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Os Sócios Da Droga Estão Em Guerra No Rio


Bas

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bukergooney usar os EUA como padrão de baseamento é uma ofensa, esse tipo de repressão não deu certo lá, devido a isso vira e mexe tem um louco fugindo igual um maníaco nas estradas de lá !

Esse lance de bandidagem tem a ver essencialmente por as drogas serem proibidas e por fatores sociais !

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  • Usuário Growroom

HP o verso é tão solto qt tua frase sobre a pena capital, essa musica fala do linchamento midiatico sofrido pelo Ed depois de um acidente de carro em 94, o mesmo linchamento que vem sendo aplicado aos "bandidos" ou "maus" como a imprensa vem se referindo nesse caso do Rio.

Minha opinião já está passada e repassada aqui no tópico...

Não se acaba com a violencia usando mais violencia, me parece um paradoxo bem simples, não?

Não funcionou no Iraque, não funcionou no Afeganistão, não funcionou na Palestina, Não funcionou no Mexico, não funcionou na Colombia e na minha humirde opinião, não vai funcionar aqui...

E quem quiser fique a vontade para discordar de mim e fazer coro com a Veja que acaba de dar na capa que "A batalha começa a ser vencida" com uma foto que parece tirada do counter strike no melhor estilo salvem-nos SuperBopes....

Eu quero é ver a paz e o cessar fogo antes de ver mais sangue derramado.

Quinta feira sepultaram a Rosangela Barbosa Alves, uma menina inocente de 14 anos....o pai dela declarou;

"A dor é muito forte. Acho que ainda não caiu a ficha de que perdi minha filha. Era uma garota pacata. É preciso que as pessoas entendam que a favela não tem só bandido, tem muita gente boa", desabafou Roberto Alves, com lágrimas nos olhos, lembrando que havia se esforçado para juntar dinheiro para comprar o computador que a garota usava quando morreu.

Eu não consigo enchergar isso como um "dano colateral"...um "uops foi mals" das forças de segurança...

Pensar que a cannabis esta no meio disso me embrulha o estomago...

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Os bandidos sao bons entao? Qual a conexao dos dois casos?

Ele estava dirigindo sobrio e no limite? só por curiosidade....

Nao vejo violencia em alguem ser preso por crimes ediondos e tal, julgado, sentenciado e executado sobe pena de morte... Violencia braba mesmo ele que tem que fazer pra ir pra pena de morte... nao?

Eu quero que morra PMRJ e bandido de montao, nao gosto de nenhum dos dois, é só uma mera questão do empregador e interesses. Para mim os dois sao barbaros criminosos mercenarios. Pelo menos no suburbio do RIO, aonde eu fui criado.

Cara tu quer saber a verdade, eu acho que mais da metade das mortes por balas perdidas nesse tiroteios seriam evitados se nego mantivese o rabo dentro de casa, voce ja viu como favelado adora procurar uma bala perdida? Nao que esse seja o caso da menina ai que voce citou, tenho certeza que ela nao deve ser destes mas olha só como eles gostam de andar pelo meio dos tiroteiros como nada estivesse acontecendo

joga ae pra 1:45 que tu vai ver

o video é velho, mas essa atitude e rotineira em varios mais novos...

Outra coisa, voce sabe qual a idade media de um traficante?

HP o verso é tão solto qt tua frase sobre a pena capital, essa musica fala do linchamento midiatico sofrido pelo Ed depois de um acidente de carro em 94, o mesmo linchamento que vem sendo aplicado aos "bandidos" ou "maus" como a imprensa vem se referindo nesse caso do Rio.

Minha opinião já está passada e repassada aqui no tópico...

Não se acaba com a violencia usando mais violencia, me parece um paradoxo bem simples, não?

Não funcionou no Iraque, não funcionou no Afeganistão, não funcionou na Palestina, Não funcionou no Mexico, não funcionou na Colombia e na minha humirde opinião, não vai funcionar aqui...

E quem quiser fique a vontade para discordar de mim e fazer coro com a Veja que acaba de dar na capa que "A batalha começa a ser vencida" com uma foto que parece tirada do counter strike no melhor estilo salvem-nos SuperBopes....

Eu quero é ver a paz e o cessar fogo antes de ver mais sangue derramado.

Quinta feira sepultaram a Rosangela Barbosa Alves, uma menina inocente de 14 anos....o pai dela declarou;

"A dor é muito forte. Acho que ainda não caiu a ficha de que perdi minha filha. Era uma garota pacata. É preciso que as pessoas entendam que a favela não tem só bandido, tem muita gente boa", desabafou Roberto Alves, com lágrimas nos olhos, lembrando que havia se esforçado para juntar dinheiro para comprar o computador que a garota usava quando morreu.

Eu não consigo enchergar isso como um "dano colateral"...um "uops foi mals" das forças de segurança...

