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Zig Toin

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Tudo que Zig Toin postou

  1. O lance é segurar a onda, nesse mundo ha hora pra TUDO e lugar tb.
  2. Zig Toin

    Comportamento

    http://www.timpano1.hpg.ig.com.br/04/conto...m-na_praia.html Na Praia Ébano Machel Três adolescentes, devidamente acompanhados de suas bermudas florais, chinelos Kenner e de suas espinhas no rosto, aproveitavam aquele momento descontraído. Era verão, eles estavam em Farol de São Thomé, cansados de andar feito loucos atrás das mulheres que corriam atrás do trio elétrico. Fim de tarde. Sentavam-se em um círculo na areia. O beck que circulava era o principal responsável pelas risadas em tom de soprano, surgidas a partir de qualquer observação. Aparentemente, uma cena normal. Próximo a eles, outro jovem estava sentado, ouvindo as ondas do mar, misturadas com resquícios de melancolia. Era conhecido como Pitote, pois era um dos mais mais baixos da favela, na época em que ainda jogava bola. Acabara de ser enganado por um dono de quiosque que dizia pagar ao empregado por comissão. Pensava, naquele momento nos meios que possibilitariam sua ida de volta a cidade. Aquela praia já estava um saco. Na verdade, sempre foi. Ele detestava aquele barulho, todos aqueles narizes empinados, aquela prepotência, aquele olhar de "Você sabe com quem está falando?" e aquela constante exibição de sobrenomes que se tornava mais evidente naquela época do ano. Como tinha problemas respiratórios, nào conseguia sentir o cheiro do cigarro carbonizando ao seu lado. Seus olhos mal enxergavam o púrpura do céu e seus ouvidos não ouviam as piadas internas ao seu lado, pronunciadas com vozes de alguém que estava sem respirar durante um tempo. Nem as tosses. O bagulho estava quase no fim, quando os três perceberam um movimento estranho no calçadão. Ao se virarem, viram o carro pintado de azul e branco com uma sirene vermelha e branca. De dentro, policiais militares saíram e um velhinho que usava apenas uma sunga verde apontou para a areia com um certo tom de reprovação. Estava evidente, eles haviam sido denunciados por alguém da praia. A reação foi imediata: jogaram o bagulho na areia e foram para o lado oposto de onde os policiais vinham. Nesse momento, Pitote surgiu na realidade. Observou os três filhinhos de papai indo embora apressadamente e viu que ao seu lado um cigarro de maconha estava aceso, quase no final. Sem saber exatamente o motivo, olhou para o outro lado e viu que os policiais já estavam praticamente em cima dele. O final da história já era previsto. - E aí, neguinho? Sobrou a ponta pra mim?-disse o mais troncudo. - Peraí, amigo! Isso aqui não é meu, não! Tinham uns moleques aqui que saíram correndo... - Mandei você falar, *****?! Tá falando por quê? - berrou o outro, salivando em cima de Pitote. A multidão se aproximava para saber quem era o novo meliante que, desta vez, havia sido pego. Cada um fazia questão de estar cada vez mais próximo da cena para que pudessem pegar a maior quantidade de detalhes possível, tornando-se, assim, o mais ouvido numa roda onde o assunto principal fosse esse incidente. Depois de malharem Pitote publicamente, chamando-o o tempo todo de maconheirinho sem-vergonha, os policiais, com a delicadeza de um dinossauro, pegaram-no pelo pescoço e o levaram até a viatura, berrando coisas como "Acabou a praia para você." A população ainda aproveitava para dizer em voz alta, junto com os policiais, todas as palavras ofensivas que se costumam dizer para usuários de drogas. "Leva esse xinxeiro pra Dp". "Dá *****da nesse maconheirinho", "Esses lamparões já não respeitam mais ninguém", "Imagina se isso é hora de fumar maconha? Que bicho peitudo!" Pitote, em seu silêncio frio e deseperado, odiava todas aquelas pessoas por seus comentários. Fazia questão de olhar dentro dos olhos de cada uma. Agia o tempo como o dono da verdade. Já estava familiarizado com esse tipo de situação, por isso sabia exatamente como agir frente a esse público. Tudo seria resolvido na própria Dp, talvez depois de um ou dois dias até que eles se dessem conta de seu erro. Pelo menos, isso já havia acontecido com ele por duas vezes. O carro se foi levando Pitote e as pessoas logo inciaram suas conversas sobre o ocorrido para ver quem tinha pescado a maior quantidade de detalhes. Vez ou outra surgia um detalhe novo que ninguém tinha percebido e que nem sempre condizia com a realidade como os olhos excessivamente vermelhos de Pitote ou seu estado de lesera. O importante era esgotar o assunto, não importa de que forma. Depois que terminaram de falar sobre o fato em si, iniciaram outras conversas sobre a questão mais geral das drogas onde cada um falava a maior quantidade de clichês possíveis. Importante notar como existiam vários grupos isolados mas que todos eles seguiam o mesmo tio de evolução. Assunto esgotado, hora de voltar a seus afazeres. Assim fizeram todos os grupos, como se nada tivesse acontecido. Inclusive os três adolesentes do início dessa descrição, que assistiram a tudo e não conseguiam tomar nenhuma iniciativa. Pensavam(?) naquela cena. Será que foi justo? Será que foi certo? Bem, antes ele do que eu. O gelo foi quebrado quando um deles fez a seguinte proposta: - E aí? Vamos queimar mais unzinho? Mais risadas de soprano. ***************************************************** Olha só a atitude desses três caras, eles fizeram a mesma coisa que a sociedade e a policia fez com o ''pitote'', só que a atitude desses muleques foi bem mas covarde. Essa história pode até não ser real, mas isso acontece, e não só nesse exemplo com maconha, em muitos outros também. Alguém aqui é covarde tb?
  3. Eu ia comentar, mas vi que tem neguinho aqui que já sacou os sons capixabas, pra falar verdade eu tb tô comessando a conhecer as banda de lá, tem coisa boa. Natiruts tb é bem original, Reggae é um som muito limpo, pra mim é sinonimo de natureza.
  4. Esse lance que o SUPERSKUNK disse é verdade, creio que nem demore tanto pra virarem a mesa, mas creio que será algo muito comercial, em parte vai ser bom, se aproveitarem a PLANTA, aproveitar o principio ativo pra ativar a economia vai ficar foda. A moçada novata vai entrar com outras ideias a respeito do uso, mas isso não é o fim do mundo. Todo mundo aqui e lá fora tem seus conceitos e conduta. Então é viver a vida de maneira bem original. Vamos fumar como agura, deixem eles fumarem do jeito deles.
  5. Cara eu acho um seguinte, Rock é muito diferente de Pagode, então tem gente que leva isso muito a serio e descrimina, acho que é uma questão de bom senso, se vc não curte fica calado.
  6. Pode crer, Raul era um cara de brilho raro, o será que ela aprontaria nos tempos de hoje??
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