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Alunos Entram Em Confronto Com A Polícia Militar Na Usp


verdegulho

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  • Usuário Growroom

o numero de policiais foi pra quem os estudantes nao pjdessem reagir e nao gerar violencia....

na minha opiniao nao deveriam mobilizar tanto dinheiro publico pra tal... deixa que os caras da usp se entendam...

dogo... vc defende o combate da violencia com mais violencia... falou q gas de pimenta eh pouco

voce nao é passivel da minha atençao

que bom q todos fossem como vc.. pq sinceramente.. nao da pra discutir com gente assim

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retiradi de

http://blogs.estadao...ha-nao-e-crime/

posse de maconha não é crime

Num estado autoritário, o grupo que toma o poder considera seus opositores inimigos.

A matemática é simples: utiliza todos os meios de repressão para manter a ordem interna. A polícia passa a agir não a favor do cidadão, mas contra.

Durante a ditadura brasileira, a ausência da PM nos campi universitários foi a munição que precisávamos para acabar com ela. Neles, iniciamos os movimentos pela Anistia e Liberdades Democráticas.

As primeiras passeatas e manifestações saíram dos campi. A sociedade civil, inclusive a Igreja, rompeu com o regime depois do movimento estudantil reorganizado.

Num estado democrático, deveríamos dar boas-vindas à presença da PM na USP, para combater a epidêmica violência urbana e dar segurança aos alunos.

No entanto, herança de tempos atrás, as rondas passaram a dar batidas em estudantes a procura de entorpecentes. E flagrou três deles com maconha. A prisão causou protestos, quebra-quebra e a ocupação de prédios da administração.

Não é de hoje que a polícia passa muito tempo revistando a juventude em busca de uma ponta de maconha, para um achaque. A prática existe desde que sou jovem.

Nas ruas e estradas.

Nos postos policiais rodoviários, em que dão uma geral em nossos carros, enquanto passam carros e cargas roubadas, armas e contrabando.

Quem já não foi parado nos postos de Paraty e Penedo e não levou uma geral?

No Rio, basta ver uma placa de São Paulo que a PM faz uma revista dura. E se acha algo, extorsão na certa. A sociedade brasileira quer que parte da força policial continue “perdendo tempo” com usuários comuns?

Os três estudantes da USP foram levados para a delegacia e liberados horas depois.

Alguns defenderam a ação da polícia.

Afinal, fumar maconha é crime, e uspianos não deveriam se sentir acima da lei.

Errado.

A Lei 11.343/06, que entrou em vigor em 2006, revogou a n° 6.368/76 e instituiu novas normas reguladoras quanto à posse de tóxicos (artigo 28).

O crime de porte de substância entorpecente para uso próprio não impõe mais pena de detenção ou reclusão. As sanções previstas são de cunho sócio educativo, como prestação de serviços e admoestação verbal.

Se o artigo 28 não prevê pena de detenção ou reclusão, está descriminalizada a conduta do porte de entorpecentes para uso próprio.

O jurista Luiz Flávio Gomes escreveu: “Se legalmente, no Brasil, crime é a infração penal punida com reclusão ou detenção, não há dúvida que a posse de droga para consumo pessoal com a nova lei deixou de ser crime, porque as sanções impostas para essa conduta, advertência, prestação de serviços à comunidade e comparecimento a programas educativos, não conduzem a nenhum tipo de prisão. Aliás, justamente por isso, tampouco essa conduta passou a ser contravenção penal, que se caracteriza pela imposição de prisão simples ou multa.”

“Em outras palavras: a nova lei de tóxicos, no art. 28, descriminalizou a conduta da posse de droga para consumo pessoal. Retirou-lhe a etiqueta de infração penal, porque de modo algum permite a pena de prisão. E sem pena de prisão não se pode admitir a existência de infração penal no nosso país”, completou.

Sua tese está disponível no site www.jusnavegandi.com.br.

Não é melhor avisar a PM? Não prestaria um serviço melhor se estivesse atrás dos verdadeiros criminosos?

Marcelo Rubens Paiva

Concordo com tudo, mas isso deveria valer para qualquer pessoa e não apenas para alunos da USP.

Os alunos pegos com maconha não foram presos. Se eu for pego com maconha vc acha que eu nao vou para em uma delegacia ? A lei é para todos. Vamos mudars as leis q estão erradas, ou sendo aplicadas de forma errada, e não dar privilégios para alguns poucos... mas como deixam claro esses estudantes da USP, a questão é com o Reitor e não sobre a maconha. Não teve nada de "educativo" sobre a maconha nessa manifestação.

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Quarta-feira, Novembro 09, 2011

USP - O que a mídia não viu e o debate inteligente que perdemos

O baseado não tem nada a ver com a questão. Começou bem antes disso, na verdade. Se você leu jornais e revistas, deve achar que todos os alunos que querem a PM fora são comunistas, maconheiros, desocupados, filhinhos de papai, etc. Então, peço que leia este texto. Principalmente se acha que o assunto é uma perda de tempo.

Primeiro, eu sou contra a ocupação da reitoria. Segundo, é fato que a lista de coisas erradas parece não ter fim. Fiquei puto porque os radicais conseguiram destruir o debate. Afastaram a imprensa (bateram inclusive), misturaram críticas ao capitalismo, até molotov tinha ontem (suprema idiotice).

Mas a estupidez pra mim termina aí. Não acredite que a maior parte das pessoas lá está protestando a favor do comunismo, leninismo ou qualquer ismo antigo. Não é verdade, embora seja sempre legal divulgar esse símbolo, a reação das pessoas é forte e imediata.

O que está realmente mobilizando a parte pensante do grupo é um debate bem complexo sobre autonomia universitária, que tem raízes históricas (até medievais) e um conceito educacional relevante. Não é à toa que Harvard tem uma polícia universitária. Aliás, são muito eficientes (isso não quer dizer que não tenha assaltos, eu soube de dois casos enquanto estive lá).

De qualquer forma, parece evidente que vale discutir sim. Principalmente porque esta ainda é a principal universidade do País e precisa ser um modelo para o resto (que péssimo trabalho alunos e reitoria tem feito até agora).

E a discussão é a seguinte: a universidade pública se inspira em um modelo em que os alunos podem influenciar a gestão do espaço. Então a briga começou quando este reitor foi escolhido de uma maneira que os alunos consideram arbitrária (existe um protocolo e os alunos consideram que ele não foi seguido). E começaram os embates.

Aí o reitor – se sentindo inseguro – pediu ao governador para colocar a PM lá. Um mês depois do convênio ser assinado, uma aluna foi baleada. Para os alunos, parecia que a segurança não tinha melhorado nada.

A segurança é de fato um tema polêmico, mas é complexo e merecia sim ser discutido. A área da USP é grande demais e mal iluminada, então o contingente necessário para dar segurança teria de ser enorme. E isso não vai acontecer. Por isso, os alunos preferem iluminação e um sistema de vídeo.

