Ir para conteúdo

Congresso Internacional Sobre Drogas: Lei, Saúde E Sociedade


∆-9-THC

Recommended Posts

  • Usuário Growroom

Olha o contra-ataque ae:

05/05/2013 às 7:31
Enquanto a “burguesia” da morte dos filhos alheios pedia a liberação das drogas em Brasília, com o apoio do governo Dilma, num ônibus do Rio, uma mulher era estuprada aos olhos de todos

De todas as acusações que me fazem, a que acho mais divertida é a de “ser agressivo”. Por “agressividade”, entendem chamar as coisas pelo nome que elas têm — com frequência, as pessoas também! — e cobrar que os indivíduos se responsabilizem por suas ideias. Na sexta-feira, uma passageira de um ônibus que circulava na Zona Norte do Rio foi estuprada. Um sujeito armado entrou no veículo, anunciou o assalto, roubou pertences dos passageiros, estuprou a mulher e ainda a atacou a coronhadas. As testemunhas dizem que ele aparentava estar drogado. O “Dimenor”, cujo nome se esconde nas sinuosidades pusilânimes do ECA, que pôs fogo na dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, confessou que tinha cheirado cocaína. O outro “Dimenor”, que deu um tiro na cabeça de Victor Hugo Deppman, também consome drogas.

Voltemos ao caso do estupro. Rubem Cesar Fernandes, o antropólogo que chefia a ONG “Viva Rio”, o mais organizado lobby carioca em defesa da descriminação das drogas, não estava na cidade. Encontrava-se em Brasília. Participava de um seminário, que termina hoje, em defesa da descriminação do consumo de todos entorpecentes no Brasil. A professora Luciana Boiteux, que ensina direito penal na Universidade Federal do Rio, também estava lá. É aquela senhora que afirma que “a lei não tem condição de alterar a realidade”. Um certo Orlando Zaccone, delegado da Polícia Civil na Cidade Maravilhosa, estava igualmente distante do local do estupro. Defendeu no encontro de Brasília a legalização, atenção!, “da produção, da distribuição e do consumo de todas as drogas”.

Rubem Cesar Fernandes não anda de ônibus.
Luciana Boiteux não anda de ônibus.
Orlando Zaccone não anda de ônibus.

Os palestrantes todos do tal seminário e seus apoiadores não saberiam distinguir um ônibus de uma carruagem. Sem a descriminação, mesmo havendo uma forte interdição social ao consumo, mesmo a maioria da população vendo com maus olhos as drogas, os acontecimentos estão aí, à vista de todos. O comportamento violento induzido pelas drogas, especialmente o crack, não guarda qualquer relação com a legalidade ou ilegalidade do consumo. Aquela gente que está em Brasília brincando de reviver os anos 1960, é bom que fique claro, está a defender a livre circulação do crack no país. Ou, então, que tentem demonstrar o contrário. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP), um dos palestrantes, quer que seja considerado mero porte, sem implicações penais, uma quantidade suficiente para 10 dias de consumo.

Há uma mistura de nefelibatismo, de cretinismo político e da mais escancarada, evidente e estúpida má-fé nessa história. Pode não parecer à primeira vista, mas acreditem: o evento que começou na sexta e termina neste domingo em Brasília é, antes de mais nada, um acontecimento de classe, marcado pela exclusão e pelo autoritarismo, embora o espírito que o anima venha de um outro tempo e pretenda ter sotaque revolucionário — falarei sobre isso na madrugada de segunda-feira.

A esmagadora maioria dos brasileiros é contra a descriminação das drogas. A esmagadora maioria dos brasileiros é pobre. A esmagadora maioria dos pobres é contra a descriminação das drogas. A esmagadora maioria das pessoas que é contra a descriminação das drogas é pobre. Não há no encontro de Brasília — FINANCIADO COM DINHEIRO PÚBLICO — um só pensador, um só médico, um só advogado, um só antropólogo contrários à tese. Lá estão até notórios propagandistas não da descriminação, mas do USO de drogas — são apologistas do consumo.

Trata-se de uma reivindicação de uma fatia das elites supostamente ilustradas, que dão uma banana solene para a população brasileira, para as pessoas que são incendiadas vivas, para os que tomam tiro na cabeça, para as que são estupradas num ônibus. Pensam o binômio drogas-violência apenas pelo ângulo do tráfico, mas esquecem o efeito que têm determinadas drogas num cérebro juvenil, ainda conformado para o impulso e para a não ponderação.

A descriminação das drogas — e também do “pequeno tráfico” — corresponde, podem acreditar, a uma das manifestações mais asquerosas em defesa da exclusão social surgida nos últimos tempos. Chega a ser espantoso que essa pauta frequente as mesmas bocas que saem por aí a defender medidas de reparação disso e daquilo em nome dos excluídos.

