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O Verão Da Lata


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

O Verão da Lata

Parana-online

[26/06/2008]

Na biografia do cantor Tim Maia, o escritor Nelson Motta recorda o saudoso (para muitos) verão em que um navio lançou nas praias do Brasil toneladas de latas de maconha da melhor qualidade. Vinte anos depois, acabo de ganhar um livro que conta a verdadeira história desse milagre da multiplicação da erva.

1988, o verão das latas de maconha (O processo), editado em 2006, pode ser chamado de um “estudo de caso”. E pode também agradar a um vasto rol de interessados: advogados, juízes, promotores, estudantes de Direito, surfistas, roqueiros, pescadores, doidões e outros bichos.

O autor é o advogado carioca Wanderley Rebbelo Filho, advogado de defesa de Stephen Skelton, cozinheiro do navio Solana Star e único incriminado. O americano foi condenado, na primeira instância, a uma pena de reclusão de 20 anos e, depois de amargar um ano de presídio, foi absolvido pelo Tribunal Federal de Recursos. O livro contém a transcrição da sentença, da Apelação, a decisão do Tribunal que o absolveu e esclarece a incrível história que virou lenda no Brasil e no mundo, e não só entre os usuários da Cannabis.

O cozinheiro Stephen Skelton havia sido contratado em abril de 1987 para fazer parte da tripulação do Solana Star, que veio de Singapura para buscar uma carga de latas de tomate, entre outros enlatados brasileiros. Antes de chegar, o navio passou por vários outros países e não encalhou, mas chegou ao Brasil com problemas nos motores. A tripulação voltou para os Estados Unidos, tendo apenas Stephen ficado no Rio de Janeiro para aguardar o conserto. Poucos dias depois, começou o calvário do cozinheiro. Preso pela Polícia Federal, foi o único a pagar o preço das 22 toneladas de maconha em lata. Em novembro de 1988, Skelton foi absolvido e voltou para a mulher e os filhos, que moravam na Flórida.

O livro de Wanderley Rebello Filho esclarece muitos pontos do milagre das praias, desconhecidos até por Nelson Motta, conforme o trecho da biografia de Tim Maia que segue a seguir.

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“No início do verão de 1987, com o Rio de Janeiro vivendo uma de suas piores secas de maconha, Tim receberia uma das melhores notícias de sua vida: o cargueiro Solana Star, vindo da Tailândia, tinha encalhado em Angra dos Reis e liberado no mar a sua carga de 14 toneladas de maconha prensada, em latas cilíndricas de dois quilos. De manhã, pescadores e surfistas do Arpoador tinham recolhido as primeiras latas e a notícia se espalhou como um milagre. A pouca maconha que havia na praça era ruim e cara, e a da lata era a melhor que Tim já havia fumado. E muito barata! Tim enviou um comprador imediatamente, doidões de toda a cidade faziam fila e davam plantão à espera de novos arrastões, o milagre das latas se espalhava por outras praias do Rio de Janeiro e depois por São Paulo e todo o sul do Brasil, chegando a Porto Alegre. A maconha da lata não era a Cannabis sativa africana, consumida no Brasil, mas a Cannabis índica, asiática, muito mais potente e saborosa. Os pescadores começaram a vender as latas, centenas delas, a preço de banana. Os surfistas, grandes consumidores, saíram na frente e se lançaram ao mar. Apesar das recomendações ao seu secretário para comprar “todas que pudesse”, Tim teve que se contentar com três latas, apenas seis quilos de maconha. E comprou um binóculo. Passava um bom tempo na varanda do apartamento olhando o mar da Barra e, caso visse alguma coisa brilhando, começava a gritar. Apesar de toda vigilância, nenhuma lata foi capturada. Era impossível competir com os surfistas, que ou fumavam tudo ou vendiam pelo dobro do preço dos pescadores. Nunca houve tanta maconha, tão boa e tão barata no Rio de Janeiro. Era tal a sua qualidade que inspirou a gíria “da lata” para alguma coisa muito especial.”

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1988, o verão das latas de maconha (Editora Letra Capital, 94 páginas) é um livro “da lata”, no sentido muito especial. Para os participantes da 13.ª Semana Estadual de Prevenção ao Uso Indevido de Drogas (Previda), que está se realizando em Curitiba, mais informações neste endereço: www.letracapital.com.br.

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  • Usuário Growroom

Excelente.

Eu já ouvi histórias da lata e é unânime, TODOS DIZEM QUE FOI A MELHOR DE SUAS VIDAS.

Mas este fator histórico esclarece muita coisa, havia uma SECA naquele período, bem parecido com o que está rolando atualmente, pelo menos no local onde moro e cidades vizinhas. Já pensou a emoção, sair caminhando na praia, achar uma lata com a estrela vermelha, chegar em casa, abrir e BUM!, dois kg na sua cara, kkkkkkkkkkkk. É igual a encontrar um tesouro dos piratas,

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  • Usuário Growroom

FARO: Navio científico pesca haxixe

Fonte: Observatoriodoalgarve

15-09-2007 17:25:00

O navio científico “NORUEGA” recolheu no saco da rede de arrasto, após um lanço efectuado ao largo da costa algarvia, uma embalagem de “aspecto suspeito” com cerca de 35 quilos que veio a verificar-se ser haxixe. O achado ocorreu ontem cerca das 23:00, tendo sido entregue pela tripulação do navio à Polícia Marítima de Faro com vista ao cumprimento das formalidades legais.

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