Some isso ao fato de que existe um longo histórico de truculência, alunos de todo tipo e perfil já reclamaram contra a PM e existe uma quantidade grande de casos engavetados. Enxergue isso do ponto de vista da autonomia universitária (pesquise o tema, se tiver interesse). O aluno consciente se sente ferido sem receber nada (nem segurança) em troca. Inclusive, a PM já respondeu até a professores que não estão lá para dar segurança ao indivíduo e sim ao patrimônio. Será que não vale mesmo a pena discutir um modelo melhor?

A movimentação dos estudantes foi estúpida porque foi feita da forma errada e no momento errado. Mas o fato é que o debate não tem nada a ver com fumar maconha e sim com um conceito importante e que merecia ser discutido. Pena que nenhum jornalista teve cérebro pra abordar isso em uma matéria. Dá muito mais ibope fazer matéria caricata, mesmo que a consequência seja incentivar o preconceito nos outros. Bom trabalho, imprensa.

postado por Godinho às <a class="post-footer-link" href="http://ideianarede.blogspot.com/2011/11/usp-o-que-midia-nao-viu-e-o-debate.html" title="permanent link"> 6:14 PM

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discordo só um pouco do godinho

Enquanto os seres pensantes não forem livres, o governo vai continuar a tolher a educação.... a questao da maconha embora muitos não admitam está em pauta sim nas reivindicações dos estudantes num CONTEXTO MAIOR e muiro menos MESQUINHO do que somente legalizar por legalizar

é dar cultura e educação

corrigir injustiças históricas

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  • Usuário Growroom

Sandino, vale a pena discutir um modelo melhor de segurança para USP e para a cidade de São Paulo em geral, que é um das cidades mais violentas do mundo, mas não da forma como feita por esses estudantes... que se utilizaram de violência sim. Violência gera violência. Marcha da Maconha é pacífica e hj tem seu direito de existir resguardado pela justiça.

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InsaneBrain,

Você por acaso é grower?

Pare e pense se não entende os argumentos, não escrevi sobre o interunesp pq sou idiota, existe um motivo por trás das ações das pessoas.

Assim como existe um motivo por trás dos movimentos na USP, você por acaso reparou que a causa dos 400 que invadiram a FFLet agora se somam 2.000? Você percebe que a movimentação está ficando séria e a maioria dos alunos está tentando desviar o foco da legalização e mostrar a real revindicação que é democracia na USP!

DEMOCRACIA NO BRASIL!

É muito facil ficar em casa comprando produtos e esperando que entreguem, difícil é plantar o trigo e sovar o pão

Com as respostas de sempre não se faz democracia, ficaremos eternamente tentando fazer a lei do ficha limpa valer.

O que acontece na UNesp

acontece na USP

acontece na UNIP

Acontece na UEL

e por ai vai

em todas as universidades a apatia é o que mais rola.

O que acontece nas universidades é o que acontece na sociedade como um todo.

A desinformação, ou interpretação parcial dos fatos gera o poder dos que nos controlam

A aceitação do gado forte e numeroso de seguir o caminho dos 3 peões que os direcionam

Gasolina a 3 reais - culpa do governo - cadê a população nas ruas? e o protesto?

Cada Mês uma CPI nova - cade iptimas? onde estão as prisões dos que roubam o povo e destroem a educação? - e o podo nas ruas pedindo mudanças?

Se seu mundo está perfeito continue atrás do seu teclado, você deve ter dinheiro o suficiente para garantir sua liberdade

A por favor, me explique: como se discute com os que mandam?

E comece legalizando a cannabis (temos respaldo científico o suficiente para isso)

Beijo do Magro

Fangorn

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o numero de policiais foi pra quem os estudantes nao pjdessem reagir e nao gerar violencia....

na minha opiniao nao deveriam mobilizar tanto dinheiro publico pra tal... deixa que os caras da usp se entendam...

dogo... vc defende o combate da violencia com mais violencia... falou q gas de pimenta eh pouco

voce nao é passivel da minha atençao

que bom q todos fossem como vc.. pq sinceramente.. nao da pra discutir com gente assim

problema seu...queria que pudesse ver as rugas de preoicupacao em minha face auhauhauhauh

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Respeito a corrente que Dr. Luis Flavio Gomes segue, mas essa não é a corrente majoritária seguida no judiciário.

Nesse sentido, Damásio de Jesus em seu livro “Lei Anti Drogas Anotada”, pag 53, explica:

“.. De observar-se que a Constituição Federal declara que a “lei regulará a individualização da pena (criminal) e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição de liberdade; B) perda de bens; c)multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos” Art. 5º, XLVI. Nota-se, portanto, que o Texto Maior expressamente autoriza a existência de crime sem a cominação de pena privativa de liberdade.”

Fumar maconha é “crime” sim, e o campi da usp não é uma região fora do país, devendo seguir a legislação de todo o resto do país.t

e naquele video onde uma desiquilibrada estava a atrapalhar o servico legitimo da pm, faltou ser presa por desobediencia, se aloprasse, gas de pimenta, mas muito gas!!!! se aloprasse ainda mais, uso de forca ....

Cara, aquela menina do video deve ter serios problemas mentais ahuahuauha

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A por favor, me explique: como se discute com os que mandam?

E comece legalizando a cannabis (temos respaldo científico o suficiente para isso)

Beijo do Magro

Fangorn

Alunos: "queremos discutir a pm no campus"

Reitor: "vá reclamar com o bispo!"

afinal ele tá lá não democraticamente.

Fica agora, minha pergunta

Como discutir com os politicos?Também quero saber fangorn,

como se discute com os que mandam... se tao ca$#@% pra vc... eles so enxergam voto.. isso sim mexe com eles

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  • Usuário Growroom

Respeito a corrente que Dr. Luis Flavio Gomes segue, mas essa não é a corrente majoritária seguida no judiciário.

Nesse sentido, Damásio de Jesus em seu livro “Lei Anti Drogas Anotada”, pag 53, explica:

“.. De observar-se que a Constituição Federal declara que a “lei regulará a individualização da pena (criminal) e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou restrição de liberdade; B) perda de bens; c)multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição de direitos” Art. 5º, XLVI. Nota-se, portanto, que o Texto Maior expressamente autoriza a existência de crime sem a cominação de pena privativa de liberdade.”

Fumar maconha é “crime” sim, e o campi da usp não é uma região fora do país, devendo seguir a legislação de todo o resto do país.t

e naquele video onde uma desiquilibrada estava a atrapalhar o servico legitimo da pm, faltou ser presa por desobediencia, se aloprasse, gas de pimenta, mas muito gas!!!! se aloprasse ainda mais, uso de forca ....

Cara, aquela menina do video deve ter serios problemas mentais ahuahuauha

Como sempre provando que a academia militar bitola o Individuo, e o deixa sedento de Vingança Social.

Este Senhor, Damásio de Jesus, adorado pela gente linha dura, defensora do "homem reto" - e quem não for, deve se encaixar, sob o risco de sofrer todo o "rigor da lei" - destila preconceitos, ser superior que é, é um Legalista (no pior sentido do termo) Conservador; Aclamado nos cursos de formação de alinhamento ideológico neo-liberal, por ser a lei penal herdada da ditadura de Vargas, grande promotora de Apartheid Social, extremamente benéfica aos interesses da elite conservadora e reacionária.

