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Guerra Contra As Drogas Fracassou, Defende Fhc Em Jornal Britânico.


Bonsai Roots

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  • Usuário Growroom

A reportagem em si não trás novidades, mas é legal ver que o assunto tá na mídia. Para mim é viável a descriminalização da maconha a curto prazo, quem sabe nossos políticos mostrem um pouco de dignidade e consigam debater e aprovar mudanças na Lei anti-drogas.

"O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu em um artigo publicado neste domingo pelo jornal britânico The Observer que a guerra contra as drogas fracassou e que deveria haver um esforço internacional para promover a descriminalização dos usuários de maconha.

"Continuar a luta contra as drogas da mesma maneira seria absurdo. O que precisamos é de um debate sério que leve à adoção de estratégias mais humanas e mais efetivas para lidar com o problema global das drogas", escreveu Cardoso.

Segundo o ex-presidente brasileiro, a política linha-dura trouxe consequências desastrosas para a América Latina, onde milhares de pessoas perderam a vida em episódios de violência ligados às drogas, a pobreza aumentou e "a corrupção está ameaçando frágeis democracias".

Fernando Henrique Cardoso também afirmou que Argentina, México, Colômbia e Equador estão dando passos em direção à liberalização das leis antidrogas e que a mudança é "iminente" no Brasil.

Tratamento e prevenção

A solução, para Fernando Henrique Cardoso, estaria em deixar a política de repressão aos usuários de lado e investir em tratamento e prevenção.

"Está claro que a solução envolve uma estratégia de estender a mão, paciente e persistentemente, aos usuários, e não continuar travando uma guerra equivocada e contraprodutiva que transforma os usuários, em vez dos traficantes, nas principais vítimas", defendeu ele no Observer.

O artigo de Fernando Henrique Cardoso foi bem recebido por ativistas que defendem uma reforma das leis antidrogas, segundo o jornal britânico.

O ex-presidente brasileiro faz parte da Comissão Latinoamericana sobre Drogas e Democracia, juntamente com os ex-líderes da Colômbia, César Gaviria, e do México, Ernesto Zedillo.

O grupo tem negociado com o governo americano uma mudança na condução de sua política de combate às drogas."

http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/09/06/ult5022u3285.jhtm

Abraço

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  • Usuário Growroom

da Efe

O ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso afirma que a guerra contra o narcotráfico fracassou e que é necessário "uma mudança global" de estratégia que inclua uma descriminalização do uso de drogas como a maconha.

Em artigo publicado pela revista "The Observer", FHC argumenta que o enfoque de "linha dura" no combate contra as drogas teve consequências "desastrosas" para a América Latina e não mudou a condição da região nas últimas décadas como o maior exportador de maconha e de cocaína do mundo.

"Isto continua sendo assim, após décadas de operações aéreas, proibições, fumigações e ataques contra as fábricas de droga na selva", escreve o ex-presidente brasileiro.

Além disso, a região "está produzindo cada vez mais ópio e heroína e está desenvolvendo a capacidade de produzir em grande escala drogas sintéticas", por isso que considera que "continuar a guerra contra o narcotráfico com mais do mesmo é ridículo".

Fernando Henrique destaca que Argentina, México, Colômbia, Bolívia e Equador já tomaram medidas tendentes a liberalizar as leis que penalizam o consumo de drogas e que a mudança é "iminente" no Brasil.

O ex-presidente propõe uma estratégia que "estenda a mão, de maneira paciente e persistente, aos consumidores e não continuar com a guerra equivocada e contraproducente que faz dos consumidores, em vez dos chefes do tráfico, as principais vítimas".

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  • Usuário Growroom

A reportagem do observer:

A guerra contra as drogas falhou. Agora nós precisamos de uma estratégia mais humana

A América Latina continua sendo o maior exportador de cocaína e maconha do mundo. Nós precisamos de uma nova, global, abordagem para este problema

Está na hora de admitir o óbvio. A 'guerra contra as drogas' falhou, pelo menos na forma como ela vem sendo travada até agora. Na América Latina as consequências 'não intencionais' tem sido desastrosas. Milhares de pessoas perderam suas vidas para violência associada com drogas. Chefões do tráfico dominaram comunidades inteiras. A miséria se espalhou. A corrupção está destruindo democracias frágeis.

E, depois de décadas de vôos, interdições, pulverizações e batidas em fábricas de drogas em florestas, a América Latina continua o maior exportador mundial de cocaína e maconha. Está produzindo mais ópio e heroína. Está desenvolvendo a capacidade de produção em massa de drogas sintéticas.

