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Drymar

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Tudo que Drymar postou

  1. Nossa cara, não tinha visto, yahoo só 14 dias atrasado, mals aí galera.
  2. Em protesto, jovens plantam maconha em uma cidade inteira Yahoo! Notícias – sex, 26 de jul de 2013 Imprimir Uma das plantas que floresceu em Göttingen (Foto: SpiegelOnline) Como parte de um protesto pela revisão das leis relativas às drogas na Alemanha, um grupo entitulado como A Few Autonomous Flower Children (na tradução livre, Algumas Crianças Autônomas da Planta) plantou quilos de sementes de maconha na cidade de Göttingen. A "plantação" das sementes aconteceu ainda em junho, quando o grupo se dividiu e espalhou quilos da erva pela cidade. Agora, com o passar do tempo, centenas de plantas têm florescido ao longo das ruas. "Não podemos ver pelas ruas essa planta bonita e útil por conta das severas leis da Alemanha", anunciou o grupo em um comunicado após as sementes terem florescido. A polícia local está trabalhando no caso e identificando pessoas por meio do site oficial do movimento. Agentes também têm a tarefa de destruir todas as plantas de maconha que encontrarem pela cidade. O grupo responsável pelo plantio das sementes faz parte da ala Green Youth (Juventude Verde, na tradução), que por sua vez é comandada pelo movimento Green Party (Festa Verde, na tradução), que luta pela legalização da maconha. Fonte: http://br.noticias.yahoo.com/em-protesto--jovens-plantam-maconha-em-uma-cidade-inteira-203808990.html
  3. http://www.growroom.net/board/topic/27981-tutorial-para-enviar-imagens/
  4. Ficou irado, e a propósito, belas plantas.
  5. Lei de Drogas: urgência é criticada por 71 entidades Temor é que seja aprovado sem discussão o PL que "aprofunda a já fracassada política criminal brasileira sobre o tema e despreza lutas históricas na saúde pública" por Redação — publicado 03/07/2013 16:34, última modificação 03/07/2013 16:50 Entidades ligadas aos direitos humanos e à saúde pública divulgaram uma nota pública contra a urgência da tramitação do projeto de lei do deputado Osmar Terra (PMDB-RS) que prevê a reformulação das políticas de combate às drogas no País. As entidades - voltadas para a saúde mental e saúde coletiva, serviço social e pesquisa em psicoativos - pedem cautela ao Senado com relação à proposta. A nota defende que o projeto "aprofunda a já fracassada política criminal brasileira sobre o tema e despreza as lutas históricas por avanços na saúde pública, interrompendo avanços na política anti-manicomial, promotora de cidadania e avessa à tortura". O pedido é para que seja promovido o debate com "os diferentes atores envolvidos, sejam eles organizados ou não" para que só então um texto seja aprovado. Abaixo, a nota na íntegra: Há algumas semanas protestos tomam conta das ruas do Brasil. As diversas demandas da sociedade civil em torno de causas históricas de interesse coletivo demonstram que o debate sobre o que a sociedade quer não é exclusividade de partidos políticos, ONGs ou movimentos sociais organizados. É inegável o caráter histórico dos últimos acontecimentos. É importante ressaltar, porém, que esse saudável cenário de participação democrática no debate público não pode servir de justificativa para que o Legislativo aprove, a toque de caixa, e com apoio do Governo, importantes projetos de lei sem o devido debate com os diferentes atores envolvidos, sejam eles organizados ou não. Fomos todos surpreendidos com a recente decisão de colocar em regime de urgência o PLC nº 37/2013 (antigo PL 7663/2010) – que reformula o Sistema Nacional de Políticas sobre Drogas – "para responder as reivindicações por segurança" que estariam sendo feitas nas ruas. O PLC 37/2013, sob o pretexto de atualizar a legislação de drogas, aprofunda a já fracassada política criminal brasileira sobre o tema e despreza as lutas históricas por avanços na saúde pública, interrompendo avanços na política anti-manicomial, promotora de cidadania e avessa à tortura. Ele será um instrumento catalisador do estigma carregado por pessoas em sofrimento, da política de encarceramento em massa de pobres, da criminalização dos usuários, presos indistintamente como traficantes, da indústria de internações forçadas, sabidamente ineficazes como tratamento, e da priorização da atenção em comunidades terapêuticas religiosas, que, pouco fiscalizadas, afiguram-se como perigosos locais de segregação e maus-tratos. Trata-se de um projeto que aumenta significativamente os custos do Estado ao mesmo tempo que reduz, drasticamente, o respeito aos direitos individuais das pessoas em situação de vulnerabilidade e sofrimento. O projeto de lei em questão não representa o anseio da sociedade civil e nem encontra abrigo nas melhores práticas internacionais e nacionais sobre o tema. No processo de tramitação do projeto na Câmara, houve a exclusão das considerações estatísticas, técnicas, científicas e jurídicas que devem guiar qualquer construção de política pública, e foram ignoradas as considerações técnicas de vários ministérios do governo, entre eles o Ministério da Saúde, Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos, que opinaram inicialmente pela rejeição absoluta do projeto. O debate sereno sobre um projeto de lei de tamanha importância é fundamental para que as distâncias existentes entre os poderes constituídos e a sociedade civil sejam finalmente reduzidas, e não aprofundadas, como ocorrerá caso o açodamento se sobreponha ao debate. Diante de todo o exposto, as entidades abaixo assinadas vêm a público exigir a retirada do caráter de urgência na tramitação do PLC 37/2013, sendo fundamental a atuação responsável dos senhores congressistas, bem como do Executivo, fazendo valer seu anunciado compromisso de escuta e diálogo democrático. 1. ABRASCO- Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2. ABRASME- Associação Brasileira de Saúde Mental 3. ACAT – Ação dos Cristãos para Abolição da Tortura 4. Advogados sem Fronteiras Brasil 5. Articulação Justiça e Direitos Humanos – Jusdh 6. Associação Brasileira de Estudos Sociais do Uso de Psicoativos- ABESUP 7. Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT 8. Associação Brasileira Multidisciplinar de Estudos Sobre Drogas - ABRAMD 9. Associação pela Reforma Prisional – ARP 10. Bloco Planta na Mente 11. Casa de Acolhimento Os Seareiros 12. CEBES – Centro Brasileiro de Estudos em Saúde 13. CEBRID - Centro Brasileiro de Informação sobre Drogas Psicotrópicas, 14. Centro de Atenção Psicossocial de Canoinhas - CAPS I 15. Centro de Convivência É de Lei 16. Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes 17. Centro de Estudos e Terapia do Abuso de Drogas – CETAD/UFBA 18. Centro de Referência à Infância – INCERE/CE 19. Centro de Referência em Direitos Humanos da Universidade Federal da Paraíba 20. Centro de Referência sobre Drogas e Vulnerabilidades Associadas/UnB 21. Centro Internacional de estudos e Pesquisa sobre a Infância - CIESPI/PUC-Rio 22. Coletivo Antiproibicionista Princípio Ativo 23. Coletivo Desentorpecendo a Razão - DAR 24. Coletivo Plantando Informação 25. Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia - CBDD 26. Conectas Direitos Humanos 27. Conselho Federal de Psicologia - CFP 28. Conselho Federal de Serviço Social – CFESS 29. Conselho Nacional de Saúde 30. Conselho Regional de Psicologia de Mato Grosso do Sul 14ª Região 31. Conselho Regional de Serviço Social/RJ 32. DDH – Defensores de Direitos Humanos 33. Dignitatis - Assessoria Técnica Popular 34. Equipe Clínico Política 35. Escola Superior da Defensoria Pública do Estado da Bahia 36. Federação Nacional dos Farmacêuticos 37. Fórum Intersetorial de Drogas e Direitos Humanos de São Paulo 38. Frente Estadual Drogas e Direitos Humanos/PB 39. Frente Estadual Drogas e Direitos Humanos/RJ 40. Frente Estadual Drogas e Direitos Humanos/RS 41. Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) 42. Grupo Interdisciplinar de Estudos Sociais de Psicoativos - GIESP 43. Grupo Tortura Nunca Mais/RJ 44. IBCCRIM – Instituo Brasileiro de Ciências Criminais 45. IDDD – Instituto de Defesa do Direito de Defesa 46. Instituto Igarapé 47. Instituto Pro Bono 48. Instituto Sedes Sapientiae 49. Instituto Sou da Paz - SDP 50. ITTC – Institito Terra Trabalho e Cidadania 51. Justiça Global 52. Movimento pela Legalização da Maconha 53. Movimento Psicanálise Autismo e Saúde Pública (MPASP) 54. NEIP - Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos 55. Núcleo de Estudos Avançados de Álcool e outras Drogas- NEAAD/CETAD/UFBA 56. Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre Psicoativos (Neip) 57. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Extensão em Saúde Mental e Atenção Psicossoial - NEPS-UERJ 58. Núcleo de Situação Carcerária da Defensoria Pública de São Paulo 59. Pastoral Carcerária Nacional 60. PROAD - Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes da Unifesp 61. Projeto Transversões da Escola de Serviço Social da UFRJ 62. Psicotropicus - Centro Brasileiro de Política de Drogas 63. Rede Estadual de Saúde Mental e Economia Solidaria/SP 64. Rede Justiça Criminal 65. Rede Pense Livre - por uma política de drogas que funcione 66. REDUC - Rede Brasileira de redução de danos e direitos humanos 67. RENILA - Rede Nacional Internúcleos da Luta Antimanicomial 68. ResPire Redução de Danos 69. SBNeC - Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento 70. UNE – União Nacional dos Estudantes 71. Viva Rio fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/entidades-elaboram-nota-publica-contra-a-urgencia-na-tramitacao-da-lei-de-drogas-3027.html
  6. Drymar

    “Cannabis É Remédio”

    “Cannabis é remédio” Por Ana Aranha | Reportagem 3 por 4 – 23 horas atrás Enviar Compartilhar492 Imprimir Thaís Carvalho viveu, ao mesmo tempo, a melhor e a pior experiências de sua vida. No mesmo dia em que segurou sua filha no colo pela primeira vez, descobriu um câncer no ovário. Duas semanas depois do parto, uma cirurgia retirou todo seu aparelho reprodutivo. Com um bebê recém nascido e uma prescrição para seis meses de quimioterapia, as mudanças abalaram seu jeito de ver o mundo. E lhe levaram a uma descoberta desconhecida para a maior parte dos brasileiros. Paraense, hoje com 33 anos, Thaís é filha de uma família que classifica como tradicional. Vegetariana, ela não bebe e gosta de passar os finais de semana em casa. Quando voltou do hospital, estava em estado de encantamento com a primeira filha. Ficou triste em saber que não poderia amamenta-la, devido ao medicamento, mas tentou manter-se positiva. Logo descobriu que também não poderia dar banho na menina ou trocar a fralda, pois seus braços perderam a força. Com dores pelo corpo e enjoo, já no primeiro mês de tratamento Thaís parou de comer e perdeu muito peso. Perdeu também os cachos morenos e o sorriso tranquilo. Pela manhã, só levantava da cama para atravessar a rua e buscar ajuda na casa de sua mãe, que mora na mesma vila, em Belém. Suas roupas ficaram largas, o rosto inchado e pálido. Quando olhava os olhos sem sobrancelhas no espelho, vinha a certeza de que não demoraria para ser abandonada pelo marido, que chegava à noite do trabalho e corria para cuidar dela, da filha e da casa. “Eu me sentia feia, fraca, minha casa estava largada. Estava definhando”. Foi nesse momento que seu marido lhe chamou para uma conversa. Ele pesquisou sobre como os médicos americanos prescrevem o uso de maconha (Cannabis é o nome científico da planta) para combater os efeitos colaterais da quimioterapia. Thaís teve muitos receios. Ela nunca tinha experimentado a droga. Alguns amigos fumavam, mas ela não sabia qual seria sua reação. “Eu sempre vi a maconha como algo negativo, não queria isso para mim”. Só quando recebeu a terceira dose de quimio e os efeitos castigaram ainda mais seu corpo frágil, ela resolveu experimentar. “No primeiro dia, senti relaxamento e bem estar, mas não arrisquei fazer nada, não conhecia os efeitos. No segundo dia, senti ânimo e levantei. Tinha uma pilha de louça pra lavar na cozinha e ataquei empolgada. Feliz em dar conta de uma tarefa cotidiana”. A partir de então, Thaís passou a fumar um cigarro de maconha pela manhã durante a “semana crítica” (os dias em que os efeitos colaterais da quimioterapia são mais intensos). Para o seu corpo, a mudança mais importante foi o fim da náusea que lhe impedia de comer. Pelo contrário, Thaís tinha mais fome. Ela ganhou peso, o que deu uma nova perspectiva para o seu tratamento. O ciclo de medicação previsto incialmente era de 21 dias entre as doses. Devido à perda excessiva de peso já na primeira aplicação, seu médico oncologista adiou a segunda sessão de quimioterapia para 30 dias depois da primeira. Devido ao estado de saúde da paciente, ele também teve que adiar a terceira, que só ocorreu 45 dias depois da segunda. Só quando passou a fumar maconha, e voltou a comer, o corpo de Thaís teve energia para aguentar o intervalo recomendado inicialmente pelo médico: 21 dias entre cada sessão. Na memória de Thaís, porém, o efeito mais importante foi a mudança no seu bem estar. Antes, com dores constantes e incapaz de realizar tarefas simples, ela colocava um peso negativo em tudo. Até no esforço do marido, como se os cuidados que ela exigia fossem algo insuportável para ele. Com a possibilidade de realizar pequenas tarefas, aos poucos, ela conseguiu mudar essa percepção. “Comecei a ver que meu marido era admirável ao cuidar de mim e da nossa filha tão pequena. A dedicação dele passou a me dar força”. Thaís nunca sentiu “nóia”, nome dado às sensações de paranoia que alguns experimentam ao fumar maconha. A sensação pode levar a um efeito oposto: percepção negativa do mundo. Sem saber como sua frágil saúde poderia ser afetada pela substância, ela tomou coragem para conversar com o médico. “Se te faz bem, quem sou eu pra mandar parar? ”, ouviu. “Vi que ele não concordou, mas preferiu se abster. Ele disse que esse tratamento não existe no Brasil. Mas eu falei que ele deveria se informar, mesmo que não possa recomendar, todo médico deve saber das últimas pesquisas”. E saiu do consultório sem orientação. Para defender sua saúde, Thaís rompeu uma fronteira da ciência que está em reconfiguração no mundo. O uso da maconha em tratamentos médicos está em debate em diversos países e já é autorizado na Holanda, em Israel e na República Tcheca. Nos Estados Unidos, 18 estados permitem o uso terapêutico, número que cresce a cada ano. Na semana passada em Nova Iorque, onde esse debate está pegando fogo, 600 médicos lançaram um manifesto pedindo autorização para tratar pacientes com doenças como câncer, esclerose múltipla e HIV/Aids. Em seu site, o grupo elenca pesquisas e estudos controlados sobre