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O Uruguai Está Prestes A Realizar O Sonho De Todo Maconheiro


Paulinhuuu

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  • Usuário Growroom

By Joseph Cox
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Marcha pró-maconha em Montevidéu. (Foto por Santiago Mazzarovich)



É quase certo que em novembro a maconha será legalizada no Uruguai. A
decisão — saudada como uma “experiência” que pode “contribuir com a
humanidade” segundo o presidente uruguaio José Mujica — será realmente
única: o primeiro programa no mundo a estabelecer o controle do governo
sobre toda a indústria da maconha, incluindo cultivo, distribuição e
venda da droga.



Ainda que o uso de drogas tenha sido descriminalizado no Uruguai por
mais de 30 anos, os usuários ainda precisam comprar sua maconha de
traficantes de rua. No entanto, quando a lei entrar em vigor, isso
poderá ser adquirido de fontes legítimas e, mais importante, pesadamente
reguladamentadas. Por mais ou menos R$ 6 por grama, o produto será
cotado em competição direta com o mercado negro. Espera-se que as
pessoas se recusem a comprar um produto de padrão inferior de um
traficante, já que podem comprar a droga de qualidade controlada do
estado pelo mesmo preço.



Depois de se registrar com o governo, os cidadãos poderão adquirir até
40 gramas de maconha por mês, além de ter permissão para cultivar sua
própria droga. Botânicos amadores mais empreendedores, companhias
privadas e cooperativas também poderão cultivar seu próprio produto,
desde que obedeçam a certos limites e só vendam seu produto por meio de
farmácias estatais.



Mas por mais felizes que os fumantes de maconha do país estejam, essa
lei não está sendo aprovada somente para melhorar o acesso deles à erva
vencedora da Cannabis Cup. Essa decisão é parte de um programa
governamental de 15 passos chamado “Estratégia para a Vida e
Coexistência”, que visa fazer do país um lugar mais seguro, liberando as
autoridades para lidar com o crime organizado em vez de perder tempo
com prisões relacionadas à maconha.



Obviamente, esse passo em direção à legalização não aconteceu do dia
para a noite. A decisão é o resultado de anos de campanhas feitas por
cidadãos, ONGs e políticos. Clara Musto, do grupo ativista uruguaio Pro
Derechos, me contou sobre os obstáculos que sua organização enfrentou no
período anterior a essa mudança histórica na legislação.



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Marcha pró-maconha em Montevidéu. (Foto por Santiago Mazzarovich)



A principal questão era convencer a população de que o debate não era
realmente a respeito de drogas. Demorou muito para que o país “atingisse
um ponto de virada no debate público, em que as pessoas passassem a ver
isso não como uma discussão sobre maconha ou se o uso é ou não
prejudicial à saúde”, disse Clara, “mas sobre as [próprias] leis da
maconha”.



E a grande mídia não ajudou muito a repassar essa mensagem: “Maconha é
um assunto muito estigmatizado e a imagem que você vai ver nos jornais e
na TV é a de um garoto fumando um beck enorme […] porque é assim que
eles veem a questão, e isso não nos ajudava a desconstruir o estigma”.



Os simpatizantes da campanha da Pro Derechos desafiam a imagem típica
dos grupos pró-maconha. Em vez de uma massa desorganizada de gente com
dreadlocks, andando confusamente por aí gritando que a maconha é só uma
planta, eles são homens e mulheres de todos os tipos — jovens, velhos,
mães donas de casa, empresários e pessoas que sequer fumam maconha.



A campanha conseguiu esse tipo de apoio produzindo gráficos que
enfatizavam os benefícios sociais da legalização: do impulso na economia
até a possível diminuição no uso de drogas mais pesadas.



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Cartaz da Pro Derechos com a imagem do presidente uruguaio. (Imagem cortesia da Pro Derechos)



No entanto, o que foi mais importante para levar o governo a tomar essa
decisão é a percepção de que a insegurança e o crime cresceram na
última década no país. Mesmo que Montevidéu não seja nada parecida com
os campos de batalha de Bogotá e Medellín na Colômbia (que enfrentam,
possivelmente, dez vezes mais assassinatos), os moradores da capital do
Uruguai são mais propensos a rotular sua cidade como “altamente
insegura” do que qualquer morador das duas cidades mais violentas da
Colômbia.



