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E esse vortex aqui deve ser show heim http://www.vortexwaterpipes.com/gravityvortex.html
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As Nações Unidas se esforçam para manter viva a fracassada e nociva "guerra às drogas" Maria Lucia Karam Integrantes de órgãos das Nações Unidas e delegações dos Estados Membros, reunidos em Viena, de 12 a 16 de março de 2012, na 55ª Sessão da Comissão de Drogas Narcóticas (CND), em nenhum momento enfrentaram o ponto nevrálgico, provocador de crises, danos, enganos, sofrimentos, violência, violação de direitos fundamentais – a proibição, a política antidrogas, a “guerra às drogas”. Todos reivindicaram a continuação do atual padrão proibicionista, monotonamente seguindo o que parecia ser um script previamente aprovado. Logo no início, proposta de resolução introduzida pelos EUA, para reafirmar as três proibicionistas convenções da ONU sobre drogas e comemorar o centenário da Convenção sobre o Ópio de Haia, dava o tom das discussões: sugestões de emendas e respectivas discussões lidavam basicamente com a forma, com vírgulas, sinônimos, nada dizendo a respeito da substância. Ao invés de ideias e criatividade, os integrantes das mais diversas delegações exibiam uma mentalidade estreita. Uma “voz única e unificada” surgia como algo mais importante do que discernir, questionar, debater e construir uma nova e saudável política de drogas. Com efeito, os relatórios do Secretariado do CND e do Diretor Executivo do UNODC (Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes) pregavam a importância da “voz unificada”, ensinando a linguagem aceitável, tal como “responsabilidade comum e compartilhada”, “cooperação internacional em direção a uma estratégia integrada e equilibrada”, etc. Os integrantes das delegações repetiam essas e outras expressões como se fossem mantras proibicionistas. A contínua pregação sobre a importância de uma “voz única e unificada”, embotando ideias, questionamentos e debates, dava à sessão do CND uma incômoda semelhança com reuniões características de organismos totalitários, em que confeccionadas e cegamente seguidas “linhas partidárias”. Um processo democrático convida à expressão de opiniões divergentes, de diferentes ideias, de estratégias diversificadas; processos democráticos não ditam “linhas partidárias”. O ponto nuclear colocado diante das delegações dos Estados Membros da ONU e diante de todas as demais pessoas é se o mundo deve ou não prosseguir com as falidas políticas, convenções internacionais e leis nacionais que consagram a nociva proibição e a sanguinária “guerra às drogas”. Mas, essa discussão foi surpreendemente evitada, como se houvesse um elefante na sala e ninguém se referisse a ele, todos procurando apenas contornar sua presença. Nenhum Estado Membro reivindicou a necessária legalização, controle e regulação das drogas tornadas ilícitas. Algumas delegações, aparentemente mais progressistas, tentaram introduzir referências a direitos humanos nas resoluções afirmadoras da proibição e da “guerra às drogas”. Houve resistências. Mas, o que as delegações aparentemente mais progressistas não perceberam e não percebem é que direitos humanos e “guerra às drogas” são incompatíveis. O que as delegações aparentemente mais progressistas não enfrentaram e não enfrentam é a manifesta incompatibilidade entre a proibição ditada pelas convenções da ONU sobre drogas e as normas garantidoras de direitos fundamentais inscritas nas declarações internacionais de direitos. É preciso optar: direitos humanos ou aplicação das convenções proibicionistas. A proibição violadora do princípio da isonomia, da exigência de ofensividade da conduta proibida; do postulado da proporcionalidade; do princípio das liberdades iguais e assim do próprio princípio da legalidade; a proibição causadora de violência, de mortes, de prisões, de doenças – a proibição não se harmoniza com a ideia de direitos humanos. Trata-se de conceitos incompatíveis e incongruentes. Aliás, guerras (como a “guerra às drogas”) e direitos humanos não são mesmo compatíveis em nenhuma circunstância. As delegações do México e dos EUA, reconhecendo o tremendo impacto dos custos do encarceramento diretamente resultante da “guerra às drogas”, propuseram resolução visando a implementação de um meio mais barato de manter intocada a política proibicionista: monitoramento, aplicação consistente de penas de curta duração, drug treatment courts. A insistência nas drug courts para impor tratamento médico é puro non-sense. Um conceito de justiça a ordenar tratamento médico é algo tão sem sentido quanto seria o conceito de uma justiça medicamente ordenada. Nem mesmo o Presidente da Bolívia, Evo Morales, intervindo na plenária de abertura, ou os demais representantes bolivianos, em painel dentro dos eventos paralelos, se desviaram da “voz única e unificada”. Em 75% de seu tempo reiteraram e apoiaram as regras proibicionistas, procurando se apresentar como aplicados “combatentes” da “guerra às drogas”, aparentemente em um esforço para serem aceitos pela ONU. Os restantes 25% do tempo foram gastos no que apontaram como uma necessária correção de um erro histórico, qual seja a ratificação da Convenção Única de 1961 que bane a folha de coca, pela ditadura então no poder na Bolívia. O Governo boliviano deixou claro seu apoio à “guerra às drogas”, procurando apenas excepcionar o direito cultural, histórico