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Especialistas Discordam Sobre Efeitos Da Descriminalização


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

Especialistas discordam sobre efeitos da descriminalização

26 | 10 | 2009 09.40H

Fonte DESTAK

droga/oito anos

Oito anos após a descriminalização do consumo de droga em Portugal, o exemplo é elogiado na imprensa internacional, que fala em taxas de consumo "das mais baixas da Europa". Mas no país há quem fale em "atitude suicidária".

Destak/Lusa | destak@destak.pt

Portugal descriminalizou em 2001 a posse de canábis, cocaína, heroína e metamfetaminas para consumo próprio, tendo passado a considerar o toxicodependente como doente e substituído a pena de prisão com a possibilidade de o infractor ser encaminhando para uma Comissão de Dissuasão para tratamento.

Para o presidente do Instituto Português da Droga e da Toxicodependência (IDT), João Goulão, a descriminalização veio tornar "mais coerentes as políticas de prevenção, tratamento, redução de riscos, minimização de danos e reinserção".

A decisão tem merecido destaque na imprensa estrangeira, nomeadamente nas revistas Time e The Economist. Esta última escreveu que a medida “não teve qualquer efeito prejudicial nas taxas de consumo”, agora "das mais baixas na UE", notando uma descida nas mortes por overdose e na percentagem de transmissão de doenças infecto-contagiosas através de drogas injectáveis.

Para o presidente da Associação para um Portugal Livre de Drogas, estes dados não são mais do que "uma manipulação inaceitável" da realidade. Manuel Pinto Coelho garante que o consumo de droga não baixou, nem diminuiu o número total de mortes por overdose ou a percentagem de toxicodependentes com sida.

"Sucedeu o oposto. Há uma preocupante degradação da situação: com 219 mortes anuais por overdose temos um dos piores resultados da UE, com uma morte a cada dois dias. Em 2005, Portugal registou um aumento de mais de 30 por cento nestes óbitos”, realça.

Uma leitura “no mínimo abusiva”, segundo João Goulão, que explica que os números acima citados como mortes por overdose são apenas “resultados positivos nos exames toxicológicos 'post mortem', que “não estarão necessariamente ligados à dependência de drogas”.

Os óbitos por overdose, contrapõe o presidente do IDT, têm apresentado “uma tendência de diminuição, passando de 131 em 2001 para 34, 23, 20, 9 e 12, respectivamente em 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006".

Por outro lado, Pinto Coelho garante que após a descriminalização "o consumo de droga aumentou 4,2 por cento, tendo a percentagem de pessoas que alguma vez na vida consumiram drogas passado de 7,8 por cento em 2001 para 12 por cento em 2007", refere, citando dados de 2008 do IDT.

Apesar de reconhecer que aumentou o número de portugueses que pelo menos uma vez na vida experimentaram uma droga, João Goulão lembra que o mesmo relatório do IDT constatou “uma estabilização das prevalências de consumo" nos últimos 30 dias entre 2001 e 2007 na população total e adulta”.

Verificou-se também uma “descida generalizada das taxas de continuidade dos consumos na população total (de 44,2 por cento em 2001 para 31,2 por cento em 2007) e nos jovens adultos”, acrescenta, sublinhando que Portugal tem das "menores prevalências de consumo de drogas na população geral e escolar".

Para Pinto Coelho, o problema em Portugal é que os toxicodependentes "são encarados pelo Governo com doentes e o IDT privilegia a estratégia de redução de danos, em detrimento da prevenção e do tratamento".

"Considerar o dependente um doente é uma atitude suicidária, ainda por cima quando são eles que decidem se querem ou não tratar-se. Fingem que estão doentes e o Governo finge que os trata".

João Goulão, reiteira o "sucesso das opções tomadas" e refuta as acusações de "alguém que apenas tenta descredibilizar políticas que têm tido importantes ganhos para a saúde pública".

(Texto de Simon Kamm, da agência Lusa)

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  • Usuário Growroom
Uma leitura “no mínimo abusiva”, segundo João Goulão, que explica que os números acima citados como mortes por overdose são apenas “resultados positivos nos exames toxicológicos 'post mortem', que “não estarão necessariamente ligados à dependência de drogas”.

Isso que eu chamo de manipulação de resultados. Os caras fazem exame toxicologico nos mortos e se der positivo para alguma droga eles contabilizam automaticamente como morte por overdose. Pelamor...

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  • Consultores Jurídicos GR
(Texto de Simon Kamm, da agência Lusa)

Isso que eu chamo de manipulação de resultados. Os caras fazem exame toxicologico nos mortos e se der positivo para alguma droga eles contabilizam automaticamente como morte por overdose. Pelamor...

Então... Não acho manipulação... Os caras só são portugueses mesmo... Nunca ouviu piada de português? :P

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  • Usuário Growroom

hahahah, é, ou é lusitanice, ou canalhice.

Cara, quando que as pessoas vão começar a ter um despertar antropológico e perceber que as substâncias psicoativas participam e participaram da história da humanidade, e vai andar junto com ela para sempre?

Vou começar a recomendar a esse povo a ler o www.erowid.org.

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