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Pais Recorrem A Detetives Ao Suspeitar De Uso De Drogas


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  • Usuário Growroom

Rio de Janeiro - 6/02/ 2010

Fonte: O Dia Online

http://odia.terra.co...ogas_62768.html

Pais recorrem a detetives ao suspeitar de uso de drogas

Investigadores particulares monitoram filhos de classe média a pedido das famílias e descobrem desde a dependência química até o início de atividades ilegais, como tráfico

POR FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Com o filho S., de 18 anos, internado numa clínica de tratamento para dependentes químicos, a empresária M., 40, voltou quinta-feira ao escritório do detetive Luiz Cláudio Gomes, 44, na Av. Presidente Vargas, no Centro do Rio. Ainda desesperada, M. foi agradecer ao investigador por ter seguido os passos do universitário por mais de um mês, confirmando, com fotos, filmes e áudio, o que já suspeitava: além de estar se drogando, o jovem tinha começado a traficar. O trabalho sigiloso prestado pela empresa Gomes Detetives Associados custou cerca de R$ 8 mil, mas M. não reclama. "Esse esforço vai salvar a vida do meu bem mais precioso", confia, com a voz embargada.

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Pais recorrram a detetives particulares para vigiar filhos dependentes de drogas | Foto: Fernando Souza / Agência O Dia

Assim como M., muitos pais de classe média estão recorrendo a investigadores particulares para saber se os filhos estão envolvidos com entorpecentes. Os 10 escritórios mais tradicionais do ramo na capital confirmam que cada um recebe por mês em média quatro casos semelhantes ao de M.

A instrumentadora cirúrgica Lúcia Maria, 55, conta que pagou R$ 5 mil para que um detetive levantasse a vida do filho, de 18 anos, por uma semana. Há dois anos, Lúcia desconfiou que ele estivesse usando maconha, mas as conversas foram inúteis. "Recebi um pen-drive com dossiê mostrando que ele já estava completamente viciado em maconha e, pior, plantando a droga na casa de um amigo", lembra Lúcia, que internou o rapaz, inicialmente contra a vontade dele, numa clínica em Vargem Pequena.

A empresária M. decidiu procurar o detetive quando começou a perceber drásticas mudanças no comportamento do filho. "Ele era tímido, mas brincalhão. Quando entrou para a faculdade, começou a chegar em casa tarde, falante e, na maioria das vezes, mal-humorado. Quando começaram a sumir objetos em casa e ele passou a sair com frequência, ficando sem banho e pedindo dinheiro a toda hora, tive quase certeza de que ele tinha entrado num caminho cruel, o que foi confirmado", diz M.

Pais e mães atormentados com a possibilidade de os filhos seguirem o caminho das drogas não param de chegar aos escritórios. "Esse tipo de investigação só perde para infidelidade matrimonial", ressalta o detetive Gomes. Segundo ele, a preocupação dos pais em relação ao que os filhos fazem fora do lar se acentuou depois do escândalo envolvendo cinco amigos bem-nascidos da Barra da Tijuca, na Zona Oeste, que espancaram a empregada doméstica Sirlei Dias de Carvalho Pinto, em junho de 2007.

Na Rua Senador Dantas, no escritório de Joaquim Roque dos Santos, 70, o Detetive Roque, como é conhecido, com 43 anos de profissão, atesta que, em boa parte dos casos, as suspeitas da família têm fundamento. "A metade é resolvida com monitoramento. E aí nossos 12 detetives entram em ação. Em mais de 50% dos casos, a suspeita de envolvimento com o tráfico é confirmada", garante Roque.

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Mas o interessante é que na mesma página desta notícia, há outro link bem legal

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Especialistas alertam para o risco da quebra de confiança

POR FRANCISCO EDSON ALVES

Rio - Especialistas ouvidos por O DIA alertam para os riscos de adotar a investigação como forma de combater o vício na família. A maioria não condena a contratação de detetives ou empresas desse tipo, mas alerta sobre os problemas que a vigilância à revelia pode trazer, caso o monitoramento seja malfeito ou haja precipitação em busca de formas de tratamento.