A UnB, que promove o evento; o Ministério da Educação, que o financia (por intermédio da CAPES), as ONGs e entidades que o apoiam, como a Viva Rio e a Comissão Brasileira Sobre Drogar e Democracia, estão dando um pé no traseiro dos pobres — que não estavam lá representados. Viram as costas para a maioria da população e se comportam como supostos iluministas num país de obscurantistas e ignorantes, que ainda não se deixaram tocar por suas luzes.

Rubem Cesar Fernandes tem de dar uma resposta para a mulher estuprada.
Luciana Boiteux tem de dar uma resposta para a mulher estuprada.
O tal delegado Zaccone tem de dar uma resposta para a mulher estuprada.
Todos aqueles candidatos a Voltaire da razão entorpecida têm de dar uma resposta para a mulher estuprada.
O governo Dilma, que financia a patuscada, tem de dar uma resposta para a mulher estuprada.
E todos eles devem explicações — é O QUE CHAMO “LEI DE RESPONSABILIDADE MORAL” — para as respectivas famílias de Cinthya e Victor Hugo. E para milhares de outras Brasil afora.

Essa gente tem de explicar por que quer o crack circulando livremente no país.
Por que quer a maconha circulando livremente no país.
Por que quer a cocaína circulando livremente no país.
Por que quer os “pequenos traficantes” circulando livremente no país.

Se todos eles, ao menos, se declarassem usuários, haveria, na loucura, um grão de honestidade intelectual. Mas não o farão porque, posso apostar, uma boa parte não deve mesmo consumir droga nenhuma. Tanto pior! A eles cabe a ousadia de pensar, e os pobres desgraçados e os desgraçados pobres que se virem com as consequências de suas ideias. Mais ou menos como aqueles intelectuais franceses que apoiavam o maoismo… Somam, assim, à estupidez a covardia. Termina neste domingo o happening da burguesia da morte dos filhos alheios. Se o Ministério Público tivesse realmente a independência que alardeia, mandaria investigar aquela patuscada. Motivos não faltam.

Reinaldo Azevedo

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

A tal resposta para mulher estuprada é a descriminalização, enquanto as policias continuam esta guerra tola, a população fica a merce de fatos como este, se tivesse legalizado/descriminalizado garanto que teria mais efetivo nas ruas, fazendo o que tem que ser feito, PROTEGENDO a população!
TNC moralista, reacionário do caraleo.

Editado por OMASSA
  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Confrades,

Embora seja lamentável... Este colunista da decadente Veja, expressa o sentimento da maioria da população brasileira.

Filosoficamente, em termos de direitos individuais, não tenho mais dúvida que a regulamentação de TODAS as drogas seja o caminho para acabar com esta carnificina da guerra as drogas, e marginalização de pessoas de bem.

Entretanto, acredito que um passo tenha que ser dado de cada vez. E que neste momento o que temos forte embasamento científico e algum apoio político / popular é na REGULAÇÃO DA CANNABIS MEDICINAL.

Tenho certeza que após a sua implementação vários paradigmas cairão por terra, e que a regulamentação para o uso não médico, até mesmo como controle de dano virá na esteira.

Levantando várias bandeiras, perdemos argumentos e nos expomos a críticas sorrateiras como esta.

Este é meu ponto de vista pessoal neste momento... Mas estou aberto a novas ideias.

UNI-VOS !!!

Abs do Jão

Ps: Espero que os injustamente citados formadores de opinião não deixem barato esta destemperada agressão.

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Questionar um cara desses é perda de tempo!!!! Por que ele não esteve presente no Congresso então?

Talvez se ele fizesse um papel oposto à esse que ele faz a mulher não haveria sido estuprada.

Esse tipo de coisa só ainda acontece por causa de indíviduos como esse aí! Tá na hora de dar um basta nesses caras. E o Congresso Internacional Sobre Drogas: Lei, Saúde E Sociedade veio para isso. Agora tem que passsar os resultados (informações verídicas) para o povo aprender a verdade e deixar de ser iludida por PÍFIOS "defensores da sociedade", como esse Reinaldo Azedo.

Parabéns aos neurocientistas Malcher , SIdarta e toda a equipe.

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Essa gente tem de explicar por que quer o crack circulando livremente no país.

Por que quer a maconha circulando livremente no país.

Por que quer a cocaína circulando livremente no país.

Por que quer os “pequenos traficantes” circulando livremente no país.

O Paulo Teixeira fez um observação que elucidou todo esse texto, usando o exemplo do antibiótico que ele não conseguiu comprar depois de 10 dias de tentativas porque o médico dele esqueceu de assinar a receita. Algo como (palavras semelhantes ao que ele falou):

"- Levei dez dias pra conseguir comprar um antibiótico porque meu médico não tinha assinado a receita, e só comprei depois de conseguir a assinatura. É admirável essa regulação dos medicamentos. É um bom exemplo de regulação que funciona. Entende-se com isso que os medicamentos não são liberados no Brasil, mas legalizados (e regulados e regulamentados). Se eu quisesse comprar crack ou qualquer outra droga, conseguiria em menos de 1 hora, sem receita, sem nada. Isso é um exemplo de que todas as drogas ilícitas atualmente são liberadas no Brasil, e não legalizadas ou regulamentadas."

