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De Beijing Aos Bongs


BC_Bud

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  • Usuário Growroom

Fonte: Washington Post

04 de fevereiro de 2009

De Beijing aos Bongs

Por Kathleen Parker (tradução de BC_Bud)

WASHINGTON – É um inferno ser uma celebridade, especialmente quando você é jovem e se encontra em uma festa, onde maconha e câmeras nunca deveriam se misturar.

E não é exatamente uma maravilha ser o xerife de um condado com o aumento dos crimes envolvendo drogas e a pressão para tratar todos os delinqüentes com igualdade.

É assim que o nadador medalhista olímpico Michael Phelps e o Xerife Leon Lott do Condado de Richland na Carolina do Sul estão sendo forçados a tratar com seriedade um crime que não deveria ser.

Como todos já devem saber, Phelps foi fotografado tragando um bong de tamanho olímpico durante uma festa na Universidade da Carolina do Sul novembro passado. Como todos os heróis derrotados devem fazer — por força da Lei do Forcado e da Contrição -- Phelps de desculpou pelo comportamento "lamentável e que demonstrou falta de bom senso," e prometeu nunca comprometer meu papel de modelo de comportamento.

Certo.

Neste meio tempo, Lott está ameaçando entrar com uma ação contra Phelps por que... ele tem de o fazer. Amplamente respeitado e admirado como um "bom homem" que ascendeu em sua carreira, Lott está em uma situação de impasse. Uma pessoa que geralmente não se preocupa com peixe pequeno, não obstante disse que acusará Phelps de um crime caso determine que o vencedor de 14 medalhas de ouro de fato fumou maconha em sua comarca.

O trabalho do xerife ficará mais fácil e ao mesmo tempo mais tortuoso pelas provas que incluem uma foto de Phelps com sua cara enterrada em um tubo cheio de fumaça e o que Lott chamou de uma "confissão parcial." Phelps disse que a foto é verdadeira. O único elo perdido, aparentemente, é o local exato da festa.

A parte difícil é que Lott provavelmente não deseja prestar queixas, pois é uma perda de tempo e recursos. Ele tem peixes maiores para pegar, mas diversos crimes recentes relacionados a drogas – inclusive pelo menos dois assassinatos de alta repercussão – prenderam a atenção da comunidade.

E a lei é a lei. É aí que está o problema.

Pode-se dizer que nossas leis de repressão contra a maconha são ridículas desde que nos entendemos por vivos. Quase metade de nós cidadãos estadunidenses (42 por cento) já consumimos maconha ao menos uma vez, de acordo com um relatório publicado ano passado no PLoS Medicine, um jornal da Biblioteca Púbica de Ciência.

De fato, os Estados Unidos apresenta a maior porcentagem de fumantes de maconha entre 17 nações pesquisadas, inclusive a Holanda, onde se vê nuvens de fumaça de canábis saindo para fora das janelas dos coffee shops. Entre eles há um número considerável de líderes de alto escalão da Carolina do Sul (nós conhecíamos então), que certamente rangem os dentes cada vez que um jovem é acusado de um "crime" que eles mesmos já cometeram.

Outros antigos maconheiros mais famosos incluem nosso atual presidente e alguns dos anteriores, bem como um juiz do Supremo Tribunal, só para mencionar alguns. Uma lista completa exigiria o corte de diversas florestas maduras.

Sabemos disso: Se um dia Phelps fosse concorrer para um cargo público e admitisse ter fumado maconha em sua juventude, seria perdoado. Ainda assim, na atualidade, impomos expectativas monstruosas aos nossos heróis. Diversos comentários repreensivos apareceram nos últimos dias, lamentando a perda trágica para mães, pais e sim, As Crianças desapontadas.

Compreensivelmente, os pais se preocupam que seus filhos imitarão o exemplo de seu ídolo, mas o problema não é Phelps, que de fato é um adulto. O problema são nossas leis – e nossas mentiras.

Obviamente, as crianças não devem fumar nada, proibido ou não. Nem devem consumir bebidas alcoólicas, mesmo se seus pais bebam. Há bons motivos para as restrições ao uso de substâncias por parte de crianças e adolescentes que não precisam ser aplicadas a adultos.

Esta é a verdadeira mensagem sobre as drogas que informar nossas crianças e nossas leis, ao invés dos absurdos e contra-sensos que hoje se apresenta como informações sobre as drogas.

As atuais campanhas contra as drogas são um pouco menos contorcidas que o "Reefer Madness" de ontem, mas igualmente fadadas a se tornarem sucessos de festa do que repressoras do uso de drogas. Uma propaganda recente produzida pelo Gabinete da Política de Controle Nacional das Drogas da Casa Branca diz: "Ei, não estou tentando soar como sua mãe, mas não há muitos empregos para maconheiros por aí." Opa mano, exceto talvez, o de presidente dos Estados Unidos.

Uma vez que uma criança percebe que a maconha não a torna insana -- ou capaz de se tornar um degustador de coxinhas, como a propaganda assevera – ela pode achar que as demais informações sobre as drogas sejam igualmente falsas. É assim que a maconha se torna uma porta de acesso às demais drogas.

Michael Phelps pode ser um herói involuntário desta acusação, mas seu nome e sua cara trazem a atenção necessária a uma farsa em que quase metade da nação são atores. Chegou a hora de reconhecer que as drogas não são todas iguais – e mudar nossas leis neste sentido.

kparker@kparker.com

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  • Usuário Growroom

o texto ja diz tudo

enquanto ficarem enquadrando cannabis como droga e todas as consequencias q a relacao a essa palavra traz hoje em dia vai fica aparecendo cada vez mais casos de ''herois'' flagrando consumindo e mostrando cada vez mais qual a verdade .... que pessoas ''normais'' de bem , bem sucedidades , trabalhadoras enfim podem continuar sendo tudo isso e consumir cannabis

fica aquela grande pergunta né

até quando ? abram os olhos e mudem essas leis ja !

boa matéria bc !

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  • Usuário Growroom

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Not...NHA+DIZ+TV.html

6 presos devido a isso... é mole???

o negocio é num ter dado pala...

quem ter como assistir o tonight show de ontem (provavelmente passara hj (quarta) no brasil) O Bill Maher critica o Phelps por ter agido como agiu a esse caso...

Deveria ter falado, FUMEI SIM, E DAI???

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