como os efeitos da maconha podem reduzir a dor, o espasmo muscular, a sensação de náusea e estimular o apetite. Em português, no livro “Maconha Cérebro e Saúde”, os neurocientistas Renato Malcher-Lopes e Sidarta Ribeiro apresentam os efeitos da substância e fazem um panorama dos estudos internacionais sobre seus potenciais terapêuticos. Cientistas brasileiros também tentam fazer pesquisas com a maconha, mas esbarram em dificuldades legais e acadêmicas. É o caso de um dos maiores especialistas no tema, o professor Elisaldo Carlini, da Universidade Federal de São Paulo. Nessa entrevista para revista da Fapesp, ele explica os efeitos da substância e defende o uso médico. Thaís sabe da importância da maconha no seu tratamento. E decidiu não ficar calada. Ela já recuperou a saúde e os cachos no cabelo. Enquanto dava entrevista, sua filha, hoje com três anos, não parava de chamar a mãe para brincar. Quando perguntei se não tinha medo de dar o nome e mostrar o rosto para este texto, ela não vacilou. “Seria hipocrisia. Vejo as pessoas na linha de frente lutando pela descriminalização, enquanto tantos fumam e têm medo de mostrar a cara. Não quero ser a maioria silenciosa. Quero ser parte da minoria que contribuiu para a mudança”. Embora não tema falar no assunto, ela prefere usar o termo científico Cannabis, pois considera que maconha é uma palavra carregada de preconceitos. Thaís é a favor da descriminalização para uso medicinal, mas também para qualquer outro. “Não faço uso recreativo, mas não tenho preconceito”, diz. No ano passado, estava no pequeno grupo que tentou fazer a Marcha da Maconha no centro de Belém. A mesma marcha, que ocorre em mais de 40 cidades no Brasil, vai acontecer em São Paulo nesse sábado dia 8. Mais difícil que enfrentar as ruas, é reunir forças para ter uma conversa na casa dos pais. Quando contou que estava fumando durante o tratamento, o pai de Thaís ficou em silêncio, a mãe lhe criticou. Depois que viu sua melhora, a mãe não tocou mais no assunto. Mas agora é o pai de Thaís, com 62 anos, que terá de passar por um tratamento de quimioterapia. “Minha família é bastante conservadora, não sei se ele vai querer. Mas vou conversar, acho que as pessoas têm direito a essa escolha”. Daqui a muitos anos, ela pretende conversar também com a sua filha, explicar que a maconha não deve ser vista com preconceito, mas com respeito e cuidado. Thaís sabe que a menina vai receber lições maniqueístas na escola. Dos adultos, vai ouvir que a maconha é algo ruim e que sempre faz mal. De alguns amigos, o extremo oposto. Dentro de casa, a menina vai conhecer a verdade experimentada por sua mãe: “Cannabis é remédio”. FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/blogs/3-por-4/cannabis-%C3%A9-rem%C3%A9dio-142945569.html
  7. Se ele fosse para a Amazonia e ficasse esquecido por 30 anos seria lindo.
  8. Drymar

    A Droga De Cada Um...

    A droga de cada um Denis Russo Burgierman 21 de maio de 2013 Todo mundo tem a sua droga. A da minha mãe, por exemplo, é a endorfina, nome que é uma abreviação de “endo-morfina”, ou “morfina interior”. A endorfina é um opióide, ou seja, uma droga da mesma classe do ópio e da heroína. Os opióides agem como desentupidores nas sinapses do cérebro: eles abrem os caminhos pelos quais a dopamina flui. E a dopamina é a mãe de todas as recompensas: aquela sensação gostosa, aconchegante, de bem estar, que chamamos de prazer. É a dopamina que nos dá aquele gosto doce que acaba formando hábitos. É ela, também, que, quando algo sai do controle, causa a dependência. Minha mãe busca a dopamina dela de maneira saudável, correndo pelas ruas e pelos parques de São Paulo, subindo em pódios com medalhas douradas no pescoço – exercício físico faz o corpo produzir endorfina. Há quem busque o prazer em outras coisas. Glutões produzem dopamina quando se empanturram. Yogues produzem quando respiram profundamente. Jogadores vão em busca dela na emoção das apostas do bingo ou do carteado. Futebol, chope, sexo, novela, dança, festa, trabalho, cinema – tudo aquilo que tem o potencial de dar prazer pode estimular a produção de dopamina. Inclusive drogas, como álcool, tabaco, nicotina, açúcar, maconha, cocaína, heroína. Ontem participei da entrevista com o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, no programa Roda Viva, da TV Cultura. Laranjeira é um médico-político, bem conectado com o poder, recebedor de farto financiamento público, com larga experiência em dependência, defensor radical da Guerra Contra as Drogas. Colegas de Laranjeira no mundo acadêmico já haviam me advertido que a droga dele é o poder. É a sensação de mandar nos outros aquilo que ativa seu sistema dopamínico. A entrevista foi bem frustrante para mim. Laranjeira tomou a palavra e falou sem parar, sem dar atenção às perguntas que lhe faziam. Citou uma série de dados inventados, como a informação de que todos os países desenvolvidos estão abandonando as políticas de redução de danos – basicamente o contrário da realidade, já que há uma clara tendência no sentido contrário, até mesmo nos Estados Unidos. Num dos intervalos do programa, uma das entrevistadoras, a especialista em segurança pública Ilona Szabo, deu uma bronca no entrevistado fora do ar, criticando a forma irresponsável como ele manipulava os dados. Laranjeira virou agressivamente sua cadeira para ela, aumentou o volume da voz, e brandiu o argumento da autoridade: “cresça e apareça, menina. Quem é você? Eu tenho 30 anos de experiência nisso”. Ilona respondeu tranquila: “eu trabalho com gente que tem o dobro de sua idade e que teve a humildade de mudar de ideia. Você pode mudar também.” Aos 34 anos, Ilona é coordenadora do secretariado da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, o órgão internacional cujo presidente é Fernando Henrique Cardoso (81 anos) e que tem entre seus membros gente como o ex-presidente do banco central americano Paul Volcker (85) e o ex-secretário de Estado dos EUA George Schultz (92), braços direito e esquerdo do ex-presidente Ronald Reagan, principal comandante da Guerra Contra as Drogas na década de 80. O objetivo da Comissão é acabar com a guerra e buscar soluções mais pacíficas e racionais para evitar que nosso apetite natural por dopamina nos destrua. Nos anos 1980 e 90, FHC, Volcker, Schultz e Reagan eram generais da Guerra Contra as Drogas. Laranjeira, naquele tempo, era um soldado raso, talvez um jovem oficial dedicado a dar alguma sustentação científica para a ofensiva militar. Hoje os generais não apenas estão cansados de lutar mas pedem desculpas pelos erros do passado: eles reconhecem que a guerra foi um equívoco. Mas o soldado Laranjeira quer continuar lutando. Afinal, ele não está preocupado em saber se a guerra dá certo ou não. O que ele quer é poder – e, consequentemente, dopamina. No fundo, ele sabe que a guerra é inútil, mas sabe também que, se ela acabar, ele perde poder. Ele é dependente de poder. Pelo menos serviu para eu ganhar uma caricatura do Paulo Caruso Fonte: http://super.abril.com.br/blogs/mundo-novo/2013/05/21/a-droga-de-cada-um/
  9. A vontade Watchuma, tem que alastrar. Abraço
  10. Acho importante, pelo menos o debate está mais aberto do que 10 anos antes... Tenho esperança que em breve os caminhos se abram de verdade. Parabéns Sano, sempre apresentando textos importantes, e defendendo a causa. Vai brasil, não fica pra trás..
