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Meriadoc

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    Curtir a natureza, aproveitar o que a tecnologia tem a oferecer, filosofar, escrever, ler, conhecer, caminhar, subir montanhas, acampar, fazer trilhas, curtir com a galera, beber uma cerva, fumar uma erva...

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Reputação

  1. Meriadoc

    Pelo fim da hipocrisia

    [esse post na verdade é antigo pra kct - 23/10/2003 pra ser exato - escrevi na época que ainda era admin aqui do Grow. Por algum motivo ele sumiu, então to repostando pra não ter link quebrado lá no "Conscientizando Maconheiros"] Acredito que vou causar alguma polêmica e até revolta com o que vou dizer, já que o publico alvo é 100% de maconheiros. Querendo ou não, rola um certo grau de hipocrisia (que pode em alguns casos, ser fruto de pura ignorancia) quando o assunto é a defesa da cannabis como droga natural, pura, mística, etc. Como se quiséssmos elevar a nossa droga de escolha a um patamar que nos exclui da categoria de drogados. Existe uma tendencia geral em inflamar ao máximo os efeitos benéficos da droga e de esconder - ou até finjir e "demonstrar" que não existem - os malefícios. Quando sai uma matéria na midia mostrando que determinado mal associado a maconha é comprovadamente falso, somos os primeiros a distribui-la e usá-la ferrenhamente em todos os nossos argumentos, mas raro se vê alguem comentando deliberadamente um artigo comprovando um mal causado pela droga (como esse ultimo, sobre os espermatozoides). Isso eu percebo em todos os maconheiros que me cercam, bem como em mim, ja se tornou comportamento padrão. Eu me pego sendo hipocrita involuntariamente. Isso precisas parar. Temos que descer do pedestal. Maconha não é uma droga especial, temos que nos livrar desse cunhão "uma droga natural não pode te prejudicar". Isso é totalmente errado, é lavagem cerebral. Claro que pode te prejudicar, e prejudica, como qualquer outra droga psicoativa ou não, natural ou sintética. Droga é droga. Afeta o seu organismo. Se for psicoativa, altera sua percepção, seu comportamento, seu espírito. Não se pode crer que o uso constante da maconha seja "ok", comparado ao uso da cocaína ou de ópio, ou o que seja. Existem usuários e usuários. A droga em si não oferece riscos a saúde, um mal relacionamento com ela (diga-se, abuso) sim. Acredito que a principal razão pela maconha ser tida como droga pura, leve, e que não faz mal, é o fato de a consumirmos em seu estado natural, e isso realmente tem enormes vantagens em comparação a heroína, crack, cocaína, etc, todas essas sendo simplesmente o componente ativo isolado, o que por razões óbvias é muito mais tóxico do que a droga em seu estado puro (folha de coca, ópio, etc). Mas isso não nos dá o direito de proferir asneiras sobre a droga como se ela fosse a cura de todos os males e como se não houvessem riscos em seu consumo. Existe SIM o risco de dependencia, os danos causados ao trato respiratorio e a garganta são evidentes. Nenhuma pesquisa precisa me mostrar que em geral o uso iniciado muito cedo na vida pode atrapalhar no desenvolvimento. É esse tipo de comportamento que só vem a piorar nossa imagem com os "caretas" e com a sociedade em geral. Somos defensores da cannabis, mas na hora de levarmos em conta os riscos, ignoramos ou fazemos vista grossa. Devemos parar de defender nosso direito de consumir nossa querida erva? Claro que não. Devemos para de defender a cannabis como nossa droga de escolha? De jeito nenhum. Mas se queremos ter nossas opiniões e argumentos respeitados entre caretas e usuários de outras drogas, devemos nos ater a realidade (fatos, pesquisas sérias) e não a qualquer besteira que falam na mídia ou a lendas urbanas criadas no mundo todo. Precisamos respeitar as outras drogas (e seus usuarios) e parar de fazer comparações ridiculas elevando sempre a cannabis como melhor droga do mundo. Cada um usa a droga que quer do jeito que quer. Se a pessoa for infeliz na escolha, a culpa é dela e não da droga. Qualquer argumentação que não seja imparcial, que não mostre prós e contras, que não detalhe alternativas, exemplos e fatos, nunca será levada em consideração por pessoas sérias que realmente podem mudar as leis. Ao consumir uma droga, seja ela qual for, defina seu objetivo e o que você quer dela. Entenda seus riscos e analise-os, mas não ingore-os e nem finja que não existem. O pior cego é aquele que não quer ver.
