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Morris Kachani: Revoga, Joaquim


∆-9-THC

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  • Usuário Growroom

Morris Kachani: Revoga, Joaquim

Nos últimos meses, e em vários cantos do globo, pipocaram notícias sobre uma legislação mais flexível sobre a produção e o consumo da maconha. Dois Estados americanos, Colorado e Washington, legalizaram o uso recreativo da droga. Em novembro, Amsterdã optou por manter o status dos "coffee shops", que vendem a erva para quem quiser comprá-la.

Na América do Sul, pelo menos em comparação com Argentina, Chile ou Uruguai, a legislação brasileira talvez seja a menos tolerante, para não dizer arcaica. Ela é tributária de uma herança preconceituosa construída em outros tempos, à moda da lei seca.

Na Argentina, a descriminalização do uso individual já é fato consumado. O Uruguai nunca criminalizou o consumo e, agora, discute a estatização da produção de maconha.

Enquanto isso, por aqui o usuário continua sendo tratado como criminoso, sujeito a penas alternativas. E vive à mercê da boa vontade de delegados e cortes que, dependendo da interpretação, poderão enquadrá-lo como traficante, pois a lei não é clara.

Casos estapafúrdios existem aos montes e, obviamente, os mais pobres, sem um bom advogado, acabam levando a pior, abarrotando ainda mais nossas já abarrotadas cadeias.

Só há um jeito de conseguir a maconha, que é o pior possível: na biqueira da favela. Direta ou indiretamente, a maioria dos 2,5% de adolescentes e 6,3% de adultos do país que usam maconha ao menos uma vez por ano abastece-se assim.

A pergunta é se esse tema não deveria fazer parte da agenda progressista de um governo supostamente alinhado à esquerda. É uma pergunta até ingênua, dentro de um contexto dominado pelas bancadas religiosas, que até fizeram nossos dois candidatos à Presidência dizerem o que não pensavam sobre o aborto.

Foi preciso um ex-presidente (FHC), já distante do pragmatismo político, abraçar a causa, fazendo dela a sua versão de "verdade inconveniente". Mas o preconceito continua vivo. Recentemente, na eleição da OAB, correu a denúncia de que o candidato Alberto Toron teria sido alvo de e-mails difamatórios, por defender a descriminalização da droga.

Na comunidade científica, já é quase consenso que maconha é menos prejudicial que álcool e tabaco. Não faz sentido colocá-la no mesmo balaio de outras drogas mais perigosas. Ou confundir o usuário esporádico com o dependente.

Existe uma expectativa de que o STF coloque em pauta neste ano o julgamento do caso de um usuário que foi condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade em Diadema (SP). Pode ser um divisor de águas: se a condenação for revogada, a mesma medida será aplicada em casos semelhantes no país.

http://www1.folha.uo...a-joaquim.shtml

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  • Usuário Growroom

eu tinha lido ontem mas fiquei sem internet e nao deu para postar, ficou bom mesmo, o legal é que ultimamente muita gente tem saído do armario e tocado no assunto publicamente, espero que o batman do STF revogue mesmo e inicie a nossa revolução verde que tá caminhando as vezes em passos curtos para muitos, mas de grão em grão a galinha vai enchendo o papo rsrsr. GO STF GO !

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  • Usuário Growroom

Tomara que o batman do STF considere que revogar tal condenação lhe dará tanta popularidade quando escrachar os mensaleiros.

Meu medo é que ele pense que aprovar tal revogação vá queimar seu filme de paladino da justiça...

Vamos ver do que é feito esse batman.

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A proibição da cannabis é uma das, se não a mais, absurda lei do Brasil.

Crime não é dano a pessoa alheia ou patrimônio?

Então como VOCÊ consumir um planta que você criou em casa é um crime?

Certamente não há evidência de comportamento destruidor de alguém que fuma cannabis. E o dano à pessoa de quem usa certamente é muito menor do que as vantagens que ele proporciona. Você tem a cracolandia, mas cade a maconhalandia? Cadê histórias devidas que se perderam pela erva? No máximo você acha algum imbecil dizendo que TUDO começou com a erva, pode ser, mas verdade é que o infeliz que abusou dos químicos certamente o teria feito a partir do álcool ou cigarro, caso nossa erva divina não existe nessa realidade dimensional.

Nesse país você pode tentar suicídio e não é crime! Pela mesma linha, acusar homossexuais de criminosos seria algo parecido.O uso da maconha só ofende uma massa ácefala que não se interessa em ler e apurar os fatos reais sobre a erva. Os mesmos que provavelmente odeiam homossexuais simplesmente porque o comportamento deles não se encontra dentro dos padrões semi-modernos que estão sendo quebrados.

E olhando assim, me da a impressão que tem algo mais? Estaria dinheiro de tráfico de maconha indo pros bolsos de muitos? Quantos deles são chefes de tráfico, se investigação fosse feita? Será que esse governo medieval que nós temos não considera o dinheiro dado aos traficantes uma espécie de "imposto"? Porque afinal, outras pessoas a não ser o traficante também se beneficia com esse dinheiro, no fim das contas.

Sabe o que o Brasil precisa? Dum FUMAÇÃO em Brásilia. Pelo menos 100.000 baseados sendo acesos em sincronia. Quero ver eles prenderem todo mundo.

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