Continuar a guerra com mais do mesmo é ridículo. O que é preciso é um debate sério que leverá à adoção de uma estratégia mais humana e eficiente de lidar com o problema global de drogas. Anteriormente neste ano a Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, que eu lidero com o ex-presidente da Colômbia, César Gaviria, e o ex-presidente do México, Ernesto Zedillo, lançou o primeiro pronunciamento de alto-nível a apoiar a redução de danos em geral e a descriminalização da maconha especificamente.

A conclusão central do pronunciamento é que é necessário a mudança de um paradigma para longe da repressão do usuário de drogas e mais próximo do tratamento e da prevenção. O desafio é reduzir drasticamente os danos causados por narcóticos ilegais para as pessoas, sociedades e instituições públicas.

Para se mover nesta direção, é essencial se diferenciar entre as substâncias ilegais de acordo com o mal que elas causam. O status dos viciados deve mudar de consumidores de drogas do mercado ilegal para o de pacientes cuidados pelo sistema público de saúde. As atividades da polícia podem ser melhor focadas contra os chefões do tráfico e o crime organizado.

A mudança na direção da redução de danos e descriminalização já começou. Recentemente, uma decisão da suprema corte Argentina e uma lei aprovada pelo Congresso Mexicano removeram para todos os propósitos práticos as penalidades criminais naqueles países para o porte de pequenas quantidades de drogas para o consumo pessoal imediato.

A Colombia foi o primeiro país a dar esse passo. Uma decisão pela sua corte constitucional em 1994 descartou as penas para o consumo privado. A Bolivia e o Equador liberalizaram suas leis de drogas. A mudança é também iminente no Brasil. O chefe de justiça da nossa mais alta corte fêz um apelo público para a clarificação da diferença entre o usuário e o traficante de drogas. Uma ambiguidade na lei atual abre oportunidades para a corrupção e extorção policial. A legislatura brasileira está para considerar uma nova lei para remover as penas para o consumo de pequenas quantidades de maconha.

Isso é consistente com a tendência Européia: a Holanda descriminalizou anos atrás; Portugal seguiu em 2001, enfatizando que a criminalização tirava recursos do tratamento e impedia pessoas de procurar ajuda para a dependência - o número de pessoas usando drogas antes da descriminalização era maior do que depois. Nos Estados Unidos, o suporte a descriminalização e tratamento alternativas à prisão está crescendo, mas ainda não atingiu uma massa de apoio e o apoio por trás de políticas punitivas tradicionais - e falhas - continua forte.

Ainda há um longo caminho pela frente. A tendência na direção da descriminalização do porte ajuda a dar força para um paradigma de saúde pública. Ela quebra o silêncio sobre o problema de drogas. Ela permite que as pessoas pensem em termos de abordar o abuso de drogas de uma forma que não é primeiramente um assunto para o sistema de justiça. Reduzir o mal causado pelas drogas anda lado a lado com reduzir o consumo.

Politicas repressoras com os usuários de drogas estão firmemente enraizadas no preconceito, medo e visões ideológicas, em vez de na análise fria das realidades do abuso de drogas. A abordagem recomendada no pronunciamento da comissão não implica complacência para com os narcóticos e seus fornecedores. O abuso de drogas é prejudicial à saúde. As drogas minam a capacidade do usuário de tomar decisões. O compartilhamento de agulhas espalha HIV/AIDS e outras doenças. A dependência pode levar para a ruína financeira e ao abuso da família, especialmente crianças.

Para ser crível e eficiente, a descriminalização deve ser combinada com campanhas robustas de prevenção. A profunda queda no consumo de tabaco nas últimas décadas mostra como a informação do público e campanhas de prevenção podem ser eficientes quando são baseadas em mensagens que são consistentes com a experiência do público alvo.

Nenhum país criou uma solução compreensiva para o desafio do abuso de drogas. E a solução não precisa ser uma escolha bruta entre a proibição e a legalização. Abordagens alternativas estão sendo testadas e precisam ser cuidadosamente revisadas. Mas está claro que o caminho irá envolver uma estratégia de alcançar, pacientemente e persistentemente, os usuários, e não continuar travando uma guerra mal direcionada e contra produtiva que faz dos usuários, em vez dos chefões do tráfico, as principais vítimas.

- Fernando Henrique Cardoso foi presidente do Brasil entre 1995-2003.

Tradução de minha autoria (então pode crer que tem erros) heheh

Fonte original: http://www.guardian.co.uk/commentisfree/2009/sep/06/cardoso-war-on-drugs

Data: 06/09/2009

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  • Usuário Growroom

Ae pessoal, sempre ouça falar

"America Latina maior exportador de cocaina e maconha"

Po, dúvido muito que muita maconha saia daqui, até por que os mercados europeus já tem muito difundido a cultura grower... ninguém vai querer um pedra de 1kg que vem lá do Brasil ao inves do kunk plantado no sotão de alguma casa de algum dealer...