Pensar que a cannabis esta no meio disso me embrulha o estomago...

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bukergooney usar os EUA como padrão de baseamento é uma ofensa, esse tipo de repressão não deu certo lá, devido a isso vira e mexe tem um louco fugindo igual um maníaco nas estradas de lá !

Esse lance de bandidagem tem a ver essencialmente por as drogas serem proibidas e por fatores sociais !

Cara mais uma vez, leia direito, eu usei o exemplo de como fuinciona a abordagem de um policial lá, cara se por isso melhor esquecer que os EUA existe assim exemplos como a Califórnia e outros estados que estão legalizando o consumo medicinal e tentando legalizar o recreativo, já que lá existe a maior população cracerária e que mais alimenta a guerra contra as drogas não é mesmo ? Não vou ignorar os bons exemplos por do mesmo lugar veio outros exemplos ruins....

Como falei lá não é o melhor lugar do mundo, mas ao meu ver numa abordagem respeita mais a segurança do policial e do cidadao comum, já aqui não a vida do crimininoso é mais importante. Acontecem arbitrariedades ? Sim claro, mas o cara segura no peito, se não der nada de boa, se der vai preso.

Tem um PM aqui que matou 2 bandidos em uma moto, o policial foi abordar uma moto com 2 elementos um deles começou a sacar uma arma e ele matou os 2. Sabe o que aconteceu ? O policial foi afastado e esta respondedo por execesso pode ser despedido e preso , já que o pobre coitado do bandido ainda não tinha atirado nem apontado a arma pra ninguem, o juiz e o MP entenderam que o PM não podia ter atirado.... Isso é frequente, mas não é notícia...

Sabe porque esse tipo de perseguição é tão comum lá e tão rara aqui ? Porque se o vagabundo atropelar e matar alguem o MP acusa o policial porque foi ele que fez o vagabundo sair correndo que nem um louco, quem mandou sair correndo atrás, se tivesse deixado ele fugir não tinha atropelado ninguem ... E se a viatura tiver algum problema que tem que consertar é o policial, idependente se foi causado por ele ou pela falta de manutenção. Eu sei que o Rio e acho que São Paulo agora usam contratos de aluguel de frota o que pode ter resolvido a parte das viaturas despencando mas não é a realidade no resto do país. E te digo ainda se o policial for fazer aqui o que eles fazem lá nessas perseguições mesmo estando alugada as viaturas e a manutenção não ser a cargo da instituição, se ele fizer algo parecido vai ter que pagar do bolso qualquer dano que causar se bobear ainda fazem ele pagar o conserto do carro do fugitivo.

Beleza concordo que violência não re resolve SÓ com violência, mas vai por mim. Quero ver na hora que o bandido não for com a sua cara e apontar a ponta do 45 na tua fuça, se esse papo de volência não resolve com volência funciona, tenta falar isso pra ele... Com certeza nessa hora o que funciona é alguem acertar ele antes que puxe o gatilho e te mate.

Realmente violência não se resolve SÓ com violência, se tem o cara com o fuzil largando o tiro pra cima de você vai por mim pode conversar a vontade que não vai resolver... Volto a falar adoraria que ele fosse preso, mas se o cara prefere ser morto a ir pra cadeia , que sou eu pra questionar ??

Realmente concordo, 99 % na favela é gente boa, concordo que é foda ver uma criança morrendo (por causa da proibição) mas então o que fazer ? A única solução pra que a morte de inocentes seja 0 é fazer o que o Brizolla fazia, polícia não sobre morro. E ai funcionou ? A política do Brizolla "teoricamente" é que é melhor deixar o bandido fugir que matar um inocente. "Teoricamente" por que diz-se no Rio que a filha dela era uma cheiradora de marca maior e passava os dias no morro. Conhecidencia ou não vai em um morro carioca e pergunta por brizola pra ver o que te dão ...

Cara muitas vezes os moradores vão pra rua por ordem dos criminosos, para que a polícia acerte mesmo um inocente e a opinião pública se vira contra a polícia. E outros já sabendo como é preferem se arriscar mas estar em casas com os filhos que ficar no pé do morro se desesperado sem saber como os filhos estão.

É uma situação complicada realmente, mas deixar correr solto não é asolução, vemos ai como estamos hoje... A solução é um misto de soluções, que passam pela legalização das drogas, pela ocupação SOCIAL da favela e não essas upp que estão fazendo... Tem que ter polícia, tem, mas também tem que ir junto os outros serviços estatais, incentivos ao estudo cursos profissionalizantes e outras coisas mais.

Só pra deixar claro, quando eu digo que se o cara fugir deveria poder atirar nele, não estou falando que deveria atirar nele. Sempre observando a segurança de terceiros, mas fala ai se mandasse uma granada naquela rua por onde os 200 criminosos fugiram ia atingir que inocente ??