  11. PQP, e além de tudo lá só tem gata... Acorda Brasil...
  12. Menos uma doença pra se preocupar, hehehe... Boa Sano.
  13. A questão dos usuários (principalmente de crack) me preocupa muito, tenho esperança que em curto espaço de tempo a mentalidade geral comece a mudar, e tenho grande prazer em contribuir com esta casa, o GR me trouxe muito informação boa e relevante, estamos na luta. abs. Fala Nicodemos, to na caça de livros dele tb, se achar alguma coisa dá um alô por aqui, acho que vai ser interessante pra todos. abs.
  14. Foda mesmo, Sano! Já tinha lido uma entrevista dele, outro nível de pensamento, que na verdade deveria ser o comum, mas....
  15. Drymar

    As Origens Do Vício

    Você está aqui: Página Inicial / Sociedade / As origens do vício Sociedade Entrevista - Gabor Maté As origens do vício Segundo especialista, sociedade reprime e encarcera seus dependentes para evitar que outros sigam seu exemplo por Flávio Lobo — publicado 14/05/2013 15:52 Nenhum comentário e Nenhum comentário Arquivo Pessoal o médico canadense Gabor Maté Leia também Angelina Jolie revela que retirou as duas mamas para reduzir risco de câncer OMS admite que novo coronavírus pode ser transmissível entre humanos Nascido na Hungria, numa família judia, durante a ocupação nazista, o médico canadense Gabor Maté é um sobrevivente do Holocausto. Seus avós maternos foram mortos em Auschwitz, e ele passou seu primeiro ano de vida em um gueto. Décadas depois, radicado no Canadá, teve de lidar com sua própria tendência para comportamentos compulsivos – trabalho e compras eram suas drogas favoritas – e foi diagnosticado com transtorno de déficit de atenção (TDA). Médico especializado no estudo e tratamento de vícios e TDA, Maté compreende esses distúrbios como “sintomas” de problemas anteriores, gerados por condições sociais e psicológicas, que influenciam o desenvolvimento cerebral. Teórico reconhecido internacionalmente, com grande experiência no tratamento de dependentes, é autor de quatro livros sobre seus temas de pesquisa, um deles, “Pais Ocupados, Filhos Distantes”, foi publicado no Brasil pela Melhoramentos. Em seu último livro, “In The Realm of Hungry Ghosts: Close Encounters With Addiction” (No reino dos fantasmas famintos: contatos Imediatos com o vício) e nesta entrevista, Maté joga luzes sobre a questão dependência de drogas que podem ajudar a esclarecer problemas e políticas públicas que o Estado brasileiro se propõe a enfrentar e implementar. CartaCapital: Quais são os principais “mitos” que dificultam a compreensão do fenômeno do vício? Gabor Maté: Em geral, a sociedade vê o vício de duas formas predominantes. Numa dessas interpretações, o vício é um escolha que as pessoas fazem, simplesmente uma má decisão individual. O que a sociedade tende a fazer, nesse caso, é criminalizar essa “escolha errada”. Reprimindo e encarcerando os dependentes de drogas ilícitas, a sociedade os pune por seu suposto erro e tenta evitar que outros sigam seu exemplo. A segunda visão mais comum sobre o vício é a da predisposição genética, algo que as pessoas herdam de seus pais, uma característica biológica que as constitui desde a concepção. As duas explicações têm uma importante característica em comum: a ausência da dimensão social do problema. Nós, humanos, somos seres “bio-psico-sociais”. As condições psicológicas e sociais da nossa existência são decisivas para a realização e a modulação dos nossos potenciais biológicos. O ambiente e as relações sociais moldam a nossa biologia, especialmente o desenvolvimento cerebral. Cada cérebro humano é, em larga medida, um produto das relações psicossociais do indivíduo, sobretudo das relações mantidas e experiências vividas durante os primeiros anos de vida. CC: Existe, então, uma “neurologia do vício” produzida por condições psicológicas e sociais durante a infância? GM: Frequentemente, sim. Hoje sabemos que o desenvolvimento de circuitos cerebrais relacionados aos incentivos e à motivação, ao prazer, ao alívio da dor e ao amor – ativados pelos neurotransmissores dopamina e endorfina –, assim como dos circuitos que regulam nossos níveis de estresse e de intensidade emocional, depende muito das condições sociais, afetivas e cognitivas da primeira infância, especialmente dos primeiros três anos de vida, e até mesmo dos níveis de estresse da mãe durante a gravidez. Podemos comparar as variações no desenvolvimento desses circuitos neuronais ao trajeto de um rio. Quanto mais perto da nascente se coloca um obstáculo, maior a mudança no curso do rio. Quanto mais cedo a criança é submetida a altos níveis de estresse, indiferença, solidão, violência, maiores os prejuízos para o desenvolvimento desses circuitos, cujo mal funcionamento predispõe a problemas físicos e mentais, e ao vício. CC: Há evidências científicas do impacto dessas experiências traumáticas na infância, o desenvolvimento cerebral e o vício? GM: Quem trabalha com dependentes químicos acolhendo-os e escutando-os sabe que trauma e abusos na infância são uma constante em suas histórias de vida. E há, sim, fartas evidências científicas dessas relações de causalidade. Vou dar alguns exemplos. Filhotes de rato que não são lambidos por suas mães logo depois do parto têm seu desenvolvimento cerebral prejudicado. Como o acolhimento do humano recém-nascido pela mãe, para os ratos as lambidas pós-parto são, sobretudo, um ritual de vínculo. Dura só alguns minutos e tem efeitos para toda a vida. Nos humanos, alguns traumas precoces têm impactos tão importantes na química e estrutura do cérebro que é possível, por exemplo, identificar vítimas de abuso sexual na infância por meio de exames de mapeamento cerebral realizados décadas mais tarde. Meninas de quatro anos de idade com alto nível de estresse (medido pela quantidade de cortisol na saliva) chegam aos 18 com os mesmos tipos de alteração cerebral, também identificáveis por exames de imagem. Apenas analisando o eletroencefalograma de um bebê é possível saber se sua mãe está sofrendo de depressão. Filhotes de macaco separados das mães sofrem rápidas quedas de seus níveis de dopamina, hormônio da motivação. Cobaias geneticamente manipuladas para não desenvolver receptores de dopamina se alimentam quando recebem comida diretamente na boca, mas, se a comida é deixada a centímetros de distância, elas não tem motivação suficiente para se mover e comer, e morrem de fome. Para o desenvolvimento satisfatório dos circuitos da dopamina, os mamíferos, e sobretudo humanos, precisam de