Nossa sorte é que ao contrário do que preconiza o cão raivoso; os entendimentos mais progressistas e inteligentes (pois acompanham [ou tentam] a evolução da sociedade) estão cada vez mais fortes! Dada a falta de ignorância (sic) cada vez maior nas academias universitárias... Ou seja. A onda reacionária crescente da sociedade é inversamente revertida dentro das universidades. Isso causa calafrios nos detentores "das guias dos cães"!

Quanto o resto... Melhor não comentar... é dar corda pra louco...

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ÉPOCA - Paulo Moreira Leite

ÉPOCA – Paulo Moreira Leite

Guerra de ilusões e fantasmas na USP

08:08, 9/11/2011 Paulo Moreira LeitePolítica Tags: PM, Universidade

Quem chegasse à 91a. delegacia de Policia Civil de São Paulo, na manhã de ontem encontraria um ambiente de paz. Na rua, três ônibus de cortinas negras, fechadas, traziam os 70 estudantes detidos que, pouco a pouco, seriam chamados a prestar depoimento sobre a invasão da reitoria da USP. No lado de dentro, delegados e policiais conversavam com os primeiros repórteres que apareceram.

A idéia, disse um delegado, era denunciar os estudantes por um ato de desobediência, incontornável depois que eles não acataram a ordem da Justiça de deixar a reitoria.

O passo seguinte seria um “Termo Circunstanciado de Ocorrencia”, documento que é menos relevante do que o célebre Boletim de Ocorrencia usado até para batida de automóvel. Feito isso, se dizia, eles seriam enviados para casa.

Ao meio dia, a conversa havia mudado. Chamado para atuar nessas horas, o deputado estadual do PT Adriano Diogo compareceu a um encontro fechado com tres delegados e uma delegada envolvidos diretamente no caso. O deputado me pediu para acompanhá-lo como testemunha.

Naquele momento, pretendia-se enquadrar os estudantes em três artigos. Além da desobediência, haveria o dano qualificado de patrimonio, em função de depredações encontradas na reitoria, e até por crime ambiental, por causa de pinturas nas paredes. (Ao longo do dia, essa postura mudaria mais uma vez e se abandonaria a acusação por crime ambiental.)

“NÃO CHEGAMOS AOS CABEÇAS’

Na reunião com Adriano Diogo, os delegados disseram que eram crimes graves. Avisaram que iriam pedir a prisão provisória dos estudantes e que já estavam procurando presídios onde pudessem ser alojados. Lembrando que a única hipótese de escapar era pagar a fiança, que, estipulada inicialmente em R$ 1050, fora rebaixada para um salário minimo, um deles disse: “dificilmente todos poderão ir para um mesmo lugar. Eles serão divididos. Quem sabe tenham de passar a primeira noite aqui.”

Um delegado insinuou que o deputado do PT poderia pagar a fiança. Adriano Diogo ficou irritado. Era uma tentativa de colocar o partido por trás de uma mobilização política que é comandada por estudantes cujo esquerdismo desafia padrões da pura racionalidade política. Fazendo ironia, ele perguntou se o delegado estava falando em propina ou se queria receber na forma de emendinha.

Uma explicação para a mudança de atitude da polícia é tecnica. Decidira-se por uma punição branda logo cedo, quando não havia sido feito um levantamento completo dos estragos na reitoria. “Depois se viu que a coisa era mais grave,” disse um assessor da Secretaria de Segurança. Mas ganhou curso em conversas entre pessoas envolvidas com a desocupação uma explicação política: os policiais foram instruídos a aplicar punições mais duras como parte de um esforço de imagem do governador Geraldo Alckmin. Como a maioria da população não enxerga o movimento dos estudantes com simpatia, uma reação considerada enérgica seria uma forma de associar Alckmin com uma preocupação em defesa da ordem. “Até segunda ordem a ordem é dar o exemplo,” me disse, ironico, um dos policiais que recebera os jornalistas pela manhã.

No encontro com Adriano Diogo, um dos delegados falou que as redes sociais deixavam claro que havia muito repúdio da população contra os estudantes. É um argumento estranho, já que o grau de periculosidade de uma pessoa não pode ser medida por sua aprovação maior ou menor no Ibope, nas colunas sociais ou na internet. O problema são os fatos.

O deputado perguntou se não era uma punição demasiada. ”Ainda é pouco,” disse um delegado, que acrescentou, num tom que embutia até uma certa possibilidade de ampliar os interrogatórios e quem sabe, as investigações: “ainda não chegamos aos cabeças,” acrescentou, referindo-se aos sindicatos de funcionários da USP que mantém um convívio estreito com as organizações dos estudantes.

Um pouco antes, a policia montou uma dessas vitrines fotograficas com parte do material encontrado na reitoria. Eram caixas de fogos de artifício, que um jornal descreveu erradamente como morteiro. Também foram exibidas meia duzia de garrafas de coquetéis Molotov. Os estudantes negam que tivessem levado o material para lá. O cenário ficou seriamente prejudicado, porém. Esse material foi apreendido quando os estudantes já não se encontravam na reitoria, o que pode dar credibilidade ao argumento de que era uma armação.

No encontro com o deputado, o mesmo delegado prosseguiu: “não enquadramos posse de arma de fogo. Seria pior ainda para eles, pois é inafiançável.”

A sentença era dura: “eles vão ter o que procuraram.”

O tom da conversa era este. Por uns minutos, parecia que estávamos diante de uma equipe policial que acabara de apanhar um grupo subversivo dos anos 60 e 70. Minha impressão era que montara-se uma combinação de enganos.

Lá fora, muitos estudantes diziam — com convicção — que seu movimento expressa a alvorada de um levante popular, exemplo do que acontece com a insurreição estudantil no Chile, a revolta dos indignados na Espanha, a ocupação de Wall Street e tudo mais. Na sala com os delegados, ouvia-se argumentos típicos da polícia política do regime miltar.

Os confrontos políticos fazem parte da vida em sociedade. São mais claros e produtivos quando seus protagonistas sabem do que falam. Tornam-se confusos e desgastantes quando se baseiam em ilusões.

A sensação ali na delegacia era de um espetáculo no qual nenhum dos protagonistas tinha idéia do enredo que estava representando. Não é obrigatório ter consciência de tudo o tempo inteiro. Mas quando enganos mútuos acontecem é mais fácil caminhar-se para o erro e o desastre.

Nessa situação, as pessoas tomam iniciativas e atitudes sem base no conhecimento da realidade, o que torna difícil atingir objetivos pretendidos. Ao contrário do que ocorreu em outras situações políticas, quando os estudantes eram aplaudidos ao fazer passeatas nas grandes cidades, hoje eles estão fechados em seu próprio mundo, conversando com eles mesmos.

Isso se reflete em sua atitude em relação a USP, a mais respeitada universidade do país, sonho tão distante da vida da maioria dos brasileiros que eles sequer conseguem imaginar que seus filhos possam alcançá-lo, um dia.