  • Like 4
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

O Paulo Teixeira fez um observação que elucidou todo esse texto, usando o exemplo do antibiótico que ele não conseguiu comprar depois de 10 dias de tentativas porque o médico dele esqueceu de assinar a receita. Algo como (palavras semelhantes ao que ele falou):

"- Levei dez dias pra conseguir comprar um antibiótico porque meu médico não tinha assinado a receita, e só comprei depois de conseguir a assinatura. É admirável essa regulação dos medicamentos. É um bom exemplo de regulação que funciona. Entende-se com isso que os medicamentos não são liberados no Brasil, mas legalizados (e regulados e regulamentados). Se eu quisesse comprar crack ou qualquer outra droga, conseguiria em menos de 1 hora, sem receita, sem nada. Isso é um exemplo de que todas as drogas ilícitas atualmente são liberadas no Brasil, e não legalizadas ou regulamentadas."

Esse Reinaldo Almofazedo é apenas mais um playboy moralista e profeta do acontecido. Ele não tem capacidade de enxergar que as drogas não são culpadas pelos problemas da sociedade. E sim a falta de regulação delas. Deixando substancias perigosas com fácil acesso àqueles que não tiveram acompanhamento para usa-las. Ele ataca as pessoas que tem visões distintas das dele tentando desmoraliza-las. Ele é apenas um "MARIA VAI COM OUTRAS". Pensar o obvio é fácil. Difícil é enfrentar o preconceito para criar soluções que melhoram a vida de todos, inclusive dos moralistas contrários à causa. :joint:

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

.

Debate
Drogas: especialistas criticam internação forçada e pedem descriminalização



Para neurocientista, o debate antidrogas no Brasil

tem sido “rebaixado” pela falta de argumentos dos defensores de medidas
que apenas preconizam a proibição


por Agência Brasil


publicado
06/05/2013 10:58


Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil


Brasília - Especialistas e ativistas que defendem a descriminalização
das drogas no Brasil vão entregar uma carta à presidenta Dilma
Rousseff, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF)
cobrando a elaboração de uma nova política antidrogas que não seja
baseada em medidas proibicionistas.


A principal crítica do grupo é ao Projeto de Lei 7.663/ 2010, do deputado Osmar Terra (PMDB-RS),
que altera a Lei Antidrogas para aumentar a pena mínima para
traficantes de drogas e prevê a internação compulsória de dependentes.
Segundo os signatários do documento, o PL é um retrocesso no debate
sobre drogas no Brasil e fere direitos constitucionais.


“Constatamos a falência do modelo proibicionista, nos preocupa que o
PL do Osmar Terra aponte na direção contrária, em particular,
priorizando a internação forçada, que a própria ONU [Organização das
Nações Unidas] declara como sendo tortura. Consideramos inadmissível que
o governo da presidenta Dilma, que tem um histórico de defesa dos
direitos humanos, admita que isso venha a ocorrer”, avaliou o
neurocientista Sidarta Ribeiro, integrante da comissão científica e
organizadora do congresso.


Ao STF, o grupo pede o julgamento da inconstitucionalidade da
penalização do porte de drogas para uso pessoal, prevista no Artigo 28
da Lei Antidrogas.


Para Ribeiro, o debate antidrogas no Brasil tem sido “rebaixado” pela
falta de argumentos dos defensores de medidas que apenas preconizam a
proibição. Além disso, é preciso garantir informação para que a
sociedade possa se manifestar sobre o assunto. “A única maneira de
proteger a sociedade é com informação, isso só se consegue com
regulamentação, com transparência. Na obscuridade da proibição isso é
impossível”, ponderou.


“O proibicionismo fracassou, aumentou a violência. Não há
justificativa para proibição, é tudo baseado em falácia. Eles não têm
argumentos, mas têm a anuência dos desinformados”, criticou.


O congresso reuniu cerca de 700 participantes, entre membros de
movimentos da sociedade civil, de universidades e representantes do
governo, em sua maioria contrários às internações e à criminalização do
uso das drogas.

fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/drogas-especialistas-criticam-internacao-forcada-e-pedem-descriminalizacao

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Join the conversation

You can post now and register later. If you have an account, sign in now to post with your account.

Visitante
Responder

×   Pasted as rich text.   Paste as plain text instead

  Only 75 emoji are allowed.

×   Your link has been automatically embedded.   Display as a link instead

×   Your previous content has been restored.   Clear editor

×   You cannot paste images directly. Upload or insert images from URL.

Processando...

×
×
  • Criar Novo...