Glossário: Pra quem não conhece no rio brizola é gíria pra cocaína.

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O problema são os 600 milhões de reais que a cariocada cheira só do Comando Vermelho. Isso não vai acabar nunca, a Globo está tratando a guerra como se fosse sinal de melhora, e isso só vai piorar. Enquanto tá fácil matando "bandido", os "bandidos" também não matarão homens ou brasileiros, matarão "inimigos". Só tá faltando as estrelas globais pararem de cheirar, ou vão enriquecer o terceiro comando ou milícias...

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  • Usuário Growroom

Po.. Mas tem que recuperar o território, devolver aquele terreno para o poder do estado. Blz, policia entrar e matar/prender vagabundo não resolve todo o problema. Porém, como que vcs querem que entre educação, saneamento, cultura em um lugar em que imperam outras leis? É o primeiro passo, a retomada do território.

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  • Usuário Growroom

Sabe o que é mais engraçado? Conheço um monte de lugares que o "Estado" não teria problema nenhum de entrar e ele não entra. Pq essa preocupação em: ai, vamos lá salvar o complexozinho? Isso é balela. Recuperar território? O lugar nunca foi "ocupado" pelo Estado. O Santa Marta ta pacificado e tem esgoto aberto! Baixada Fluminense, toda, em geral, ta aí largada. Milhares de pessoas vivendo em condições insalubres e a explicação NÃO é que o governo não consegue entrar. ELE NÃO QUER ENTRAR.

Faz favor hein, isso tudo é conversa pra boi dormir.

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  • Usuário Growroom

Isso é o meu ponto de vista. Voce pelo visto nao viu o video né, ve la, depois me fala o que voce acha de toda aquela galera caminhando no beco, no meio do tiroteio e me comenta teus pensamentos.

Serio memo HP? "Cidade Alerta"? Esse eh o jornalismo que te da subsidio pra escrever uma frase tao infeliz quanto "vc ja viu como favelado adora procurar uma bala perdida"...

Eu sou contra a pena de morte por um motivo simples. Nao funciona. Nao diminui a criminalidade. Mesmo pra um monstro, como um Garavito da vida....acho mais eficiente, mais punitivo inclusive, trancafiar o cara a vida inteira do que executa-lo simplesmente. Afinal vc estara aplicando uma pena menos dura a ele do que ele aplicou a suas vitimas, que nao foram apenas mortas como tambem torturadas/barbarizadas/violentadas etc...

Nao podemos torcer pela morte nem de PM, nem de BOPEtes, nem de traficantes, nem de ninguem. Pra mim uma parcela enorme dessa molecada ai de 19 anos que ta de fuzil na mao tem jeito de rehabilitacao sim...nao eh uma bala na cara que vai fazer isso....agente tem que pensar nao so no cara, como no irmao mais novo do cara, na molecadinha que admira o cara, os filhos do cara, saca? Quando a policia passa um traficante ela acaba gerando quatro por tabela...

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  • Usuário Growroom

Ah, então a parada é para deixar lá os malandros manterem uma base no alemão?

Realmente, muitos lugares o estado não entra pq n "quer".. Porém isto de maneira nenhuma justifica deixar os caras montarem quase uma guerrilha separatista dentro do Brasil..

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  • Usuário Growroom

Glossário: Pra quem não conhece no rio brizola é gíria pra cocaína.

Conheci lah na Bahia um ex da filha doidona do Brizola...o cidadao respondia pela alcunha de "Vegetal".... :watchplant: uhauhauhauhauhauhahuauhauhauh

Bukker eu acho que o melhor meio de combater o trafico (falando em embate mesmo, sem falar de politica social de medio e longo prazo como educacao, inclusao de cidadania etc etc) eh com servicos de inteligencia cara. Estrangular a chegada dos carregamentos de cocaina, de armas, de municao, rastrear a piramide da organizacao criminal da base pro topo. Grampear o cara que financia a carga. Desmascarar os negocios "legitimos" que sao usados pra lavar o dinheiro. Auditar constantemente e "limpar" a PM, o Exercito, o BOPE o maximo possivel, investigar os advogados do trafico, e claro, legalizar a erva hehehehehehehe...

Esse carnaval de tanque anfibio pra ca e helicoptero pra la eh torracao de dinheiro publico...show midiatico...na minha visao um caminho super perigoso pra se seguir...

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  • Usuário Growroom

Violência no Rio: a farsa e a geopolítica do crime

Coluna do Leitor 25 de novembro de 2010 às 17:39h

O leitor José Cláudio Souza Alves, sociólogo e pró-reitor de Extensão da UFRRJ, contesta as avaliações que predominam sobre a onda de violência no Rio.