Ao sabe que iria me levar para a 91a. delegacia, o taxista lembrou que o rádio havia noticiado que este seria o destino dos estudantes e observou: “aquele movimento deles tá meio fraquinho, né…”

Andando pela delegacia, Adriano Diogo não conseguia evitar um leve riso irônico ao relembrar a origem da ocupação da reitoria. “Os conservadores do PSOL e do PSTU eram contra,” diz ele, mudando o tom de voz na palavra “conservador,” mencionando a sigla mais à esquerda do Congresso brasileire e uma organização de atuação extraparlamentar, que rompeu com a CUT e hoje anima uma corrente sindical agressiva e voluntariosa, o Comlutas.

Estudantes ligados ao PSOL e ao PST, que dirigem do DCE, eram contrários a invasão da reitoria. Numa assembléia tumultuada, onde cada parte acusa a outra de dar mais um golpe clássico em deliberações estudantis, os alunos favoraveis assumiram os trabalhos e decidiram fazer a invasão.

Um dirigente de uma das tendencias mais antigas dentro do Partido dos Trabalhadores apareceu na delegacia para encontrar dois militantes que participaram da invasão sem saber direito por que. “Nós discutimos e explicamos porque não deviamos apoiar essa ação. Mas, depois que a assembléia aprovou a invasão, eles acabaram entrando no bolo.”

O mundo estudantil sempre teve a fisionomia de um aquário mas, neste caso, as particularidades parecem maiores do que a média. As duas ou três organizações que estiveram à frente da invasão da reitoria exibem um radicalismo que um dia teve suas ligações com o pensamento de Leon Trotski, o primeiro líder comunista a reconhecer que o regime saído da revolução russa de 1917 caminhava para um fracasso que poderia produzir um retorno ao capitalismo.

Eles detestam a mídia, questionam a distribuição de renda ocorrida nos últimos anos como puro consumismo. Uma estudante me disse que a luta deles é difícil porque estão combatendo “essa democracia.”

A fraqueza desses estudantes em relação a própria massa estudantil é enorme. Nas últimas eleições para o DCE, uma chapa conservadora mostrou uma presença que não se via há muitas décadas. Muitos se perguntam o que teria acontecido se os votos de uma faculdade onde essa chapa tinha boa penetração tivessem sido anulados. A maioria dos observadores acredita que só irá crescer na próxima eleição.

Há concretamente um choque de civilizações entre estudantes e a PM. Habituada a fazer seu trabalho junto às parcelas humildes da população, que não tem meios de defesa nem canais de denúncia e reivindicação, ao atravessar a universidade a PM entra em rota de colisão com um mundo diferente, com outros códigos e discursos — e mais poder de retaliação.

Em vez de encontrar cidadãos socialmente indefesos, os soldados estão diante de brasileiros e brasileiras que tem outra condição social. As estatisticas informam que as universidades públicas estão longe de constituir um abrigo exclusivo de filhinhos de papai, como sustentam os advogados de sua privatização, mas são uma instituição que abriga pessoas que estão condenadas a agir e reagir como personagens de nossa elite cultural.

Essa possibilidade de resistência dificulta a aplicação, nas universidades, do simples jogo bruto que é comum em outros lugares. Ontem ouvi três histórias de violência que chamaram a atenção:

1- Uma estudante de Filosofia me disse que passou 40 minutos de pavor e

agressão, por volta das cinco da manhã, quando começou a desocupação. Foi arrastada e jogada no chão, teve sua câmara de filmar e fotografar quebrada. Ao gritar por socorro, foi silenciada com um instrumento de borracha enfiado em sua boca. Mais tarde, apertaram seu pescoço com um cassetete. Quando me deu um depoimento, chorou várias vezes e mostrou o lábio com manchas internas escuras, que eram marcas da agressão, disse.

2- Um estudante de Letras contou que foi apanhado pela PM do lado de fora da reitoria. Derrubado, foi algemado, enquanto um PM usava o pé para apertar sua cabeça contra o chão. O pai deste estudante, um funcionário público, disse que viu imagens da cena na câmara de um cinegrafista de TV que cobria a cena. “Minha mulher também viu e não pára de chorar até agora. Era tão estranho ver aquela cena que eu não conseguia acreditar que fosse meu filho.”

3 – Um terceiro estudante me mostrou um corte no supercilio esquerdo por baixo de um curativo grosseiro, com esparadrapo. Disse que fora agredido por um PM durante a desocupação da reitoria. “Ele me acertou com um escudo,” disse o estudante.

PROTESTO COM APOIO DE MINISTRO

Entrevistei o major PM Sofner, da Comunicação Social. Perguntei sua resposta a estes depoimentos. O major me disse que haviam apurado e que não era nada sério. Perguntei especificamente sobre o depoimento daquela estudante que foi arrastada, empurrada, jogada no chão. Ele me disse que não era verdade mas que estavam investigando. O ar era de quem não acreditava naquilo. Mas também parecia pura formalidade diante de um jornalista.

Vamos combinar que não há comparação possível entre a violencia cotidiana da PM contra a população humilde de São Paulo e das grandes cidades brasileiras. Por essa critério, a atuação dos policiais com os estudantes poderia ser classificada como educadíssima.

(nota do sandino: hahahahaahahahahaha só rindo)

O ministro da Educação e candidato a prefeito de São Paulo Fernando Haddad – antigo aluno da USP – condenou publicamente a invasão, um apoio que os estudantes comemoravam discretamente em volta daqueles onibus em que ficaram detidos durante 17 horas. Talvez não haja mais curioso sinal dos tempos do que um protesto estudantil com apoio de ministro da Educação. Mas Haddad declarou que a universidade “não é cracolandia” e uma das vítimas da violencia da PM reclamou porque “nós não achamos que seria correto fazer na cracolandia o que fizeram na USP.”

O esforço de criminalização dos estudantes inclui a técnica de dizer e repetir a besteira de que eles não passam de maconheiros interessados em livrar-se da PM para fumar seus baseados à vontade. É injusto, mentiroso e irresponsável. Basta ler jornais para ter uma idéia das mazelas que envolvem a Polícia Militar e é importante que se discuta isso. A PM tem uma postura agressiva em relação a estudantes, quando poderia ter uma atuação mais ponderada. Precisa ser controlada e dirigida e isso cabe à quem responde por seus serviços, a reitoria. Mesmo que se diga que é proibido fumar maconha, é preferível ver a PM cuidado de crimes mais graves e importantes quando faz seu trabalho na USP.

Mas não concordo com sua reivindicação, ”Fora PM.”

Como a maioria dos brasileiros, acho que a segurança é um direito da população e um dever do Estado. A população quer tranquilidade para trabalhar, andar pela rua, divertir-se. A menos que se prove que os dados divulgados são falsos, o que não se fez até o momento, a entrada da PM na USP trouxe benefícios evidentes neste quesito.

Sei que a corporação acumula um comportamento violento e autoritário que vai muito além do razoável. Isso está errado e é inaceitável. Mais perturbadores, ainda, são relatos de ações de espionagem política sobre as organizações dos estudantes e sobre o sindicato de funcionários da USP. Numa das assembléias anteriores a invasão, um grupo de cidadãos à paisana, que se dizia jornalistas, teve um comportamento típico de agentes provocadores, dando pontapés e cometendo agressões contra estudantes.