contato e laços sociais, suporte emocional, em ambientes suficientemente seguros e tranquilos. A mesma dopamina tem papel fundamental na química de muitos vícios. CC: Seria correto, portanto, dizer que o vício é uma forma de tentar compensar deficiências neurológicas preexistentes? GM: Sim, seria. Defino “vício” como qualquer comportamento – associado ou não a uma substância química – que dá prazer e alívio temporários, trás efeitos negativos a longo prazo e a pessoa não consegue largar. Pessoas que tiveram experiências traumáticas precoces frequentemente convivem com sofrimento, com dor emocional constante. De maneira geral, a dependência química se origina numa busca de motivação, prazer ou alívio de sofrimento que a pessoa não consegue sem a droga. Trata-se, na verdade, de automedicação. Quem recorre constantemente a cafeína, nicotina, cocaína, crack ou metanfetamina, por exemplo, está tentando aumentando seus níveis de dopamina. O problema é que, em geral, essa automedicação não resolve o problema, e, em muitos casos, tem graves efeitos colaterais. No caso da metanfetamina, por exemplo, o aumento dos níveis de dopamina é tão grande que faz com que o cérebro se proteja reduzindo o número de receptores de dopamina, reforçando a necessidade de mais dopamina, fechando o círculo vicioso. Se a pessoa para repentinamente de tomar a droga, seus níveis de dopamina ficam extremamente baixos e ela cai em depressão. O vício não é uma escolha moral errada nem resultado de determinação genética, é o sintoma de um problema anterior – o trauma e a dor que ele produz – e, ao mesmo tempo, uma tentativa de aliviar essa dor. Não é à toa que a maioria das drogas relacionadas ao vício, inclusive o álcool, são anestésicas. CC: Como ficam essas pessoas no contexto da Guerra às Drogas? GM: Como não é possível enfrentar objetos inanimados nos campos de batalhas, a guerra é feita contra usuários de drogas e, sobretudo, contra os dependentes. Agora imagine o resultado de políticas que marginalizam, criminalizam e punem pessoas cujo problema fundamental é o excesso de dor e sofrimento. Qual é a racionalidade disso? Claro que não funciona. O que se produz é a continuidade de experiências traumáticas, que são as causas do vício. O problema dos dependentes e da sociedade só se agrava. Eu conheci um dedicado policial em Toronto, no Canadá, que trabalhava no combate à exploração de crianças pelo mercado criminoso de pedofilia online. Ele me contou que a pior parte do trabalho era ver a expressão das crianças nos vídeos pornográficos. “Os olhos delas estão mortos”, ele me disse. É claro, quando o fluxo emocional é doloroso demais, insuportável, a desconexão profunda é o único jeito de sobreviver. Eu lhe disse que a terrível ironia da situação era que, se futuramente ele fosse transferido do departamento de combate a crimes sexuais para o de combate às drogas ilícitas, iria ter de perseguir e prender as mesmas pessoas que tanto havia se esforçado para proteger. Com a minha experiência profissional, eu podia lhe garantir que grande parte das crianças violentadas se tornaria dependente de drogas pesadas. É isso que as políticas de drogas baseadas na criminalização e repressão fazem: perseguem e punem gente que está tentando anestesiar a dor que sente. CC: Qual é, então, a melhor alternativa? GM: A boa notícia é que é possível romper o círculo vicioso de dor, vício, marginalização, repressão, violência, mais dor e mais vício. Com acolhimento, respeito, contato, afeto, tratamento baseado em evidências científicas, as pessoas melhoram e muitas conseguem largar o vício. Mesmo as mais traumatizadas, e em qualquer idade. Mas para isso é preciso realmente se guiar pelo conhecimento científico e pelas evidências empíricas. Nada do que eu lhe disse é controverso entre os verdadeiros especialistas, aqueles que estão realmente gerando conhecimento relevante sobre o assunto atualmente. Mas muitos médicos, infelizmente, reproduzem visões preconceituosas e mal informadas. E não só os médicos, também os sistemas judiciário e carcerário – e, em alguns aspectos, a economia e a sociedade em geral – parecem desenhados para produzir e multiplicar vícios e pessoas que precisam recorrer constante e compulsivamente a alívios temporários. Pode ser sexo, internet, compras, jogos, exercícios físicos, trabalho, dinheiro ou heroína. Muitos desses vícios não são apenas tolerados, mas admirados, cultuados, fomentados... Enquanto outros são criminalizados. CC: Qual é a sua opinião sobre as mudanças na legislação brasileira sobre drogas ilícitas que estão sendo discutidas no Congresso Nacional, especialmente no que tange ao aumento da pena mínima para o tráfico e à internação forçada de dependentes? GM: Acho um equívoco enorme, na contramão do conhecimento científico e das melhores experiências internacionais. Se implementadas, essas medidas agravarão o problema. O Brasil é um grande país, que tem avançado em vários aspectos. Mas, neste momento e nesse campo, não oferece um bom exemplo para o mundo. Acho muito interessante como os chamados “países cristãos”, como os EUA e o Brasil, desprezam os ensinamentos do mestre que dizem seguir. Jesus não disse “não julgue para não ser julgado” e “antes de querer tirar o cisco do olho do seu irmão, preocupe-se com a tora no próprio olho”? Eu acho que deveríamos levar o cristianismo a sério. Para citar outro mestre, quando questionado sobre o que achava da civilização ocidental, Gandhi respondeu: “acho que seria uma ótima ideia”. Eu diria o mesmo do cristianismo. Seria uma excelente ideia. fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/as-origens-do-vicio
