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Maconha Pode Preservar Memória Na Velhice, Sugere Estudo


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

Maconha pode preservar memória na velhice, sugere estudo

Plantão | Publicada em 20/11/2008 às 12h33m

Fonte:OGlobo

Cientistas americanos dizem que substâncias presentes na maconha podem ser benéficas para o cérebro à medida que as pessoas envelhecem, reduzindo índices de inflamação e estimulando a formação de novos neurônios.

A equipe, da Ohio State University, em Ohio, nos Estados Unidos, apresentou seu estudo durante uma reunião da Society for Neuroscience na capital americana, Washington.

O trabalho indica que a criação de uma droga legal que contenha certas propriedades similares às da maconha poderia ajudar a prevenir ou retardar a chegada de doenças como o Mal de Alzheimer.

Embora a causa exata desta doença seja desconhecida, acredita-se que uma inflamação crônica no cérebro contribua para a perda da memória.

A intenção dos cientistas é criar uma nova droga cujas propriedades seriam semelhantes às da tetrahidrocanabinol, ou THC, a principal substância psicoativa da planta da maconha - mas sem o efeito inebriante da droga.

Ao lado de nicotina, álcool e cafeína, a THC, quando consumida em moderação, tem demonstrado uma certa eficácia em proteger o cérebro contra inflamações, o que pode se traduzir em uma melhor memória na velhice.

"Não é que tudo o que é imoral seja bom para o cérebro", disse o responsável pela pesquisa, Gary Wenk, da Ohio State University. "Simplesmente, existem algumas substâncias que milhões de pessoas, durante milhares de anos, vêm usando em bilhões de doses, e você está notando que existe um pouco de sinal no meio de todo o ruído".

As pesquisas de Wenk e seus colaboradores já demonstraram que uma droga sintética semelhante ao THC pode melhorar a memória de ratos.

Sua equipe está agora tentando entender como a substância funciona no cérebro.

Um dos co-autores do estudo, Yannick Marchalant, fez testes com ratos idosos usando a droga sintética WIN-55212-2. Ela não é usada em humanos por que pode produzir fortes efeitos inebriantes.

Os especialistas colocaram uma sonda sob a pele dos animais para injetar nos ratos uma dose constate de WIN durante três semanas - a dose era baixa, de forma a não inebriar os ratos.

Um outro grupo de ratos não recebeu a droga.

Depois, os dois grupos foram submetidos a testes de memória em que eram colocados dentro de uma pequena piscina para determinar quão capazes eles eram de usar pistas visuais para encontrar uma plataforma escondida sob a superfície da água.

Os ratos que tomaram a droga tiveram desempenho melhor em aprender e lembrar como encontrar a plataforma escondida.

"Ratos velhos não são muito bons nessa atividade. Eles podem aprender, mas demora mais tempo para acharem a plataforma", disse Marchalant. "Quando demos a eles a droga, tiveram um desempenho um pouco melhor".

"Quando somos jovens, reproduzimos nossos neurônios e nossa memória funciona bem. À medida em que envelhecemos, o processo fica mais lento e temos uma diminuição na formação de novos neurônios. Você precisa que essas células retornem e ajudem a formar novas memórias, e verificamos que este agente, semelhante ao THC, pode influenciar a criação dessas células".

As pesquisas com ratos sugerem que pelo menos três receptores no cérebro são ativados pela droga sintética. Esses receptores são proteínas do sistema endocabinóide, que controla a memória e processos psicológicos associados ao apetite, humor e resposta à dor.

Entender em detalhe a ação da THC é fundamental para que os criadores de uma nova droga possam dirigir a ação do remédio para sistemas específicos, maximizando seu efeito positivo.

"Será que as pessoas poderiam fumar maconha para evitar o Mal de Alzheimer se a doença estiver na família?", pergunta Wenk. "Não é isso o que estamos dizendo, mas poderia funcionar. O que estamos dizendo, o que nos parece, é que uma substância legal, segura, que imite essas propriedades importantes da maconha pode trabalhar nos receptores do cérebro para evitar a perda da memória na velhice".

Uma coisa já está clara para os cientistas: o tratamento não é eficaz se já existe perda da memória - é preciso reduzir a inflamação, preservar os neurônios existentes e gerar novos neurônios antes que a perda de memória seja óbvia.

Também está claro, segundo os pesquisadores, que a THC sozinha não é a resposta.

Eles esperam encontrar um composto de substâncias que possam especificamente agir na inflamação do cérebro e ativar a formação de novos neurônios.

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  • Usuário Growroom

23/02/2005 - 11h01

Provada eficácia da maconha na prevenção do Alzheimer

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da Folha Online

Um grupo de investigadores espanhóis demonstrou que o canabinóide pode prevenir a perda de memória e reduzir a inflamação cerebral associada à doença de Alzheimer, indica um estudo publicado hoje .

A coordenadora da investigação, Maria de Ceballos, disse que a descoberta "abre uma nova possibilidade" de tratamento para esta doença do cérebro, que não tem cura.

A eficácia do canabinóide, substância sintética idêntica ao princípio ativo da maconha, foi demonstrada a partir de experiências feitas com um grupo de ratos nos quais foi injetada a substância combinada com a proteína amilóide (a proteína que desencadeia a doença).

Estes ratos foram capazes de lembrar um caminho que os cientistas lhes tinham ensinado dois meses antes, o que não aconteceu com outros ratos, que receberam apenas a proteína amilóide e que, além disso, desenvolveram uma grande inflamação cerebral.

A partir daí, Maria Ceballos, do departamento de Neurodegenerescência do Instituto Cajal do Conselho Superior de Investigações científicas (CSIC) de Espanha, pensou que a substância poderia ser eficaz no tratamento preventivo da doença, depois de conhecer as suas propriedades antiinflamatórias e neuroprotetoras.

O trabalho, publicado no "The Journal of Neuronscience", serviu também para caracterizar os receptores de canabinóides CB1 e CB2 a partir do estudo de tecido cerebral de doentes com Alzheimer.

Os investigadores do CSIC compararam tecido cerebral de pacientes que morreram de Alzheimer com o de pessoas saudáveis que faleceram com idades semelhantes.

A comparação permitiu-lhes observar que os receptores de canabinóides estão associados, na doença, a marcadores de ativação da microglia (célula imune do cérebro) e com alguns neurônios sobreviventes.

O receptor CB1 está presente em todos os tipos de células do cérebro e a sua ativação provoca os efeitos mentais do canabinóide, enquanto o CB2 só está presente na microglia.

A relação descoberta entre os receptores de canabinóides e a referida ativação celular poderá contribuir para aperfeiçoar o tratamento da doença.

A ativação das células da microglia ocorre no cérebro dos doentes de Alzheimer depois da célula amilóide se acumular em depósitos em forma de placas que invadem determinadas zonas do cérebro.

Este processo gera, ao longo dos anos, uma inflamação que culmina com a morte dos neurônios e na conseqüente perda de memória e de capacidade de comunicação com o exterior.

A equipe que realizou este estudo, em que participaram também cientistas da Universidade Complutense de Madri, investiga há anos a doença, com o objetivo de descobrir novos tratamentos.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia...306u12973.shtml

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