Ir para conteúdo

Pesquisar na Comunidade

Showing results for tags 'Amanda Reiman'.

  • Pesquisar por Tags

    Digite tags separadas por vírgulas
  • Pesquisar por Autor

Tipo de Conteúdo


Fóruns

  • Avisos
    • Avisos
    • Bem Vindo ao Growroom
    • Blog
  • Outros temas relacionados
    • Notícias
    • Ativismo - Cannabis Livre
    • Segurança e Leis
    • Eventos e Competições
    • Cannabis e a Saúde
    • Cannabis Medicinal
    • Comportamento
    • Culinária
    • Artes, Filosofia, etc
  • Multimidia Cannabica
    • Galeria de Fotos
    • Galeria de Vídeos
  • Cultivo Medicinal
    • APEPI

Encontrar resultados em...

Encontrar resultados que...


Data de Criação

  • Início

    FIM


Data de Atualização

  • Início

    FIM


Filtrar pelo número de...

Data de Registro

  • Início

    FIM


Grupo


AIM


MSN


Website URL


ICQ


Yahoo


Jabber


Skype


Location


Interests

Encontrado 1 registro

  1. 9 de abril de 2013 às 13h59 Pensem nas crianças, legalizem a maconha Entrevista com Amanda Reiman Por Shelley de Botton “Por favor, pensem nas crianças, legalizem a maconha”. Esse é o título do artigo escrito pela psicóloga Amanda Reiman, em que contesta a justificativa usada pelos governos de que as drogas são proibidas para proteger crianças e adolescentes. “Como isso pode ser verdade quando as sanções associadas com a droga ilícita mais consumida, a maconha, estão criando mais danos aos jovens do que o consumo da droga em si?”. No artigo publicado no jornal Huffington Post, Reiman cita exemplos desta prática como o caso de um jovem de 22 anos que fazia uso de maconha medicinal por conta de problemas de ansiedade. O jovem foi preso e morreu na cadeia. Ele tinha intolerância a derivados de leite e teve que se alimentar com a comida servida na instituição, apesar de ter avisado aos agentes sobre a sua alergia fatal. Para evitar que injustiças como essa aconteçam, a organização norte-americana Drug Policy Alliance (DPA) promove estratégias alternativas para a atual política de drogas que sejam baseadas na ciência, na saúde e nos direitos humanos. Como gerente de políticas para a Califórnia da DPA, Amanda Reiman lidera o trabalho de reforma da política relativa à cannabis no estado norte-americano. Reiman foi diretora de pesquisa e serviços ao paciente do dispensário de maconha medicinal Berkeley Patients Group e conduziu diversos estudos sobre dispensários de maconha medicinal e sobre o uso da cannabis como tratamento para o vício em drogas mais pesadas. “Trazer as ‘drogas leves’ como a maconha para o mercado legal reduz a probabilidade de que alguém compre maconha da mesma pessoa que vende drogas mais pesadas”, defende. Reiman é professora da Escola de Bem-Estar Social da Universidade da Califórnia-Berkeley, onde ensina Política de Drogas e Álcool, Tratamento de Abuso de Substâncias e Sexualidade e Trabalho Social. Sua tese de doutorado “Cuidados com cannabis (Cannabis Care)”, foi o primeiro estudo com foco em como dispensários de maconha medicinal podem operar como prestadores de serviços de saúde. A senhora afirma, no artigo “Por favor, pensem nas crianças, legalizem a maconha”, em que defende a legalização da maconha, que a repressão às drogas está causando mais males do que o uso das drogas em si. Poderia explicar? Sim. As penalidades para o uso de maconha criam circunstâncias que podem representar mais prejuízos para o usuário que os efeitos reais da droga. Ter uma acusação de posse de drogas no seu registro policial pode ter impactos negativos na vida da pessoa para conseguir emprego, financiamentos para habitação, faculdade, e na guarda dos filhos. Mas o uso de maconha não causa prejuízos à saúde dos jovens? Sabemos que o impacto da maconha sobre o corpo humano não é algo que apresenta um risco para toda a vida. Ao passo que ser acusado de posse de drogas pode ser algo que deixa marcas marcas para a vida toda. Alguns estudos afirmam que o uso de maconha estaria ligado a episódios de esquizofrenia e até de derrames cerebrais. Pesquisas ligando uso de maconha a doenças mentais e derrames cerebrais são muitas vezes mal interpretadas. Uma maior incidência de doença mental ou AVC entre aqueles que usam maconha não demonstra causalidade, mas sim correlação. Isto significa que é provável que uma terceira variável afete tanto a saúde mental quanto a ocorrência de AVCs e o uso de maconha, como histórico familiar ou o meio ambiente. Recentes afirmações sobre o impacto da maconha sobre o QI têm sido questionadas depois que um novo estudo sugeriu que as diferenças de QI eram consequência mais provavelmente de fatores socioeconômicos. No caso da legalização da maconha, como evitar os danos? Os riscos associados ao uso da maconha poderiam ser melhor controlados