Nós que sabemos que o “inimigo é outro”, na expressão padilhesca, não podemos acreditar na farsa que a mídia e a estrutura de poder dominante no Rio querem nos empurrar.

Achar que as várias operações criminosas que vem se abatendo sobre a Região Metropolitana nos últimos dias, fazem parte de uma guerra entre o bem, representado pelas forças publicas de segurança, e o mal, personificado pelos traficantes, é ignorar que nem mesmo a ficção do Tropa de Elite 2 consegue sustentar tal versão.

O processo de reconfiguração da geopolítica do crime no Rio de Janeiro vem ocorrendo nos últimos 5 anos.

De um lado Milícias, aliadas a uma das facções criminosas, do outro a facção criminosa que agora reage à perda da hegemonia.

Exemplifico. Em Vigário Geral a polícia sempre atuou matando membros de uma facção criminosa e, assim, favorecendo a invasão da facção rival de Parada de Lucas. Há 4 anos, o mesmo processo se deu. Unificadas, as duas favelas se pacificaram pela ausência de disputas. Posteriormente, o líder da facção hegemônica foi assassinado pela Milícia. Hoje, a Milícia aluga as duas favelas para a facção criminosa hegemônica.

Processos semelhantes a estes foram ocorrendo em várias favelas. Sabemos que as milícias não interromperam o tráfico de drogas, apenas o incluíram na listas dos seus negócios juntamente com gato net, transporte clandestino, distribuição de terras, venda de bujões de gás, venda de voto e venda de “segurança”.

Sabemos igualmente que as UPPs não terminaram com o tráfico e sim com os conflitos. O tráfico passa a ser operado por outros grupos: milicianos, facção hegemônica ou mesmo a facção que agora tenta impedir sua derrocada, dependendo dos acordos.

Estes acordos passam por miríades de variáveis: grupos políticos hegemônicos na comunidade, acordos com associações de moradores, voto, montante de dinheiro destinado ao aparado que ocupa militarmente, etc.

Assim, ao invés de imitarmos a população estadunidense que deu apoio às tropas que invadiram o Iraque contra o inimigo Sadan Husein, e depois, viu a farsa da inexistência de nenhum dos motivos que levaram Bush a fazer tal atrocidade, devemos nos perguntar: qual é a verdadeira guerra que está ocorrendo?

Ela é simplesmente uma guerra pela hegemonia no cenário geopolítico do crime na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

As ações ocorrem no eixo ferroviário Central do Brasil e Leopoldina, expressão da compressão de uma das facções criminosas para fora da Zona Sul, que vem sendo saneada, ao menos na imagem, para as Olimpíadas.

Justificar massacres, como o de 2007, nas vésperas dos Jogos Pan Americanos, no complexo do Alemão, no qual ficou comprovada, pelo laudo da equipe da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, a existência de várias execuções sumárias é apenas uma cortina de fumaça que nos faz sustentar uma guerra ao terror em nome de um terror maior ainda, porque oculto e hegemônico.

Ônibus e carros queimados, com pouquíssimas vítimas, são expressões simbólicas do desagrado da facção que perde sua hegemonia buscando um novo acordo, que permita sua sobrevivência, afinal, eles não querem destruir a relação com o mercado que o sustenta.

A farsa da operação de guerra e seus inevitáveis mortos, muitos dos quais sem qualquer envolvimento com os blocos que disputam a hegemonia do crime no tabuleiro geopolítico do Grande Rio, serve apenas para nos fazer acreditar que ausência de conflitos é igual à paz e ausência de crime, sem perceber que a hegemonização do crime pela aliança de grupos criminosos, muitos diretamente envolvidos com o aparato policial, como a CPI das Milícias provou, perpetua nossa eterna desgraça: a de acreditar que o mal são os outros.

Deixamos de fazer assim as velhas e relevantes perguntas: qual é a atual política de segurança do Rio de Janeiro que convive com milicianos, facções criminosas hegemônicas e área pacificadas que permanecem operando o crime? Quem são os nomes por trás de toda esta cortina de fumaça, que faturam alto com bilhões gerados pelo tráfico, roubo, outras formas de crime, controles milicianos de áreas, venda de votos e pacificações para as Olimpíadas? Quem está por trás da produção midiática, suportando as tropas da execução sumária de pobres em favelas distantes da Zona Sul? Até quando seremos tratados como estadunidenses suportando a tropa do bem na farsa de uma guerra, na qual já estamos há tanto tempo, que nos esquecemos que sua única finalidade é a hegemonia do mercado do crime no Rio de Janeiro?

Mas não se preocupem, quando restar o Iraque arrasado sempre surgirá o mercado financeiro, as empreiteiras e os grupos imobiliários a vender condomínios seguros nos Portos Maravilha da cidade.

