Cara, entendo sua intolerância.
Queria saber primeiro de onde vc tirou esses termos: liferulers, hollister??? Q porra é essa uaheuhaeuh...
Mas então cara, eu na minha juventude tbm tinha minha intolerância com a sociedade, mas minha história foi um pouco o inverso da sua, pois eu sai de um colégio católico, rígido e que tinha que estudar bastante para um colégio público, totalmente largado, com professores sem autoridades e alunos que só faziam arruaça. Foi um grande choque, posso dizer, cultural para mim. Devia ter uns 13, 14 anos na época.
Eu olhava em volta e só via nego perdido. Ninguém tava nem aí pra nada e eu, de uma hora para outra, "parei" de aprender. Por causa disso, não conseguia fazer amizades. Só que isso não me deixava com raiva, me deixava com dó das pessoas. Tanto é que na época meu sonho era ser presidente da república para acabar com o problema da educação no Brasil. kkkk
Isso "se resolveu" qdo fui fazer colégio técnico. Havia uma grande heterogeneidade entre os alunos, tinha nego de Perus, Santos, da ZN, ZL, ZO, ZS, Taboão...tinha do mais pobre ao mais rico....isso me agregou bastante. Mas com o passar do tempo, claro, formam se os grupinhos, as tribos e lembro bem na época era um modinha do caralho de nego usar camisa polo da ralph lauren, calça jeans sei lá q marca, e tenis new balance não sei das quantas...a típica amostra da ditadura da moda, do capitalismo. Então eu e alguns amigos passamos a nos vestir de forma a chocar...coturno, cabelo tingido de verde, azul, lembro que cheguei a fixar giletes de verdade na corrente da carteira q ficava presa a calça. Um brother acho q foi até mais extremo, usava corrente dessas de portão kkkkk...e isso chocava a galera.
Chegamos a fazer camisetas com silk screen com algumas mensagens + ou - assim: "morte ao modismo", "eu não sigo moda, sigo minha cabeça", "capitalismo é uma merda"...entre outras...mas a que eu mais gostava era uma q tinha comprado q faziz uma paródia a marca Calvin Klein, em moda na época tbm. Manja aquela camiseta básica que tem o CK bem grandes e o restante das palavras pequenas, então a minha era assim: fuCKoff (tipo, foda-se!). Mano, tinha playba q ficava indignado e com isso era a brecha pra eu eu meus broders fazermos nossos "discursos" punks. Ao mesmo tempo q uns ficavam chocados, outros ficavam admirados e outros achavam q nós eramos babacas mesmo.
Na época, apesar de já ter experimentado, não fumava maconha.
E eu tbm ficava incomodado com o jeito de ser, tanto dos dos playboys e patys babacas, qto dos "drogadões" q só queriam aloprar...tinha algumas idéias bem extremistas.
Resumindo, isso o q passei e q acredito q vc esteja passando tbm, é um despertar, é qdo achamos que podemos revolucionar o mundo sozinho. E isso é muito bom cara, pq nos faz fomentar a nossa própria evolução intelectual.
Com o tempo, vc percebe que não pode mudar o mundo e nem as pessoas, e apesar de ainda hoje, algumas atitudes dos outros ainda incomodarem, vc deixa de se estressar por isso e só pensa: "é um zé mané mesmo" e passa há viver mais tranquilamente.
Vc deve ser bem jovem ainda, te parabenizo a ter uma cabeça assim, hj em dia é bem raro...naturalmente vc vai lapidá-la, tens um grande potencial de ser uma grande homem, ser ético, de saber os verdadeiros valores da vida.
Infelizmente a socidade brasileira vai daqui pra pior, alias já está indo nesse sentido há um bom tempo e por mais que tenhamos uma cabeça diferente da maioria das pessoas, a sociedade nos puxa para baixo tbm.
Mantenha sua cabeça aberta, com seus pensamentos revolucionários, mas cuidado com atitudes extremistas, isso prejudica mais vc do que os outros. Aprenda a lidar com os mais diferentes tipos de gente. Continue fumando o seu baseado, mas não deixe nunca ele te fumar. E não pare nunca de estudar.
Espero que se de bem na vida e ao invés de ficar estressado com a atitude dos outros, deixe eles se fuderem hehehe..
Ah, e claro, na primeira oportunidade abandone o prensado e cultive tua própria erva!