e “sagrado” do povo boliviano a mascar a folha de coca e/ou consumi-la de outros modos. Insistindo em que a folha de coca, em sua forma natural, não é venenosa, nem danosa, fazia questão de diferenciá-la da cocaína. O posicionamento da Bolívia reafirma a artificial e arbitrária distinção entre drogas lícitas e ilícitas, entre drogas “boas” e “más” – a folha de coca é “boa”; a cocaína é “má”. De todo modo, a posição da Bolívia merece destaque e tem sua importância, na medida em que é a primeira vez que uma nação se desvia unilateralmente de parte do padrão ditado pela ONU. Denunciando convenção proibicionista da ONU e requerendo nova adesão condicionada a uma reserva quanto à folha de coca, a ação da Bolívia representa um singular exercício de soberania nacional e pensamento independente, diante de forte pressão contrária internacional. Poderia servir de exemplo para outros países. As anêmicas discussões naturalmente conduziram à conclusão reafirmadora do status quo, apesar dos relatórios do Secretariado do CND, narrando a deplorável situação mundial em relação ao abuso de drogas e à sua comercialização, e apesar do relatório do Diretor-Executivo do UNODC, detalhando uma miríade de caríssimos programas e ações antidrogas por todo o mundo. Programas e ações custando 1,036 bilhões de dólares no biênio 2012-2013, conforme previsão orçamentária para tal período, isto é, aproximadamente 500 milhões de dólares anuais. A proibição às drogas também é um grande negócio. Na cega reafirmação do status quo, outro dos mantras repetido à exaustão, não só por funcionários do CND e do UNODC, ou delegações dos Estados Membros, mas até mesmo por algumas ONGs, era a expressão “com base em evidências” – “tratamento com base em evidências”; “alternativas à prisão com base em evidências”; “soluções com base em evidências”. A evidência maior do fracasso e dos danos provocados pela atual política proibicionista, no entanto, permaneceu ignorada. A maioria das ONGs não assume seu papel próprio de antagonistas à manifestamente falida e danosa política de drogas, normatizada nas convenções da ONU. Ao contrário, em Viena, assumiram um papel de diplomatas, marginalizando a contribuição que poderiam dar à reforma da política de drogas. Em reunião de ONGs acreditadas junto ao ECOSOC com a presidente do CND, as perguntas apresentadas foram anêmicas e submissas, sugerindo um desejo de maior participação, ao preço de renunciar à assertividade, ao questionamento, ao desafio, às propostas construtivas. ONGs devem manter distanciamento dos centros de poder e ser “radicais”, ou seja, reivindicar em alto e bom som necessárias mudanças profundas, que atinjam a raiz dos problemas, pensando e agindo com independência e fora dos padrões dominantes. As delegações dos mais diversos países reunidas no Edifício M da sede da ONU em Viena, repetindo seus mantras proibicionistas, certamente não farão história. Ninguém lembrará por muito tempo o que foi dito em Viena. Foram palavras vazias, discussões que evitaram tocar no maior dos danos relacionados às drogas tornadas ilícitas – a proibição, a política antidrogas, a “guerra às drogas”. Foram ideias predeterminadas que reafirmaram e cimentaram uma falida e danosa política que, além de não funcionar em sua inviável pretensão de salvar as pessoas de si mesmas e construir um mundo sem drogas, produz demasiada violência, demasiadas mortes, demasiadas prisões, demasiadas doenças, demasiada corrupção. Repetindo seus mantras proibicionistas, as delegações reunidas em Viena, ao reafirmarem a nociva e sanguinária “guerra às drogas”, consciente ou inconscientemente, reafirmavam uma política destinada a deixar um mundo com drogas mais descontroladas e desreguladas; com mais crimes, punições, prisões, perda da liberdade; com mais violência, mais mortes; com mais doenças, dependência, overdoses. A “guerra às drogas” já demonstrou ser uma calamitosa produtora de crises, violações a direitos fundamentais e sofrimentos, mas, durante a reunião do CND, lamentavelmente, ela ainda entrava e saía no Edifício M do Centro Internacional de Viena, sem precisar de crachá, sem passar pelos procedimentos de segurança, sem questionamentos e sem escrutínio. __________________________________________________________ (*) Maria Lucia Karam é juíza aposentada no Rio de Janeiro. Membro da diretoria da Law Enforcement Against Prohibition (LEAP) [www.leap.cc e www.leapbrasil.com.br], esteve em Viena, com três outros integrantes da mesma organização, assistindo à Sessão do CND. Fonte: <a class="bbc_url" href="http://psicotropicus-blog.blogspot.com.br/2012/03/as-nacoes-unidas-se-esforcam-para.html" rel="nofollow external" title="External link">http://psicotropicus...orcam-para.html