Sempre sobrará a massa arrebanhada pela lógica da guerra ao terror, reduzida a baixos níveis de escolaridade e de renda que, somadas à classe média em desespero, elegerão seus algozes e o aplaudirão no desfile de 7 de setembro, quando o caveirão e o Bope passarem.

* José Cláudio Souza Alves e sociólogo, Pró-reitor de Extensão da UFRRJ e autor do livro: Dos Barões ao Extermínio: Uma História da Violência na Baixada Fluminense.

http://www.cartacapital.com.br/sociedade/violencia-no-rio-a-farsa-e-a-geopolitica-do-crime

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  • Usuário Growroom

Opa Mick ja tinha postado esse texto aqui.. :rasta2bigsmoke0gf:

Achei esse aqui interessante, esse cara eh um puta especialista em seguranca publica e crime organizado;

A represália do crime organizado

Wálter Maierovitch 26 de novembro de 2010 às 9:44h

Nesta coluna e em várias matérias especiais de CartaCapital critiquei a política inicial do governador fluminense, Sérgio Cabral, de war on drugs, com tanques e fuzis a apontar para as favelas, onde moradores ficavam no centro do fogo cruzado e corriam mais risco de ser alvejados do que os integrantes de organizações criminosas.

Como se sabe, 70% dos quase 30 mil mortos na “guerra às drogas” em curso no México eram civis sem ligação com o tráfico de drogas, armas e pessoas. A guerra mexicana, com emprego de 50 mil homens das Forças Armadas, começou em dezembro de 2006, logo no primeiro dia do mandato do presidente Felipe Calderón.

Cabral, à época, parecia empolgado com o presidente Calderón que, com George W. Bush na retaguarda e dinheiro a rodo para o Plano Mérida (uma adaptação do Plano Colômbia para o México), lograva 90% de aprovação dos mexicanos em sua empreitada. A propósito, uma aprovação que legitimava seu mandato presidencial, obtido com odor de fraude nas eleições de 2 de julho de 2006 e em prejuízo de López Obrador. Hoje, Calderón perde a guerra e é humilhado pelos cartéis. Seu porcentual de preferência popular não ultrapassa o obtido no Brasil por Levy Fidelix.

Ao contrário de Calderón, o governador Cabral mudou de postura e evitou o derramamento de sangue inocente. Ele percebeu que existia uma fórmula mais eficiente de retomada do controle social e de territórios. Assim, implantou as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), que estão a causar, como era esperado, a migração de facções criminosas para localidades mais remotas, com prejuízos financeiros e poder de mando reduzido pela perda dos controles social e territorial.

A migração maior teria ocorrido para o Complexo do Alemão. Segundo Cabral, “os marginais não conseguem mais abrigo na Tabajaras, Babilônia, Cabritos e Pavão-Pavãozinho”, isto é, nos territórios já reconquistados pelo Estado.

Mas o calcanhar de aquiles das UPPs está na falta de uma política penitenciária nacional adequada. Do interior dos presídios saíram as ordens para a promoção de ataques voltados a difundir o medo na população e a desmoralizar as autoridades estaduais.

No Rio, há dois meses e com cada vez mais violência, são executados arrastões e roubos. Mais ainda, soldados do Comando Vermelho detonam bombas e incendeiam automóveis particulares. Trata-se de uma represália das organizações criminosas especiais, inconformadas com o sucesso das UPPs e o desfalque nos seus lucros. A meta, bem conhecida e nada original, é abrir caminho para negociações, de modo a aliviar a situação prisional de líderes de facções e a recuperar lucros nos pontos de oferta de drogas perdidos.

Em São Paulo, o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma organização pré-mafiosa que o então governador Geraldo Alckmin imaginava vencida, reagiu quando os seus chefões começaram a girar por presídios e sentir a perda de regalias. Alckmin tinha acabado de deixar o cargo quando dos ataques do PCC e, pela televisão e a cores, pôde assistir ao fracasso retumbante da sua política de segurança pública. Pior, desconfiada das autoridades de segurança, o paulistano preferiu deixar o trabalho e se esconder nas suas casas. A ordem para esses ataques espetaculares partiu dos presídios.

No Rio, como em São Paulo, existem organizações delinquentes especiais que exigem um tratamento disciplinar diferenciado do que está previsto nas atuais legislações. Essas organizações, como o PCC, o Comando Vermelho e as milícias de paramilitares, possuem matriz mafiosa. Isso porque buscam, ao contrário de associações comuns, o controle social e de territórios. E elas estão capacitadas a apavorar e a fazer valer, nos locais dominados, a lei do silêncio.

Muitos presídios estaduais são controlados por organizações criminosas. Em São Paulo, não se consegue implantar um sistema capaz de bloquear celulares. No Rio e em São Paulo, presos, por meio de ligações telefônicas e simulações de sequestros, esvaziam as contas de cidadãos enganados.

