Segunda, 30 de maio de 2005, 17h34
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, disse hoje ao defender a legalização das drogas durante ciclo de sabatinas da Folha de S. Paulo, que deixou de fumar maconha aos 50 anos. Segundo ele, a questão das drogas precisa ser tratada como um problema de saúde pública e não como uma questão criminal.
"Por que tem que ser proibido? Para se ter tráfico, traficante e toda uma cadeia que existe só para manter o que é ilegal? A gestão desse problema precisa ser uma questão de saúde pública, pois é mais tranqüila", disse ele.
Outros temas comentados pelo ministro, durante a sabatina, foram o das cotas raciais nas universidades brasileiras e o caso de racismo sofrido pelo jogador de futebol Grafite.
"É a discriminação positiva que vem sendo usado. Existe a discriminação negativa e a positiva. As estatísticas estão cansadas de mostrar que os negros não competem em igualdade com os brancos", afirmou Gil sobre o primeiro tema.
Sobre o caso de racismo envolvendo Grafite, Gil afirmou que o jogador usou os mecanismos da lei para se defender.
Gil foi sabatinado durante duas horas por entrevistadores e pessoas da platéia no Teatro Folha na capital paulista.
http://noticias.terra.com.br/brasil/intern...4-EI306,00.html