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Lógica de guerra no combate às drogas gera alienação, diz Pedro Abramovay Mariana Ghirello - Políticas públicas focadas na repressão e militarização, nas quais cada vez mais pessoas são presas e uma quantidade maior de drogas é apreendida, integram a ideologia de “guerra” aplicada no combate às drogas. O problema, segundo Pedro Abramovay, ex-secretário de Justiça e professor da FGV (Fundação Getúlio Vargas) no Rio de Janeiro, é que não existe nenhum índice confiável para averiguar o resultado dessas ações. “A lógica de ‘guerra’ gera alienação”, diz o pesquisador. O professor sugere que avaliação deveria levar em conta outros dados estatísticos, como promoção da saúde e diminuição da violência. “Os indicadores de qualquer lugar do mundo são prisão e apreensão de drogas. Mas o que adianta saber isso?”, questiona Abramovay. Para ele, o Estado precisa fazer uma análise aprofundada, com base em indicadores confiáveis, antes de agir. O debate “Drogas: uma guerra sem fim? Objetivos, fracassos e alternativas à militarização” foi promovido pelo Programa de Educação Tutorial do curso de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e pela revista Samuel na sexta-feira (16/3). Além de Abramovay, participaram do debate o professor do curso, Reginaldo Nasser, e o diretor de redação do Última Instância e da revista Samuel, Haroldo Ceravolo Sereza. O diretor apresentou a revista Samuel, que neste mês traz oito reportagens de diferentes veículos sobre o combate às drogas no mundo. As experiências de outros países, repressão policial, os efeitos na sociedade estão entre os assuntos abordados. “Nosso objetivo é desinterditar o debate e ultrapassar as barreiras ideológicas que impedem a discussão sobre a guerra as droga”, afirmou Haroldo. Além do dossiê, o 2° número da revista traz ainda reportagens de política, cultura, meio ambiente e ciência. Entre elas, uma reportagem histórica na seção “Vale a Pena ler de Novo”, na qual, em 1979, o jornalista Raimundo Pereira, do jornal Movimento, foi ao ABC paulista conhecer os companheiros de Lula nas greves que desafiavam a ditadura. Durante o debate, o diretor destacou a questão na violência no México e o sucesso de Portugal no tema. No final dos anos 1990, quando o consumo de heroína era elevado, o país decidiu tomar uma medida radical e polêmica: descriminalizou o consumo de toda e qualquer droga. O foco da ação do Poder Público deixou de ser a repressão policial ao consumo de entorpecentes, para privilegiar o tratamento de saúde e a assistência social aos usuários. Pedro Abramovay afirma que a ideologia de repressão está ferindo direitos. “A Constituição Federal é suspensa [em nome do combate às drogras], trazendo danos concretos aos direitos e garantias fundamentais. A maneira como o Brasil está lidando com o tema é muito grave”, alerta o professor. “Quando o tema é drogas existe a flexibilização de direitos com base no argumento de que estamos em guerra”. Em 2006, o Brasil alterou a Lei de Drogas (Lei 11.343) e proibiu a conversão da pena de prisão para alternativa no crime de tráfico. Abramovay conta que o resultado foi um aumento considerável na população carcerária relacionada ao tipo penal. “Antes da lei eram 60 mil presos por relação com drogas, e hoje são 117 mil”, diz. Segundo ele, nenhum outro crime teve um trouxe um aumento tão grande da população carcerária. De acordo com a legislação brasileira, nos casos de crimes com pena menor que 3 anos, quando o réu é primário e o crime não é violento, a regra é o acusado responder pelo crime em liberdade ou com pena alternativa. Abramovay citou o caso de um juiz do Rio de Janeiro negou liberdade a um homem preso com uma quantidade de droga que, em tese, poderia ser considerada para consumo próprio. O juiz, no entanto, argumentou que, como morador de uma favela, o acusado não poderia ter dinheiro para adquirir aquela quantidade a menos que fosse traficante. Portanto, conclui Abramovay, ele ficou preso “por ser pobre”. “A diferença entre traficante e usuário é tênue”, diz Abramovay, e pode ser também discriminatória. O STF (Supremo Tribunal Federal), em setembro de 2010, declarou a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei de Drogas, que proibiam a conversão da prisão em pena alternativa. De acordo com Abramovay, antes da lei a “massa” de presos com drogas tinha a possibilidade de pena alternativa. “E apesar do Supremo ter declarado isso inconstitucional, os juízes de 1ª instância não respeitam”, lamenta. O professor compara as prisões por tráfico com casos de homicídio, nos quais ainda é possível aguardar o julgamento em liberdade. “Em 92% dos casos relacionados às drogas, os acusados respondem presos”, destaca. Ainda sobre as violações das garantias fundamentais, ele diz que 17,5% das prisões acontecem na casa dos acusados, sem mandado. Panorama internacional De acordo com Abramovay, o presidente norte-americano Barack Obama tem uma visão mais “liberal” quando trata da questão das drogras internamente. “Ele parou de perseguir os que defendiam o uso medicinal da maconha e diminuiu a pena para o usuário de crack”. “Mas a política externa de combate às drogas continua bastante severa”, afirma. O professor destaca que existe uma diferença entre o debate sobre drogas no Brasil e nos EUA. “Lá o debate é mais politizado”, diz. A política antidrogas é claramente identificada pelo movimento social como ações que prejudicam sobretudo pobres e negros. Ele explica que o país produz maconha lícita para uso medicial. E a maior parte da população se mostra favorável a legalização. “Dois estado vão fazer plebiscito sobre a legalização, Colorado e Washington”. Ele acredita que se um estado americano legalizar o mundo vai rediscutir o assunto. O histórico do México foi classificado como “desastroso” pelo professor. O país optou pela militarização e hoje são quase 50 mil mortos nos últimos quatro anos, relacionadas com a violência. Na América Central o resultado não é muito diferente, onde os filhos de imigrantes compõem as gangues organizadas conhecidas como “maras” (gangues juvenis), que voltam ao país de