Nos presídios de segurança máxima, as visitas são incumbidas de distribuir bilhetes com ordens dos chefes encarcerados. Para contrastar com eficiência a Cosa Nostra siciliana, aprovou-se um aditamento ao artigo 41 do Código Penitenciário. A meta, que teve sucesso, foi isolar os capi presos das suas organizações. Neste mês de novembro, a Polícia Federal logrou apreender dois bilhetes saídos da penitenciária federal de Catanduvas (Paraná) e destinados a membros do Comando Vermelho. Para os agentes da Polícia Federal, existe um plano em elaboração para ataques às UPPs.

Com efeito, espera-se que Cabral não tenha uma recaída pela militarização. As ações voltadas a atacar a economia movimentada pela criminalidade, a secar as fontes de receita e a recuperar a confiança em comunidades continuam sendo mais eficazes. E elas respeitam a população de baixa renda, vítima das pré-máfias.

Acho que nao dei as fontes de nenhum texto que postei aqui... :rolljoint:

Tirei tudo do site da Carta Capital...

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  • Usuário Growroom

Não resisti e vou postar uma entrevista aqui. Não que eu tenha checado as fontes de informação do cara, mas ele "parece sério" e por dentro do assunto mesmo. Não que isso signifique que concordo 100% com o cara. Mas achei interessante pra galera que ta aqui debatendo e conversando, apesar de longo. Depois volto pra responder, ou não.

Uma guerra pela regeografização do Rio de Janeiro. Entrevista especial com José Cláudio Alves

José Cláudio Souza Alves é graduado em Estudos Sociais pela Fundação Educacional de Brusque. É mestre em sociologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e doutor, na mesma área, pela Universidade de São Paulo. Atualmente, é professor na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e membro do Iser Assessoria..

Confira a entrevista.

IHU On-Line – O que está por trás desses conflitos atuais no Rio de Janeiro?

José Cláudio Alves – O que está por trás desses conflitos urbanos é uma reconfiguração da geopolítica do crime na cidade. Isso já vem se dando há algum tempo e culminou na situação que estamos vivendo atualmente. Há elementos presentes nesse conflito que vêm de períodos maiores da história do Rio de Janeiro, um deles é o surgimento das milícias que nada mais são do que estruturas de violência construídas a partir do aparato policial de forma mais explícita. Elas, portanto, controlarão várias favelas do RJ e serão inseridas no processo de expulsão do Comando Vermelho e pelo fortalecimento de uma outra facção chamada Terceiro Comando. Há uma terceira facção chamada Ada, que é um desdobramento do Comando Vermelho e que opera nos confrontos que vão ocorrer junto a essa primeira facção em determinadas áreas. Na verdade, o Comando Vermelho foi se transformando num segmento que está perdendo sua hegemonia sobre a organização do crime no Rio de Janeiro. Quem está avançando, ao longo do tempo, são as milícias em articulação com o Terceiro Comando.

Um elemento determinante nessa reconfiguração foi o surgimento das UPPs a partir de uma política de ocupação de determinadas favelas, sobretudo da zona sul do RJ. Seus interesses estão voltados para a questão do capital do turismo, industrial, comercial, terceiro setor, ou seja, o capital que estará envolvido nas Olimpíadas. Então, a expulsão das favelas cariocas feita pelas UPPs ocorre em cima do segmento do Comando Vermelho. Por isso, o que está acontecendo agora é um rearranjo dessa estrutura. O Comando Vermelho está indo agora para um confronto que aterroriza a população para que um novo acordo se estabeleça em relação a áreas e espaços para que esse segmento se estabeleça e sobreviva.

IHU On-Line – Mas, então, o que está em jogo?

José Cláudio Alves – Não está em jogo a destruição da estrutura do crime, ela está se rearranjando apenas. Nesse rearranjo quem vai se sobressair são, sobretudo, as milícias, o Terceiro Comando – que vem crescendo junto e operando com as milícias – e a política de segurança do Estado calcada nas UPPs – que não alteraram a relação com o tráfico de drogas. A mídia nos faz crer – sobretudo a Rede Globo está empenhada nisso – que há uma luta entre o bem e o mal. O bem é a segurança pública e a polícia do Rio de Janeiro e o mal são os traficantes que estão sendo combatidos. Na verdade, isso é uma falácia. Não existe essa realidade. O que existe é essa reorganização da estrutura do crime.

A realidade do RJ exige hoje uma análise muito profunda e complexa e não essa espetacularização midiática, que tem um objetivo: escorraçar um segmento do crime organizado e favorecer a constelação de outra composição hegemônica do crime no RJ.

IHU On-Line – Por que esse confronto nasceu na Vila Cruzeiro?

