Do R7, com São Paulo no Ar
Sites na internet vendem drogas e entregam em casa. Já existe até uma espécie de "bolsa da droga", com cotação do preço da cocaína em diversos países, inclusive no Brasil. A facilidade de acesso às drogas arrasa a vida de muitas pessoas que entram no caminho do vício.
Por anos, um viciado pensou que o cigarro de maconha fosse apenas um hábito.
— A maconha funcionou como porta de entrada, porque eu tinha muita curiosidade e por aceitação de um grupo que eu achava que era legal.
A maconha foi a primeira droga, mas daí a porta se abriu: álcool, ecstasy, LSD, cocaína. Em uma clínica de recuperação em Mairiporã, histórias assim são comuns, conforme explica o diretor terapêutico Sérgio Castillo.
— A maconha é uma das drogas que nós temos mais problemas. Eu percebo como resultado, uma grande maioria dos indivídios que já tem estabelecida a dependência química com psicose reativa grave, com esquisofrenia.
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Tudo começou com alguns doses de álcool, depois veio a maconha. Na sequência, cocaína e por fim, o crack. Durante todo esse tempo 16 internações e ainda um ano vivendo nas ruas, no centro de São Paulo. Essa é a história de Fabiano.
— Na verdade, eu dormia e não sabia se ia acordar.
A rotina da desintoxicação não é fácil. Quando o doente aceita a internação, ele passar por alguns estágios. O primeiro deles é o acolhimento, como numa família. Depois vem a compreensão do que é o vício e o suporte da psicologia para superar essa doença. Mas o apelo às drogas é forte e eficiente.
A venda de entorpecentes está por todas as partes. Mas o tráfico sempre esteve associado aos becos. No Brasil, toneladas de drogas entram pelos milhares de quilômetros de fronteiras com países como a Bolívia e o Paraguai. Droga que abastece milhões de pessoas.
O comércio é feito desde os bairros nobres à periferia mais pobre e no centro de cidades como São Paulo, onde a Cracolândia ainda legiões de consumidores.
A venda de drogas tem se utilizado de outros caminhos. E a internet é um dos mais novos. Sites oferecem vários tipos de drogas e ainda assumem o compromisso de entregar o produto no endereço que o comprador escolher.
A polícia conhece o endereço virtual, mas assume as próprias limitações para por as mãos nos criminosos, conforme explica o delegado Reinaldo Correa.
— Imagina você conseguir fechar a entrada de um site internacional. Você tem que ir lá onde ele está hospedado e fazer o pedido lá.
Para a polícia, esse é só um exemplo dos produtos que são enviados pelos correios.
— Você encontra drogas, armas, até animais sendo encaminhados para fora do país.
Fonte R7: http://noticias.r7.com/sao-paulo/sites-da-internet-vendem-drogas-e-entregam-em-casa-22012013