origem, Honduras e Guatemala, após de serem deportados dos Estados Unidos, depois de cumprirem penas. “Os EUA acabam exportando violência para México e América Central”, pondera. A Bolívia assinou com mais 184 países a Convenção Única sobre Entorpecentes da ONU (Organização das Nações Unidas), porém decidiu retirar-se argumentando que o documento veta a mastigação da folha de coca, já que classifica a planta como entorpecente e a submete ao controle internacional. Segundo Abramovay a Bolívia voltou a solicitar sua adesão à Convenção, mas com uma reserva sobre a proibição do uso da folha de coca no país para fins tradicionais. “Na Bolívia, o respeito à tradição da mastigação da folha de coca está presente na Constituição do país”, destaca. Segundo pesquisador, o momento mais favorável para a discussão do tema drogas, mas o debate ainda é difícil. Ele destacou a importância do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao se posicionar sobre o assunto, mas afirma que cada vez mais é possível ver violação de direitos. Mudanças na sociedade Organizador do encontro, o professor Reginaldo Nasser defendeu que o assunto precisa ser observado em um contexto amplo e questiona os parâmetros estabelecidos na guerra contra as drogas. Ele citou uma investigação que ocorreu no México, em 2006, na qual foi descoberto um esquema de lavagem de dinheiro do tráfico pelo banco Wachovia Corp. A punição para o banco veio na forma de uma sanção por não ter suficientemente rigoroso na busca de informações sobre a origem do dinheiro – e não por participação no tráfico em si. “E quando perceberam que o negócio podia atingir outros bancos grandes e conhecidos, pararam as investigações”, disse. No Brasil, por exemplo, seria preciso analisar dados de órgãos como o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), responsável por monitorar as transações atípicas no mercado, para entender o entorno do tráfico. Nasser, porém, acredita que o debate sobre a “guerra às drogas” está equivocado, porque não considera o que acontece na sociedade. Como comparação, citou o texto de Marx, “A questão judaica”, em que o pensador alemão “debate tudo”, mas deixa de lado a forma como seus contemporâneos costumavam tratar o tema. O que tinha mudado não era o judaísmo, mas o ambiente social. Fonte: http://ultimainstancia.uol.com.br/conteudo/noticias/55454/logica+de+%EF%BF%BDguerra%EF%BF%BD+no+combate+as+drogas+gera+alienacao+diz+pedro+abramovay.shtml
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O governo e o Laranjada
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Comissão: só o governo não entende a descriminalização das drogas Ilona Szabó é membro do secretariado da Comissão Global de Políticas sobre Drogas Foto: Publius Vergilius/Divulgação Ela é jovem, bonita, mas por trás de belos olhos esverdeados defende uma posição firme em relação ao tratamento às drogas no Brasil. "A guerra contra as drogas fracassou. Todo mundo sabe disso, mas pouco se faz para mudar isso", diz Ilona Szabó de Carvalho. Ela é membro do secretariado da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, que conta com lobby de vários líderes mundiais, como o ex-presidente brasileiro Fernando Henrique Cardoso, para dialogar com a ONU. Tem informações sobre como cada país tem enfrentado a questão. Carioca, olha de forma pessimista a posição brasileira, que não tem discutido muitas saídas legislativas para a questão do tráfico que vão além da repressão. "Só que o governo não entendeu ainda que descriminalizar, ou seja, tirar da justiça criminal, não tem nada a ver com legalizar", ressalta ela. Em entrevista concedida ao Terra, a especialista prega que o país abra os olhos e trate de regular o consumo para tentar mexer com a lógica do crime organizado. Acompanhe a seguir os principais trechos da entrevista com Ilona, especialista, com formação em Estudos Internacionais pela Universidade de Upsalla, na Suécia, e desenvolvimento Internacional pela Universidade de Oslo, na Noruega. Terra - Como você vê o tratamento da questão da droga no Brasil em comparação aos outros países? Ilona Szabó de Carvalho - Eu gosto sempre de botar a questão em perspectiva: estamos muito atrasados no Brasil. O país está despontando em várias áreas, mas nessa das drogas estamos atrasados no debate, no tratamento e no entendimento do tema. Em relação ao usuário, tem de ser tratado como uma questão de saúde pública. Só que o governo não entendeu ainda que descriminalizar, ou seja, tirar da justiça criminal, não tem nada a ver com legalizar. Não há aproximação com o usuário. A polícia está no meio do caminho, então como é que alguém vai procurar ajuda se isso ainda é um problema na justiça criminal? Por que saúde pública? Porque ela tem uma visão integral do tema. A repressiva é uma visão unilateral. Esse é um problema que tem questões pessoais, genéticas, socioeconômicas, emocionais. Como é que você vai lidar com tudo isso com repressão? A maneira como a gente está lidando com o uso na lei tem de mudar. Senão os esforços dessa abordagem digamos curativa não serão bem sucedidos. Terra - Qual o foi maior problema da atuação na Cracolândia, em São Paulo, recentemente? Ilona - Primeiro, que são usuários. Para você restringir pessoas de liberdade, a responsabilidade é muito grande. Ou realmente elas são criminosas e causam ameaça ou estão apenas causando ameaças à própria vida. Nesse caso, qual o tratamento que vai ser