  2. Ae galera, redisponibilizei o PDF, pq realmente tinha sumido. A quem interessar possa: Capítulo Marijuana do Livro From Chocolate to Morphine Leitura mais do que recomendada pra todos os maconheiros. p.s: tá em português, nao se preocupem, já traduzi.
  3. Marcar encontros por aqui pode ser bem perigoso. Num é melhor por email nao? Filho, manda em MP pra galera o link pra se inscrever na lista. La eh garantido de nao ter X9.
  4. Cara, nao da pra ficar bolado com isso... com certeza quem escreveu isso é um recalcado por ser careta. Imagina eu, q colokei meu email como contato do censo? Recebi 100 emails iguais a esse, me chamaram de tudo q é nome só por causa da peskisa. "Como vc pode ter coragem de colocar uma peskisa dessa no ar, isso é apologia, vc é um babaca!", um dos que recebi recentemente. Ainda existe muita gente idiota no mundo. Gente que ve propaganda na TV, gente que ve novela e nem filtra, absorve direto como se aquilo fosse verdade universal. Enquanto esse povo nao tiver educação, necessaria pra formar um cérebro pensante, vão achar da gente exatamente o que a midia e o Estado quer que achem, ou seja, no momento, criminosos, vagagundos, culpados pela existenca do trafico de drogas, culpados pela violencia. De gentinha assim eu quero distância. Vão morrer na ignorancia, se achando os donos da verdade, quando de fato, nem sabem direito o que isso significa. Se colocam em pedestais se achando os "certinhos" mas passam a maior parte do tempo falando mal da vida dos outros e criticando o governo. Bando de hipócritas, VÃO TOMAR NO CU!
  5. O Marcelo e o Dudu MAITÊ PROENÇA Quer dizer que o Dudu, 50 homicídios nas costas, recebe indulto de Natal pra visitar a mulher e os filhinhos, enquanto meu colega Marcelo Anthony vira pauta de programas televisivos de quinta categoria, onde débeis mentais discutem se ele, acusado de comprar maconha, será má influência para o filho recém-adotado. Em primeiro lugar, se existe uma lei para separar usuários de drogas de seus filhos, como é que a "Justiça" dá um mole desses pro Dudu, traficante de tóxico em quantidades industriais, que ainda por cima mata, queima e esfola sem piedade, em quantidades igualmente industriais? Dudu fugiu e está por aí fazendo um estardalhaço bélico pelos morros da cidade, sendo péssima influência, não só para os dele, como para todos os nossos filhos confinados pelo medo. E o Marcelo, vocês conhecem? Eu conheço. O rapaz leva a vida mais careta que o gerente do meu banco. Concordo que marcou uma touca, e no pior momento possível, mas, quanto ao menino que ele e a Mônica adotaram, e que foi assunto nas rádios e programas de auditório de nível térreo por vários dias, a conversa é muitíssimo diferente. Esta criança chegou a eles nervosa, hiperativa e, aos 8 meses, não sabia sequer sentar. Com aulas de natação, orientação especializada, carinhos e quilos de amor, Francisco estava andando dois meses depois. Eu vi a transformação! Hoje, com 1 ano e meio, o que se percebe é uma criança adaptada, calma e feliz. Esse menino foi pinçado do abandono, pelo amor e pela dedicação dos pais com que a sorte lhe presenteou. Então quem são essas criaturas com seus programas de futrica pra deliberar sobre a habilidade de um pai trabalhador, idôneo e amoroso em criar seu filho? O que é que essa gente entende da vida, e com que categoria moral vem fazer julgamentos de valor, essas pessoas que saíram do anonimato outro dia Deus sabe como?... Marcelo cometeu um deslize, se é que ele estava mesmo comprando maconha (por enquanto o que houve foi uma acusação), e foi preso por falta de sorte, porque se gostasse de chope estaria num boteco