  16. Entrevista - João Goulão "Portugal ataca a droga, não o viciado" João Goulão, responsável pela política antidrogas portuguesa, conta como o país reduziu pela metade o número de viciados em heroína por Willian Vieira — publicado 10/05/2013 11:55, última modificação 10/05/2013 11:56 Nenhum comentário e 123 comentários Nuno Saraiva / EMCDDA João Goulão durante evento da EMCDDA, em Lisboa, em 2010. A política portuguesa antidroga é elogiada em todo o mundo Leia também Uma carta para Dilma A vida em primeiro lugar “Em Portugal atacamos a droga, não o usuário.” Irônica, a frase é de um dos maiores especialistas em políticas sobre entorpecentes do mundo. Presidente do Observatório Europeu da Droga e Toxicodependência (EMCDDA, na sigla em inglês) e diretor do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências de Portugal, João Goulão é o mentor da reforma na política portuguesa, hoje um modelo mundial. “E olha que fomos o último país europeu a tratar do assunto.” Após livrar-se da ditadura em 1974, Portugal viveu uma maré de liberalização sem contrapartida do Estado. Em 1997, quando Goulão assumiu o posto, havia uma escalada de dependência de heroína e criminalidade sem precedentes. O Executivo solicitou então a especialistas um projeto. A comissão advertiu: era preciso investir em prevenção, tratamento público e reinserção social. Nada adiantaria, porém, sem a descriminalização do usuário. No Parlamento, os debates foram acalorados. “Diziam que íamos fazer de Portugal um paraíso para as drogas.” Em 2001, o país descriminalizou o porte e o consumo e criou uma rede de assistência aos viciados, que começa com as “comissões de dissuasão da toxidependência”, sob a tutela do Ministério da Saúde, e termina com incentivos fiscais a empresas que queiram contratá-los. Para os consumidores, a descriminalização eliminou o motivo pelo qual os dependentes tinham medo de se submeter a tratamento. “A polícia, quando intercepta um usuário com problemas, leva-o às comissões. A preocupação é com a saúde. Não se cria mais estigma.” Não há internação compulsória nem registro policial. Em 1997, segundo as estatísticas, 100 mil portugueses, ou mais de 1% da população, era viciada em heroína. O número baixou pela metade. Do total, 35 mil são tratados pelo Estado. Os índices de criminalidade despencaram, assim como o número de pessoas encarceradas e de contaminados por Aids. Mesmo com um governo de direita no poder e em meio à crise econômica, o programa é mantido. “Nosso modelo foi chancelado mundo afora e temos orgulho”, diz Goulão. “O problema da dependência deixou de ser a maior preocupação social de Portugal.” fonte: http://www.cartacapital.com.br/revista/748/portugal-ataca-a-droga-nao-o-viciado
  17. 13/05/2013 1 COMENTÁRIO A notícia foi divulgada pelo Facebook da Igreja de Ras Geraldinho. Além dos 14 anos de prisão, o juiz determinou também o confisco do imóvel onde era sediada a igreja, na cidade de Americana (SP). Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE a ação penal para condenar o réu GERALDO ANTONIO BAPTISTA, vulgo “Geraldinho Rastafári” à pena de catorze anos, dois meses e vinte dias de reclusão, no regime inicial fechado, e dois mil, cento e trinta e dois dias multa, fixado o dia-multa no piso, como incurso nos artigos 33, parágrafo 1º, incisos II e III, e 35, c.c. artigo 40, inciso VI, todos da Lei n 11.343/2006, bem como para condená-lo no pagamento das custas processuais, que fixo em 100 UFESPs, nos termos da Lei Estadual nº 11.608/03. Recomende-se o réu na prisão onde se encontra. Nos termos do que dispõe o artigo 63 da Lei 11.343/2006 determino a perda do imóvel sequestrado (conforme descrição nos autos em apenso), em favor da União, devendo se proceder consoante os parágrafos do mencionado artigo após o trânsito em julgado da presente sentença. Mais infos sobre o caso CLIQUE AQUI e AQUI. Conteúdo relacionado: Promotoria pede condenação de líder da “igreja da maconha” por associação ao tráfico Nesta quinta (17), em Americana: protesto contra prisão de rastafari fonte: http://coletivodar.org/2013/05/rastafari-geraldinho-e-condenado-a-14-anos-de-prisao-pelo-tj-sp/
  18. 09/05/2013 16h29 - Atualizado em 09/05/2013 16h29 Cachorro localiza pé de maconha em terreno baldio de Valinhos, SP Busca, no Jardim Morada do Sol, começou a partir de denúncias anônimas. Scobar é da raça pastor Malinois e há um ano e meio compõe canil da GM. Do G1 Campinas e Região Cão Scobar, que encontrou o pé de maconha em Valinhos (Foto: Sidney Aureliano/ GCM) A Guarda Municipal de Valinhos (SP) encontrou na manhã desta quinta-feira (9) um pé de maconha em um terreno baldio do Jardim Morada do Sol, bairro com grande incidência de tráfico. A busca começou a partir de denúncias anônimas pelo 153 e o entorpecente foi licalizado pelo cachorro Scobar, da raça pastor Malinois. Ele tem 4 anos e há um ano e meio compõe a equipe da Guarda. Segundo o coordenador de comunicação social da corporação, Sidney Aureliano, ninguém foi detido como responsável pelo pé de maconha, que fopi encaminhado para a Polícia Civil. Nos últimos quatro meses, segundo Aureliano, quatro suspeitos de tráfico na região foram detidos com entorpecentes, entre maconha, cocaína e crack, que renderiam até R$ 60 mil. Dois dos presos teria ligação com uma facção criminosa. Ainda segundo Aureliano, o Morada do Sol é estratégico para os criminosos porque eles têm um controle maior da chegada da Guarda ou da polícia, já que o bairro tem apenas um acesso. Fonte: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/05/cachorro-localiza-pe-de-maconha-em-terreno-baldio-de-valinhos-sp.html
  19. Ativistas pedem que governo uruguaio não atrase legalização da maconha 08/05/201315h29 Comunicar erroImprimir Montevidéu, 8 mai (EFE).- As organizações favoráveis ao cultivo e consumo de maconha no Uruguai pediram nesta quarta-feira às autoridades do país que resolvam "rapidamente" a aprovação do projeto de lei que permitiria a plantação da droga e sua distribuição, regulada através do Estado. Por causa do Dia Mundial da Maconha, nesta tarde uma manifestação, na qual participarão setores políticos do partido governista Frente Ampla e do opositor Partido Colorado, percorrerá o centro de Montevidéu para pedir, entre outras reivindicações, a descriminalização do cultivo doméstico da cannabis. O projeto de lei avaliado pelo Parlamento uruguaio foi proposto há quase um ano pelo governo do presidente José Mujica e autoriza o Estado a assumir "o controle e a regulação de atividades de importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição de cannabis e seus derivados". No entanto, Mujica, como principal impulsor da iniciativa, pediu no final do ano passado que os legisladores de seu partido freassem sua tramitação porque a sociedade uruguaia ainda "não está madura" para dar um passo assim, o que gerou dúvidas sobre o futuro da proposta. Martín Collazo, porta-voz da associação uruguaia Proderechos, uma das participantes da passeata de hoje e que engloba diferentes organizações sociais, declarou à Agência Efe que, apesar do movimento "estar otimista sobre a aprovação do projeto de lei", é necessário que esta "se resolva rapidamente". Collazo também denunciou que na atualidade o uso de maconha no país é legal, "mas para comprar a substância os consumidores estão obrigados a contribuir com o narcotráfico ou a plantar