José Cláudio Alves – Porque a partir dessa reconfiguração que foi sendo feita das milícias e das UPPs (Unidades de Policiamento Pacificadoras), o Comando Vermelho começou a estabelecer uma base operacional muito forte no Complexo do Alemão. Este lugar envolve um conjunto de favelas com um conjunto de entradas e saídas. O centro desse complexo é constituído de áreas abertas que são remanescentes de matas. Essa estruturação geográfica e paisagística daquela região favoreceu muito a presença do Comando Vermelho lá. Mas se observarmos todas as operações, veremos que elas estão seguindo o eixo da Central do Brasil e Leopoldina, que são dois eixos ferroviários que conectam o centro do RJ ao subúrbio e à Baixada Fluminense. Todos os confrontos estão ocorrendo nesse eixo.

IHU On-Line – Por que nesse eixo, em específico?

José Cláudio Alves – Porque, ao longo desse eixo, há várias comunidades que ainda pertencem ao Comando Vermelho. Não tão fortemente estruturadas, não de forma organizada como no Complexo do Alemão, mas são comunidades que permanecem como núcleos que são facilmente articulados. Por exemplo: a favela de Vigário Geral foi tomada pelo Terceiro Comando porque hoje as milícias controlam essa favela e a de Parada de Lucas a alugam para o Terceiro Comando. Mas ao lado, cerca de dois quilômetros de distância dessa favela, existe uma menor que é a favela de Furquim Mendes, controlada pelo Comando Vermelho. Logo, as operações que estão ocorrendo agora em Vigário Geral, Jardim América e em Duque de Caxias estão tendo um núcleo de operação a partir de Furquim Mendes. O objetivo maior é, portanto, desmobilizar e rearranjar essa configuração favorecendo novamente o Comando Vermelho.

Então, o combate no Complexo do Alemão é meramente simbólico nessa disputa. Por isso, invadir o Complexo do Alemão não vai acabar com o tráfico no Rio de Janeiro. Há vários pontos onde as milícias e as diferentes facções estão instaladas. O mais drástico é que quem vai morrer nesse confronto é a população civil e inocente, que não tem acesso à comunicação, saúde, luz... Há todo um drama social que essa população vai ser submetida de forma injusta, arbitrária, ignorante, estúpida, meramente voltada aos interesses midiáticos, de venda de imagens e para os interesses de um projeto de política de segurança pública que ressalta a execução sumária. No Rio de Janeiro a execução sumária foi elevada à categoria de política pública pelo atual governo.

IHU On-Line – Em que contexto geográfico está localizado a Vila Cruzeiro?

José Cláudio Alves – A Vila Cruzeiro está localizada no que nós chamamos de zona da Leopoldina. Ela está ao pé do Complexo do Alemão, só que na face que esse complexo tem voltada para a Penha. A Penha é um bairro da Leopoldina. Essa região da Leopoldina se constituiu no eixo da estrada de ferro Leopoldina, que começa na Central do Brasil, passa por São Cristóvão e dali vai seguir por Bom Sucesso, Penha, Olaria, Vigário Geral – que é onde eu moro e que é a última parada da Leopoldina e aí se entra na Baixada Fluminense com a estação de Duque de Caxias.

Esse “corredor” foi um dos maiores eixos de favelização da cidade do Rio de Janeiro. A favelização que, inicialmente, ocorre na zona sul não encontra a possibilidade de adensamento maior. Ela fica restrita a algumas favelas. Tirando a da Rocinha, que é a maior do Rio de Janeiro, os outros complexos todos – como o da Maré e do Alemão – estão localizados no eixo da zona da Leopoldina até Avenida Brasil. A Leopoldina é de 1887-1888, já a Avenida Brasil é de 1946. É nesse prazo de tempo que esse eixo se tornou o mais favelizado do RJ. Logo, a Vila Cruzeiro é apenas uma das faces do Complexo do Alemão e é a de maior facilidade para a entrada da polícia, onde se pode fazer operações de grande porte como foi feita na quinta-feira, dia 25-11. No entanto, isso não expressa o Complexo do Alemão em si.

A Maré fica do outro lado da Avenida Brasil. Ela tem quase 200 mil habitantes. Uma parte dela pertence ao Comando Vermelho, a outra parte é do Terceiro Comando. Por que não se faz nenhuma operação num complexo tão grande ou maior do que o do Alemão? Ninguém cita isso! Por que não se entra nas favelas onde os o Terceiro Comando está operando? Porque o Terceiro Comando já tem acordo com as milícias e com a política de segurança. Por isso, as atuações se dão em cima de uma das faces mais frágeis do Complexo do Alemão, como se isso fosse alguma coisa significativa.

IHU On-Line – Estando a Vila Cruzeiro numa das faces do Complexo, por que o Alemão se tornou o reduto de fuga dos traficantes?

