Saiu na Capa do Diário Catarinense, o jornal de maior circulação aqui em SC.
Saiu em vários noticiários da TV também.
Veja a notícia em www.clickrbs.com.br
Drogas
Médicos acusados de cultivar maconha
MICHAEL GONÇALVES
Dois pés de maconha foram encontrados nas dependências do Hospital Celso Ramos, em Florianópolis. As duas plantas foram descobertas na semana passada e três médicos residentes foram indiciados pelo crime de tráfico de entorpecentes. As plantas estão com 30 e 60 centímetros de altura.
Os profissionais foram afastados da instituição até a conclusão da sindicância interna. São dois clínicos e um cirurgião que foram responsabilizados pela propriedade dos pés de maconha.
Eles cultivavam as plantas em dois vasos no 8º andar do Hospital Celso Ramos, local onde estão os quartos dos médicos residentes. Os pés de maconha estavam acondicionados numa caixa de papelão, encobertos por papel alumínio e iluminados com duas lâmpadas fluorescentes.
O objetivo dos médicos foi o de preparar uma estufa. Com os instrumentos utilizados eles tentavam acelerar o processo de desenvolvimento da planta, através da fotossíntese.
Uma servente encontrou as plantas e desconfiou de um recado. "Cuida bem das nossas plantinhas que eu estou saindo de férias". A frase estava no bilhete endereçado a um dos médicos.
O diretor geral da instituição, Carlos Alberto Lacombe, espera pelo resultado da sindicância. "As providências estão sendo tomadas. Registramos a ocorrência na delegacia, instauramos uma sindicância, afastamos os médicos e enviamos um ofício ao Conselho Regional de Medicina", afirma.
Lacombe não sabe afirmar se os profissionais trabalhavam sob o efeito da droga ou se apenas usavam o espaço para o cultivo. Os médicos envolvidos estavam na instituição desde o início deste ano.
Conselho Regional de Medicina vai investigar
O laudo do Instituto de Análises Laboratoriais, do Departamento de Polícia Técnica e Científica, comprovou que as plantas são pés maconha.
Os especialistas afirmam que as plantas tinham poucos meses e ainda não forneciam a substância entorpecente.
A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM), Marta Rinaldi Müller, espera por mais informações sobre o incidente. "Todas as informações são de corredor, mas já solicitei uma averiguação no episódio. Se for comprovada a propriedade do entorpecente, eles serão submetidos a uma sindicância no CRM", avisa.