e ser penalizados". O debate sobre a regularização da venda e distribuição da maconha suscita polêmica e divisões dentro e fora do Uruguai. Mujica se referiu ao tema ontem em sua participação na "Rádio Uruguai" para insistir na "necessidade de começar por dividir o mercado de venda de drogas, separando a maconha, não legalizando, mas regulando certo nível de venda que permita identificar os viciados e, eventualmente, tratá-los". Também se expressou sobre o narcotráfico, segundo sua opinião "pior que a toxicomania", e relatou que no Uruguai "apareceram coisas que antes não existiam", como "o acerto de contas" e ressaltou que "nas contas do tráfico de drogas, quando não se paga, se recebe chumbo". Por outra parte, o deputado do opositor Partido Nacional, Gerardo Amarilla, manifestou mediante um comunicado que "a campanha da maioria do governo" de controlar a produção e venda da droga "deixou pelo caminho as expectativas de gerar uma política de Estado com consenso social para inverter o rumo deste flagelo". fonte: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2013/05/08/ativistas-pedem-que-governo-uruguaio-nao-atrase-legalizacao-da-maconha.htm
  20. Legalização da maconha cria oportunidades para vítimas da crise nos EUA Lynsea Garrison da BBC em Seattle, Estado de Washington Atualizado em 8 de maio, 2013 - 14:15 (Brasília) 17:15 GMT Facebook Twitter Compartilhe Enviar a página Versão para impressão Kimberly Bliss (esq.) e Kim Ridgway mostram os planos para abrir uma loja de maconha em Oympia A legalização do uso recreativo da maconha no Estado americano de Washington (noroeste do país) está gerando a expectativa de oportunidades e lucro para muitos americanos atingidos pela crise econômica, que agora pensam em abrir lojas para vender a droga. Em referendos realizados em novembro passado, tanto Washington quanto o Estado do Colorado (centro-oeste do país) se tornaram os primeiros nos EUA a aprovar esse uso para a maconha. Nos dois Estados, onde o consumo medicinal já era permitido, pessoas com mais de 21 anos passaram a ter direito à posse de 28 gramas. Notícias relacionadas Maconha populariza vilarejo isolado na Índia; veja fotos Panfletos com cheiro de maconha são ‘arma’ contra plantações na Grã-Bretanha Maconha não reduz dor, mas a torna tolerável, diz estudo Tópicos relacionados Estados Unidos Em Washington, as vendas começam em 2014, depois que a Agência de Controle de Bebidas Alcoólicas do Estado estabelecer as regras para os que vão cultivar, os que processam a maconha e os que vendem, uma tarefa que nunca foi feita antes. Autoridades estaduais ainda não sabem a receita que será gerada pela maconha, pois o mercado nunca foi regulamentado. Mas analistas afirmam que o novo setor deve gerar até US$ 2 bilhões durante um período de cinco anos. E esta perspectiva não inclui mercados secundários que a maconha legalizada poderá estimular como o de turismo, agricultura e indústria alimentícia. Expectativa Entre os moradores de Washington que pretendem lucrar com a legalização estão Kimberly Bliss e sua parceira, Kim Ridgway. As duas mulheres perderam o emprego na capital de Washington, Olympia, quando o local onde trabalhavam, uma loja de venda de carne no atacado, foi vendido durante a recessão. Dois anos e meio depois, Ridgway ainda não encontrou um emprego fixo e Bliss conseguiu apenas um trabalho em meio período. A polícia e comunidade de Seattle têm sido tolerantes com o uso médico de maconha Mas, com a legalização da maconha, Bliss e Ridgway agora fazem planos para abrir uma loja pitoresca no centro da cidade usando suas economias de cerca de US$ 20 mil. "Vou trabalhar pelo meu sonho americano que é abrir uma loja de venda de maconha", disse Ridgway. "Será um grande alívio financeiro. E temos amigos que estão com dificuldades, então isto também vai colocá-los para trabalhar." Entre as pessoas interessadas no novo mercado estão desde novatas como Bliss e Ridgway até os vendedores mais experientes que agora poderão sair da ilegalidade. Muitos negócios deste ramo já estão legalizados em Washington, sendo os mais visíveis os que vendem maconha há anos para uso médico. "Parte da razão para a legalização ter sido aprovada é que isto ocorre há algum tempo", afirmou o porta-voz da Diretoria de Controle de Bebidas Alcoólicas do Estado, Brian Smith. "Já está na hora de regular esta coisa e conseguir os lucros deste produto para o Estado." Sem impostos Os locais que distribuem maconha para fins medicinais surgiram e progrediram no oeste do Estado há anos, apesar de as autoridades não saberem qual a receita gerada pois, até dezembro, o uso da maconha era ilegal no Estado e permanece ilegal à luz das leis federais. Portanto, estes locais não podem ter uma conta bancária. Apesar disto, pelo menos 60 destas lojas que vendem maconha para fins medicinais abriram apenas na cidade de Seattle, a maior cidade de Washington. Shy Sadis arruma as variedades de maconha no balcão do The Joint Em um deste locais, conhecido como The Joint, o ambiente é mais parecido com o de um dentista de cidade pequena e não com um covil de traficantes de drogas. "Neste momento, patrocinamos um pequeno campeonado de futebol. Contribuímos com o Departamento de Polícia de Seattle, com (o time de beisebol) dos Fuzileiros Navais, com os Bombeiros de Seattle. Fazemos até uma arrecadação de brinquedos (para doação) todo ano", afirma Shy Sadis, gerente do The Joint. O local tem uma sala de espera limpa, e o comportamento dos funcionários é profissional. Mas agora a companhia quer expandir suas vendas para o terreno recreativo. "Seattle será uma Meca para a maconha e me orgulho de ser parte disto. Queremos pagar nossos impostos", disse Sadis. Muitos que já estão no mercado temem que, com a legalização, as grandes empresas tomem o mercado das pequenas iniciativas antes mesmo que elas tenham tempo de se desenvolver. No entanto, nenhuma grande corporação investiu diretamente neste mercado e não há previsão disso. Não antes que o governo federal decida se vai ou não tomar medidas contra o Estado de Washington por desobedecer leis federais. Apesar de o referendo ter aprovado o uso recreativo de maconha em novembro, em março o secretário de Justiça dos Estados Unidos, Eric Holder, disse que o governo ainda está analisando a resposta às novas leis para maconha no Estado de Washington. fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/05/130508_maconha_eua_legalizacao_fn.shtml
  21. É senhores, minha opinião já mudou e descontinuou...
