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Portugal - É Tudo Mentira?


Marchador

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  • Usuário Growroom

Olá amigos,

Recentemente durante um debate, um proibicionista colou este link que, segundo ele, desmente o sucesso da política portuguesa de controle de drogas:

http://www.abead.com...exibir/?cod=174

Sei que é coisa do Laranjeira, mas seria interessante apontar as mentiras/contradições/incongruências deste texto.

TEXTO COMPLETO:

Pesquisando o Teatro do Absurdo: Quem faz cena afinal?

Data de Publicação: 19/08/2011

Notícia recente publicada em jornal de Salvador – BA, dá conta de que o crack deixou de ser consumido apenas por moradores de rua e pessoas de baixa renda. Acompanhando uma tendência nacional, a droga deixou de ser marginalizada e passa a migrar das ruas para os lares de famílias mais endinheiradas, criando um perfil de usuários cada vez mais jovens das classes A e B, alcançando a espantosa cifra de 40% no grupo de usuários de crack que têm este perfil. Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo revelou que, entre 2006 e 2008, o número de usuários de crack que possuem renda acima de 20 salários mínimos cresceu 139,5%, passando a representar 15% dos atendimentos para abandonar a dependência. Há pelo menos cinco anos se sabe que o crack não é mais um problema restrito aos “guetos”.

As fronteiras com os países vizinhos, produtores de cocaína, continuam abertas. O acesso continua garantido. Mas os dados iniciais da investigação etnográfica capitaneada pela SENAD informam que não existe epidemia de uso de crack, e que os usos são restritos a “pequenas cacrolândias itinerantes”, tangidas pela ação policial de um lugar para outro, com “densidade de cenas” de até 100 participantes. Ora, com tal abordagem fica obscurecida a existência de uma rede de narcotraficantes que estimula a pulverização do consumo em micro-regiões para justamente burlar o controle e ampliar as vendas.

Além disso, objetiva-se pesquisar a “opinião” de usuários e familiares sobre o crack, verificando um perfil de danos secundários ao uso. Muito dinheiro público será utilizado para triangular dados de levantamentos familiares, cenas de uso e perfil epidemiológico, quando mais simples, adequado e preciso seria partir do princípio de que nenhuma família consegue “administrar” saudavelmente o consumo de crack, nenhum usuário de crack deixa de ter algum tipo de dano em razão do uso, e nenhuma cena de uso, por menor densidade que tenha, deixa de ter gravidade suficiente para exigir do poder público uma ação mais efetiva de redução da demanda e da oferta.

Manoel Pinto-Coelho, presidente da Associação por um Portugal Livre de Drogas (APLD), entende que o principal fator estimulador do aumento do consumo de drogas ilícitas em seu país, verificado na última década, foi a própria lei que descriminalizou as drogas em 2001. Para ele, a maior disponibilidade no acesso e a conseqüente aceitação sócio-legal proporcionam inevitavelmente o aumento do consumo, e negar esta realidade é desafiar a lógica inerente à natureza humana. Para ele, falta aos atuais governantes um melhor conhecimento sobre a temática das drogas, e sobre a realidade básica de qualquer familiar que tem a fatalidade de ter em casa um filho com um problema desta ordem.

A imprensa portuguesa, e também a internacional, contradiz a verdade dos fatos pós-descriminalização. A criminalidade não se reduziu a partir da lei, mas, pelo contrário, verificou-se um aumento de 9%, principalmente nos crimes cometidos sob a influência de drogas, e com o objetivo de obter dinheiro para manter o consumo. Mas ainda, Portugal foi o único país europeu onde ocorreu um aumento do número de homicídios entre 2001 e 2006. Inegavelmente, o aumento do consumo de drogas, em torno de 4,2 %, e do consumo de drogas na vida, que passou de 7,8 %, em 2001, para 12 %, em 2007, estão diretamente relacionados ao incremento da criminalidade. Tampouco houve redução da incidência de HIV/AIDS relacionados com o consumo de drogas injetadas, e Portugal foi o único país europeu com um aumento no número de pacientes.