usado? Eu não sei. Qual é o plano depois? Quanto tempo vão ficar com essa pessoa lá? Vão devolver para onde? Qual é a responsabilidade do Estado? Uma vez que você toma essa responsabilidade para si, tem que resolver. Eu não tenho informação que o governo do Estado resolveu. A informação que chega é que não estão resolvendo. Simplesmente estão tirando de um lugar e passando para outro e prendendo quando não tem que prender. O Brasil tem capacidade de buscar as melhores práticas internacionais. Desconheço que tenha feito isso, não sei de qualquer protocolo. Porque não acho que a gente pensou em nenhum desses pontos ainda. Governo tem de intervir sim, mas de forma mais inteligente. Entender que tem questões na lei e que precisa buscar respostas muito mais de longo prazo e no sentido de comprometimento, não de dinheiro. Porque é sempre muito mais barato tratar do que prender. Não só pelo preço da pessoa ficar presa, mas também pelo custo social de manter uma mãe ou um pai de família preso. Terra - A repressão traz à tona outra questão que é a superlotação dos presídios. O que fazer? Ilona - Isso é gravíssimo. Não só para o usuário ou pequeno traficante. Porque é muito diferente de um crime de uma pessoa que estava armada. A gente não tem nem qualidade para colocar o pior homicida. Porque a pessoa pode ter cometido o pior crime, mas tem de ter tratamento digno e humano. A gente não está mais no século passado. A pessoa tem que pagar pelo crime, mas não tem que sobreviver sob condições desumanas. Porque você não devolve ninguém para a sociedade dessa maneira. Com o tratamento dispensado em nossas prisões, a gente só vai criando monstros. Quando eles ficam soltos, a gente está pagando novamente o preço. A gente tem que entender que a máxima bandido bom é bandido morto está ultrapassada. E desse ponto de vista, se já não está à altura do pior homicida, imagina para o usuário ou o pequeno traficante com menor potencial ofensivo. Se eu estivesse no sistema judiciário, me recusaria a prender pessoas que não são perigosas numa situação degradante como a dos nossos presídios. Porque eu tenho certeza que um juiz e um promotor sabem que a pessoa vai sair pior do que entrou ali dentro. A gente na verdade alimenta e realimenta os nossos ciclos de violência e nossas escolas de crime. A guerra contra as drogas fracassou. Precisamos de outras alternativas. A mensuração dessa guerra às drogas é muito errada. A gente mede o número de apreensões, erradicação do cultivo, prisões, isso tudo são processos. Nada se está medindo sobre o resultado. A gente só está exacerbando uma política muito errada, preconceituosa, que alimenta todo um ciclo vicioso de corrupção, extorsão, violência, preconceito. A gente tem que interromper isso por algum ponto. A descriminalização do usuário é o primeiro. Terra - Há uma comissão especial no Senado que discute um Novo Código Penal. A tendência me parece o endurecimento das penas para alguns crimes. A senhora sabe como vai ficar a questão das drogas? Ilona - A gente teve uma sinalização. Quando a lei foi mudada em 2006 e houve a divisão entre usuário e traficante, embora não tenha sido especificadas quantidades para definir um e outro, a pena mínima do tráfico passou de três para cinco anos. Houve um endurecimento e vimos que foi muito contraproducente. Aumentou muito o número de presos com baixo poder ofensivo. Então acredito que não vai se endurecer nessa nova frente porque já se cometeu esse erro. Acredito que essa posição pode estar mudando. A gente testou o modelo pior, viu um aumento expressivo no número de prisões e não resolveu absolutamente nada do problema. Só aumentou a superlotação e o custo social dos presos. Terra - Descriminalizar o usuário seria o início, mas você propõe ir mais adiante. Quais seriam os próximos passos? Ilona - Legalizar traz uma conotação de liberou geral. Nenhuma droga lícita ou ilícita é liberada geral. São legais sim, mas elas são reguladas. Não acredito em mercado de drogas legal sem uma regulamentação muito forte. Por que que a gente fala que descriminalizar é o primeiro passo? Porque quando a gente fala em descriminalização, estamos abrindo toda a luz para a parte da saúde - tratamento, prevenção, redução de danos. Mas, se pararmos por aí, vamos resolver apenas uma pequena parte do problema e não mexer na cadeia como um todo. A gente acredita que para enfraquecer o crime organizado é preciso mexer no negócio. É um mercado de oferta e demanda. A gente precisa ensinar nossa sociedade a lidar melhor com a questão. Drogas sempre existiram, sempre existirão. Boa parte da sociedade tem uma relação com as drogas e não assume. O que a gente quer? Primeiro o pragmatismo de saber o que funciona e o que não funciona. A gente já tem ideia do que não funciona. Depois, nos permitir a testar políticas que tirem esse mercado ilícito perigoso da mão do crime organizado e tentem trazer para um mercado regulado onde o foco vai ser sempre na saúde dos usuários. Por que começar pela maconha? Ilona - Como a gente sabe o potencial ofensivo de algumas drogas melhor que o de outras, a gente começaria obviamente por algo que a gente pode afirmar através de estudos suficientes. A regulação da maconha nos ofereceria uma série de novas ideias e soluções potenciais para problemas que temos hoje. Temos de pensar em sermos honestos. A gente tem uma relação desonesta com a questão das drogas que gera impactos maiores para uns e menores