bebendo com os amigos e ninguém ia enfiá-lo numa penitenciária por isso. Aliás, está cheio de pai de família que enche a lata de droga legalizada no almoço de domingo, sai dirigindo doidão com os filhos no banco de trás e fica tudo por isso mesmo. Não faço aqui um manifesto a favor dos maconheiros do Brasil. Acho até que, nesse momento, o usuário de droga ilegal deveria interromper seu uso até as coisas mudarem. Oitenta por cento dos consumidores usam droga de forma recreativa e, não tendo o vício, podem, se quiserem, não enfiar o pó malhado no corpo. Desnorteie sua caretice intrínseca, companheiro, tomando um Lexotan ou uma cachaça e, na hora da lucidez, use a cachola pra discutir a legalização da maconha, por exemplo. Queiram ou não queiram os mal informados, a maconha é uma droga leve, e por isso seria um bom ponto de partida para a experiência de transformação social que se mostra necessária. Você que não gosta dessas coisas, pense um pouco. As pessoas consomem drogas desde o início dos tempos, todo continente tem uma erva, uma bebida ou uma planta que altera a consciência e afasta as tensões dia a dia. Sempre houve e haverá quem faça uso, e a proibição não impede que isso aconteça. É verdade que as drogas que mais destroem são justamente as legalizadas, e que 50% das mortes violentas ou acidentais no Brasil envolvem uso de álcool. Outro dado surpreendente é que a maior aflição das indústrias tabagísticas não é com processos por doenças relacionadas ao fumo, mas com o contrabando de cigarros importados ilegalmente, mostrando que o problema do tráfico também não se interrompe necessariamente com a legalidade. A questão é complexa e exige uma discussão ampla, sem os preconceitos de praxe. Minha humilde opinião, no entanto, é que as leis que hoje proíbem deveriam restringir-se a impor limites e controlar a venda, para que o acesso não seja facilitado a crianças, adolescentes e pessoas com quadros confirmados de dependência, como ocorre agora na era do fascínio pelo proibido. São R$ 40 milhões movimentados semanalmente com o comércio de entorpecentes, só na Favela da Rocinha! Toneladas de maconha estão incluídas aí, dando lucro pra traficante fazer guerra na cidade! O bebum paga imposto, o fumante de cigarro e a dona de casa também. Eu e você pagamos. Nós construímos as escolas, os hospitais e suamos a camisa por uma paz social que não vem nunca. Talvez tenha chegado a hora de botar essa gente do morro e do asfalto, os que vendem e os que usam, pra contribuir também. Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993...56-2813,00.html
  6. Acredito que tudo é possível. Tudo depende da pessoa. Conheco pessoas que fumam pra caralho e não tem a menor vontade de parar, mesmo sabendo que aquilo lhes prejudica e faz mal. Conheco pessoas que fumam pra caralho e gostariam de fumar menos. E tambem conheco pessoas que fumavam pra caralho e pararam de fumar de uma vez da noite pro dia. Cada pessoa possui uma relação única com a droga que consome e só ela pode dizer se é possível ou não parar, diminuir, etc. Eu mesmo fumava igual a uma chaminé até uns 6 meses atrás, minha vida mudou muito desde então e hoje em dia não fumo quase nada. Não tenho mais fumo em casa e não me faz falta, e agora sim estou experimentando as ondas boas que tinha quando era cabecinha. Pretendo continuar assim, mas com drogas nunca se sabe, a vigília tem que ser constante. Coincidência ou não, eu escrevi um texto enorme sobre isso ontem no meu blog, contando mais ou menos como tudo aconteceu, quem tiver saco pra ler: http://fdb.blogspot.com . Fiquem a vontade pra ler as outras malukices que tenho a dizer e comentá-las.
