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Boa tarde,
Após 26 anos do término da ditadura e ao longo desses anos as pessoas conquistaram vários direitos inclusive a "liberdade de expressão", ainda hoje as pessoas lutam para conquistar alguns direitos individuais e coletivos, o melhor exemplo deste fato é o caso da maconha.
A Cannabis Sativa existe há mais de 10 mil anos, nos seus últimos 90 anos, vem sendo largamente marginalizada e oprimida por muitas pessoas e principalmente por uma parte das "autoridades” de nosso país, com a proibição, do dia para a noite surgiu uma nova classe de marginais, os que plantam, fumam, comem, fazem chá de uma planta conhecida como maconha.
Ao longo desses 90 anos de proibição, muitos países, pessoas e autoridades mudaram o seu ponto de vista em relação a maconha, mudando sua legislação, descriminalizando à erva. Os meios de comunicação muitas vezes não mostram para a população as duas faces da moeda, apenas mostram para o público a parte negativa da erva(estudos recentes comprovam que 80% dos pontos negativos da maconha, não passavam de invenções para benefícios de terceiros e de informação falsa), muitos sites, revistas, livros e principalmente a Marcha da Maconha faz a parte da conscientização da população, que a maconha não é uma espécie de demônio como muitos moralistas e governantes dizem e disseram por aí.
Milhares de pessoas são mortas diariamente por causa do tráfico de drogas, de forma direta ou indireta, já a respeito da maconha, não existe em todo o mundo uma morte registrada por fumar ou consumir maconha, enquanto drogas lícitas como álcool, tabaco, café, aspirina, entre outras, possuem números assustadores de óbitos. Milhares de pessoas ao irem comprarem sua erva, acabam por experimentar novas drogas pelo fato de serem submetidos ao mercado negro(comprovando que maconha não é porta de entrada para novas drogas, mas sim o proibicionismo). Se os cidadãos pudessem plantar sua erva para consumo próprio, pagando alguma taxa ou carga tributária sobre o plantio caseiro, o dinheiro arrecadado poderia ser usado para a abertura de clínicas de reabilitação de usuários de drogas em geral, sem falar da péssima qualidade que a maconha é vendida no submundo.
É basicamente isso que a marcha da maconha quer mostrar para a população, não incentivar o consumo de maconha, mas sim conscientizar as pessoas. Proibir a marcha é sem dúvida corromper nossos direitos constitucionais, visto que a causa da marcha é uma causa nobre, muitas pessoas sofrem de forma direta ou indiretamente com o sistema atual em relação às drogas. Algo precisa ser mudado ou pelo menos discutido. Quando nossos netos olharem para o passado, irão ver que o sistema que tratam os usuários de drogas é o mesmo que era usado na inquisição.
Saudações do leitor, Antonioni Damiani Bellinazzi de Andrade.