para outros, mas impactos para todos nós. A partir da descriminalização do consumo, vem uma série de questões. Por exemplo, a regulamentação da maconha medicinal. Nos EUA, 16 Estados já têm isso legalizado. Um remédio que tem muito menos contraindicação para várias enfermidades. Outros países optaram por liberar o cultivo pessoal para consumo próprio. Há modelos para olhar. O que a gente gostaria é que o Brasil encontrasse um modelo próprio e tentasse diminuir a ilegalidade de um mercado que é grande aqui e os riscos para a juventude. Que eles possam decidir o que é correto ou não para si. Eu pessoalmente acredito que não há outra saída. A gente pode demorar a chegar lá, mas é um caminho que vamos ter de enfrentar. Fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5656750-EI306,00-Comissao+so+o+governo+nao+entende+a+descriminalizacao+das+drogas.html
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'Cansado' do tráfico, homem se entrega e pede para ser preso no RS Um jovem de 19 anos se entregou à polícia pouco antes da 1h desta terça-feira (20), na Zona Norte de Porto Alegre, e pediu para ser preso. Ele alegou estar cansado do tráfico de drogas. Segundo a Brigada Militar, ele portava quatro tijolos de maconha e 62 pedras de crack. O rapaz procurou o posto do 20º Batalhão da Brigada Militar, no bairro Jardim Lindoia, e disse que era gerente de um ponto de tráfico. “O elemento bateu na porta, se identificou e disse que tinha drogas na sacola. Foi feita a revista ali mesmo" , conta o soldado Fernando Righi. Do 20º BPM, o jovem foi encaminhado à 3º Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) da Polícia Civil, onde foi autuado em flagrante. De acordo com a polícia, ele deve ser transferido ainda nesta terça-feira para o Presídio Central de Porto Alegre. fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2012/03/traficante-se-entrega-policia-e-pede-para-ser-preso-em-porto-alegre.html
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Liberada, Marcha Da Maconha De Sp Busca Dinheiro Na Internet
topic respondeu ao bio_cañamo de Percoff em Notícias
Antes os caras vendiam camisetas sera que num vai mais ter? -
Mano não tinha noção de como chazão fedia até ir na casa de um parcero que faz, que horror!!!
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faltou oxigenio , vai ficar podrão,
da vontade de vumtar, o fedor é monstro, se oxigenar o chá ele nao fede
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Se esse cachaceiro vier falar merda manda se fude, mano!!!
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No GR a cada dia tem um troll diferente e laiá
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Esse Rio de janeiro tem o rabo entre as pernas com a politica / bandido e milicia que cena
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Filho de governador do Rio defende liberação da maconha e debate sobre a droga no G20 Após tomar posse como novo presidente da Juventude Nacional do PMDB, Marco Antônio Cabral, 20, filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), disse ser favorável à liberação da maconha e defendeu um debate sobre a droga no G20, grupo dos países mais ricos do mundo. “Eu sou favorável [a liberação da maconha] a nível mundial. Discutir isso internamente no Brasil não adiantaria muita coisa. A liberação da maconha é uma tendência natural. O caminho correto para discutir esse tema seria reunir o G20 e conversar a respeito”, disse em entrevista. O governo Cabral tem como principal bandeira o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado nos morros do Rio de Janeiro. Em 2010, durante sabatina Folha/UOL com os candidatos ao governo do Rio, Cabral disse que o tema deveria ser tratado por órgãos internacionais como a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a ONU (Organização das Nações Unidas). “Tenho cinco filhos e não desejo que eles usem drogas”, afirmou Cabral. A posse do filho do governador aconteceu em evento organizado pelo PMDB na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e contou com a participação de cerca de 500 pessoas, entre elas líderes partidários como o próprio Cabral, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o senador Roberto Requião (PMDB-PR). O partido não divulgou quanto gastou para promover o encontro, que termina no próximo domingo e foi convocado exclusivamente para oficializar a troca na presidência. Marco Antonio era vice-presidente da Juventude desde 2009 e assume a vaga de Gabriel Souza, que deixa o comando da ala do PMDB para concorrer a uma vaga de vereador em Porto Alegre. O mandato do herdeiro de Cabral vai até 2013. Estudante do terceiro ano de Direito da PUC-RJ, Marco Antonio disse que não tem interesse em exercer a profissão e que a presidência da Juventude “caiu no seu colo”. Questionado se pretende disputar algum cargo nas próximas eleições, disse que, por hora, não. “Tenho vontade [de ser candidato], mas não agora”, declarou. O evento acontece dias depois de os principais adversários políticos de Cabral no Rio de Janeiro, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), anunciarem uma aliança e lançarem a chapa com seus filhos, Clarissa e Rodrigo, respectivamente, para concorrer à Prefeitura do Rio contra o atual prefeito do PMDB. “Algumas pessoas já falaram que eu estou me beneficiando da imagem do meu pai. Não vou negar que ser o filho do governador do Rio me ajudou a entrar na política. Sempre convivi com muitas personalidades e, desde 12 anos, estou sempre participando do cotidiano do partido”, disse. fonte: http://www.midiamax.com/noticias/789722-filho+governador+rio+defende+liberacao+maconha+debate+sobre+droga+g20.html
