeiro a autorizar o uso recreativo nos Estados Unidos, pode tornar-se uma nova e interessante fonte de receita, empregos e impostos. Segundo a organização Drug Policy Alliance, de janeiro a julho do ano passado, a cadeia produtiva dacannabis gerou mais de 10 mil postos de trabalho e recheou os cofres públicos estaduais com 27 milhões de dólares em tributos. Estima-se que o comércio da droga em todo o país, apesar de não existir uma permissão federal para o plantio e o consumo, tenha movimentado 2,7 bilhões de dólares em 2014. Os dados levam a uma pergunta: não seria mais inteligente legalizar e controlar o comércio do que deixá-lo sob o domínio dos narcotraficantes? Ao menos 5% da população mundial, calcula a Organização das Nações Unidas, recorre ao submundo para conseguir drogas. A maconha seria a terceira substância psicoativa mais consumida do planeta, com 117 milhões de usuários. Detalhe: é a única ilegal entre as três primeiras colocadas. As outras são o álcool e o tabaco. O potencial econômico da maconha não está limitado ao seu efeito químico sobre o corpo. As aplicações são variadas, a depender da composição de cada espécie. Estudos indicam que uma variedade rica em canabinoides, uma das substâncias naturais da planta, apresenta relevantes resultados medicinais. Outros tipos, com baixos níveis consideráveis de canabinoides ou THC (a substância psicoativa), têm aplicação na indústria têxtil e de alimentos. Tênis e óleos estão entre os produtos possíveis. No outro extremo emergem os gastos com a repressão aos entorpecentes. Nos últimos 20 anos, a chamada guerra às drogas consumiu mais de 1 trilhão de dólares somente nos Estados Unidos, sem maiores efeitos sobre o consumo. Não estão contabilizados os custos do aumento da população carcerária e os efeitos da violência sobre o sistema de saúde. O fim da repressão, calcula o Instituto Cato, levaria a uma economia de 41 bilhões de dólares anuais apenas nos EUA. No Uruguai, há 2,6 mil " fazendeiros" . Créditos: Theo Stroomer/ Getty Images /AFP Os benefícios ao Brasil com a legalização ou a regulação seriam igualmente substanciais. A começar pela economia na repressão. Atualmente, 27% dos presos no País respondem pelo crime de tráfico. Sancionada em 2006, a Lei de Drogas produziu um efeito contrário ao desejado. Desde a sua entrada em vigor, o número de detentos por comércio ilegal saltou de 31 mil para 164 mil, aumento de 520%. O motivo, aponta a Secretaria Nacional de Drogas, está na distinção entre usuário e traficante. Ao contrário de outros países, o critério adotado pelo Brasil é subjetivo e leva em conta a quantidade de droga apreendida, o local, as circunstâncias sociais e pessoais do detido e seus antecedentes criminais. Isso cria situações como a condenação a quatro anos e dois meses de detenção por tráfico de drogas de um suspeito que carregava 1 grama e meio de maconha. O fato ocorreu em São Paulo neste ano. Um estudo do International Drug Policy Consortium mostra que, se o critério espanhol, para citar um caso, fosse aplicado no Brasil, 69% dos presos por tráfico de maconha estariam livres. Se a base fosse a legislação norte-americana, o porcentual cairia para 34%. Quando se cruzam as informações do Departamento Nacional Penitenciário com os investimentos em segurança pública, chega-se a um valor aproximado dos gastos anuais com esse tipo de detenção: 1,3 bilhão de reais. Em São Paulo, estado responsável por 35% da população carcerária brasileira, os custos em 2011 chegaram a 885 milhões de reais. Se a Lei de Drogas fosse corretamente aplicada, o governo paulista pouparia 270 milhões anualmente. Fonte: DEPEN “Esta não é uma guerra contra drogas, contra coisas. Como qualquer outra, é contra seres humanos”, afirma Maria Lucia Karam, juíza aposentada e presidente da Associação de Agentes da Lei contra a Proibição. Karam e diversos cientistas, políticos, policiais e representantes de movimentos sociais participaram recentemente de um seminário organizado pela Fiocruz para discutir o tema. Todos foram unânimes: a legalização só traria benefícios sociais e econômicos. “O alto lucro deve-se à ilegalidade de seu comércio e produção, que, além de não resultar em impostos, enriquece facções criminosas e corrompe agentes públicos”, afirma a economista Taciana Santos. A legalização, acredita, diminuiria a violência e aumentaria a arrecadação de impostos, mas não geraria tantos empregos. “A cadeia de comércio e distribuição existe, assuma o governo ou não.” De olho nesse mercado de potencial bilionário, 26 países descriminalizaram o uso da maconha nos últimos anos, além dos estados americanos que o legalizaram e do Uruguai que o regulou. Recentemente, o Chile autorizou o plantio em pequenas quantidades. Na contramão dessa tendência, o Brasil figura ao lado de países islâmicos e asiáticos, que resumem sua política à pura e simples repressão, alguns até com a pena de morte para traficantes. Ainda assim, pequenos avanços acontecem. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, após forte pressão de uma parcela da sociedade, a importação de canabidiol para fins medicinais. Atualmente, 809 pacientes importam legalmente o extrato para tratamento médico. Cada frasco custa 75 dólares e auxilia no tratamento de gente como Sofia, de 6 anos. “Ela sofre de epilepsia grave, por isso toma uma dosagem relativamente alta para controlar suas crises de convulsão. Eu preciso de dez vidros por mês para tratá-la, são mais de 2,2 mil reais ”, conta a advogada Margarete de Brito, mãe de Sofia. “São preços só para a classe média e alta.” A demora em legalizar a cannabis afeta ainda as pesquisas científicas nacionais. “A maconha será uma das drogas mais importantes do mundo para o tratamento de doenças, em substituição a substâncias lícitas e medicamentos. Com a criminalização no Brasil, as pesquisas ficam comprometidas e largamos atrasado nessa revolução científica”, afirma Sidarta Ribeiro, neurocientista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Enquanto negligenciamos as possibilidades científicas, o Uruguai está atento a esse potencial. Segundo Julio Calzada, ex-secretário-geral da Junta Nacional de Drogas e um dos idealizadores da regulação do comércio, o país pretende se tornar um polo de pesquisa. “Existem condições e propostas de empresas e laboratórios químicos e farmacêuticos interessados em investir.” Atualmente existem 2,6 mil “fazendeiros” registrados no país vizinho. Até o fim do ano, 240 farmácias estarão aptas a vender maconha. Uma proposta semelhante à uruguaia tramita no Congresso Nacional. O projeto do deputado Jean Wyllys, do PSOL-RJ, cria regras para o plantio, comércio e consumo. Os lucros obtidos com a regulação, propõe o parlamentar, financiariam políticas públicas para o tratamento de dependentes químicos e bolsas de pesquisas científicas sobre aplicações medicinais do produto. “Hoje se adquirem drogas em praticamente qualquer esquina, ou seja, na prática o comércio já é liberado”, avalia Wyllys. “A diferença é que esse dinheiro, em vez de beneficiar o Estado, vai para os bolsos de máfias e corrompe funcionários públicos.” l1 point
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Na boa, tem nego que vai acaba enforcado com a própria língua... manda a foto dos destroços da casa com a prancha cravada no meio, pq a prancha é prioridade, a humanidade das figura morre no meio do discurso, quando as ilusões de grandeza e os complexos de superioridade gritam mais alto...1 point
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