A opinião deles pode parecer um pouco exagerada, mas o crime realmente
cresceu nos últimos dez anos. Isso, de acordo com a polícia e os
oficiais de combate ao tráfico, foi devido ao influxo de pasta de
cocaína, que se infiltrou no país depois que os precursores químicos
usados na fabricação da cocaína foram regulamentados na Colômbia e no
Peru, o que significou que os traficantes precisaram achar um novo
mercado onde vender seu produto. A combinação da crise econômica de
2002, desemprego e uma nova droga barata levou a um aumento na atividade
criminal no país.



Quando liguei para Geoff Ramsey, um pesquisador da Open Society
Foundations, ele me disse que essa legalização da maconha — apesar de,
certamente, não ser uma política infalível — pode ajudar a minar as
gangues locais que também trabalham com prostituição e crimes menores.
“No Uruguai, há organizações criminosas transnacionais peruanas e
colombianas que tiram vantagem do porto de Montevidéu para enviar
cocaína para o mercado europeu”, disse ele, “e é provável que elas não
sejam afetadas por isso. No entanto, as gangues locais que também
existem ali vão sofrer um grande golpe".



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Marcha pró-maconha em Montevidéu. (Foto por Santiago Mazzarovich)



Embora possa não ser a droga mais rentável, o mercado da maconha é o
mais popular do Uruguai, com 20% da população a consumindo em algum
momento da vida. Se esse mercado for tirado das mãos dos criminosos
locais — criminosos que contribuem com a insegurança no país — eles
sentirão o golpe no bolso.



Claro, como esse será o primeiro experimento do tipo no mundo, o tiro
pode sair pela culatra. Criminosos não costumam largar tudo e fazer fila
nas agências de emprego à procura de uma nova vida. Felizmente, o
presidente Mujica parece estar ciente disso e pretende aumentar os
gastos com o policiamento. O dinheiro gerado pelas vendas de maconha
pelo governo será utilizado para coibir o tráfico de drogas pesadas,
outro caminho que os criminosos podem tentar seguir, bem como para
garantir que nenhum dos novos produtores de maconha ultrapasse
determinados limites. Se esses desfechos possíveis forem abordados, a
legalização da maconha no Uruguai — de acordo com Geoff, pelo menos —
“Tem uma boa chance de reduzir homicídios e outros crimes violentos”.



O que pode criar um precedente para outros países da América Latina e
de todo o mundo, no que diz respeito à política de drogas, ou pelo menos
inspirá-los para que ajam contra o status quo de proibições.
Na verdade, alguns deles já estão fazendo exatamente isso, como o
Equador, que descriminalizou recentemente o uso pessoal de drogas e os
presidentes da Colômbia e Guatemala, que anunciaram que desejam
pesquisar uma alternativa à Guerra às Drogas destrutiva liderada pelos
Estados Unidos.



Claro, não é hora de se precipitar. Nesse estágio, o esquema é
meramente “experimental” e o mundo todo estará atento aos resultados. No
entanto, se isso conseguir produzir todos os benefícios esperados pelo
governo uruguaio, quem sabe qual será o próximo país a instalar seu
líder político à frente de uma indústria da maconha.


http://www.vice.com

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  • Usuário Growroom

Menos violência, boa taxa de câmbio, paz, maconha legalizada, chicas...playa...sol...to começando a me perguntar qual o motivo de eu estar aqui no Brasil ainda.

Achei que o cultivo ainda nao fosse ser permitido por la , Boa noticia

6 plantas.

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  • Usuário Growroom

Se é que vai ser investigado, terá tratamento provavelmente mais humano que no Brasil, a não seja que um delegado queira extorquir você, o que pode acontecer, aí você tá fudido em qualquer lugar. Se eu fosse pra lá teria 6 plantas, como combinado, depois da primeira colheita já me autosustentava...6 plantas no outdoor, dá pra fumar 1 ano. Nisso já colhe mais 6...daria pra manter 2 madres, 2 strains pra não criar tanta resistência, florir 4, mantém 2, aí clona, é meio ridículo, você vai tirar 4 clones, se tirar 5, com duas madres, e os 5 enraizarem você tá ilegal até a hora que joga o número 5 na privada? Esses são os problemas dessas leis regulando consumo de drogas...ah se você tiver 10 maços você é usuário, se possuir 10 caixas é contrabandista? Precisa ser preso? Ah, puta que pariu viu, aí que a gente vê que o progresso, o avanço, é atrasado também...estamos mil anos de onde precisamos estar para realmente dar liberdade para as pessoas.