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Hacker do PS3 é preso – mas não por hackear algo George Hotz, que já foi processado pela Sony, foi apreendido por porte de maconha por Redação Galileu Hotz, que tem 22 anos, teria uma licença médica para uso de maconha Crédito: Reprodução Facebook George Hotz George Hotz, conhecido como GeoHot, famoso por desbloquear códigos do iPhone e do PlayStation 3, foi preso. Surpreendentemente, os motivos de sua apreensão não são seus trabalhos ilegais como hacker, mas sim porte de maconha. Hotz, que atualmente trabalha em projetos para o Google e para o Facebook, estava a caminho do festival de arte e tecnologia SWSX, em Austin, no Texas, quando foi parado em um posto policial. Cães farejadores encontraram cerca de 7 gramas de maconha e pedaços de chocolate contendo a droga em seu porta-luvas. Ao apresentar sua licença médica para o uso da substância, o hacker descobriu que, no Texas, carregar até pequenas quantidades para uso terapêutico é ilegal. É no mínimo curioso que um hacker que já foi processado por uma grande empresa como a Sony (por causa do desbloqueio do PS3), conseguindo se livrar da prisão, tenha sido detido nestas circunstâncias. De qualquer forma, ele ficou pouco tempo preso, já que pagou sua fiança de 1500 dólares e foi liberado pelos policiais. Mas, apesar de ter sido solto, Hotz ainda irá responder a um processo pelo porte de maconha. fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI298997-17770,00-HACKER+DO+PS+E+PRESO+MAS+NAO+POR+HACKEAR+ALGO.html
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O dia que caixote virar canteiro
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Menor cultivava canteiro de cannabis sativa debaixo de sua cama s 15h00min de segunda-feira, 12 de Março, policiais militares faziam rondas na Rua Agenor Camargo, Vila Saul, quando viram de que três jovem ficaram nervosos ao ver a viatura, quando de repente um deles foi flagrado jogando uma porção de maconha no chão. Como os três jovens estavam em frente a uma residência onde existem várias denuncias de tráfico de drogas, os policiais militares e policiais civis do 1º DP, ao receber a ordem da mãe de um dos menores envolvidos adentraram ao local e no quarto do jovem a surpresa. Debaixo da cama um canteiro. O menor encheu de terra um caixote de madeira, utilizando muito esterco natural e um plástico e lá plantou vários pés de cannabis sativa, a popular maconha, que aos poucos já mostrava suas primeiras folhas. Ainda na busca pelo quarto do menor, foram achadas várias outras sementes da droga. Os menores foram levados para o 1ºDP, onde foram ouvidos e liberados. fonte http://www.santacruznews.com.br/noticia_ler.php?s=1&conteudo_id=5697
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Nesse link tem no final da pagina varios reviews de todos os vaps existentes bem legal: http://www.vaporherb.com/itova.html
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Comissão De Seguridade Social E Familia Debatera Uso Da Maconha Para A Saude
topic respondeu ao Percoff de Percoff em Eventos e Competições
Fechado! Dando continuidade no mesmo tema , mais atual dessa mesma questão aqui: -
Alias a noticia ja esteve por aqui tb (sabia que meus neuronios não me decepcionariam):
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Sabia que ja tinha lido algo parecido, parece que o site só reeditou a mesma materia, que na epoca perguntei para o DR Renato se ele sabia data e local e ele disse que nem sabia do tal debate. http://coletivodar.org/2011/10/comissao-de-seguridade-social-e-familia-debatera-uso-da-maconha-para-a-saude/
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deve ser algum bebado que falou que fumou um baseado, só que não contou que bebeu um barrilzim de pinga antes
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esse é o verdadeiro 3x1
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Futuro da guerra às drogas divide autoridades em debate do Google Um grande debate promovido pelo Google, com transmissão ao vivo pelo Youtube, mobilizou nesta terça-feira (13/03) os grupos contrários e os defensores da chamada “Guerra às Drogas”, política de repressão à produção, comercialização e consumo de substâncias entorpecentes como maconha, cocaína e heroína. Entre os debatedores estiveram ex-presidentes, como o brasileiro Fernando Henrique Cardoso e o mexicano Vicente Fox, pesquisadores, personalidades e autoridades internacionais. Em mais de duas horas de discussão, foram colocados na mesa os principais argumentos pró e contra a descriminalização das drogas, como alternativa à política de repressão intensificada nos anos 1970, em uma iniciativa do então presidente dos Estados Unidos Richard Nixon, e que hoje é apontada como um fracasso por diversos governos e especialistas. “Todas as opções devem ser consideradas”, disse o atual presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, no depoimento que abriu as discussões. Ele voltou a defender uma discussão global sobre o papel da política antidrogas. “É hora de sermos criativos e termos a mente aberta”, disse. Desde os anos 1990, a Colômbia tem sido o principal laboratório da guerra promovida pelos EUA contra