O debate sobre segurança é atual e tem uma dimensão nacional. Mas nenhuma proposta de reforma ou mesmo reconstrução da PM, autoriza que se dispense o serviço da corporação.

A boa educação política ensina que é preciso separar as coisas. Numa democracia, todos precisam aprender isso.

A presença da PM na universidade não pode servir de desculpa para agressões contra estudantes.

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no final ele cagou o pau..... as estatísticas demostram sim que PM na USP em nada afetou os índices de criminalidade é só olhar na página 26 deste tópico.

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  • Usuário Growroom

Não sei se ja postaram esse texto, achei bem interessante e esclarecedor...

O choque na USP e a militarização de São Paulo

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Acabou como previsto a ocupação da reitoria da USP. Duzentos homens da tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo foram ativados para tirar 73 estudantes à força. O imprevisto foi a torrente de impropérios internéticos contra os uspianos. A rapaziada foi tratada de filhinho de papai pra baixo, com uns dobermanns advogando pau neles, cassetete, gás lacrimogêneo e cadeia.

É inveja. Quem não queria ter 21 anos e estudar na USP, zero de preocupação com grana, namorar umas mocinhas cabeça, fumar unzinho na praça do Relógio, nadar lá naquele piscinão lindo, e ainda se sentir super-rebelde, nas barricadas, parte de um movimento internacional de libertação? Bem, eu não.

Entrei em duas faculdades na USP, Jornalismo e, só de chinfra, História. A primeira abandonei. A segunda fui um dia e nunca mais voltei. Imagino ter sido jubilado nos dois cursos.

Percebi que a USP não era pra mim na minha primeira semana lá, careca, recém-chegado de Piracicaba, 17 anos. Pensei que ia encontrar a gente mais doida, interessante e livre da minha geração. Mas na minha classe eu era o único com camiseta dos Dead Kennedys e a comunicação com meus colegas era, digamos, precária.

O último ano realmente legal pra entrar na Escola de Comunicações e Artes foi o anterior - cheguei atrasado. 1982 foi o primeiro ano em que ficou difícil entrar em jornalismo, que passou a ter vestibular separado do restante das Comunicações.

Dali para frente, nota de corte da Fuvest bem alta, só gente aplicada e estudiosa entraria na ECA. O engraçado é que 1983, quando cheguei lá, foi um ano bem animado na ECA. Uma confederação de sacanas anarquistas de todas as matizes se uniu pra botar para fora do Centro Acadêmico os trombas trotskistas da Libelu, que a esta altura já estavam em descompasso com a história. Vitória dos PicaRetas e votei neles.

A USP, onde decididamente não fui feliz, era e é escola para tropa de elite, gente que vem das melhores escolas pagas, e sonho de todo vestibulando. Muita cabeça boa estudou lá, e continua estudando. Não é nem de longe uma das melhores universidades do mundo, mas continua referência de ensino e pesquisa de qualidade, para nossos pobres padrões locais.

Como qualquer universidade de primeira linha, deveria ser um espaço arejado, de diversidade e experimentação. O que inclui, sim, uma série de atividades socialmente questionáveis fora dos muros do campus.

Universidade não é para socar o máximo de informação nos miolos da juventude e produzir em série um exército de robôs tecnocratas. Trata-se de formar as melhores cabeças do país, o que é impossível sem liberdade e libertinagem.

Os argumentos contra os ocupantes da reitoria da USP são pífios. Eles quebram a lei? Primeiro, se quebram, não importa; leis não existem para serem obedecidas cegamente; a lei é para ser desobedecida e questionada abertamente quando injusta; não é possível aplaudir as rebeliões contra Mubarak e Gaddafi, ou a ocupação de Wall Street, e recriminar os uspianos por não seguir a lei.

Segundo, fumar maconha NÃO é contra a lei, o que o amigo (e também veterano da ECA) Marcelo Rubens Paiva demonstrou em artigo para o Estadão. Leia aqui.

marcelo_rubens_paiva.jpg

Terceiro, defender o direito de fumar maconha na USP sem ser preso é uma maneira de se rebelar contra a crescente truculência dos caretésimos governantes da cidade e Estado mais ricos do país. Naturalmente, eu defendo que os estudantes da USP deveriam lutar para que ninguém fosse preso por consumir droga nenhuma em todo o território nacional, e não só no seu campus...

Mas o que aconteceu agora é o mais recente capítulo da militarização do aparelho estatal paulista/paulistano. O reitor João Grandino Rodas, advogado, foi indicado em 2009 por José Serra, quando governador (embora tenha sido o segundo mais votado na lista tríplice).

serra-4-okokok.jpg

Serra, que em economia é indistinguível dos petistas, em costumes é direita raivosa e higienista. Assumiu, imagino que para fins eleitorais, o manto de guardião da lei e da ordem, palavras mágicas que encantam parcela importante da numerosa, masoquista e paranoica classe média do Estado.

Existem muitos paulistas que têm algo a perder e, inseguros, anseiam pela tutela de um pai rigoroso, que dite as regras, contenha miseráveis e pardos à distância, e nos puna exemplarmente em caso de mínima infração.

Serra, sempre com a cara fechada, incorpora perfeitamente o tipo, e defende a vigilância e o microgerenciamento da vida particular do cidadão. Seu afilhado e sucessor, Gilberto Kassab, parece sujeito mais afável, mas colocou policiais militares da reserva nos comandos de 25 das 31 subprefeituras paulistanas, o que Serra, que iniciou o processo, chamava de "choque de ordem".

kassab-ok.jpg

Também há comando militar na Secretaria de Transportes, na Companhia de Engenharia de Tráfego, no Serviço Funerário, no Serviço Ambulatorial Municipal, na Defesa Civil e na Secretaria de Segurança.

São cerca de 90 oficiais da PM com cargos importantes no governo do Estado e prefeitura. A maior parte das indicações é atribuída ao comandante geral da PM, Álvaro Camilo, três décadas na polícia militar, que assumiu o cargo em 2009.

E Geraldo Alckmin? Também é da turma da lei e ordem acima de tudo. Natural, porque integrante da prelazia católica ultraconservadora Opus Dei, ou no mínimo simpatizante muito próximo. Não assume e também não nega.

alckmin-ok.jpg

A primeira vez que isso foi noticiado foi em 2006, pela revista Época. Recentemente tivemos confirmação, do próprio secretário (e tucano) Andrea Matarazzo, que afirmou a diplomatas americanos que Alckmin é da Opus Dei, conforme telegramas revelados pelo Wikileaks. Leia aqui.

Com tudo isso, o crime em São Paulo segue firme e forte, claro, com especial destaque para o gueto de craqueiros erigido pela polícia na rua Helvétia, pleno centro de São Paulo. A corrupção continua grassando na administração pública. Playboys bêbados continuam atropelando transeuntes impunemente. Continuam batendo nossas carteiras no metrô. E por aí vai.