em um ambiente de legalização. Gastamos muito tempo para educar as pessoas sobre as formas mais seguras de usar álcool e tabaco. Poderíamos ter essa mesma conduta em relação à maconha. No entanto, ainda estamos recomendando às pessoas “dizer não” sem lhes dar conselhos úteis, como, “antes de dizer sim, pense sobre o seu humor e sua saúde mental”. A senhora concorda com a afirmação de que a maconha é porta de entrada para drogas mais pesadas? Não, de jeito nenhum. Primeiro, isso leva à discussão causa versus correlação. Só porque muitas pessoas que experimentam heroína também usaram maconha não significa que o uso de maconha leva ao consumo de heroína. A maioria dos jovens começa com a cafeína, depois nicotina, álcool, maconha e então talvez LSD ou cogumelos. A maioria para depois da maconha e deixa de usá-la à medida que envelhecem sem qualquer intervenção formal para ajudá-los a parar. A senhora realizou estudos em que a cannabis é usada como tratamento para o vício em drogas mais pesadas. Isso funciona? Com certeza! Vemos a maconha agindo mais como uma droga de saída, ajudando as pessoas a deixar o uso problemático de outras substâncias, incluindo álcool e medicamentos prescritos. A legalização ajuda a separar os mercados de drogas, como acontece na Holanda. Trazer as ‘drogas leves’ como a maconha para o mercado legal reduz a probabilidade de que alguém compre maconha da mesma pessoa que vende drogas mais pesadas. A senhora defende a legalização de outras drogas? Eu defendo a legalização total da maconha e a descriminalização de outras drogas. Eu acho que ninguém deveria ter que entrar em contato com o sistema de justiça criminal por fazer uso de drogas, a menos que viole os direitos de terceiros (por exemplo, roubar para conseguir dinheiro para comprar drogas). Nesse caso, como controlar o uso abusivo dessas drogas? Outras nações têm sido bem-sucedidas ao adotar outras abordagens para o uso de drogas para além da proibição. Programas de redução de danos como instalações de injeção segura, tratamento assistido de heroína, troca de seringas e utilização de nalaxona podem ajudar a reduzir os danos associados ao uso de drogas, tais como a transmissão do HIV, da hepatite C e casos de overdose. Reduzir o estigma em torno do uso de todas as drogas pode encorajar os usuários que estão desenvolvendo dependência a procurar ajuda, sem se sentirem constrangidos. Além disso, os prestadores de cuidados de saúde precisam ter um melhor treinamento sobre uso de drogas e de como trabalhar com os usuários de forma a construir uma relação de confiança e permitir que o usuário se sinta empoderado. Nada disso acontece quando o uso de drogas é regulado pelo sistema de justiça criminal. A descriminalização do uso seria um bom caminho? Nesse caso, como tratar a venda? Uma das diferenças entre a descriminalização e a legalização é a regulamentação da venda. Sob a descriminalização, a posse e o uso são permitidos, mas a venda ainda é crime. Esta é uma razão pela qual a descriminalização da maconha não é suficiente, pois não aborda o aspecto de venda. E com relação às outras drogas como a cocaína e a heroína? Para outras drogas, temos de ir mais longe no desenvolvimento de um bom sistema de distribuição, de modo que a descriminalização pode ser um bom começo. No entanto, eu consigo ver drogas ilícitas como a cocaína e heroína sendo administradas pelas farmácias através de uma receita médica, como era antes de serem consideradas ilegais nos EUA. A punição com suspensão ou expulsão da escola sempre foi usada como estratégia para lidar com estudantes que têm comportamento considerado “desviante”. A senhora considera esse tipo de tratamento inadequado em todas as situações ou só em relação ás drogas? Eu acho que há uma necessidade de equilibrar o que é certo para o aluno com o que é melhor para a escola e para a população de estudantes e professores. Expulsar um aluno simplesmente por posse de drogas pode ser muito prejudicial, porque provavelmente há razões para o uso dessas drogas que precisam ser avaliadas. Assim, desligar o aluno do sistema de apoio escolar não é uma boa ideia. O aluno precisa de mais cuidados, não de menos. Se um aluno representa uma ameaça para um professor ou para outros alunos, é necessário tomar outras precauções. Que tipo de tratamento deveria ser dado a um estudante que fosse pego de forma recorrente com drogas na escola, uma vez que isso é proibido? Eu recomendaria aconselhamento familiar. O uso recorrente de drogas na escola poderia indicar um problema na vida do aluno que precisa ser tratado. Eu não iria chutar o aluno para fora, ou enviá-lo para um centro de correção juvenil. Drug Policy Alliance Fonte: http://oesquema.com.br/penselivre/
×
×
  • Criar Novo...