B0m avalo...resp0ndendo vou por uma cobertura akí do show p/ vc conferir..
e ah, quanto a quantidade pitei 1000 ganja lá...rs
Show do Wailers em São Paulo: Saiba como foi
23/03/2009 - 10:10
A noite do show do Wailers já começou com atraso. A começar por nossa parte. Chegamos por volta das sete da noite a banda Leões de Israel havia acabado de começar sua apresentação, que estava prevista para um pouco além das cinco horas. Isso ocasionou um efeito dominó, atrasando as outras apresentações como a do Planta Raiz e Wailers.
Com uma apresentação cheia de vocais e performances em palco, o Leões de Israel abriu a noite, devemos admitir que nos surpreenderam, mais até que os Wailers, que se já não bastasse previsibilidade das músicas que seriam tocadas, eles ainda tiveram a coragem de tocar o álbum Exodus (1977) inteirinho, seguindo até mesmo a ordem das músicas, sem pôr nem tirar.
Com mais de duas horas de atraso, os Wailers entraram um pouco depois das dez da noite. Abriram com"Natural Mystic" seguido de "So Much Things To Say", "Guiltiness", "The Heathen", "Exodus", "Jamming", "Waiting In Vain", "Turn Your Lights Down Low", "Three Little Birds" e quando acabou a tracklist do álbum Exodus, vieram as clássicas que não poderiam faltar, "One Love" e "No Woman no Cry", que soou como um coro cantado por todo o público, estimado em quatro mil pessoas no espaço das Américas , que tem capacidade para oito mil.
Os Wailers são das poucas bandas de Reggae que conseguem chamar tanta gente e com um público tão diversificado e ao mesmo tempo massificado. Eram incontáveis as pessoas com camisetas do Bob Marley. Nossa idéia foi entrevistar e conseguir depoimentos de diferentes estilos de pessoas acerca do Reggae. A abordagem era tranquila, fazíamos as perguntas e o pessoal já se empolgava respondendo entre gritos de 'Positive Vibration', 'Reggae é Bob' e outras pérolas como:
"ahhh meu, é banda do Bob né, pura cannabis vibration", "ahhh eu curto bastante de musica jamaicana, Ponto, Tribo, Groundation(!?!?!) e bob é claro !"
Devido as caixas, que ficavam apenas em frente ao palco, o som ficou a desejar, principalmente aqueles que ficavam mais para o fundo. Pelo menos havia um telão transmitindo o show, o que não deixava o povo do fundão decepcionado. O salão do evento era espaçoso e muito bem ventilado.Se na maior parte do show, as músicas tocadas eram previsíveis, as surpresas mesmo vieram para o final, quando finalmente o Wailers tocam algo da década de 60 como “City Hypocrities”, “Thank you Lord”. Já estávamos ficando decepcionados papor não tocarem nada da fase inicial do Wailers. Apesar de que não foi tocado nenhuma música da fase Ska do Wailers, como a clássica “Simmer Down”, mas enfim, a alegria maior veio no finalzinho, quando cada instrumentista começou a solar nas bases de sucessos da Studio One (gravadora que iniciou os Wailers na música, tendo como mentor Coxsone Dodd). Clássicos riddims de grupos como Soul Vendors, Sound Dimension, Jackie Mittoo. Os sucessos Drum Song", "Real Rock" e "Rocksfort Rock". Muita gente nessa hora caiu do cavalo e ficou com um ponto de interrogação na cara esperando os sucessos cantados.
Mas com um pouco mais de duas horas de show e passada a meia-noite, para a tristeza de muita gente que foi embora de metrô, o Wailers encerrou sua passagem pelo Brasil neste ano.
Logo após o show ficamos em uma área reservada a espera Aston Barret, o único integrante original do Wailers, para nos conceder uma rápida entrevista. Mas estava difícil, ele não queria receber ninguém. Quando o encontramos ficamos sabendo o porquê disso. Era o clássico "momento relax dos jamaicanos". A Big Spliff!
Mas sabe aquela história de tão perto, mas tão longe ? Era a situação, uma grande muvuca em torno da porta do camarim, que era a única barreira que nos separava de Aston Barret. Em um momento o jurássico com uma típica ação de carteirada, intimou o segurança dizendo que era apenas uma perguntinha para uma matéria para a MTV. Auhuhauhauha. O Segurança abriu a porta liberando a nossa entrada. "Fazendo jus ao invasão Jamaica". Eis que estamos ali, e ao fundo do camarim estava Aston Barret, preparando seu "momento Relax jamaicano". Sentimos que aquilo tratava-se de um cronometro para nossa entrevista, uma espécie de ampulheta. Assim que ele terminasse o trabalho, adeus entrevista. Estavamos apenas com um gravador na mão, mas o barulho do camarim era grande, parecia uma festa. Aliás, era uma festa.
Chegamos todo sem graça, achando que ele nos responderia de uma forma indiferente. Mas que nada, o cara é muito simpático. Perguntamos qual a impressão que ele tem sobre a moderna música jamaicana e se ela está acabando com o Reggae (tema decorrente na Jamaica). A resposta veio em um inglês jamaicano carregado de um forte 'Patois' (sotaque dos jamaicanos). "isso são músicas para jovens", seguido de," Eles não estão matando nós (reggae), estão matando eles próprios", em um clássico conservadorismo dos velhos artistas jamaicanos.