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Doctor Trance

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  1. Mídia simplifica um assunto grave Do Observatório da Imprensa Por Rogério Faria Tavares em 2/3/2010 O tema das drogas, seguramente um dos mais importantes e graves no Brasil de hoje, é tratado por alguns setores da mídia sob a ótica de uma imensa simplificação: só é notícia enquanto expressão de uma infração legal. Não resta a menor dúvida de que o crime precisa ser combatido com vigor e sem medo pelo Estado e por toda sociedade, o que deve merecer a larga divulgação dos meios de comunicação. Mas até mesmo para que esse terrível problema seja conduzido com eficácia é preciso encará-lo de modo mais profundo. A maior parte da cobertura jornalística sobre as drogas está na editoria de polícia, raramente nas seções de ciência, comportamento ou cuidados com a saúde. As fontes entrevistadas são, majoritariamente, os agentes do poder público encarregados da repressão ao delito ou os especialistas em segurança pública. Os educadores, os psicólogos, os sociólogos, os antropólogos, os cientistas políticos e os historiadores, que teriam muito a dizer sobre a questão das drogas, recorrentes no percurso da espécie humana sobre o planeta, são bem menos ouvidos. Na eventualidade de uma matéria que fuja da abordagem policial, a pauta é sobre a internação, os tratamentos de choque, os corretivos providenciados pelas clínicas de desintoxicação e as eventuais conversões espirituais... Possibilidades sensoriais Os usuários de drogas são descritos habitualmente por alguns veículos de comunicação como personagens débeis, doentes ou criminosos, que estão em falta ética com a sociedade e fazem algo demoníaco que destrói famílias e resulta em tragédias irreparáveis. São tidos, quase sempre, como vítimas das más companhias, da degradação moral, da vida desregrada ou da falta de religiosidade e terminam reduzidos a uns poucos estereótipos. Raramente são encarados como seres humanos como outros quaisquer, habitados por sonhos, desejos, carências e contradições. Sensacionalista e capaz de dividir o mundo entre o bem e o mal, a narrativa construída por setores da mídia sobre as drogas adquire registro emocional, que arrebata e transtorna o público, o que, obviamente, não lança qualquer luz sobre o problema. A partir da perspectiva apresentada, como a mídia pode contribuir para elevar a reflexão sobre as drogas? Em primeiro lugar, é necessário formular as perguntas essenciais. Por que é tão comum e tão antigo na trajetória da humanidade o recurso a elementos que alteram o padrão habitual da consciência ou que propõem novas experiências a ela? Por que é tão corriqueira e familiar ao ser humano a adoção de comportamentos que fornecem a ele outras possibilidades sensoriais, que o anestesiam da dor de viver, o fazem visitar lugares antes inacessíveis ou o descansam de si mesmo e dos outros com intensa gratificação física e psíquica, ainda que isso possa ser fatal? Violência urbana Em que medida o modo como organizamos nossa sociedade e nossa economia leva as pessoas a usarem drogas? E ainda: qual é o significado das drogas na cultura contemporânea? De que capital simbólico ela desfruta? Como ela seduz a juventude? Quais são as alternativas possíveis e as mudanças institucionais necessárias? Que caminhos normativos foram tomados em outros países na questão das drogas? Qual é o porquê da opção reiterada do Estado brasileiro em mantê-las à margem da lei? O que todos nós, juntos, podemos de fato fazer para conduzir problema tão sério, com a sobriedade exigida? Em segundo lugar, é preciso desafiar os paradigmas já consolidados na abordagem do assunto. Naturalmente, é sempre positiva toda informação que aumente a conscientização do público sobre as tristes conseqüências causadas especialmente pelo tráfico e que reforce a repulsa social ao que ele representa. Difícil de aceitar, entretanto, por requerer uma alta dose de ingenuidade, é a idéia de que nenhuma outra atividade humana seja capaz de produzir um nível de violência semelhante à gerada por ele. É certo que o tráfico de drogas degrada profundamente as bases da convivência social pacífica, fortalecendo, por exemplo, o crime organizado. No entanto, é notório que os inúmeros problemas enfrentados todos os dias pelos brasileiros, sobretudo nas regiões metropolitanas, não possuem uma causa única. A violência urbana não emana de fonte exclusiva. Pelo contrário. Ela é acontecimento sutil e complexo, de inúmeras facetas e difícil apreensão, que corre por toda parte, permeando as relações cotidianas entre as pessoas. Mentalidade e identidade O próprio modelo de produção econômica vigente fornece vasto material para a violência, uma vez que estimula o extremo individualismo, a competição desmedida e desleal e as perversões do ego. Um sistema de vida que localiza na posse e no acúmulo de bens materiais os critérios para o sucesso e a felicidade proporciona muitas oportunidades para a violência. É preciso, também, divulgar massivamente novo conceito para o vocábulo "droga", já tão estigmatizado. Isso servirá para confirmar a multiplicidade de recursos empregados pelos seres humanos na exploração de suas diversas possibilidades sensoriais. Para difundir essa nova percepção, é útil identificar, com clareza, todos os produtos que geram dependência química e entorpecem os sentidos, sem esquecer de mencionar o álcool, o tabaco e outras drogas autorizadas pela lei e anunciadas nos intervalos comerciais, como certas substâncias alimentares, alguns produtos farmacêuticos ou cosméticos. Práticas que provocam profunda dependência psíquica e emocional, como algumas ligadas à religião, ao corpo e ao sexo, ao trabalho, ao dinheiro ou ao uso de mídias e tecnologias, devem merecer idêntica atenção. O consumismo, droga que corrói a alma, capaz de afetar irreversivelmente a formação saudável da mentalidade e da identidade de muitas pessoas, também pode ser objeto de rica pauta. Essas são, pois, apenas duas das várias contribuições que a mídia pode dar ao debate sobre as drogas. Seguramente há muitas outras.