“Às vezes, uma boa e franca conversa resolve. Uma internação equivocada pode ter consequências desastrosas, como foi representado no filme ‘Bicho de Sete Cabeças’ (de 2000, estrelado por Rodrigo Santoro), em que o pai ‘linha dura’ descobre que o filho estava fumando maconha e o interna num hospício, onde o jovem sofre maus-tratos e fica perturbado”, adverte o psicólogo e terapeuta familiar Luiz Guilherme da Rocha Pinto.

“Na minha clínica, alguns dos 60 jovens começaram a se tratar depois de serem monitorados por detetives. A investigação particular pode ser uma ferramenta útil, mas tem que haver muita responsabilidade, sensibilidade e preparo para lidar com uma questão tão delicada”, alerta a psicóloga Ana Café, dona de um centro de recuperação ligado à Associação Brasileira de Estudo do Álcool e outras Drogas (Abead). A psiquiatra e professora Maria Thereza Aquino, diretora do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad/Uerj), por sua vez, é radicalmente contra.

“Isso significa traição, quebra de confiança, perseguição e transferência covarde de responsabilidade, que pode terminar em tragédias. O diálogo, com olhos nos olhos, deve existir desde a infância. O pai de um adolescente de 17 anos me perguntou sobre como detectar sintomas. Entre outras recomendações, pedi para que ele observasse se os olhos do filho estavam sempre vermelhos. Dias depois, ele voltou emocionado dizendo: ‘na verdade, só agora percebi que os olhos do meu filho são verdes, lindos’. Ele nunca tinha falado com o filho cara a cara. É preciso valorizar ao máximo o pouco tempo disponível com os filhos”, aconselha Maria Thereza.

Microcâmeras e software para monitorar mensagens

Para sondar os passos dos filhos de seus clientes, os detetives particulares utilizam equipamentos de última geração, entre eles canetas espiãs com câmeras do tamanho de uma cabeça de alfinete, capazes de filmar até oito horas de forma ininterrupta, lentes em formato de botões, gravatas, óculos, relógios e bolsas com microfilmadoras. Rastreadores de automóveis e softwares para monitorar torpedos de celular e acompanhar chats, Orkut e MSN também compõem o arsenal dos investigadores, que investem pesado: alguns aparelhos podem custar de R$ 500 a R$ 10 mil.

O preço das investigações varia de acordo com cada caso. Há monitoramentos que custam R$ 5 mil e os que não saem por menos de R$ 20 mil. “Quanto mais o jovem estiver viciado em drogas, mais complexo é o nosso trabalho, pois até a bocas de fumo nas favelas ele vai atrás de drogas”, explica Luiz Cláudio Gomes.

Sinais para os pais

APETITE

e o filho passa a não ter mais fome ou, ao contrário, começa a ter um apetite voraz, desconfie. Algumas drogas afetam o apetite.

HUMOR

Suspeite das mudanças bruscas de humor. Se a pessoa fica calma demais ou agressiva, subitamente, pode estar sob efeito ou sentindo falta da droga.

CÍRCULO DE AMIZADES

Se ele troca de amigos antigos por mais novos e desconhecidos da família, ou se quer ficar mais na rua do que em casa, pode ocultar um uso frequente de álcool ou drogas ilícitas. O mesmo vale para queda no rendimento escolar ou abandono dos estudos.

SEGREDOS

Falar às escondidas ao telefone ou ficar horas na Internet sem razão aparente é um sinal de alerta para os pais.

VALORES

Pedir dinheiro a todo momento ou, ao contrário, chegar em casa com objetos de valor alto é um indício de problemas.