O reitor da USP, João Grandino Rodas, iria ser diferente de seus patrões? As denúncias contra ele se acumulam, e vão da mera extinção de cursos e compra duvidosa de imóveis a atitudes francamente brucutus, como chamar a Tropa de Choque para resolver outra ocupação (em 2006) e realizar demissão em massa de 270 funcionários em janeiro de 2011.

Chamado pela Assembleia Legislativa para se explicar, simplesmente não apareceu. Chegou a ser declarado Persona Non Grata pela congregação da Faculdade de Direito do Largo São Francisco, com apoio do Centro Acadêmico 11 de Agosto.

Este último foi só mais um enfrentamento. Outros necessariamente acontecerão. E não só entre os estudantes e as autoridades da USP. Porque o problema não é a USP, ou seus estudantes, ou a PM. O problema não é nem o reitor.

O problema é quem indica o reitor, a quem interessa a militarização do governo, e principalmente quem comanda os comandantes. Da próxima vez, sugiro à rapaziada começar a ocupação pelo Palácio dos Bandeirantes.

Fonte:http://noticias.r7.c...o-de-sao-paulo/

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  • Usuário Growroom

muito bom Da Lata!

mais um.... só quem sofreu lavagem cerebral da rede bobo e louros-josé papagaios de pirata que não percebem que são manipulados. Ainda fazem tudo o que o "mestre" manda...

mais uma enxurrada de informação contra a caretice!!

http://www.viomundo....brasileiro.html

9 de novembro de 2011 às 19:13

Gilberto Maringoni: “Brasão da PM paulista é um tapa na cara do povo brasileiro”

Brasão da PM paulista celebra golpe militar e repressão a revoltas sociais

A mobilização dos estudantes da USP coloca em discussão o papel da Polícia Militar no trato das questões sociais. Valeria a pena estender a discussão até ao brasão da PM. Não é mero detalhe. Trata-se de uma exaltação da truculência contra a mobilização social. Na lista de feitos, entre outras coisas, há a exaltação a um golpe de Estado (1964) e louva-se a repressão a três mobilizações populares (Canudos, Revolta da Chibata, Greve de 1917). O artigo é de Gilberto Maringoni.

por Gilberto Maringoni, em Carta Maior, sugestão de ZePovinho e Gil Teixeira

Nesses dias em que se discute a presença ou não da Polícia Militar no campus da Universidade de São Paulo, por solicitação de seu reitor, João Grandino Rodas, vale a pena levantar uma lebre que poucos conhecem.

Independente da correção ou não da ocupação da reitoria da USP pelos estudantes, o certo é que eles foram vítimas de uma truculência policial desmedida. É mais um entulho da ditadura que volta e meia mostra que está aí acordado.Os alunos da USP poderiam ampliar suas demandas internas e se somarem a inúmeras entidades de defesa dos direitos humanos, familiares e jovens pobres que desde sempre têm sido vítimas da brutalidade das forças de segurança.

Poderiam começar sua ação examinando o brasão da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

O brasão em questão não é coisa pouca. É um tapa na cara do povo brasileiro.

O brasão, como obra de design, é primário. (Atenção, não é o logotipo estampado em uniformes e viaturas). Como símbolo, é uma ode à truculência e à brutalidade das classes dominantes. Trata-se da seguinte peça, conforme descrito no site da PM:

“O Brasão-de-armas da Polícia Militar do Estado de São Paulo é um Escudo Português, perfilado em ouro, tendo uma bordadura vermelha carregada de 18 (dezoito) estrelas de 5 (cinco) pontas em prata, representando marcos históricos da Corporação”.

Aqui vai ele. Eis a descrição da peça, sempre segundo o site:

ESTRELAS REPRESENTATIVAS DOS MARCOS HISTÓRICOS DA CORPORAÇÃO

1ª ESTRELA -15 de Dezembro de 1831,criação da Milícia Bandeirante;

2ª ESTRELA – 1838, Guerra dos Farrapos;

3ª ESTRELA – 1839, Campos dos Palmas;

4ª ESTRELA – 1842, Revolução Liberal de Sorocaba;

5ª ESTRELA – 1865 a 1870, Guerra do Paraguai;

6ª ESTRELA – 1893, Revolta da Armada (Revolução Federalista);

7ª ESTRELA – 1896, Questão dos Protocolos;

8ª ESTRELA – 1897, Campanha de Canudos;

9ª ESTRELA – 1910, Revolta do Marinheiro João Cândido;

10ª ESTRELA – 1917, Greve Operária;

11ª ESTRELA – 1922, “Os 18 do Forte de Copacabana” e Sedição do Mato Grosso;

12ª ESTRELA – 1924, Revolução de São Paulo e Campanhas do Sul;

13ª ESTRELA – 1926, Campanhas do Nordeste e Goiás;

14ª ESTRELA – 1930, Revolução Outubrista-Getúlio Vargas;

15ª ESTRELA – 1932, Revolução Constitucionalista;

16ª ESTRELA – 1935/1937, Movimentos Extremistas;

17ª ESTRELA – 1942/1945, 2ª Guerra Mundial; e

18ª ESTRELA – 1964, Revolução de Março.

Na lista, há a exaltação a um golpe de Estado (1964) e a uma rebelião oligárquica (1932). Louva-se também a repressão a três mobilizações populares (Canudos, Revolta da Chibata, Greve de 1917), ao levante comunista de 1935, a Coluna Prestes (1926) e homenageia-se outras missões cumpridas.

Há soldados e oficiais valorosos na história da Polícia Militar paulista. Há também vários elementos que compõem e compuseram sua banda podre. É da conta, acontece em qualquer agrupamento humano.

Mas manter um símbolo exaltando a repressão sangrenta e covarde a manifestações democráticas é um acinte à democracia.

Leia também:

O que a manchete do Post nos diz sobre nosso tempo

Vozes silenciadas: Relatório será lançado dia 19

Shayene Metri: “Palhaçada organizada por policiais e alimentada pelos repórteres”

Universidade em Movimento: “Rodas provou que merece o título (inédito) de persona non grata da Faculdade de Direito”

Wilson Correia: USP, repressão ou educação?

Estudantes denunciam “intervenção militar” no campus

Mário Maestri: Pela volta da Idade Média à USP

Celso Lungaretti: Escalada autoritária na USP é início de golpismo?

http://maierovitch.b...os-da-ditadura/

12 de novembro de 2011

USP, universitários não querem volta aos tempos da ditadura

Tags:Como nos tempos da ditadura, USP - walterfm1 às 11:17

a-usp-logo-reduzido1.jpg

–1.Os universitários da Universidade de São Paulo continuam a se mobilizar e muitos insistem no fim do Convênio com a Polícia Militar e a volta de um corpo próprio de funcionários para manter a segurança no campus.

–2. Como no tempo das ditaduras. Só para lembrar.

No dia 27 de outubro, a Polícia Militar, no campus da Universidade de São Paulo, desnudou a política de segurança pública do governador Geraldo Alckmin. Uma política de matriz filo-fascista conhecida desde o chamado massacre da Castelinho. Embora violenta, tal política foi desmoralizada pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), que se espalha e difunde o medo, sem ser contrastado com eficácia, pela periferia da capital paulista.

