Golpista ou não, está sendo aplicada uma agenda política que não foi eleita. Nós não elegemos apenas pessoas, elegemos o que elas representam.
Estamos à beira de um estado repressor onde o ministro da justiça acabou de dizer que polícia precisa de mais armas e menos estudos, como se uma coisa implicasse na outra. Onde a Abin voltou a ser militarizada, coisa que não acontecia desde quando Collor eliminou o SNI. E isso Temer o faz como Interino, logo tudo isso é apenas uma entrada para o prato principal.
Para os maconheiros, o que está aí é um retrocesso que tardará, senão enterrará qualquer chance de descriminação do porte de drogas, ainda mais que o que não falta é esquerdista maconheiro, e todos nós sabemos que a tal 'guerra as drogas' não é nada além de um mecanismo do estado para transformar todo cidadão em suspeito, já que nada disso evita o mercado negro das drogas, ineficaz até mesmo para evitar drogas de entrar na prisão.
Afinal temos até Senador e Governador implicados no tráfico internacional de drogas, mas o peso da lei para quem tem poder é invertido, e assim permanecerá com um governo que subiu ao poder trazendo o que há de mais atrasado na política nacional, tendo um ministro da saúde que diz na cara dura que mulher trabalha menos que o homem, ou de um chanceler que quer dobrar países menores e quebra regras multilaterais por que acha que pode, imagina então um ministro da justiça que brinca em campos de maconha com um facão;
Em suma, estamos fodidos, mas para os maconheiros estamos voltando à época do Quércia, que se adolescente andasse na rua de madrugada era encostado no muro, revistado, ou como se diz no jargão policial, 'tomando um corretivo'.
Obrigado a todos os envolvidos