Peço perdão sano, acabei me expressando de forma incompleta. Erro meu.
O que eu quis dizer era que o aumento do consumo não implica necessariamente em aumento do extrativismo. E conforme citei anteriomente, os bens de capital dos quais falamos agora podem ser uma ferramenta de contenção do extrativismo de diversas maneiras.
É o caso de um grupo de pessoas que se vale da agricultura rudimentar e necessita desmatar/queimar anualmente uma área de 100 acres (valor hipotético) para cultiva-la em busca de alimentos. Caso este grupo tivesse acesso à bens de capital para modernizar os métodos de produção, a área desmatada seria menor, as colheitas seriam maiores, e tudo isso geraria mais recurso e tempo livre para o grupo reflorestar o que destruiu e/ou para preservsar o que ainda não foi destruído.
O objetivo final de se acumular bens de capital já foi exposto várias vezes por mim durante este tópico: aumentar a produtividade do ser humano. Você próprio deve ter familiariedade com o conceito, sano.
Pense no computador que você usa para redigir e o quanto ele facilita o seu ofício. Sem ele, você teria de voltar para a maquina de datilografar ou, pior, redigir á mão. Certamente o uso de um computador aumenta a sua produtividade ao produzir peças jurídicas, além do que o acesso á internet deve aumentar sobremaneira a qualidade das suas teses. No seu caso, o computador é um bem de capital na sua linha de produção de peças jurídicas, e é por isso que você o usa: porque ele lhe proporciona tempo livre para fazer coisas mais nobres, como defender o planeta e nossos irmãos maconherios.
HST, quanto mais raro (escasso é o termo econômico correto) for qualquer coisa, maior será o seu valor. Este é sem dúvida um dos alicerces do pensamento econômico e não advém de nenhuma forma do capitalismo. É aplicado a qualquer sistema, e, ao que parece, a qualquer época.