Pessoal, achei os outros artigos do cara...
bando de teoria conspiratoria
ALguem podia contestar la na pagina do jornal...mas so achei espaço pra comentários naquele link memso http://www.brasileconomico.com.br/noticias/a-guerra-contra-as-drogas-1_112521.html
A Guerra contra as Drogas – 2
Os problemas com as informações do filme “Cortina de Fumaça” começam com a tese histórica: as drogas não foram um problema no século XIX apenas no período em que ainda não eram fabricadas e distribuídas em escala industrial. Por outro lado, as opções de drogas eram poucas. Morfina e heroína – derivadas do ópio - só surgiriam com avanço da medicina durante as guerras europeias no final do século, com uso anestésico para tratar os soldados feridos. No primeiro caso em que se registrou um consumo de drogas relevante, na China, a partir de 1830, em pouco tempo, a situação social se agravou com um aumento exponencial do número de viciados.O Imperador chinês, então, proibiu da venda de ópio. Os ingleses, que através da Cia Britânica das Índias Orientais transformaram a produção do ópio na Índia em negócio - com escala comercial para vendê-lo aos chineses-, não aceitaram a decisão. Declararam e venceram a primeira “guerra do ópio”. A violência foi o meio para o comércio de drogas, mesmo entre Estados nacionais. Mas a chaga social chinesa e guerra do ópio não foram citadas no filme, que preferiu falar do uso do ópio como um “hábito chinês inofensivo”.No início do século XX, o consumo de derivados do ópio virou uma preocupação pública na própria Inglaterra e em outros países europeus. Em 1912, ocorreu a primeira conferência mundial sobre drogas para discutir a questão do ópio, conforme informação do próprio filme. Se o consumo, crescente, já não fosse preocupante na época, por que a conferência? Seria uma conspiração dos “fanáticos protestantes”? Mas o tráfico das drogas existentes e já proibidas, realmente não foi um problema policial incontornável até o final dos anos 50. Na década de 60, no entanto, o número de drogas disponíveis começou a crescer e se disseminar numa velocidade sem precedentes. Primeiro, entre os soldados envolvidos nas guerras do Sudeste Asiático. Depois entre as populações carentes e minorias étnicas. Finalmente, se espalharam entre estudantes universitários, intelectuais e toda a sociedade.A razão para a explosão do tráfico, da produção e do consumo de drogas na década de 60 foi uma só: a decisão estratégica da alta cúpula dirigente soviética de infiltrar agentes no crime organizado e no tráfico de drogas para cooptá-los, ensiná-los técnicas de guerra, reorganizá-los e controlá-los de longe, com o objetivo de usá-los como arma psicossocial contra o Ocidente capitalista.Os serviços de inteligência soviéticos e de seus satélites estudaram os diversos tipos de drogas e seus efeitos sobre o corpo humano; infiltraram-se nas principais organizações criminosas em atividade no Ocidente; montaram uma lista de intelectuais, políticos e decisores estratégicos mais propensos à corrupção; e por fim, selecionaram grupos sociais – jovens e imigrantes - como os principais alvos da ofensiva com drogas.Tudo isso está documentado no livro “Red Cocaine: The Drugging of America and the West” de Joseph D. Douglass Jr. – este sim um especialista no assunto, ex-assessor de várias agências governamentais estadunidenses e consultor de assuntos de segurança. Leitura obrigatória sequer mencionada no filme ou por qualquer dos estudiosos consultados.
Fonte: http://www.brasileconomico.com.br/epaper/contents/BE_2012-02-08.pdf
A Guerra contra as Drogas – 3
A URSS promoveu o tráfico de drogas para minar as bases sociais do Ocidente capitalista e levantar recursos para financiar o comunismo no Terceiro Mundo.O partido comunista chinês, por exemplo, primeiro, financiou sua revolução drogando seu próprio povo. Depois, espalhou drogas entre os soldados estadunidenses na Coréia e no Vietnã, minando o esforço de guerra dos EUA.
Apelidado por Mao Tsé-tung de “guerras do ópio revolucionário”, os chineses repetiram o uso de drogas como arma, estratégia que os derrotou 100 anos antes. A URSS transformou a experiência chinesa em estratégia global. Com ajuda cubana, a América Latina desempenhou papel de destaque, por sua proximidade com os EUA. A organização das FARC, dos cartéis de drogas (colombianos e mexicanos) e do movimento sandinista são exemplos dos frutos dessa estratégia. Há ainda indícios de que o surgimento do crack na América Central esteja ligado aos experimentos de cientistas cubanos e soviéticos, que customizaram uma droga altamente viciante e barata, pensada para se alastrar entre os pobres, negros e imigrantes, incentivando o “ódio de classes” e a divisão das sociedades capitalistas em geral e dos EUA, em particular.
O livro “Red Cocaine” conclui que o tráfico de drogas internacional, tão temível como é hoje, não foi criado pelo proibicionismo, mas sim, pela URSS. Típico caso da oferta que criou sua própria demanda. Mas o filme “Cortina de Fumaça” inverte a questão. Prefere colocar a demanda como elemento dinamizador e focar a análise na “guerra contra as drogas” como o imperativo geopolítico dos EUA, esquecendo os soviéticos.
Para não ser acusado de viés ideológico, o filme apresenta uma série de entrevistados discursando a favor do direito de escolha individual.
A proibição, segundo essa visão, seria um passo ao totalitarismo – e dai se tornou irresistível citar a Inquisição e a Alemanha nazista, para forçar o nexo causal “liberdade e democracia” versus “proibição e totalitarismo,”e associar proibição à xenofobia e preconceitos, provenientes de grupos cristãos ou políticos oportunistas. Enquanto o proibicionismo é apresentado como interesseiro e preconceituoso, a visão liberacionista se preocuparia com a liberdade de escolha e com o fim do tráfico, dois objetivos magicamente alcançados com a liberação das drogas.
Mas se o cigarro e o álcool são liberados, por que cerca de 30% dos cigarros em circulação no Brasil são ilegais e há tanto uísque falsificado? Por que as drogas, hoje ilícitas, não teriam o mesmo destino? Não há razão para acreditar que o tráfico vai se “esfumaçar” (com o perdão do trocadilho) se a venda de drogas for legalizada. Al Capone já era mafioso antes da Lei Seca. Lógica elementar, que o filme sequer discute.
Não aparece uma só pessoa no documentário para contrapor o argumento do “libera geral”. Um trabalho que não apresenta o outro lado, a não ser por visão de terceiros e por clichês pejorativos, não deveria se apresentar como defensor do debate e da liberdade. Mas a tese liberacionista é assim. Sempre carregada de ideologia camuflada, baseada em omissões históricas e favorável a um pretenso direito a liberdade de se drogar. Essa é a liberdade daqueles em favor das “cracolândias” e de certos “estudantes” da USP.
Fonte: http://www.brasileconomico.com.br/epaper/contents/BE_2012-02-15.pdf