Enquanto o Rio de Janeiro, depois da chegada de José Mariano Beltrame à secretaria e sua decisão de pôr fim ao populismo bélico do governador Sérgio Cabral, investe na pacificação, o governador de São Paulo, ainda que sem Saulo de Castro a papaguear máximas malufistas na pasta da Segurança Pública, insiste na militarizada, direitista e populista linha conhecida por Lei&Ordem e as derivantes Tolerância Zero e War on Drugs (Guerra às Drogas).

Nelas sucumbiram Felipe Calderón, presidente mexicano, e George W. Bush, que perseguia com a polícia federal usuários terapêuticos de maconha e bateu à porta da Corte Suprema de Justiça para postular a declaração de inconstitucionalidade de leis estaduais que permitiam aos doentes o uso de maconha para finalidade terapêutica, por indicação médica. E não deve ser esquecido Rudolph Giuliani, morto politicamente por colocar, quando no segundo mandato de prefeito de Nova York, sob permanente suspeita de autoria de crimes, negros e latino-americanos e por encetar perseguições cotidianas, com prisões de bebedores de cerveja apanhados ou por embriaguez ou por terem urinado nas ruas.

A war on drugs de Alckmin ataca no varejo, ou seja, mira no ilícito de menor potencial ofensivo, sujeito a juizados de pequenas causas criminais. O último solar exemplo acaba de acontecer com a detenção de três universitários que consumiam, para fins lúdicos recreativos (não medicinal), maconha do campus da USP. A polícia não reprime os grandes traficantes e adere ao truísmo bushiano-religioso de que sem consumo não haveria oferta. Assim, sai atrás dos maconheiros, e não dos traficantes. Um dos maiores traficantes do planeta, Juan Carlos Abadia, fixou residência e operou durante anos em São Paulo, sem ser molestado pela polícia paulista.

Após a consumação por pessoas estranhas ao campus da USP de crimes graves, celebrou-se um acordo, pelo prazo de cinco anos, voltado “a reforçar a proteção” à população do campus da USP. Esse acordo foi firmado pelo comando da PM e por Grandino Rodas, aquele que não encabeçava a lista de selecionados para o múnus de reitor, mas acabou escolhido pelo então governador José Serra, apesar das inúmeras trapalhadas à frente da Faculdade de Direito.

À época o acordo contou com a aprovação da maioria dos universitários, ainda sob comoção decorrente do latrocínio (matar para roubar) do estudante Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos. Hoje, e sabedores da política de segurança do governo Alckmin, os universitários e os trabalhadores do campus desejam a revisão do tal acordo e cogitam uma greve geral.

Com a detenção dos três estudantes surpreendidos a fumar maconha em estacionamento para automóveis, houve reação desproporcional, radical, por parte dos colegas dos detidos. O exagero daqueles que se sentiram ameaçados por policiais num território tradicionalmente livre de ideais libertários. Outro caminho deveria ter sido trilhado pelos universitários que estão legitimados a postular a revisão do acordo com a PM e a exigir segurança por meio de um adequado corpo de funcionários da própria USP, ainda que Grandino Rodas prefira a PM.

Do confronto entre estudantes e policiais, chegou-se à ocupação da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras, à migração, por uma minoria enfurecida e derrotada em assembleia, para o prédio da reitoria e a reintegração coercitiva da posse. Aí, a Polícia Civil Judiciária perpetrou a ilegalidade de enquadrar os universitários como criminosos organizados em quadrilha e bando.

Uma PM despreparada para tratar com universitários foi a causa imediata de tamanho tumulto. Em agosto de 2007, a mesma PM invadiu a Faculdade de Direito da USP e isso levou o saudoso professor Goffredo da Silva Telles a elaborar e anunciar a famosa Carta aos Brasileiros, onde advertiu sobre os resquícios autoritários e proclamou o Território Livre.

A causa do desacerto no campus, frise-se, decorre da política eleita por Alckmin, num tempo em que o direito penal se humaniza. Até para crimes graves usam-se institutos que isentam de processos, condenações ou penas: plea bargaining, pattegiamento, delação premiada, desassociação, bagatela-insignificância. Além disso, ensina a máxima romana que “de minimis non curat praetor”.

Pano Rápido: “Todos os estudantes foram conduzidos à delegacia, sem que fosse necessário nem um disparo”, vangloriou-se o secretário da Segurança. Pelo que disse, disparos de arma de fogo tinham sido previstos. Só faltou o grito do anauê integralista.

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  • Usuário Growroom

Alguns posts aqui nem merecem comentário...

No entanto servem de termômetro para medir o grau da febre delirante que acomete uma parcela gorda da população.

O pessoal frustrado com a queda da tese da americanização da corrida presidencial que esperava aquele esquema de 8 por 8 anos no planalto e agora que vislumbra ficar democraticamente sentado na bancada da oposição por um tempo indefinido, tenta partir pro terceiro turno.

Acredito que esse momento é chave, só não me desespero com a onda reacionária, pois sei bem como o brasileiro é avesso a grandes mudanças e revoluções, mas é muito importante que todos que creem na liberdade individual e na livre escolha, ainda que posicionados em polos ideologicos opostos, se juntem para conter essa moçada da cagação de regra, tão saudosa dos tempos em que podiam enquadrar a todos na sua visão estreita e limitada da vida coletiva.

Quer comer um bombom de licor e guiar? Crime.

Fumar um catranco no buteco da esquina? Não pode.

Pintar uma placa pra anunciar um desconto no pãozinho e botar na frente da tua padoca? No no nooooo.

Levar a familia pra praia grande no teu monza 83 comprado com suor? Só se ControlAr permitir.

Deixar aquele sofá velho na rua pros carroceiros recolherem? Tá loco! Multa de 10.000$!

Xavecar as minininhas na pç da cidade, no auge dos teus 17 anos, após as 22H? Nãnaninanão.

Fumar um badégo discreto no campus antes de encarar um Virgílio na segunda aula? DP vagabundo!

Vender artesanato em via publica pra tentar alimentar os bacuris? Quer morrer hippie?

Pagar imposto e assistir a novela da Globo voltando do culto? Sinta a vontade meu querido cidadão exemplar, um abraço na família!!!

Continuem abrindo mão de direitos e aplaudindo truculência para ver onde isso termina.

Hoje são questões menores, mas em 10 anos, seguindo nessa toada...que judeu alemão previu em 1931 que em 1941 estaria a caminho de um forno?

Sei que é um exemplo extremo, mas já não tem boca-de-cú falando no Facebook em tacar bomba atômica no Nordeste?

Alguem lembra ainda do noruegues escroto psicotico que em nome de toda essa imbecilidade fascista papagaiada pela midia matou quase 80 estudantes de esquerda?

Seriam 80 filhinhos de papai pseudo revolucionarios?

Alguem imagina se fosse um fanatico arabe em uma convenção da juventude do Tea Party? Acredito que resultaria em mais uma frente de ocupação. Irã, Paquistão?