Para Pinto-Coelho, a opção pela política de redução de danos está alimentando a “doença”. Em sua avaliação, a mensagem de maior tolerância que é veiculada pela descriminalização induz a conclusão de que “se são toleradas é porque não causam mal”, levando a população em geral a ser mais leniente em relação aos riscos. Com relação aos dependentes químicos a ênfase está no controle do estado, privilegiando-se a distribuição de drogas de substituição, como a metadona (70 % das situações), e negando a dimensão do privado inerente ao consumo, que se inicia por uma escolha pessoal, por um ato de vontade.

Gerir o conjunto dos problemas levantados pela toxicodependência priorizando a redução dos danos sanitários e sociais que o consumo de drogas ilícitas necessariamente implica tem resultado na banalização do consumo, aumentado significativamente o número de novos usuários entre jovens, pouco ou nada motivando aqueles que já são dependentes para a mudança. Ou seja, no atual sistema de atenção ao uso de drogas vigente em Portugal, nem se previne o uso inicial nem se trata a dependência já instalada.

No Brasil, a redução de danos associados ao uso de crack tem ganhado adesão em diferentes cenas da política, da saúde, do meio artístico e acadêmico. Portugal nos envia uma mensagem clara: as cenas desta tragicomédia envolvem um roteiro conhecido, um enredo trágico, com protagonistas que padecem amargamente antes do fim da jornada. Os produtores formais e informais deste espetáculo têm responsabilidade pelo conteúdo, pelas conseqüências sociais de sua mensagem ao público. A redução de danos como principal política de saúde para usuários de drogas amplia a encenação do poder público – que finge tratar – e a densidade (dramática) desta ribalta que é a dependência química, com conseqüências desastrosas na ampliação destas “pequenas cenas itinerantes”.

Gilberto Lucio da Silva,

segundo vice-presidente da Abead

e coordenador da Comissão Organizadora

do XXI Congresso Brasileiro da Abead

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  • Usuário Growroom

Salve Growers!

Eh fascinante como esse artigo tenta derrubar categoricamente o que foi demonstrado no post sobre o mesmo assunto no http://dossielaranjeiras.blogspot.com/2011/08/descriminalizacao-portuguesa-e-exemplo.html

Não vamos recuar não!

Em frente, sem esmorecer. É só mais um pau mandado do Laranja!

Vamos sempre rebater esse tipo de notícia desses fracassados ae!

Jah bless!

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  • Usuário Growroom

Vi um vídeo do Canadá, que um centro de dependentes quimicos (heroina) tinha uma proposta muito inovadora. Fornecer a droga (heroina) totalmente livre de impurezas e fornecia GRATUITAMENTE para os dependentes com pré requisitos (além de ser dependente da droga): tinham que ter vida social e trabalhar.

Portugal também é foda, apenas liberou as drogas e nada fizeram (liberarm tudo pensando que isso iria ajudar) sem várias medidas que já são tomadas qdo se proíbe: palestras em escolas, centros de tratamento de dependentes. Não se libera heroina para se usar em praça de viciados, a céu aberto, achando que vai diminuir o numero de dependentes, sendo que de fato, o que diminui o numero de dependentes seria: trabalho, educação, artes, esportes e terapia familiar (muitos começam por causa da família de merda que tem). Em 2009 não era isso que as pesquisas apontavam: Portugal faz um balanço positivo sobre a discriminalização das drogas: o que houve nesses dois anos??? o que o governo deixou de fazer (essa seria a pergunta)

No Brasil, se a maconha não for liberada, QUE PROIBAM A VENDA DE ALCOOL: 300ml de pinga custa uns R$3,00 (aquele barrilzinho ou havaianinha). São R$3,00 que o cara vai ficar bem loco, arruma briga na rua (principalmente no bar) e depois vai pra casa e espanca a mulher, bate e xinga o filho e abusa da filha (gente tenho vergonha de dizer que isso é SUPER COMUM aqui nesta merda de país corrupto). Aí o filho vira ladrão ou traficante (se der sorte, fica dependente de crack) e a menina vai virar prostituta. Galera, a droga que desestrutura a sociedade era e é o alcool.

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  • Usuário Growroom

Será que alguém teria fontes para desmentir as afirmações do texto, principalmente essas:

1) "A criminalidade não se reduziu a partir da lei, mas, pelo contrário, verificou-se um aumento de 9%, principalmente nos crimes cometidos sob a influência de drogas, e com o objetivo de obter dinheiro para manter o consumo"

2) "Mas ainda, Portugal foi o único país europeu onde ocorreu um aumento do número de homicídios entre 2001 e 2006"

3) " Inegavelmente, o aumento do consumo de drogas, em torno de 4,2 %, e do consumo de drogas na vida, que passou de 7,8 %, em 2001, para 12 %, em 2007, estão diretamente relacionados ao incremento da criminalidade."