  2. Thiabo, Refiro-me a artigos científicos produzidos por Universidades (existe bastante material nos EUA, principalmente) mostrando evidências do menor (ou nenhum) prejuízo causado pelo uso de cannabis. Filmes, clips e artigos de jornais e revistas enfatizam a posição política (como no filme The Union - The business behind...) e os interesses econômicos que envolvem a mudança de legislação,porém os artigos científicos nos darão credibilidade acadêmica e combaterão frontalmente os achismos de qualquer pseudolegislador. SRN, DT.
  3. Caros, Necessitamos de evidências científicas para destruirmos os últimos alicerces do preconceito contra a maconha. A velha questão do "estímulo ao tráfico" está sendo banida com o cultivo caseiro, e a julgarmos pelas reportagens e pela opinião pública estamos nos aproximando de um período politicamente favorável a descriminalização ou a tolerância ao usuário. Entretanto ainda devemos ler idiotices sem embasamento, como o teor de alcatrão da maconha ou outros mitos não comprovados. Abaixo cito o resumo de um artigo de revisão que avalia o efeito neurocognitivo da maconha. Dentre as conclusões o mais importante é que apesar de observada uma discreta perda de memória recente em usuários crônicos, nenhuma outra alteração foi notada, estabelecendo que caso novos estudos (já feitos) definam o uso medicinal de maconha, suas contra-indicações praticamente inexistem. Se alguém quiser o artigo na íntegra, mande uma msg direta. Espero postar mais artigos a medida em que o assunto for evoluindo. Non-acute (residual) neurocognitive effects of cannabis use: A meta-analytic study - IGOR GRANT,I.2.3.s RAUL GONZALEZ,4.S CATHERINE L. CAREY,4.s LOKI NATA'RAJAN,".6 AND TANYA WOLFSONs l 1 Department of Psychiatry, University of California, San Diego ! 2Center for Medicinal Cannabis Research, University of California, San Diego ' 3Yeterans Affairs Healthcare System, San Diego, CA 4SDSU/UCSD Joint Doctoral Program in Oinical Psychology 'mv Neurobehavioral Research Center, University of California, San Diego 6Department of Family and Preventive Medicine, University of California, San Diego (RECEIvED September 12, 2002; REVISED December 4, 2002; ACCEPTED December 23. 2002) Abstract The possible medicinal use of cannabinoids for chronic diseases emphasizes the need to understand the long-term effects of these compounds on the central nervous system. We provide a quantitative synthesis of empirical research pertaining to the non-acute (residual) effects of cannabis on the neurocognitive performance of adult human subjects. Out of 1,014 studies retrieved using a thorough search strategy, only 11 studies met essential a priori inclusion criteria, providing data for a total of 623 cannabis users and 409 non- or minimal users. Neuropsychological results were grouped into 8 ability domains, and effect sizes were calculated by domain for each study individually, and combined for the full set of studies. Using slightly liberalized criteria, an additional four studies were included in a second analysis, bringing the total number of subjects to 1,188 (i.e., 704 cannabis users and 484 non-users). With the exception of both the learning and forgetting domains, effect size confidence intervals for the remaining 6 domains included zero, suggesting a lack of effect. Few studies on the non-acute neurocognitive effects of cannabis meet current research standards; nevertheless, our results indicate that there might be decrements in the ability to learn and remember new information in chronic users, whereas other cognitive abilities are unaffected. However, from a neurocognitive standpoint, the small magnitude of these effect sizes suggests that if cannabis compounds are found to have therapeutic value, they may have an acceptable margin of safety under the more limited conditions of exposure that would likely obtain in a medical setting. (JINS, 2003, 9, 679-689.) SRN, DT
  4. O consumo nos Cofeeshops é liberado e podemos comprar mais de 10g em cada estabelecimento sem nenhum problema. Obviamente não entrei lá para comprar 1 Kg (infelizmente :pulafuma: :pulafuma: ). De qualquer forma, esta notícia deve caracterizar uma denúncia de estabelecimentos que se sentiram prejudicados pela Marijuana Megastore, ou então seus vizinhos belgas e alemães não gostaram de ver seus traficantes comprando na Holanda e vendendo em seus países... A tendência é que, quando o consumo for regulado aqui no Brasil (e falta pouco, vamos ter fé...), esse tipo de notícia vai pipocar o tempo todo( ). Paz e bom fumo a todos ===~ !! SRN, DT
  5. Fica tranquilo, eu dou receita e muitos amigos médicos também. Nossa legislação retrógada é que tem que ser modificada. Quem planta para consumo próprio inibe o tráfico. E quem prescreve também. Vamos observar a evolução deste assunto no plenário. SRN, DT.
  6. Trying to be a grower...

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