Todo mundo tem direito de expressar sua opinião livremente, e aqui nesse espaço efetivamente brigamos (literalmente) por isso.

Mas esse direito acarreta no dever de embasar tais opiniões em algo mais do que recalques ou simpatias.

Growroom é linha de frente. E sabemos qual é nosso lado.

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Não vamos esquecer que além de ser fascista, Anders Breivik era um fanático religioso, alguém em sã consciência nunca mataria aquelas pessoas dessa maneira, ele precisou ser comandado por deus a agir dessa maneira, assistam a um vídeo criado por ele pra terem ideia da mentalidade daquele infeliz:

http://www.youtube.com/watch?v=OFWfixiBuK4

Assim como o assassino das crianças do Realengo, também era fanático religioso, e por isso matou as crianças, sofreu bullying, ok, mas foi também reprimido sexualmente, era virgem quando cometeu o crime, enfim, morreu virgem, falando em pureza de sangue, como deveriam enterrá-lo, sem que um "impuro" pudesse o tocar diretamente, ou seja, um "fornicador e não-virgem" em suas próprias palavras.

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  • Usuário Growroom

Quando político rouba mais dinheiro... NORMAL

Quando polícia mais uma vez usa de violência.. NORMAL

Quando "mauricinhos" (nao o são como demonstrado aqui mesmo) que estudaram em escola particular (a estatística tb desmente essa) resolvem protestar por educação PÚBLICA e de qualidade para TODOS.... ta aí uma tremenda contradição que precisa ser combatida com cacetete e gás lacrimogênio...

FIM

Um oferecimento:

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de sentar na praça do relógio, com um violão, cercado de menininhas...

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------

iamgens copyleft hehehe usem como quiser!

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Tá bom, Insane, eu te Rotulei de Reaça, Neo-con e sei mais o que... Não foi minha intenção ofender sua pessoa, só sua ideologia. Te peço sinceras desculpas.

Ha ha , hu hu

o BEJETIVO era "ofender só sua ideologia"...

PQP Little Chuck, vc e sua sinceridade heim?!

Chuckzitto fez Bullying trajando terno e gravata!

Intelectual Bullying!

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  • Usuário Growroom

bom, se você considerar a origem do Eike Batista, o dono do Brasil, se preparem pra uma ditadura nazista, e nazista sem nenhum outro sentido pra palavra, o sentido literal mesmo, mãe biologa da juventude nazista, avô major da SS ;) e quem achava que ele tava ai porque o pai tinha sido ministro hein!? :)

tamu fudidu!

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  • Usuário Growroom

Ha ha , hu hu

o BEJETIVO era "ofender só sua ideologia"...

PQP Little Chuck, vc e sua sinceridade heim?!

Chuckzitto fez Bullying trajando terno e gravata!

Intelectual Bullying!

Por isso q eu gosto dele !, naum deixa assunto pra depois ! auahuhuahuahuahuaha

"Escreveu naum leu, o pau cumeu!"

Fica marcado, falando asneira, na frente dele, do PPerverso e mais uma 1 dúzia æ.... é pedir pra ser bulinado !!!!

Abrax

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  • Usuário Growroom

bom, se você considerar a origem do Eike Batista, o dono do Brasil, se preparem pra uma ditadura nazista, e nazista sem nenhum outro sentido pra palavra, o sentido literal mesmo, mãe biologa da juventude nazista, avô major da SS ;) e quem achava que ele tava ai porque o pai tinha sido ministro hein!? :)

tamu fudidu!

O problema é que esse cara sabe o que dá grana, inclusive já se mostrou favorável à legalização, tu acha que esse cara não vê os bilhões entrando no bolso? Aposto que uns terrenos que ele comprou aí que acabaram não tendo petróleo já estão preparadinhos pras plantações... E não é só ele que tá com os terrenos guardados não, viu. Tem peixe grande aí, quando legalizar eu não sei de onde vai sair tanto dinheiro.

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  • Usuário Growroom

O problema é que esse cara sabe o que dá grana, inclusive já se mostrou favorável à legalização, tu acha que esse cara não vê os bilhões entrando no bolso? Aposto que uns terrenos que ele comprou aí que acabaram não tendo petróleo já estão preparadinhos pras plantações... E não é só ele que tá com os terrenos guardados não, viu. Tem peixe grande aí, quando legalizar eu não sei de onde vai sair tanto dinheiro.

De boas intenções o inferno tá cheio. Eu não compraria maconha da mão dele, na real não compraria nada que soubesse que veio da mão dele.

Terreno pra plantar ? maconha não é soja cumpadi, eu não acredito na maconha (pra uso medicinal e recreativo) em escala industrial, até porque a maconha que eu planto em casa pode ser muito melhor que a maconha que venha num pacote com conservante e o caralho a quatro. A maconha em escala industrial serve pra industrias textil, de papel, de fibra...

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  • Usuário Growroom

De boas intenções o inferno tá cheio. Eu não compraria maconha da mão dele, na real não compraria nada que soubesse que veio da mão dele.

Terreno pra plantar ? maconha não é soja cumpadi, eu não acredito na maconha (pra uso medicinal e recreativo) em escala industrial, até porque a maconha que eu planto em casa pode ser muito melhor que a maconha que venha num pacote com conservante e o caralho a quatro. A maconha em escala industrial serve pra industrias textil, de papel, de fibra...

Eu falei alguma coisa de plantar em escala industrial pra fumar? Eu, hein...

Até parece que só o recreacional que dá dinheiro... Tá faltando interpretação de texto nesse coro...

E eu não duvido não que dê pra plantar em escala industrial pra fumar também... No Brasil qualquer coisa cresce. Fora que obviamente com a regulamentação vem a concorrência, e aí que vem as melhores e as piores maconhas.

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  • Usuário Growroom

taí mais uma informação que não se tem dados,

se a coisa continua na mao de grandes é capaz de elegerem o brasil pra produzir fumo a preço competitivo philipps morres! e souza cruizes! pra abastecer o mercado mundial

mas nao sabemos o real número do consumo

nem a producao necessaria para abastecimento em escala regional e mundial

outra que maconha é uma planta tão sem vergonha que sem vergonha é quem não planta maconha!

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  • 2 months later...

Concordo de novo, tem q melhorar muita coisa. Nem tenho idéia formada se a segurança tem que ser própria ou feita pela PM. Só me soa como mulecagem protestarem pq a PM tá cumprindo a lei, quebrar tudo pq quer fumar maconha livremente onde bem entender.

Como eu disse antes, se a PM tá cometendo abusos lá dentro, que se proteste por isso, aí é justíssimo. E a pergunta que fiz pro CHuck vale pra vc também, se vc tivesse uma filha q estudasse lá de noite, fosse e voltasse sozinha pra facul, não ia querer q tivesse uma viatura em cada esquina da USP???

Eu ia falar isso, tá bom que eu ia me sentir seguro um pm por esquina olhando minha filha hipotética saindo da faculdade, esses porcos são os primeiros que eu ia temer pela segurança "dela".

A segurança de Rodas: estudante da USP é estuprada por PM:

http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=34809

Ah a ironia!

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