4) " Tampouco houve redução da incidência de HIV/AIDS relacionados com o consumo de drogas injetadas, e Portugal foi o único país europeu com um aumento no número de pacientes."

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  • Usuário Growroom

Será que alguém teria fontes para desmentir as afirmações do texto, principalmente essas:

2) "Mas ainda, Portugal foi o único país europeu onde ocorreu um aumento do número de homicídios entre 2001 e 2006"

3) " Inegavelmente, o aumento do consumo de drogas, em torno de 4,2 %, e do consumo de drogas na vida, que passou de 7,8 %, em 2001, para 12 %, em 2007, estão diretamente relacionados ao incremento da criminalidade."

4) " Tampouco houve redução da incidência de HIV/AIDS relacionados com o consumo de drogas injetadas, e Portugal foi o único país europeu com um aumento no número de pacientes."

Marchador o link que o marofa passou é muito bom. #paunalaranjeira

e tem esse do estadão que eu achei

Política antidroga a lá EUA (repressiva, que pune o usuário com penas duras) só deixa a sociedade mais caótica: quem deveria estar preso é o bandido e não o carinha lá da esquina que comprou um beck e foi pego fumando um cigarrinho e vai ficar preso por 6 meses com ladrões, assassinos e psicopatas (psicopata≠serial killer)

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  • Usuário Growroom

Será que alguém teria fontes para desmentir as afirmações do texto, principalmente essas:

1) "A criminalidade não se reduziu a partir da lei, mas, pelo contrário, verificou-se um aumento de 9%, principalmente nos crimes cometidos sob a influência de drogas, e com o objetivo de obter dinheiro para manter o consumo"

2) "Mas ainda, Portugal foi o único país europeu onde ocorreu um aumento do número de homicídios entre 2001 e 2006"

3) " Inegavelmente, o aumento do consumo de drogas, em torno de 4,2 %, e do consumo de drogas na vida, que passou de 7,8 %, em 2001, para 12 %, em 2007, estão diretamente relacionados ao incremento da criminalidade."

4) " Tampouco houve redução da incidência de HIV/AIDS relacionados com o consumo de drogas injetadas, e Portugal foi o único país europeu com um aumento no número de pacientes."

ate acredito q esses quesitos tenham acontecido mesmo, porem isso pode ser a uma ma aplicação da legislação pelo poder publico por que se fosse tao perigoso esses dados o poder publico portugues ja teria interferido. isso e apenas minha opinião

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  • Usuário Growroom

"Pesquisa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo revelou que, entre 2006 e 2008, o número de usuários de crack que possuem renda acima de 20 salários mínimos cresceu 139,5%, passando a representar 15% dos atendimentos para abandonar a dependência"

E essa afirmação também é mentira, usuário de crack que ganha mais de 20 mínimos, mais de 10 mil por mês, quem são esses, juízes, deputados, promotores, PFs??? Não é qualquer um que ganha 10 pau por mês nesse Brasil. E quem conseguiu um salário desses tem cabeça o suficiente pra saber que fumar crack é uma roubada.

Eles tão apavorados vendo que a mamata deles vai acabar e tão falando tudo que é merda que vem na cabeça.

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  • Usuário Growroom

Vi um vídeo do Canadá, que um centro de dependentes quimicos (heroina) tinha uma proposta muito inovadora. Fornecer a droga (heroina) totalmente livre de impurezas e fornecia GRATUITAMENTE para os dependentes com pré requisitos (além de ser dependente da droga): tinham que ter vida social e trabalhar.

