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Jogador Do Palmeiras Defende Legalização De Aborto E Maconha


Paulinhuuu

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  • Usuário Growroom

Jogador do Palmeiras defende legalização de aborto e maconha Uruguaio Sebastián Eguren é fã do presidente José Mujica e apoia as duas medidas encampadas pelo chefe de Estado

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Sebastián Eguren fala sobre música, literatura e política com a mesma

desenvoltura que comenta esquemas táticos e a cobertura dos laterais.

Admirador de José Mujica, presidente do Uruguai, ele defende a

legalização do aborto e da maconha, duas medidas encampadas pelo chefe

de Estado, ainda que não concorde com o consumo de drogas, como faz

questão de enfatizar.

O raciocínio do volante para defender a

legalização da maconha é semelhante ao usado por Mujica. Na medida em

que a droga jamais foi erradicada e é costumeiramente consumida à margem

da lei, é mais vantajoso (ou menos danoso) legalizá-la e criar uma

legislação específica para o tema – o presidente uruguaio propõe que a

venda seja realizada pelo Estado.

“Não concordo com o consumo de maconha, tabaco e álcool, mas, quando

as coisas são fiscalizadas e consumidas legalmente, é favorável a todos.

O fato de que o presidente apoie a causa não significa que esteja

fazendo apologia. As pessoas consomem maconha e, legalizando-a, o Estado

poderá ser ressarcido. O consumo ficaria mais restrito e não haveria um

negócio sujo por baixo dos panos. Não me parece ruim”, disse.

Já a

legalização do aborto, argumentou Eguren, poderia poupar a vida de

várias mulheres. “O aborto sempre fez parte do dia a dia, e muitas

garotas morrem. Legalizando, a mulher pode escolher, ela tem que ser

parte desse assunto. Esse tipo de coisa deve ser feito dentro da

legalidade e cuidando da saúde de quem quer fazer”, declarou.

José

Mujica, no poder desde 2010, encampa as duas medidas. Em meados dos

anos 1960, como integrante dos Tupamaros – movimento de guerrilha

uruguaio -, ele foi baleado e passou aproximadamente 14 anos preso.

Libertado com a volta da democracia em 1985, retomou a carreira e

política e, mesmo eleito presidente, manteve hábitos simples, como

dirigir um fusca 1987 e morar em um sítio nos arredores de Montevidéu.

“Tenho

muitos pontos em comum com seu pensamento e maneira de ser. O mais

admirável é que o presidente Mujica teve um passado que poderia fazê-lo

governar com rancor, mas ele dirige o país pensando no futuro. Além

disso, gosta de governar pelo exemplo. O Uruguai está em um caminho de

justiça social que antes não existia e vem melhorando em várias áreas,

mas precisa continuar crescendo”, analisou Eguren.

Durante a Copa

de 2010, com a gestão de Mujica recém-iniciada, o Uruguai viveu um

momento especial. Bicampeã olímpica (1924 e 1928) e mundial (1930 e

1950), a Celeste reassumiu o papel de protagonista no futebol há tempos

perdido ao alcançar o quarto lugar depois de uma vitória histórica sobre

Gana nas quartas de final. No país, a celebração transcendeu o aspecto

meramente esportivo, conta Eguren.

“Vínhamos de uma crise

econômica significativa do começo dos anos 2000. O país já tinha

melhorado, mas faltava algo para que nosso povo pudesse festejar, e a

Copa foi a desculpa perfeita. Fazia muito tempo que o Uruguai não tinha

apenas uma cor, a cor celeste. Já não importavam os partidos políticos, a

cor da pele e a classe social. Todos saíram às ruas para festejar não

um título, mas uma honrosa derrota na semifinal”, contou.

de futebol, o escritor Eduardo Galeano, admirado por Eguren, foi um dos

milhões de uruguaios que vibraram com a campanha da Celeste na Copa de

2010. O volante também gosta das obras do falecido compatriota Mario

Benedetti, mais um fã de futebol, e do panamenho de origem mexicana

Carlos Fuentes, além do galês Ken Follet.

Por influência dos pais,

Eguren se acostumou a ouvir Bob Dylan e Pink Floyd desde pequeno.

Admirador dos uruguaios Jorge Drexler e No te va gustar, ele também é fã

de cantores brasileiros. “Titãs, Legião Urbana, Cazuza, Cássia Eller,

Marisa Monte, Adriana Calcanhoto e Ana Carolina”, enumerou. O gosto por

política, literatura e música, garante o jogador, não o faz sentir

entediado em meio aos boleiros nas concentrações.

“Muitas vezes,

as entrevistas só falam de futebol. Se você me perguntar como foi o

jogo, vou te responder sobre o jogo. Isso pode acontecer com outros

jogadores. Você pensa que a pessoa não gostaria de falar sobre política,

mas ela pode ser capaz. Eu me divirto nas concentrações. O futebol é

algo estranho: um garoto de 17 anos pode compartilhar o mesmo objetivo

de um homem de 35”, afirmou.

Link: http://www.foxsports.com.br/noticias/113040-jogador-do-palmeiras-defende-legalizacao-de-aborto-e-maconha

Cade os jogadores brasileiros pra levantar essa bandeira :127472813-scratchhead4wijz2:

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