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  • Usuário Growroom

Com um presidente como Mujica o Uruguai está a frente de qualquer outro pais! Obrigado, Mujica, você me representa!

http://youtu.be/OLef1zl7k4Q

Amigos todos, soy del sur, vengo del sur. Esquina del Atlántico y del Plata, mi país es una penillanura suave, templada, una historia de puertos, cueros, tasajo, lanas y carne. Tuvo décadas púrpuras, de lanzas y caballos, hasta que por fin al arrancar el siglo XX se puso a ser vanguardia en lo social, en el Estado, en la enseñanza. Diría que la socialdemocracia se inventó en el Uruguay.

Durante casi 50 años el mundo nos vio como una especie de Suiza. En realidad, en lo económico fuimos bastardos del imperio británico y cuando este sucumbió vivimos las amargas mieles de términos de intercambio funestos, y quedamos estancados añorando el pasado.

Casi 50 años recordando el Maracaná, nuestra hazaña deportiva. Hoy hemos resurgido en este mundo globalizado tal vez aprendiendo de nuestro dolor. Mi historia personal, la de un muchacho- porque alguna vez fui muchacho- que como otros quiso cambiar su época, su mundo, el sueño de una sociedad libertaria y sin clases. Mis errores son en parte hijos de mi tiempo. Obviamente los asumo, pero hay veces que medito con nostalgia

Obviamente los asumo, pero hay veces que medito con nostalgia

¡quién tuviera la fuerza de cuando éramos capaces de albergar tanta utopía! Sin embargo no miro hacia atrás porque el hoy real nació en las cenizas fértiles del ayer. Por el contrario no vivo para cobrar cuentas o reverberar recuerdos.

Me angustia, y de qué manera, el porvenir que no veré, y por el que me comprometo. Sí, es posible un mundo con una humanidad mejor, pero tal vez hoy la primera tarea sea cuidar la vida.

Pero soy del sur y vengo del sur, a esta asamblea, cargo inequívocamente con los millones de compatriotas pobres, en las ciudades, en los páramos, en las selvas, en las pampas, en los socavones, de la América Latina patria común que se está haciendo.

Cargo con las culturas originales aplastadas, con los restos del colonialismo en Malvinas, con bloqueos inútiles a ese caimán bajo el sol del Caribe que se llama Cuba. Cargo con las consecuencias de la vigilancia electrónica que no hace otra cosa que sembrar desconfianza. Desconfianza que nos envenena inútilmente. Cargo con una gigantesca deuda social, con la necesidad de defender la Amazonia, los mares, nuestros grandes ríos de América.

Cargo con el deber de luchar por patria para todos.

Para que Colombia pueda encontrar el camino de la paz, y cargo con el deber de luchar por tolerancia, la tolerancia se precisa para con aquellos que son distintos, y con los que tenemos diferencias y discrepamos. No se precisa la tolerancia para los que estamos de acuerdo.

La tolerancia es el fundamento de poder convivir en paz, y entendiendo que en el mundo somos diferentes.

El combate a la economía sucia, al narcotráfico, a la estafa, el fraude y la corrupción, plagas contemporáneas, prohijadas por ese antivalor, ese que sostiene que somos felices si nos enriquecemos sea como sea. Hemos sacrificado los viejos dioses inmateriales. Les ocupamos el templo con el dios mercado, que nos organiza la economía, la política, los hábitos, la vida y hasta nos financia en cuotas y tarjetas, la apariencia de felicidad.

Parecería que hemos nacido solo para consumir y consumir, y cuando no podemos cargamos con la frustración, la pobreza, y hasta la autoexclusión.

Lo cierto hoy es que para gastar y enterrar los detritos en eso que se llama la huella de carbono por la ciencia, si aspiraramos en esta humanidad a consumir como un americano medio promedio, sería imprescindible tres planetas para poder vivir.

Es decir nuestra civilización montó un desafío mentiroso y así como vamos, no es posible para todos colmar ese sentido de despilfarro que se le ha dado a la vida. En los hechos se está masificando como una cultura de nuestra época, siempre dirigida por la acumulación y el mercado.

Prometemos una vida de derroche y despilfarro, y en el fondo constituye una cuenta regresiva contra la naturaleza, contra la humanidad como futuro. Civilización contra la sencillez, contra la sobriedad, contra todos los ciclos naturales.

Lo peor: civilización contra la libertad que supone tener tiempo para vivir las relaciones humanas, lo único trascendente, el amor, la amistad, aventura, solidaridad, familia.

Civilización contra tiempo libre no paga, que no se compra, y que nos permite contemplar y escudriñar el escenario de la naturaleza.

