Pedro Pedrada tocando na Polinter
Dica Do DAR - Pedro Pedrada tocando na Polinter
No DDD de hoje, trazemos os frutos de uma história pessoal triste que ganhou alguma notoriedade. É o caso do Pedro Pedrada, baixista da banda de reggae do Rio “Ponto de Equilibrio”. Ele foi preso no final do ano passado por cultivar maconha para consumo próprio. Após passar vários dias encarcerado, em função de todo o apoio jurídico e do suporte das muitas pessoas que acompanhavam o caso pelo Brasil inteiro, finalmente ele foi solto, uma vez que o juiz entendeu que se tratava de um usuário de maconha, não passível que pena reclusiva, e não de um traficante. Entre esses vários percalços e abusos da justiça vividos por Pedrada, um fato também triste foi o corte compulsório de seu cabelo.
Pedrada é um praticante da fé Rastafari, e um dos preceitos religiosos comumente mantidos é do de não cortar os cabelos, que adquirem o famoso formato dos “dreadlocks”. Mais um caso do triste caso das prisões brasileiras, incapazes de respeitar os mínimos direitos dos detentos, como, por exemplo, o direito à prática religiosa.
Após ser solto, o caso de Pedro gerou tanta discussão que ele chegou a ser capa da revista Galileu sobre a legalização da maconha.
O vídeo que trazemos é uma iniciativa que a banda Ponto de Equilibrio está levando com outras organizações, fazendo shows e atividades em unidades da Polinter, no Rio de Janeiro.
Em baixo, reproduzimos o texto que consta na página do Vimeo do vídeo, com mais detalhes.
Chegando ao final de mais uma década, com vislumbres de mudança e a fé para um novo dia, a Kilimanjaro Produções em parceria com a Bonde Filmes, Rio de Paz e NUCOP, tem a satisfação de apresentar o curta documental que registra uma ação socio-cultural guiada pela música em um presídio do Rio de Janeiro, que infelizmente tem o status de cidade mais violenta do país.
No mês de julho Pedro, o baixista da banda foi preso por estar plantando pés de maconha pra uso próprio em sua residência e acabou, quando preso sendo levado pra um presídio no bairro de Neves em São Gonçalo onde fica numa cela comum dividindo espaço com criminosos de todos os graus, vivências e histórias de vida.
Chegando lá ele conhece um policial, Orlando Zaccone que por ter uma visão diferenciada e conhecimento da real situação do sistema penal brasileiro se interessa pela situacao de Pedro, e depois da libertação do baixista eles continuam a se falar e resolvem se movimentar pra mostrar a sociedade a condição lastimável que tratamos os nossos presidiários além de levar uma mensagem positiva e focar numa recuperação do indivíduo que não ocorre nos dias atuais.
O curta tem a direção de Rodolfo Vaz, tendo sido produzido por Ney Carlos , os câmeras envolvidos nesse projeto foram Vinicius Cout, Fabio Serfaty e Alessandro Fidalgo na assistência de produção Pepeu Santos e mixagem Pedro Pedrada.
Na parte musical foram usadas remixes inéditos de músicas do Ponto de Equilíbrio feitos por Victor Rice (CALOR) e Pedro Pedrada (O QUE EU VEJO) além de perfomances ao vivo da banda de músicas do novo álbum e antigos sucessos.
Com o intuito de mostrar a situação do preso que é temporária e deve ser usada como um tempo de reflexão a Bonde Filmes junto da Kilimanjaro Produções está preparando uma série de shows, com um misto de ação social pra diversas unidades da Polinter no estado do Rio de Janeiro em 2011, aliando a parte juridica, médica, pedagoga, com cultura, diversão e principalmente conscientização.
Tivemos e teremos muitas experiencias nesse projeto.
Esta é uma delas.
Para mais detalhes da saga vivida por Pedrada, os seguintes artigos do nosso site servem de referencia:
Baixista do Ponto de Equilíbrio está preso por cultivar maconha para uso pessoal
Baixista da banda ‘Ponto de Equilíbrio’ deixa prisão após duas semanas
Carta escrita por Pedro Pedrada, do Ponto de Equilíbrio, na prisão
fonte: Dica Do DAR (DDD)