  7. Fala galera, vou ter que dar uma de advogado do diabo agora, por que as coisas tem que ser ditas, doa a quem doer. La fui eu empolgadão as 2 da tarde pro Posto 9 naquele domingo, que a tudo indicava ia ser de sol, mas não foi. Chegando lá, não tinha ninguém. Ja começou mal, trocaram o ponto de encontro um dia antes da parada. Tinha até flyer com local e hora, isso não se faz, imaginem quantas pessoas foram la, nao viram nada e foram embora? Eu só nao fui embora pq moro perto e fiquei na praia mesmo. Bom, as 4 da tarde (2 horas depois) ouço um rebuliço e alguem comentar que tá rolando a passeata. Imediatamente coloco minha camisa do grow e subo la pra ver. Desapontado fiquei - de novo - ao ver que tinha tão pouca gente, mas é a vida. "Sou maconheiro, com muito orgulho, com muito amor" era o que estavam gritando quando eu cheguei. A partir daí já não me senti mais confortável em participar daquilo, não era sério, pelo menos não pra mim. Fiquei 10min parado ali esperando alguem reconhecer a camisa, e talvez falar comigo, como não aconteceu fui embora. Pra que esse grito? Com muito orgulho, com muito amor? Orgulho de que? Qual o mérito de ser maconheiro? Estamos lutando aqui pelo direito de escolha de consumir uma erva, o que, atualmente fazemos na ilegalidade. Mas não somos melhores nem piores que ninguem. Se queremos ser respeitados, temos que antes respeitar os outros. Esse tipo de grito funciona bem na torcida do Flamengo, pq é tipico de guerra de torcidas pra dizer "eu sou Flamengo, logo sou melhor do que quem não é", mas não tem nada a ver gritar isso numa manifestação de contestação de leis proibicionistas. É desrespeitoso. Outra coisa é a exaltação dos esteriótipos. Baseadões de mentira e coisas do gênero não vão ajudar em nada a quebrar a imagem de que todo maconheiro é vagabundo e lesado, só vai piorar, por que com certeza a midia (e o Estado, por que com certeza, mesmo que em escala mínima, isso repecurtiu nos órgãos públicos) vai pegar uma imagem bem depreciativa disso e usar da pior maneira possível. Vale lembrar que o Brasil segue a politica dos EUA, ultra-conservadora no que diz respeito ao trato com usuarios de drogas. Não pode ser zona, não vai ser com esse tipo de atitude que vamos mudar a cabeça das pessoas, pq no fundo é pra isso que esse tipo de manifestação serve, pra aos poucos ir mostrando quem realmente somos, pra fazer a sociedade enxergar as coisas por um outro angulo. Que maconha não é tão ruim assim, mas temos que passar uma imagem que pais aceitariam para seus filhos. Bom, deixando claro que nao é preconceito da minha parte com os tais "esteriótipos". Num quero subir num pedestal, também não sou melhor do que ninguém, só to tentando dar uma ótica meio "de fora", fazer uma análise fria, por que a imagem não é boa, e nessa nossa "guerra", imagem é tudo. Se o governo nos ataca fazendo lavagem cerebral na população com aquelas campanhas escrotas, temos que rebater e não alimentar. Pensem nisso, ano que vem, tamos lá de novo, mas por favor, não vão mudar o local um dia antes. Se a divulgação já é fraca, imaginem com desencontro de informações. É nóis! Keep burning...
  8. Eu tava la... mas nao conhecia ninguém, esperei algum ser reconhecer a camisa do grow e falar comigo, mas nao rolou...
  9. Estarei lá... vou tá com a camisa do Grow, é logico... mas kerendo, eh soh dar um berro.. MERIADOOOOOOOOOOOC, q eu me apresento! hehehehe
  10. Cresceu só com luz natural, mas agora ja to agilizando umas lamps, pq nao bate mais sol na residencia... :S
  11. Finalmente está vindo a tona de verdade uma discussão séria sobre os reais culpados de todo esse banho de sangue que envolve as drogas ilícitas no nosso país. Não que as opiniões dadas por intelectuais, políticos, artistas e etcetera sejam as mais esclarecedoras e imparciais. Mas pelo menos está se discutindo, e isso é o que precisamos. Se com diálogo (na maioria das vezes disfarçado de um conjunto de monólogos) é dificil, sem ele é impossível. Existe culpado mesmo? Não, existem culpados, vários. Ficar procurando bode espiatório pra essa situação é a típica solução de gente com mente fechada, retrógrada, e que mais atrapalham do que ajudam. "O culpado é o usuário, a grana do baseado dele financia a bala do traficante.", "Óbvio que a culpa é do Estado, com sua política proibicionista e ultra-conservadora.", "A culpa é da sociedade em geral, ignorante, que não entende nada do assunto e fica cuspindo asneiras a torto e a direito". Qual dessas afirmações é