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Presidente Do Stf Sugere Como Tema Para Plebiscito A Legalização Da Maconha


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  • Usuário Growroom

Bem, antes de tudo, não seria possível plebiscito junto com as eleições pois a legislação brasileira define um tempo mínimo de divulgação e fora um projeto pronto que fosse ser apresentado e submetido a aprovação popular. Não se pode fazer plebiscito sobre o tema amplo e só depois trabalhar a regulamentação. E ele sabe disso tudo.

Agora ao contrário da maioria aqui eu acredito que podemos ganhar em um possível plebiscito. É claro que se a votação fosse amanhã não passaria, mas conforme eu disse existe uma regulamentação para tal processos e nela define tempo mínimo de campanha e espaço iguais para ambos os lados, ou seja se o tema fosse a plebiscito teríamos meses de divulgação e o mesmo espaço e tempo que fossem dados aos proibicionistas e da mesma forma como aconteceu no referendo do desarmamento acredito que nossos argumentos, tendo o mesmo tempo e espaço que o dos proibicionistas é imbatível, fora que a opinião pública não é igual a vontade popular, isso ficou bem claro no referendo das armas, mesmo sendo partidário do não durante quase toda a campanha achei que o sim ganharia, pois assim pensava a opinião pública (a.k.a meios de comunicação) era a favor do sim.

Entendo e concordo plenamente com o argumento que por ser uma questão de liberdade individual não deveria ser levado a pleito, mas acredito que se fosse a pleito o resultado seria bem diferente do que a maioria pensa.

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  • 2 weeks later...
  • Usuário Growroom

Ae galera, eu tinha pensando em lançar esse assunto no APPP, aí joguei no Google pra pegar mais informações e o terceiro resultado era esse tópico aqui do GR! Então acho que o assunto já está bem coberto, bora concentrar a discussão em um lugar só.

Concordo com a galera que disse que seria um tiro no pé, certamente não é a hora da sociedade decidir isso e talvez um plebiscito não seja o foro ideal para esses assuntos passionais. Infelizmente, a visão da esmagadora maioria da população é que drogas são todas iguais, não interessa se é maconha, metanfetamina ou heroína. Na visão estigmatizada e deturpada dominante, quem fuma maconha vira um psicopata disfuncional que vai matar a avó e vender tudo o que tem em casa e depois sair roubando toca-fita e batendo carteira pra sustentar o vício. O exemplo que a massa tem de como as drogas funcionam é a Cracolândia e as favelas do Rio, ninguém pensa em cidadãos de bem com um jardim orgânico fumando um baseado depois do trabalho pra relaxar. Para a média do povão, "cidadão de bem" e "maconha" são palavras que só combinam na mesma frase se entre elas estiver escrito "contra".

Não consigo ver como uma campanha de qualquer duração seria capaz de reverter décadas de lavagem cerebral que nivelou por baixo a maconha com drogas realmente perigosas. Ninguém vê professores, padres ou pastores, jornalistas e médicos martelando na cabeça das pessoas desde pequenas que as armas são coisas do demônio que vão destruir a sociedade, mas é assim que a nossa querida cânabis é tratada há gerações, e mesmo assim a proibição às armas venceu quando a população foi consultada.

Para quem é mais otimista e acha que há chances de o uso/cultivo da cânabis ser aprovado por voto popular, veja o caso da Califórnia, de longe o estado mais liberal e tolerante dos Estados Unidos: o uso medicinal foi aprovado (vamos combinar que essa coisa de "medicinal" é conversa pra boi dormir, uma minoria de fato precisa da erva pra aliviar sintomas; precisar relaxar não é exatamente uma doença), mas quando a consulta pública falou em liberar o consumo recreativo, a maioria votou contra. Isso porque lá o voto é facultativo e a sociedade é tipicamente mais politizada, então um ativismo forte teria condições de aprovar a proposta. Aqui no Brasil, com voto obrigatório e ativismo de forma geral desarticulado, haveria uma lavada dos que querem manter as coisas como estão, isso porque não podem reprimir ainda mais.