Acho que a exportação da cocaina sim é real, até por que as grandes plantações estão aqui...

sei que de maconha tb estão aqui no Paraguai, mas dúvido muito que algum tijolo de maconha prensada vá até a europa, consumidor lá nao ia preferir nunca o prensado ao haxixe marroc ou a grama do skunk...

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  • Usuário Growroom

Mas as exportações de maconha rolam dentro da própria América.

Ae pessoal, sempre ouça falar

"America Latina maior exportador de cocaina e maconha"

Po, dúvido muito que muita maconha saia daqui, até por que os mercados europeus já tem muito difundido a cultura grower... ninguém vai querer um pedra de 1kg que vem lá do Brasil ao inves do kunk plantado no sotão de alguma casa de algum dealer...

Acho que a exportação da cocaina sim é real, até por que as grandes plantações estão aqui...

sei que de maconha tb estão aqui no Paraguai, mas dúvido muito que algum tijolo de maconha prensada vá até a europa, consumidor lá nao ia preferir nunca o prensado ao haxixe marroc ou a grama do skunk...

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  • Usuário Growroom

vi essa materia no terra e me choquei ao ler os comentarios dos leitores,

coisa do tipo "temos um presidente alcoolatra,e o antes dele era maconheiro"

cada coisa bizarra...da pra perceber que a maioria do povo ainda é preconceituoso...

mas xama de negao ou preto pra vc ver ! chama de playboy ou algo do tipo...PUTA BABAQUICE!

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  • Usuário Growroom

Ae pessoal, sempre ouça falar

"America Latina maior exportador de cocaina e maconha"

Po, dúvido muito que muita maconha saia daqui, até por que os mercados europeus já tem muito difundido a cultura grower... ninguém vai querer um pedra de 1kg que vem lá do Brasil ao inves do kunk plantado no sotão de alguma casa de algum dealer...

Acho que a exportação da cocaina sim é real, até por que as grandes plantações estão aqui...

sei que de maconha tb estão aqui no Paraguai, mas dúvido muito que algum tijolo de maconha prensada vá até a europa, consumidor lá nao ia preferir nunca o prensado ao haxixe marroc ou a grama do skunk...

E alem das exportaçoes rolarem dentro da propria america,exemplo mais proximo a nos é paraguai-brasil,é ingenuidade pensar que na gringa so existe maconha de qualidade e que todos consomem a melhor maconha...embora a cultura do cultivo domestico seja muito mais difundida e seja muito maior do que a importação na europa e eua,exatamente por conta da fiscalização mais intensa nas fronteiras,muita gente fuma "pelo de rato" por la tbm,o exemplo classico é a famosa "mexican brick weed"(maconha tijolo mexicana),que é vendida nos bairros mais pobres("favelas") americanos,principalmente em LA...pra fuma coisa boa,ou vc planta ou vc tem que ter contato bom,nao interessa o lugar no mundo...Alguns amigos meus gringos,quando experimentaram o prensado brasileiro,diserram que a qualidade,ou seja potencia pq a maioria dos maconheiros ta poco se fudendo pra aroma,sabor etc,desta maconha nao é tao pior,e em alguns casos ate melhor do que a maconha que eles compravam nas ruas da europa,mais precisamente Italia e Alemanha...

Abraços

Mr.Fisherman

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  • Usuário Growroom

Isso é real, uma mina que tava fazendo intercambio aqui na minha cidade (era polonesa se não me engano) fumou prensado daqui e falou que não fica devendo em nada do fumo que ela conseguia lá.

Mas esses fumos prensados que aparecem pela europa provavelmente vem da áfrica, e não aqui da america latina.

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  • Usuário Growroom

vi essa materia no terra e me choquei ao ler os comentarios dos leitores,

coisa do tipo "temos um presidente alcoolatra,e o antes dele era maconheiro"

cada coisa bizarra...da pra perceber que a maioria do povo ainda é preconceituoso...

mas xama de negao ou preto pra vc ver ! chama de playboy ou algo do tipo...PUTA BABAQUICE!

Em todo tipo de notícia sempre tem comentários imbecis e muitas vezes preconceituosos, acredito que sejam de pessoas pouco informadas e acabam escrevendo a primeira coisa que vem na cabeça. Esse tipo de gente nem vale a pena ficar debatendo muito. Eu sinceramente não tenho idéia se a maioria da população aprovaria uma descriminalização da erva, afinal de contas são decadas de proibição e informações erradas que são passadas para o povão, criando uma opinião coletiva errada sobre a erva. Mas a partir do momento que a proibição cair, a opinião coletiva tende a mudar.

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