  22. Pelo que entendi a apelidada 'Bolsa Crack' não é dinheiro pro cara ir comprar crack na boca, é uma ajuda que a família do viciado (muitas vezes gente pobre sem recursos pra ajudar o doente) recebe para interná-lo fora das clínicas mantidas pelo governo, uma descentralização do tratamento. Pelo que parece esse dinheiro só será repassado ao pagamento das clínicas às famílias cadastradas. Se realmente for assim, beleza. Há chance de falcatrua? Há, como em qualquer coisa. Mas a ideia em si é boa se bem aplicada (e fiscalizada). Não curto 90% das atitudes do governo do Estado, mas essa pode ser boa.
  23. O que acho mais legal, mora no fato de que a cada dia, mais pessoas tomam partido, principalmente formadores de opinião.
  24. Sempre é um prazer trazer contribuições para esta Casa... Abraços Neófito.
  25. Luís Fernando Tófoli* Em suas manifestações públicas em relação ao projeto de drogas que redigiu, o deputado Osmar Terra (PMDB-RS), médico e ex-secretário de Saúde de seu estado, tem sido profícuo ao citar dados. Em uma declaração ao jornal O Globo, ao criticar o viés “ideológico” daqueles que objetam contra seu projeto, não hesitou em dizer que “cada parágrafo” dele seria “baseado em evidências científicas”. Foto: Torben Bjørn Hansen/Flickr Dados científicos são frequentemente incompletos, sujeitos a contingências metodológicas e difíceis de interpretar. A própria construção do que é uma evidência científica e a decisão de nortear políticas a partir delas são também opções ideológicas, embora os médicos não se deem conta disso. No século XXI já parece ser bastante claro que não existe Ciência absolutamente neutra, e que é na análise de estudos que apontam posições e resultados contraditórios que poderemos nos aproximar da realidade. Esse é, por excelência, o caminho possível no campo das políticas públicas sobre drogas. O PL 7663/2010 de Osmar Terra – transformado no substitutivo do deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL) – está longe de ser uma peça legislativa baseada em dados científicos inquebrantáveis. Para começar, o projeto parte da concepção de que a dependência química é uma doença cerebral que leva a alterações permanentes causadas pelas drogas, uma doença para a qual não existe cura e para qual o único tratamento possível é a abstinência. Essa premissa é desafiada na literatura científica recente, e certamente não pode ser tomada como uma verdade para todos os casos. Como explicar, por exemplo, os vícios que não envolvem substância psicoativa, como o jogo patológico? Ainda que essa concepção da dependência fosse assumida como correta, caberia examinar se o projeto de lei, a fim de amenizar o terrível sofrimento social causado pelas drogas, está suficientemente assentado em evidências científicas. Vejamos aqui algumas que foram ignoradas no processo de elaboração do PL. Em primeiro lugar, o projeto faz uma grande trapalhada ao emaranhar dependência química com uso de drogas. A literatura mostra claramente que o contingente de dependentes das drogas ilegais mais comuns no Brasil é algumas vezes menor do que o número total de usuários. Políticas e eventuais medidas para estes grupos devem ser distintas. Ao misturar os conceitos, o projeto dá a chance, por exemplo, de que um usuário leve de maconha seja submetido a uma versão contemporânea da internação forçada apresentada no filme Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodanzky. Outra confusão feita pelo PL está na proposta de uma classificação das drogas por seu potencial de gerar dependência. A ideia é baseada em uma classificação feita pelo Reino Unido e não é delineada no texto legislativo, ficando para ser decidida posteriormente. Atualmente há críticas à própria classificação britânica, e um famoso estudo[1] publicado na respeitável revista científicaLancet colocou em cheque a própria noção de que seriam as drogas ilegais as mais daninhas para o indivíduo e a sociedade. Não bastasse isso, o projeto ainda aumenta a pena para tráfico de drogas, sem distinguir usuários de traficantes de forma objetiva. Considerando o desproporcional aumento de apenados por tráfico no Brasil dos últimos anos – muitos deles com um perfil muito mais próximo de usuários do que de traficantes perigosos – tomar uma medida como essa sem determinar critérios objetivos de distinção é bastante temerário, ainda mais se considerarmos que o próprio endurecimento legislativo pode ser confrontado. Por exemplo, na Europa, o consumo por adolescentes é menor em países onde há menores restrições para o porte e uso pessoal de drogas. A resposta que o deputado Osmar Terra tem dado – que é o de que os “aviõezinhos” iriam carregar somente a quantidade permitida para porte e que “ninguém mais vai ser preso” – não é condizente com osdados do Observatório Europeu de Drogas e Dependência[2], que mostra que em países que se tornaram menos rigorosos com o uso e porte de drogas, as prisões por tráfico não diminuíram. O autor do projeto já disse que as ações de consultório na rua – proposto como uma das alternativas às duas únicas formas de tratamento presentes no PL, a internação compulsória e o acolhimento voluntário em comunidades terapêuticas – não têm evidência de efetividade. Pode ser que o enfoque das provas científicas feito pelo deputado revele também um viés ideológico, já que o mais respeitável repositório de Medicina baseada em evidências, a Biblioteca Cochrane, indica que não há provas suficientes[3] para apoiar o modelo das comunidades terapêuticas no tratamento da dependência química. Além disso, segundo afirma Gilberto Gerra[4], do Escritório das Nações Unidas para o Crime e Drogas, também não há evidências que justifiquem o uso de internações forçadas a não ser em situações críticas de risco de vida e quando outras tentativas não tiverem dado certo – o que, aliás, já determina a atual lei brasileira que dispõe sobre os tipos de internação psiquiátrica. Há muitos outros pontos problemáticos – como o financiamento de entidades religiosas, o cadastro de usuários de drogas, as formas estranhas de regulação de um sistema de tratamento paralelo ao Sistema Único de Saúde, só para citar alguns. Num projeto tão questionado – rejeitado ou fortemente criticado por notas técnicas do Governo e por ONGs, por pareceres de entidades como a Fundação Oswaldo Cruz, o Instituto dos Advogados Brasileiros e o Conselho Federal de Psicologia, e até pela opinião de políticos de posições opostas na arena eleitoral como o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) – a presença de evidências científicas que contradigam seus parágrafos deve ser mais um elemento para, no mínimo, refrear o regime urgente em que o projeto tramita e, no limite, sepultá-lo em definitivo na busca de respostas mais consensuais. Mas, no Brasil, onde “política baseada em evidências” se confunde com “evidências baseadas em política” e a mídia – com honrosas exceções – ajuda mais a embaralhar e estigmatizar a questão do que estimular o debate qualificado, é bem possível que as evidências sejam soterradas pela urgência política vinculada ao atual projeto em tramitação. Aguardemos para ver o que os legisladores brasileiros têm a responder diante deste projeto que representa um conjunto de retrocessos míopes à pesquisa científica e às reais e sérias demandas de cuidados que a questão do uso problemático de substâncias impõe a este país. *Luís Fernando Tófoli é professor de Psiquiatria da Universidade Estadual de Campinas Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/evidencias-soterradas-pelo-projeto-de-lei-sobre-drogas/
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