Portugal também é foda, apenas liberou as drogas e nada fizeram (liberarm tudo pensando que isso iria ajudar) sem várias medidas que já são tomadas qdo se proíbe: palestras em escolas, centros de tratamento de dependentes. Não se libera heroina para se usar em praça de viciados, a céu aberto, achando que vai diminuir o numero de dependentes, sendo que de fato, o que diminui o numero de dependentes seria: trabalho, educação, artes, esportes e terapia familiar (muitos começam por causa da família de merda que tem). Em 2009 não era isso que as pesquisas apontavam: Portugal faz um balanço positivo sobre a discriminalização das drogas: o que houve nesses dois anos??? o que o governo deixou de fazer (essa seria a pergunta)

No Brasil, se a maconha não for liberada, QUE PROIBAM A VENDA DE ALCOOL: 300ml de pinga custa uns R$3,00 (aquele barrilzinho ou havaianinha). São R$3,00 que o cara vai ficar bem loco, arruma briga na rua (principalmente no bar) e depois vai pra casa e espanca a mulher, bate e xinga o filho e abusa da filha (gente tenho vergonha de dizer que isso é SUPER COMUM aqui nesta merda de país corrupto). Aí o filho vira ladrão ou traficante (se der sorte, fica dependente de crack) e a menina vai virar prostituta. Galera, a droga que desestrutura a sociedade era e é o alcool.

esse doc. se chama RAW OPIUM e tem aqui no Gr. fala bastante da politica portuguessa de controle ao abuso de drogas.

http://www.growroom.net/board/topic/41670-raw-opium/

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  • Usuário Growroom

"...verificou-se um aumento de 9%, principalmente nos crimes cometidos sob a influência de drogas, e com o objetivo de obter dinheiro para manter o consumo.

"

Fiquei curioso. Como é que eles conseguiram esse dado. Fiquei imaginando, eles ficam na espreita esperando o delito e aí pegam o infrator e fazem teste toxicológico? E ainda na sequencia aplicam um questionário para saber o destino do produto do furto???

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  • Usuário Growroom

Entrevista com Glen Greenwald (que elaborou um relatório sobre a experiência portuguesa para o Instituto CATO/EUA) publicada em julho/2009 no Comunidade Segura, por Lis Horta Moriconi.

"É possível medir a criminalidade relacionada às drogas?

Isso é de fato um problema. Você pode inspecionar as mortes relacionadas às drogas – haverá uma investigação, uma autópsia. Mas é realmente difícil classificar um crime dessa forma. Se uma pessoa que é muito pobre rouba alguém para comprar comida, ou outros bens de primeira necessidade, isso é um crime relacionado à droga? Ou relacionado à pobreza simplesmente? Ou somente impulso criminal mesmo? As estatísticas para crime relacionado às drogas são bem pouco confiáveis, e em muitos países não é nem levada em conta. Eu faço foco nas coisas que você pode medir, como taxas de prevalência, mortes relacionadas às drogas e doenças sexualmente transmissíveis – aí você pode ver o que é efetivo.

"

Entrevista completa:

http://www.kiai.med.br/drogas/a-experiencia-portuguesa-oito-anos-apos-a-descriminalizacao-das-drogas-294/

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  • 7 months later...
  • Usuário Growroom

Boas companheiros do Brasil.

Esse Manuel Pinto Correia é o Maior proibicionista Portugues. Ele é dono de varios centros de tratamento privados de toxicodependentes, e foi formado nos Estados Unidos. Por outras palavras.. tem interesses economicos em leis mais repressivas. Ele em Portugal fala sozinho, porque ninguem vai nas cantigas dele. Todos os partidos concordam com a lei.

Quanto aos factos ai apresentados no texto, nao estão bem explicados. A criminalidade aumentou, mas nao devido às drogas, mas sim por causa da degradação da qualidade de vida dos portugueses, e tambem fruto de uma grande imigração. Os casos de HIV por consumo de drogas injectadas baixaram, e continua baixando, assim como o consumo de heroina que está nos seu niveis mais baixos desde à varias decadas, e continua descendo, o que fez com que a criminalidade relacionada com o consumo de drogas fosse mais reduzida. O consumo de Crack aumentou, mas o mesmo aconteceu um pouco por toda a Europa/Mundo. O consumo de canabis subiu cerca de 4%, depois estabilizou, entretanto penso que ate ja tenha reduzido. O mesmo nao se pode dizer por exemplo dos EUA, onde existe o modelo que os proibicionistas defendem, e tem das taxas de consumo mais elevadas.

Para terminar, quero dizer que a lei em Portugal é pobre e com bastantes lacunas, mas nao prendemos ninguem por apenas consumir qualquer tipo de droga que seja. Não destruimos familias nem atiramos jovens para a marginalidade causada pela reclusão.

Rumo a legalização continuaremos lutando!

Abraços.

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