José Cláudio Alves – A estrutura dele é muito mais complexa para que se faça qualquer tipo de operação lá. Há facilidade de fuga, porque há várias faces de saída. Não é uma favela que a polícia consegue cercar. Mesmo juntando a polícia do RJ inteiro e o Exército Nacional jamais se conseguiria cercar o complexo. O Alemão é muito maior do que se possa imaginar. Então, é uma área que permite a reorganização e reestruturação do Comando Vermelho. Mas existem várias outras bases do Comando Vermelho pulverizadas em toda a área da Leopoldina e Central do Brasil que estão também operando.

Mesmo que se consiga ocupar todo o Complexo do Alemão, o Comando Vermelho ainda tem possibilidades de reestruturação em outras pequenas áreas. Ninguém fala, por exemplo, da Baixada Fluminense, mas Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo são áreas que hoje estão sendo reconfiguradas em termos de tráfico de drogas a partir da ida do Comando Vermelho para lá. Por exemplo, um bairro de Duque de Caxias chamado Olavo Bilac é próximo de uma comunidade chamada Mangueirinha, que é um morro. Essa comunidade já é controlada pelo Comando Vermelho que está adensando a elevação da Mangueirinha e Olavo Bilac já está sentindo os efeitos diretos dessa reocupação. Mas ninguém está falando nada sobre isso. A realidade do Rio de Janeiro é muito mais complexa do que se possa imaginar. O Comando Vermelho, assim como outras facções e milícias, estabelece relação direta com o aparato de segurança pública do Rio de Janeiro. Em todas essas áreas há tráfico de armas feito pela polícia, em todas essas áreas o tráfico de drogas permanece em função de acordos com o aparato policial.

IHU On-Line – Podemos comparar esses traficantes que estão coordenando os conflitos no RJ com o PCC, de São Paulo?

José Cláudio Alves – Só podemos analisar a história do Rio de Janeiro, fazendo um retrospecto da história e da geografia. O PCC, em São Paulo, tem uma trajetória muito diferente das facções do Rio de Janeiro, tanto que a estrutura do PCC se dá dentro dos presídios. Quando a mídia noticia que os traficantes no Rio de Janeiro presos estão operando os conflitos, leia-se, por trás disso, que a estrutura penitenciária do Estado se transformou na estrutura organizacional do crime. Não estou dizendo que o Estado foi corrompido. Estou dizendo que o próprio estado em si é o crime. O mercado e o Estado são os grandes problemas da sociedade brasileira. O mercado de drogas, articulado com o mercado de segurança pública, com o mercado de tráfico de drogas, de roubo, com o próprio sistema financeiro brasileiro, é quem tem interesse em perpetuar tudo isso.

A articulação entre economia formal, economia criminosa e aparato estatal se dá em São Paulo de uma forma diferente em relação ao Rio de Janeiro. Expulsar o Comando Vermelho dessas áreas interessa à manutenção econômica do capital. O que há de semelhança são as operações de terror, operações de confronto aberto dentro da cidade para reestruturar o crime e reorganizá-lo em patamares mais favoráveis ao segmento que está ganhando ou perdendo.

IHU On-Line – Como o senhor avalia essa política de instalação das UPPs – Unidades de Policiamento Pacificadoras nas favelas do Rio de Janeiro?

José Cláudio Alves – É uma política midiática de visibilidade de segurança no Rio de Janeiro e Brasil. A presidente eleita quase transformou as UPPs na política de segurança pública do país e quer reproduzir as UPPs em todo o Brasil. A UPP é uma grande farsa. Nas favelas ocupadas pelas UPSs podem ser encontrados ex-traficantes que continuam operando, mas com menos intensidade. A desigualdade social permanece, assim como o não acesso à saúde, educação, propriedade da terra, transporte. A polícia está lá para garantir o não tiroteio, mas isso não garante a não existência de crimes. A meu ver, até agora, as UPPs são apenas formas de fachada de uma política de segurança e econômica de grupos de capitais dominantes na cidade para estabelecer um novo projeto e reconfiguração dessa estrutura

IHU On-Line – A tensão no Rio de Janeiro, neste momento, é diferente de outros momentos de conflito entre polícia e traficantes?

José Cláudio Alves – Sim, porque a dimensão é mais ampla, mais aberta. Dizer que eles estão operando de forma desarticulada, desesperada, desorganizada é uma mentira. A estrutura que o Comando Vermelho organiza vem sendo elaborada há mais de cinco anos e ela tem sido, agora, colocada em prática de uma forma muito mais intensa do que jamais foi visto.

A grande questão é saber o que se opera no fundo imaginário e simbólico que está sendo construído de quem são, de fato, os inimigos da sociedade fluminense e brasileira. Essa questão vai ter efeitos muito mais venosos para a sociedade empobrecida e favelizada. É isso que está em jogo agora.

http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=38721

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