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Rlacionamento Entre Pais E Filhos Na Sociedade Proibicionista


DanKai

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Olá growlera, eu estive aqui pensando com meus botões (e quando digo botões me refiro a Cannabis é claro) sobre o relacionamento familiar entre pais religiosos que proibem realmente a filha ou filho de fazer sexo até o casamento (vi um caso de um menina de 16 anos grávida, e ela exclamou exatamente isso, que a linha de comunicação foi cortada pelo extremismo dos pais), acabando e matando assim com o diálogo sobre sexo totalmente entre pais e filhos, ora hoje em dia se você comentar que sua família não te deixa fazer sexo na roda de amigos no meio de uma cerveja (e quando digo cerveja estou falando em Cannabis Sativa também hehehe) as pessoas iriam rir da sua cara, o sexo foi banalizado e eu até não acho isso tão ruim, ainda mais depois de umas cervejas (maconha também :rastabannab: ) aquela "minazinha" que não era tão atraente pode parecer um ótimo lugar para enfiar seu membro depois que ele endureceu após estar beijando ela de língua (o que o álcool e a maconha não te fazem fazer em nobre cavaleiro? eu mesmo já domei dragões que fariam qualquer Sir Lancelot botar seu cavalo em disparada :465525636-mundoemoti-249_animad ), com as drogas acontece exatamente o mesmo, o proibicionismo com seus tentáculos (grande parte da mídia, força de segurança, poder executivo, judiciário) obstruem o debate claro e fazem muitos pais, mães e avós demonizarem o consumo, colorem uma venda e não admitirem sequer o debate, serem capazes de internar ou chamar a polícia contra o próprio filho que agora é um "criminoso", para quem fumou um baseado e viu que não era tudo aquilo que a escola católica falava simplesmente ignora e zomba dessas propagandas que são veículadas, essas "notícias" plantadas na mídia sobre como "causa esquizofrenia e psicose" (eu aqui, um "predisposto à esquizofrenia" falando para vocês que sem maconha eu piro!) e "causa disfunção erétil" outro papo furado que tenho umas historinhas pra desmentir também, então o debate morre aí, aquele diálogo em que poderíamos falar sobre tudo com nossos pais morre sobre sexo com alguns religiosos e outros pais conservadores, e sobre drogas com alguns religiosos e conservadores, dessa vez proibicionistas. Se vocês tiverem algo a comentar, um caso que possam citar quem sabe possa encorajar o debate familiar mesmo, possam dar algumas idéias de como reverter esse quadro mesmo que num ativismo discreto e em base do dia-a-dia.

Abraço aí growlera, vamos continaur na luta aí cultivando nosso remédio pois o movimento não pode parar, agora já tá tarde vou dormir, fui, keep growing :free-character-smileys-850:

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  • Usuário Growroom

Dankai, o que eu tenho pra contar é um caso ocorrido na escola de minha filha. Um grupo de três alunos do ensino médio foi entregue, depois da hora do recreio, por uma viatura policial. Os policiais comunicaram que eles foram pegos fumando maconha na rua. Pois bem... depois do ocorrido, o fato foi de conhecimento de todos (pais, alunos, professores) e foi feita uma reunião de pais com coordenadores e professores da escola para conversarem exatamente sobre isso. A questão era "o que fazer com os alunos pegos fumando maconha?".A escola sempre teve, desde os anos 70, uma postura "inclusiva", isto é, procura incluir a criança e o jovem "excluído" - ou por que não se adapta a outros colégios, ou por que é deficiente, ou por que tem problemas de disciplina, etc... Durante a reunião, muitos pais se manifestaram a favor da expulsão dos alunos. Minha surpresa foi ver a coordenação da escola pedir a palavra para dizer que se tais pais queriam ver os alunos expulsos, talvez fosse melhor repensar se não era o caso deles tirarem os próprios filhos da escola, visto que a inclusão sempre foi a política e não seria diferente desta vez. Outra professora perguntou "vocês expulsariam seus filhos de casa por isso?" Assim como muitos responderam "não", a escola também respondeu, e não expulsou. Conversou com os meninos e dentro de duas semanas o grupinho pego fumando maconha compreendeu que estava botando em risco todo o projeto educacional da escola, os próprios educadores que por eles se responsabilizaram. Conscientes do quão descomprometidos foram com o grupo ao qual fazem parte, bolaram uma ação e foram de sala em sala se retratando e reconhecendo a pisada na bola (isso foi iniciativa deles). Achei uma postura muito aberta ao debate e ao questionamento de valores cristalizados sobre maconha e demonizações de usuários.

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  • Usuário Growroom

Dankai, o que eu tenho pra contar é um caso ocorrido na escola de minha filha. Um grupo de três alunos do ensino médio foi entregue, depois da hora do recreio, por uma viatura policial. Os policiais comunicaram que eles foram pegos fumando maconha na rua. Pois bem... depois do ocorrido, o fato foi de conhecimento de todos (pais, alunos, professores) e foi feita uma reunião de pais com coordenadores e professores da escola para conversarem exatamente sobre isso. A questão era "o que fazer com os alunos pegos fumando maconha?".A escola sempre teve, desde os anos 70, uma postura "inclusiva", isto é, procura incluir a criança e o jovem "excluído" - ou por que não se adapta a outros colégios, ou por que é deficiente, ou por que tem problemas de disciplina, etc... Durante a reunião, muitos pais se manifestaram a favor da expulsão dos alunos. Minha surpresa foi ver a coordenação da escola pedir a palavra para dizer que se tais pais queriam ver os alunos expulsos, talvez fosse melhor repensar se não era o caso deles tirarem os próprios filhos da escola, visto que a inclusão sempre foi a política e não seria diferente desta vez. Outra professora perguntou "vocês expulsariam seus filhos de casa por isso?" Assim como muitos responderam "não", a escola também respondeu, e não expulsou. Conversou com os meninos e dentro de duas semanas o grupinho pego fumando maconha compreendeu que estava botando em risco todo o projeto educacional da escola, os próprios educadores que por eles se responsabilizaram. Conscientes do quão descomprometidos foram com o grupo ao qual fazem parte, bolaram uma ação e foram de sala em sala se retratando e reconhecendo a pisada na bola (isso foi iniciativa deles). Achei uma postura muito aberta ao debate e ao questionamento de valores cristalizados sobre maconha e demonizações de usuários.