verdadeira? Em parte, todas. O usuário não pode se colocar no pedestal e dizer que não tem culpa nenhuma. Afinal, nós financiamos SIM o tráfico de drogas. Toda a grana que o traficante coloca no bolso vem da minha carteira e de outros usuários obrigados a pagar (caro pra caralho, se me permitem a opinião) pela droga ilegal que consumimos. Por que não deveríamos ser responsáveis? Por que nós também somos hipócritas e não queremos sujar nossas mãos de sangue, mas acreditem, já estão sujas a muito tempo. Em contrapartida, se todo maconheiro parar de comprar maconha do tráfico, eles vão viver de que? Te garanto que não vão abandonar o crime, vão só mudar o "core business", vão passar a roubar gente no sinal, assaltar bancos ou até se fortalecer no tráfico de armas, o que seria ainda pior, por que rapidinho teríamos uma guerra civil de verdade. Nossas ações não tem um âmbito tão pequeno como imaginamos. Temos que ver a compra da droga mais ou menos como o voto. O conjunto é tão importante como o individual, cada um faz a diferença. Do maconheiro de ocasião ao "cabeçudo", todos nós temos parcela de culpa. Ok, o Estado proíbe, nós somos obrigados a infligir a lei, mas ninguém nos obriga a fumar, fumamos por que queremos, e estamos 100% cientes de que é contra a lei, só por esse fato já existem razões suficientes para sermos em parte culpados por toda essa merda, nós mantemos o fluxo de caixa. E o Estado? Bom, o Estado pode ser considerado o MAIOR culpado, mas não o único (como mostram os argumentos acima). A maioria das drogas (aliás, quase todas) não possui razões de saúde ou segurança pública para serem proibidas. A política proibicionista é burra, e a lei em geral é mal-feita. Vamos pegar a maconha por exemplo. Basta esutdar um pouquinho pra ver quanta corrupção, quantos interesses econômicos existem por traz de probir o consumo e produção dessa planta. Cannabis é uma planta incrível, com infinitos potenciais medicinais e industriais, mas no passado, nos EUA, tinha gente que literalmente cagava pra isso, e por puro racismo contra os "chicanos" e por interesses escusos na produção de papel foi sendo criada toda uma atmosfera maligna em cima da droga para que finalmente ela fosse proibida e considerada uma droga perigosa - a erva do mal. E hoje, em praticamente todo o mundo, ela é proibida, tanto de se produzir como de se consumir e ninguem sabe exatamente por quê, mas lei é lei, tem que acatar. Qual o interesse do Estado em manter essa erva na ilegalidade? No meu ver, nenhum. O proibicionismo só gera violência, que todos sabemos, só gera mais violência. A violência gera custos estratosféricos, com hospitais, presidios, repressão policial e o escambal. Por que não legalizar? Por que não passar o controle desse negócio hiper-lucrativo pro governo? Para que eles possam fazer como fazem com o tabaco e lucar rios de dinheiro em impostos. Não é tão simples. É sabido que nem com toda a grana que eles arrecadam das mega-multinacionais fabricantes de cigarro eles pagam todos os custos de saúde causados pelo consumo frenético de cigarros. E o álcool? Por que é liberado? Tantas mortes causadas por acidentes de trânsito todos os dias. Quem é culpado disso? A Ambev? Eu creio que não. É a mesma pergunta que fazemos aqui . Problemas existem de qualquer jeito quando falamos de drogas, sejam elas lícitas ou não. As pessoas não possuem informação suficiente ao colocar no corpo substâncias tão poderas como álcool, nicotina, THC, morfina e o escambal. Se tornam viciados, se tornam um problema para amigos e família. Se tornam um enorme problema para o Estado que simplesmente não sabe o que fazer com eles. Tratá-los como doentes ou criminosos? Por que alguém que compra ilegalmente uma trouxinha de cocaína é fichado na polícia e tantas vezes vemos pessoas dirigindo bêbadas (lembrando sempre que álcool é uma droga 100% legal, até criança consome), ferindo e matando a si próprio e a outros, serem julgadas e inocentadas? Tá tudo errado né? Mas a sociedade em geral tem culpa também. Não podemos falar que o Estado é omisso, que tal ou tal político não tem pulso forte o suficiente para mudar essa ou aquela lei. Temos hipócritas dentro de nossas casas e sentados ao nosso lado no ônibus. Tem muita gente ainda que fala "todo maconheiro é bandido", "quem usa tóxico fica maluco". Esse tipo de pensamento elege nossos governantes, educa filhos e forma opinião. E não vamos tapar o sol com a peneira. Não é só na galera com pouca educação e cultura que isso ocorre. Tá