Quem duvida, busque notícias no UOL ou Terra que falem de qualquer coisa sobre a maconha e leia os comentários para ver se a esmagadora maioria não é do tipo "tem mesmo é que dar porrada nesses maconheiros vagabundos sem-vergonha". Alguém acha mesmo que pessoas que pensam assim podem ser convencidas que cultivar uma planta em casa não é um crime hediondo?

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  • Usuário Growroom

King,

É só eles virem aqui em casa...

Sério, só depende da imagem que nós passamos, das palavras que repetimos, dos conceitos que ensinamos. Enquanto todos nós não sairmos do armário, não dissermos "fumo sim, e daí?", nada muda. Temos que mostrar que a planta não é coisa de nicho, mas democrática, seu uso está espalhado por todos os níveis sociais. Não existe um rótulo de maconheiro padrão, pois somos muitos e heterogêneos...

O lance é cada vez mais conquistarmos o espaço, principalmente o público, e levar informações de qualidade, sem viés e estimular o debate. Numa conversa franca, onde ambos os lados estão dispostos a ouvir, nossos argumentos ganham facilmente. Agora o grande problema é a quantidade imensa de cabeças indispostas, lideradas por Globos, pastores e lideranças partidárias e sindicalistas, acostumadas a aceitar uma idéia pronta ao invés de raciocinar e chegar a alguma conceito próprio.

Mas a conquista do espaço só depende da gente... VQV!

Abraz

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  • Usuário Growroom

Concordo, Gabe, cabe a nós conquistarmos espaço nas mentes. O problema é bem o que você falou, a concorrencia é desleal contra os grande formadores de opinião que demonizam a erva. Como diz o ditado, contra a ignorância não há argumentos. Como mostrar que uma planta é só uma planta pra uma pessoa que diz que maconheiro é vagabundo sem-vergonha? Quando as opiniões sao baseadas em conceitos morais e/ou religiosos, a racionalidade é vista como o próprio Lúcifer manipulando as mentes para defender sua obra maléfica.

Acredito que essa realidade um dia vai mudar e a sociedade vai perceber que o uso pessoal não é um ameaça à sua estrutua e que o cultivo combate o crime em vez de ser um crime em si. Só não acho que seja algo para breve, creio que ao menos pelos próximos dez ou quinze anos ainda teremos que conviver com a mentalidade atrasada que nos trata como marginais.

Torço para estar errado e morder a língua com força, mas meu lado realista fala mais alto que o otimista nessa questão. Enquanto isso, vamos batalhando para mostrar a realidade para quem só enxerga a manipulação

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  • Usuário Growroom

Em primeiro lugar, como o amigo já deixou claro, não será possível nessa eleição a realização desse suposto plebiscito.

Porém acho importante lembrar que se hipoteticamente ele acontecesse, seria usada toda a propaganda suja que rola nas eleições, por exemplo. Os proibicionistas vão deturpar a discussão, em tempos de epidemia de crack seria um prato cheio pra propaganda sensacionalista que sempre funcionou por aqui de demonizar (culpar) a substância para aliviar nossa própria culpa. Não podemos esquecer que a massa crítica desse país se resume a alguns poucos, que tem cada vez menos voz, o resto, infelizmente vira massa de manobra nas mãos habilidosas e experientes em ludibriar desses falsos moralistas que na verdade lucram com a ignorância do povão. Isso sem contar as trocas de votos por cesta básicas e outras falcatruas eleitorais mais.

Acho mais fácil a descriminalização do artigo 28 via STF, e depois mudamos o conceito das pessoas para sedimentar a conquista. Acho plebiscito muito mais incerto, pode ser que nem todos os argumentos mais racionais possíveis e impossíveis sejam suficientes para um povo comprovadamente ignorante e facilmente manipulável.

E não é só o nosso não, é na linha que o amigo disse por aqui, imagina se os EUA faz um plebiscito sobre a pena de morte para terrorista, ou Israel?...

E concordo plenamente, se tem plebiscito para votar isso, por que não propor, não a pena de morte, que seria completamente impossível e inconstitucional e ignorante, mas sim que a corrupção vire crime hediondo?!

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