os produtores de cocaína. Santos evitou criticar o chamado “Plano Colômbia”, por meio do qual o governo norte-americano despejou bilhões de dólares no combate aos cartéis locais, e disse que nos últimos anos o país conseguiu bons resultados na redução dos índices de violência. No entanto, o presidente colombiano ressaltou o alto preço pago em vidas humanas nessa conflito. “Perdemos nossos melhores juizes, nossos melhores políticos, nossos melhores jornalistas, os melhores policiais nessa luta contra as drogas”, repetiu. Reprodução Debate teve participação de personalidades de diversos países, incluindo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso No geral, o tom do debate foi de contemporização. De um lado, o grupo pró-repressão buscava evitar o uso do termo “guerra às drogas”, que implicaria em uma conotação negativa a uma política ampla de controle do uso de entorpecentes que não se restringiria ao uso da força policial ou militar. De outro, os apoiadores da descrminalização tentavam esclarecer que não defendem a legalização simples e imediata de todas as drogas, mas sua regulamentação, de modo a acabar com a violência causada pela repressão ao tráfico. Em uma breve declaração, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso voltou a defender que o debate sobre a descriminalização é a melhor saída para o problema das drogas, e que o usuário deve ser encarado sob a ótica da saúde pública, e não da polícia. Antonio Maria Costa, subsecretário-geral da ONU e diretor da agência das Nações Unidas sobre drogas e criminalidade, argumentou que a pauta da legalização é incentivada e patrocinada por grandes corporações, em especial, laboratórios farmacêuticos interessados em um novo mercado. “O 1% ataca de novo”, disse Costa. “(A legalização das drogas) é a privatização dos lucros e a socialização dos custos com saúde pública”. Também contrário à descriminalização, o ex-procurador e ex-governador de Nova York, Elliot Splitzer, disse que acabar com a repressão seria uma “saída fácil” para um problema complexo e não resolveria a questão, já que o mercado negro continuaria a procurar outras substâncias mais fortes não-regulamentadas para atrair os usuários, o que não eliminaria a violência. O general Barry McCaffrey, que foi chefe da política nacional antidrogas do governo Bill Clinton, discordou da tese de que a “Guerra às Drogas” tenha sido um fracasso total. Segundo McCaffrey, os Estados Unidos teriam reduzido o consumo de drogas em um terço nos últimos 30 anos. O escritor e ativista Misha Glenny, por sua vez, contestou os dados apresentados por McCaffrey, ressaltando que os EUA continuam sendo o maior mercado consumidor de drogas ilícitas do mundo e prendem anualmente 1,6 milhão de pessoas, a maioria negras, sob a acusação de crimes não-violentos relacionados a drogas, em grande parte usuários. “Vamos ter de esperar mais cem anos para admitir que perdemos essa Guerra?”, questionou Bernard Kouchner atual ministro das Relações Exteriores da França e co-fundador da ONG Médicos Sem Fronteiras. Kouchner defendeu o controle governamental da produção e comercialização das drogas, tal como é feito com o álcool e o tabaco. O fundador do Wikileaks, Julian Assage, argumentou que a proibição do uso de drogas viola a liberdade de os indivíduos decidirem o que fazer com seu próprio corpo e apenas beneficia uma rede de interesses de grandes corporações que lucram com a repressão, a violência e a lavagem de dinheiro. “Todos eles evitaram o termo “Guerra às Drogas” porque eles sabem que não podem defende-la. Depois de 40 anos, nenhuma pessoa em sã consciência pode”, disse o advogado de direitos humanos, Geoffrey Robertson, que rivalizou com Elliot Splitzer na defesa de cada lado. Splitzer, por sua vez insistiu em corroborar a tese de que a desciminalização das drogas inevitavelmente levará a um aumento do consumo, com consequências imprevisíveis. Antes e durante o debate, os espectadores puderam votar em uma enquete na internet sobre a questão. No início do programa, 60% dos votantes eram a favor do fim da guerra às drogas, 15% defendiam sua manutenção e 25% não sabiam. Ao término dos debates, o número de pessoas a favor da descriminalização, subiu para 65% (+5 p.p.), enquanto 29,6% (+15 p.p.) passaram a ser a favor da repressão da venda e consumo de drogas atualmente ilícitas e (5,6%) não souberam responder. Fonte: http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/20507/futuro+da+guerra+as+drogas+divide+autoridades+em+debate+do+google.shtml
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Cai número de internações por uso de drogas em janeiro Dados da Secretaria Municipal de Saúde apontam que Maringá registrou 334 internações por uso de drogas lícitas e ilícitas no mês de janeiro. O número representa queda de 8,5% em comparação com o mesmo período do ano passado. Do total de internações deste ano, 303 são de homens. A principal droga motivadora dos internamentos é o álcool (152 casos), seguido do crack (137 casos) e maconha (26 casos). Em janeiro de 2011, o crack respondeu pelo maior número de internações (181), contra 141 causadas pelo álcool. A faixa de idade mais atingida no sexo masculino é entre os 30 e 34 anos (40%). Entre as mulheres, o maior número de internadas tem entre 45 a 49 anos. fonte http://maringa.odiario.com/maringa/noticia/552789/cai-numero-de-internacoes-por-uso-de-drogas-em-janeiro/ 26 internados por uso de maconha wtf