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2010/2/especialistas_alertam_para_o_risco_da_quebra_de_confianca_62769.html

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  • Usuário Growroom

é melhor e mais fácil pagar 5 ou 8 mil em detetives do que dar amor, carinho, confiança e EDUCAÇÃO para os filhos.

será que se pegasse esse dinheiro e o tempo do trabalho que faz consegui-lo e saisse mais com os filhos, viajassem juntos,conversassem sériamente sem preconceito e dogmas, sendo pais e os amigos que o filho realmente precisa ele iria recorrer as estas coisas? pode até ser que sim, mas é dificil hein!

eu teria vergonha de fazer isso com um filho meu, "quem ama cuida!" e não "quem ama contrata um detetive" :hahaha:

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  • Usuário Growroom
A instrumentadora cirúrgica Lúcia Maria, 55, conta que pagou R$ 5 mil para que um detetive levantasse a vida do filho, de 18 anos, por uma semana. Há dois anos, Lúcia desconfiou que ele estivesse usando maconha, mas as conversas foram inúteis. "Recebi um pen-drive com dossiê mostrando que ele já estava completamente viciado em maconha e, pior, plantando a droga na casa de um amigo", lembra Lúcia, que internou o rapaz, inicialmente contra a vontade dele, numa clínica em Vargem Pequena.

Pior!? Melhor seria então ele entrar em contato com traficantes???

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  • Usuário Growroom

porra.... me da 5 pau que eu passo meio dia com teu filho e descubro se ele é ou num é maconheiro.....

num sei que é pior... o fato de o cara foi internado por maconha, ou que a mae pagou 5 pau pra um José Manuel invadir a privacidade do filho... PQP...

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  • Usuário Growroom

cara, tenho um primo que fico internado 2 meses por causa de maconha, eu fiquei indignado com isso mano, mais ele tinha muito medo de ser mandado embora de casa, os pais deles o forcaram, OU VOCE VAI PRA INTERNAR OU SAI DE CASA! ele ficou com medo e ''aceito'' ser internado, me conto la na clinica o unico internado por maconha era ele, so tinha dependente quimico naquela merda...

nao da pra entender oque passa na cabecas das pessoas, :raiva:

me da muita raiva isso

e esssa parada de por detetive atras, nem vou comentar... isso eh capaz de deixar a pessoa que esta sendo investigada, muito mais sem comfianca com os pais, se descubro que meu pai coloco um detetive atras de min, nunca mais falava com ele e saia de casa, pq ai nao tem confianca que vou fazer na casa dele..

sem mais...

ainda bem que nao eh assim, nao eh de boa mais eh de boa. aheueuahae

mais o menos assim

8)=~

:vsf:

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  • Usuário Growroom

E isso ai!

Pais hipócritas que perderam o bonde da história sequer conhecem seus filhos, e pior certamente os filhos não tem a menor confiança neles. Adotam a solução neoliberal para todos os problemas, delegar a terceiros ou melhor terceirizar a tarefa de criar seus filhos! Tenho pena desses moleques... a amizade e confiança entre pai e filho é fundamental na formação principalmente nessa idade de inicio da vida adulta em que a gente deve deixar de ser o pai protetor e se tornar tipo um mentor que ajuda nas dificuldes, aconselha, etc. Nesse momento importantissimo na formação de uma pessoa o ignorante por motivo torpe trata seu próprio filho como marginal trancanfia em instituições duvidosas e cria um stigma na vida do individuo, afeta a auto estima... Putz eu fico revoltado!!!!

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  • Usuário Growroom

na boa , tem que usar com responsabilidade . Minha avó achou minha paranga de 50 g , ela perguntou se era maconha e até tentou jogar um verde, falei que era chá de 7 ervas prensado .A veia desencanou de vez . Uma coisa é você fumar a cannabis com responsa e ter o esteriotipo de um maconheiro de sucesso ( sempre feliz , trampando ,fazendo uma boa facul,tendo uma família sólida, com um planejamento de vida pela frente ) . O resto é hipocrisia e ignorância de uma sociedade que não ainda não consegue entender que é só uma planta .

as gerações estão mudando pessoal , os caretas do século 19 estão indo embora aos poucos . Quem viver verá!

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