Babylonia, que mistura todo dia Erva Santa com Amônia
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Eu e meu gosto confuso
Certa vez, à guisa de insulto, um colega de trabalho considerou meu gosto musical “confuso”. Adorei. Tomei como lema quase: “Eu tenho um gosto musical confuso!” Afinal, o contrário disso seria ter um gosto musical organizado, ordenado, bem delimitado, cheio de ortodoxias... Credo. Significaria ouvir só um tipo de coisa ou, no máximo, duas ou três coisas que fizessem algum sentido juntas. Tal racionalidade seria, no final das contas, incompatível com a plena apreciação da música, que passa, necessariamente, pelo inesperado da emoção.
Daí ter ficado muito feliz com a definição do colega. É verdade que escuto mais rock porque fui cevado nele. Foi dos Beatles, dos Stones, de Bob Dylan, do Led, do Genesis, que parti para explorar com paixão o blues, o jazz, a música clássica e, algo perversamente, até a música brasileira... Enfim, devo ao rock o meu gosto musical confuso. Aliás, os próprios gêneros musicais têm fronteiras no mínimo fluidas.