Dos Facismos Arcaicos E Modernos

Frida · December 11, 2012

Estou publicando nesta página o último email/denúncia enviado para a Propaae, Pró- Reitoria de Polítcas Afirmaticas e Assuntos Estudantis da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia- UFRB, da qual resultou a suspensão de meu Auxílio Estudantil e de outro estudante, moradores da Residência Universitária Casa de Estudantes Ademir Fernando.

Não preciso aqui explicar o que tal medida tem nos causado, do ponto de vista emocional e material. A melhor maneira de entendermos uma situação é nos colocarmos no lugar do outro.

Ao mesmo tempo, fazendo parte do Growroom desde 2010, venho a este coletivo mencionar o meu desejo de mobilização no debate sobre a Maconha e outras substâncias psicoativas nesta Universidade . Desde já peço uma orientação...

A idéia é elaborar e construir um evento nesta Universidade que trate deste assunto de maneira mais séria e consequente.

Email assinado pelo Estudante Luís Antônio Girardi:

São Felix, 05 de novembro de 2012.

A Coordenadoria de Assuntos Estudantis – CAE

Coordenadora: Profª Heleni Duarte Dantas de Ávila

A muito esta Coordenadoria de Assuntos Estudantis – CAE e demais setores já estão informados dos acontecimentos que vem ocorrendo dentro da residência universitária da Cachoeira, Casa de Estudantes Ademir Fernando de Sena Gonçalves. Como o tráfico e o plantio de entorpecentes dentro das dependências da Residência Universitária, um prédio público e sob a responsabilidade desta universidade e sua administração central.

É de conhecimento que o estudante Cleiton Mourão Cintra, que não é selecionado pela PROPAAE, vem plantando juntamente com a estudante Thais Machado plantando entorpecentes para o consumo em área federal (anexo I). Também, no quarto desta estudante, com a participação dos estudantes Cleiton Mourão Cintra, da própria Thais Machado, do Estudante Gimenson, da estudante Zilda foi recebido um adolescente para o consumo de entorpecente (maconha), fato este já de conhecimento do Conselho Tutelar da cidade de São Felix. Também do quarto que a estudante Thais Machado ocupa de forma irregular recebe a visita de um sujeito, um conhecido usuário de crack da cidade de Feira de Santana.

Desde o último dia 03 do corrente mês, o estudante Cleiton Mourão Cintra vem insistindo em fazer uso desta substância em seu quarto que divide com outra estudante que tem todos os requisitos acadêmicos para estar na Residência Universitária como observa o Regimento das Residências Universitárias em seu Capítulo IV, Art. 15, incisos I, II e III (possui aprovação em 70% das disciplinas, ausência de reprovação por falta e possui desempenho acadêmico), que se encontrava em situação de risco com o despejo da residência onde morava de aluguel. O estudantes Cleiton, Ronibon e Thais ferem todos os artigos do Regimento das Residências Universitárias.

No último dia quatro o estudante Cleiton Mourão ameaçou de expulsão do quarto o estudante Menderson Bulcão, estudante devidamente matriculado e selecionado pelo processo de ingresso a moradia estudantil, bolsista IC com inúmeras pesquisas junto a esta universidade, o que me levou a intervir as ameaças impostas. Na manhã de hoje o estudante Cleiton Mourão Cintra voltou a intimidar Menderson Bulcão como comprova o desabafo deste no grupo do facebook Casa de Estudantes Ademir Fernando de Sena Gonçalves (anexo II).

Com base no Regimento das Residências Universitárias aprovados no CONAC, em seu Capítulo III, Art. 6º “Para postular a condição de residente, o candidato deverá contemplar o perfil apresentado nos editais da PROPAAE/UFRB, definidos em consonância com sua missão institucional”, Cap. IV, Art. 15, Incisos I, II e III; Cap. VII, seção III, Art. 29 “Constituem faltas graves, passíveis de exclusão do Programa de Permanência Qualificada, desde que devidamente comprovadas através de processo onde seja propiciada a ampla defesa”, incisos I “discriminação sexual e risco a integridade física”, II “constrangimento sexual”, V “uso e porte nas dependências, de substâncias proibidas na legislação em vigor”, IX “atendado contra a vida” devido ao risco eminente a vida dos demais residentes pelo uso, plantio e permanência frequente de traficantes no interior da residência universitária, pede-se providencia urgente junto a este Conselho.

Este email foi enviado com fotos em anexo de dois pés da ganja que estavam sendo plantados e cuidados num apartamento do prédio na residência universitária.

Ho75uns · December 11, 2012

Eu não publicaria informações particulares minhas aqui; muito menos acadêmicas; ainda mais com nomes.

Não quero entrar no mérito do moralismo ou dizer quem tá certo ou errado mas me parece que o cultivo não é o único problema que vocês tem por aí.

Também não entendo bem o motivo da postagem; considerando que ninguém aqui poderá te ajudar em nada com o caso.

Convivência é uma arte complicada; seja com quem for; é importante ter bom senso e respeitar os outros para ser respeitado.

Além do que sinto lhe informar que infelizmente o consumo e cultivo de cannabis mesmo que pra consumo próprio ainda são criminalizados em nosso país e é de total direito da universidade não permitir que isso aconteça em suas dependências; mesmo porque ignorar seria ser conivente com a situação.

Isso sem citar o papo de discriminação sexual e ameaças que prefiro nem comentar.

No mais espero que tudo dê certo.

Abraço.

PPerverso · December 11, 2012

O único fascismo que eu consegui extrair do texto foi contra o aluno ameaçado.

De resto, vi que existem alunos que residem na casa estudantil (mantida pela universidade) e que cultivam cannabis.

Longe de mim repreender qualquer cultivador ou qualquer cultivo, mas esses alunos estão cometendo ilícitos e extrapolando.

Estão usufruindo de uma facilidade da vida estudantil e cagando no pau. Para usufruir da casa estudantil existem regras.

Querem ser acadêmicos e cultivar? Manda uma guerrilha. Mas cultivar na casa estudantil, achar que é festa e ficar intimidando outros alunos? Folga heim irmão

Assim como o colega foreiro ali de cima, gostaria de ver toda essa história acabar da melhor maneira possível, mas não vi nada de fascista na conduta da Universidade.