Postura exemplar a da escola, fico pensando se faz sentido a "expulsão" de qualquer aluno, até porque o papel da escola é justamente o de educar.........o que quer dizer explusão? Que a escola não tem condições de educar os alunos em questão?

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Opa Filha de Iansã, obrigado pelo relato, obrigado mesmo, eu tenho dois casos para relatar aqui, mas ao contrário do seu caso que foi exemplo de compreensão, eu fui expulso de casa, morava com minha mãe, e realmente nunca houve diálogo sobre drogas, e pela maneira como o assunto era levado dentro de casa, como tabu, usuário visto como criminosos, eu fumei meu primeiro baseado e senti que tinham mentido pra mim, que toda minha educação no assunto não passava de mito, então tentei assumir meu consumo de maconha, cultivar minha Cannabis, isso quando tinha 17 para 18 anos, no final das contas falaram para mim num ultimato "aqui maconheiro não mora" e foi o que fiz, preparei a mala e fui embora de casa, arranjei um trabalho de operador de telemarketing em Sampa e fiquei morando na capital, me sustentando, plantando, acabei até passando na maior universidade do Brasil, fumando o do bom e me divertindo demais durante alguns anos, tudo contrariando o que tinha sido dito para mim, que eu viraria um vagabundo, etc.

O outro caso foi o de minha própria mãe que me expulsou de casa! Eu fiquei sabendo que toda fobia de drogas que ela tem foram causados devido à uma internação que ela sofreu, meus avós ficaram sabendo que ela estava comprando uma bolsa de maconha de um traficante na esquina há trinta e cinco anos atrás quando ela tinha 16 ou 17, chamaram a polícia em cima deles e em seguida a internaram e ela passou alguns meses numa casa de "reabilitação" onde segundo ela foi muito mal tratada e muito dopada, uma história triste demais que me revoltou quando fiquei sabendo, exatamente como citei no tópico acima, houve uma demonização da maconha que causa poucos danos significativos, e pior, a demonização do usuário, o que me deixa mais triste pois nem na lei seca o alcoólico era criminalizado como é hoje aqui no Brasil.

Espero que tenham mais casos pra compartilhar, quem sabe este tópico possa ajudar a iluminar esse debate que deveria ser familiar além de tudo, nisso o proibicionismo se assemelha muito à religiosidade extremista, onde as crianças são doutrinadas quando deveriam ser informadas, não doutrinada e forçada a acreditar numa mentira, desinformação só traz desgraça e sofrimento, abraço aí pessoal, fui.

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  • Usuário Growroom

olha mano, creio que se voce faz com consciencia do que está fazendo, e que voce tenha um bom relacionamento com seus coroas, que nao deixe nada a desejar, a melhor coisa é voce mesmo contar. Fazer isso escondido me deixava mal, as vezes eu fumava um, e ficava na bad, pensando nos meus coroas, que nem imaginavam que eu fumava. Mas depois que fala, é com o próprio tempo. Tenta trocar uma ideia com seus coroas, jogar a real mesmo, falar sobre sua consciencia, falar sobre oque voce sabe, o negócio é voce ter a sabedoria do assunto, e dar essa sabedoria aos seus pais. Conte voce, nao deixe que seus pais descubram por outros. no começo pode ser foda, mas se voce fuma, ninguem poderá mudar isso, então faça seus coroas entenderem isso, trocando uma ideia real, com o tempo fica tudo de boa.

abração galera!

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  • Usuário Growroom

po phelips, não sei como é aí, mas aqui não funciona bem assim.

Hoje em dia eu fumo em casa trankuilo e tal, mas conquistado com o tempo e muito debate.

O problema é o seguinte : parece que pra minha mãe, independente do que eu falo e da idade que tenho, sou aquele menino indefeso que precisa que ela tome alguma atitude.

Compreendo perfeitamente a postura dela, mas é um pouco prejudicial. Sempre senti que vinha dela um "desmerecimento", como se eu nunca fosse capaz de fazer as coisas, num GERAL, como se fosse uma criancinha achando que sabe de tudo (e em alguns casos talvez até fosse).

Meu pai já é mais cabeça e inteligente, o diálogo rola de uma forma muito mais sadia. Foi o que me ajudou a chegar à conquista de hoje.

Isso tudo me leva a crer que não só os filhos deveriam ser educados, como os PAIS tb deveriam tentar se informar de forma CORRETA. Não por qualquer sitezinho que diz que maconha mata...

O problema que há uma tendência nos adultos em achar que sabem sempre mais que os adolescente em qualquer assunto, logo, não importa o que se diga, vc está viciado ou viajando.

é, o tempo definitivamente é o melhor remédio.

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