cheio de pensador, político e jornalista respeitado que pensa exatamente assim e escreve bonito, falando exatamente esse tipo de bocalidade. O maior problema aqui é a ignorância. Em pleno século XXI ainda sofremos desse mal, que é a falta de diálogo. O controle das massas através da midia, com campanhas unilaterais. Cadê as pesquisas? Cadê os estudos? O Estado decide que o usuário é o culpado e pronto? Que porra de democracia é essa? Se eu quiser explicação por que a droga que consumo é proibida, quem vai me explicar? Um legislador decrépito que passa o dia atrás de uma escrivaninha? VAI PRA PUTA QUE PARIU! Enquanto não houver diálogo aberto e transparência no governo, as leis vão continuar as mesas e estaremos sempre a mercê do que governantes idiotas e interesseiros querem. Felizmente, nada dura pra sempre. "Você pode enganar uma pessoa por todo o tempo, enganar todas as pessoas por algum tempo, mas nunca enganar todas por todo o tempo" já dizia Abraham Lincon. E uma hora ou outra, essa bomba vai explodir na mão de quem decide as regras do jogo e serão todos obrigados a rever suas posições. TODOS MESMO. Usuários, Estado, sociedade, traficantes. Não sei se a legalização total é a solução, não sei qual é a solução. Mas uma coisa eu garanto, proibicionismo só gera problemas, violência, desobediência civil e tudo o que há de ruim (a história prova isso). Do que jeito que está não pode ficar, achar culpado não vai resolver, por que ninguem vai dar o braço a torcer e mudar de atitude sozinho para que todo o resto se dê bem. É hora de remover as máscaras, discutir, estudar, ver as coisas como elas relamente são. Repararam que os únicos em quem não botei a culpa foram os traficantes? Pois é. Pense nisso.
  12. Muito legal o texto, mas se vc pensar bem é até compreensivel que o Estado fike tentando colocar a culpa no usuario. É mais facil e tem muito mais apelo com os parentes e amigos de "viciados". Quando colocam akeles anuncios babacas na televisao, akilo funciona como lavagem cerebral que nem novela da Globo, e fica muito mais simples pra sociedade olhar feio prum maconheiro. Com toda essas marginalização do uso, o Estado espera que tenhamos vergonha de ser usuarios e passemos a nao mais consumir, relamente uma ideia idiota. Mas qual seria a alternativa? Colocar a culpa neles mesmos? Isso nao vai rolar de jeito nenhum, aki no Brasil o que menos acontece é o Estado criticar o proprio umbigo. Colocar a culpa no trafico? Como? Se eles vivem praticamente em um universo paralelo, no topo de seus morros e cercados de AR-15? Que apelo teria? Como a sociedade ia fazer cara feia pra algo que nem ve? A culpa é do usuario pq ele esta ali, de babaca, tendo que passar por todos os perrengues do mundo pra conseguir comprar sua droga na ilegalidade. Comprando produto ruim, caro e correndo o risco de tomar porrada de policial corrupto. Não somos coitadinhos, fizemos uma escolha, preferimos nos manter ilegais do que nos render ao totalitarismo e nossa falta de liberdade pessoal de colocar dentro do meu corpo o que eu bem entender. É facil dar porrada em quem ja esta por baixo, a covardia do Estado nao é novidade. E como a proibição é totalmente louca e baseada em praticamente nada (as razões historicas para o proibicionismo raramente tem a ver com violência ou saude publica, é só pesquisar), se depender do Estado, eles vão se manter na eterna ignorância jogando rios de dinheiro fora no que é uma luta inutil, até perceberem que estão dando murro em ponta de faca e tudo o que o proibicionismo causa começar a afetar seriamente suas "plataformas", e a guerra civil se instalar de uma vez por todas. Daí talvez, eles começem a ver o problema por outro angulo, o das liberdades pessoais, o de tratar o problema com inteligencia, como quesão de saude publica, e não de policia.
  13. Uma pena... a comunidade maconheira está de luto!
  14. Eu sou maconheiro! Mas nao concordo em falar que quem fumou uma vez na vida é. Maconheiro é quem fuma maconha, com alguma frequência (por menor que seja). Padeiro é quem faz pão. Se voce fez pão uma vez na vida vc não é padeiro. Maconheiro é quem fuma, não quem já fumou. Se voce fumou e parou, você nao é mais maconheiro, você era. E pra ser um pouco mais subjetivo, eu creio que maconheiro mesmo é aquele que fuma com uma certa frequencia, digamos, no minimo, toda semana. Quem fuma menos que isso não pode ser chamado de maconheiro, é só alguem que fuma de vez em quando.
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