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Investigadores E Doentes Querem Uso Medicinal Da Cannabis


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

Investigadores e doentes querem uso medicinal da cannabis

Fonte: Online.pt

Internacional

29/06/2008 09:06:9

Na Europa tem-se assistido, nas últimas duas décadas, a um interesse renovado pelos usos terapêuticos da cannabis mas os doentes convencidos dos efeitos positivos desta planta esbarram frequentemente na legislação dos seus países. Numa recolha de informação científica sobre a planta cannabis (que origina a marijuana ou o haxixe) publicada pelo Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, o investigador John Witton recorda que o novo impulso teve início em meados dos anos 80, quando a investigação permitiu compreender melhor os efeitos desta substância sobre o cérebro, permitindo criar medicamentos à base de cannabis.

Após a descoberta dos tetrahidrocannabinols (THC) em 1964, a investigação que referiu os receptores cannabinoides no cérebro (em 1988) abriu novas possibilidades ao estudo dos efeitos da planta.

"Durante as duas últimas décadas, foram feitos grandes esforços para estabelecer a utilidade da cannabis no campo da medicina", sublinha o estudo do Observatório.

Contudo, o papel desempenhado actualmente pela cannabis na medicina é muito modesto quando comparado com o que teve no passado e existem numerosas pessoas a sublinhar a necessidade de prosseguir as pesquisas.

Como se lê no relatório, o haxixe, chegado à Europa no século XVIII, teve um importante papel na medicina europeia e norte-americana no final do século XIX, quando era utilizado contra a dor nas enxaquecas, bem como em problemas de asma, insónias, reumatismo, cólera, tétano ou convulsões.

O psiquiatra francês Jacques Joseph Preto Tours (1804-1884) utilizou a cannabis para fins terapêuticos, enquanto o fundador da homeopatia, Samuel Hahnemann (1755-1843), incluiu o cânhamo indiano no seu catálogo de produtos.

Em meados do século XX, com os progressos da medicina e com a proibição global do uso de cannabis, esta desapareceu das farmácias.

Actualmente, as legislações europeias continuam a ser severas em relação ao seu uso e "apenas alguns países começam a tentar contornar as interdições", sublinha o investigador John Witton.

Assim, nos Países Baixos, desde Setembro de 2003 que se pode comprar cannabis na farmácia mediante prescrição médica. Cerca de dois anos depois, em Novembro de 2005, foi a vez da Catalunha dar luz verde ao uso do Sativex (também proveniente da cannabis) por parte de 600 doentes atingidos por esclerose.

Mas estes casos são a excepção que confirma a regra, pois, até ao momento, foram poucos os medicamentos com derivados de cannabis a obterem aprovação oficial na Europa ou nos Estados Unidos, como assinala o relatório, dando o exemplo do Dronabinol e do Marinol, prescritos a alguns doentes com cancro ou com o HIV/SIDA.

Enquanto isso, os doentes voltam-se cada vez mais para a automedicação e, "nos últimos 30 anos, são numerosos os cidadãos que, sendo habitualmente cumpridores da lei, estão a afrontar o sistema legislativo dos seus países pois fumam cannabis para fins terapêuticos", escreve John Witton.

Também atentos estão os laboratórios farmacêuticos, já que este mercado mundial está estimado em 700 milhões de dólares (445 milhões de euros). A palavra do leitor

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