Arrasamos la selva, las selvas verdaderas, e implantamos selvas anónimas de cemento. Enfrentamos al sedentarismo con caminadores, al insomnio con pastillas, la soledad con electrónicos, porque somos felices alejados del entorno humano.

Cabe hacerse esta pregunta, huimos de nuestra biología que defiende la vida por la vida misma, como causa superior, y lo suplantamos por el consumismo funcional a la acumulación.

La política, la eterna madre del acontecer humano quedó limitada a la economía y al mercado, de salto en salto la política no puede más que perpetuarse, y como tal delegó el poder y se entretiene, aturdida, luchando por el gobierno. Debocada marcha de historieta humana, comprando y vendiendo todo, e innovando para poder negociar de algún modo, lo que es innegociable. Hay marketing para todo, para los cementerios, los servicios fúnebres, las maternidades, para padres, para madres, pasando por las secretarias, los autos y las vacaciones. Todo, todo es negocio.

Todavía las campañas de marketing caen deliberadamente sobre los niños, y su psicología para influir sobre los mayores y tener hacia el futuro un territorio asegurado. Sobran pruebas de estas tecnologías bastante abominables que a veces, conducen a las frustraciones y más.

El hombrecito promedio de nuestras grandes ciudades, deambula entre las financieras y el tedio rutinario de las oficinas, a veces atemperadas con aire acondicionado. Siempre sueña con las vacaciones y la libertad, siempre sueña con concluir las cuentas, hasta que un día, el corazón se para, y adiós. Habrá otro soldado cubriendo las fauces del mercado, asegurando la acumulación. La crisis se hace impotencia, la impotencia de la política, incapaz de entender que la humanidad no se escapa, ni se escapará del sentimiento de nación. Sentimiento que casi está incrustado en nuestro código genético.

Hoy, es tiempo de empezar a tallar para preparar un mundo sin fronteras. La economía globalizada no tiene más conducción que el interés privado, de muy pocos, y cada estado nacional mira su estabilidad continuista, y hoy la gran tarea para nuestros pueblos, en mi humilde manera de ver, es el todo.

Como si esto fuera poco, el capitalismo productivo, francamente productivo, está medio prisionero en la caja de los grandes bancos. En el fondo son la cúspide del poder mundial. Más claro, creemos que el mundo requiere a gritos reglas globales que respeten los logros de la ciencia, que abunda. Pero no es la ciencia que gobierna el mundo. Se precisan por ejemplo, una larga agenda de definiciones, cuántas horas de trabajo y toda la tierra, cómo convergen las monedas, cómo se financia la lucha global por el agua, y contra los desiertos.

Cómo se recicla y se presiona contra el calentamiento global. Cuáles son los límites de cada gran quehacer humano. Sería imperioso lograr consenso planetario para desatar solidaridad hacia los más oprimidos, castigar impositivamente el despilfarro y la especulación. Movilizar las grandes economías, no para crear descartables, con obsolencia calculada, sino bienes útiles, sin fidelidad, para ayudar a levantar a los pobres del mundo. Bienes útiles contra la pobreza mundial. Mil veces más redituable que hacer guerras. Volcar un neo-keynesianismo útil de escala planetaria para abolir las vergüenzas más flagrantes que tiene este mundo.

Tal vez nuestro mundo necesita menos organismos mundiales, esos que organizan los foros y las conferencias, que le sirven mucho a las cadenas hoteleras y a las compañías aéreas y en el mejor de los casos nadie recoge y lo transforma en decisiones.…

Necesitamos sí mascar mucho lo viejo y eterno de la vida humana junto a la ciencia, esa ciencia que se empeña por la humanidad no para hacerse rico; con ellos, con los hombres de ciencia de la mano, primeros consejeros de la humanidad, establecer acuerdos por el mundo entero. Ni los Estados nacionales grandes, ni las transnacionales y muchos menos el sistema financiero debería gobernar el mundo humano. Sí la alta política entrelazada con la sabiduría científica, allí está la fuente. Esa ciencia que no apetece el lucro pero que mira el porvenir y nos dice cosas que no atendemos. ¿Cuántos años hace que nos dijeron determinadas cosas que no nos dimos por enterados? Creo que hay que convocar la inteligencia al comando de la nave arriba de la tierra, cosas de este estilo y otras que no puedo desarrollar nos parecen imprescindibles, pero requerirían que lo determinante fuera la vida, no la acumulación.

Obviamente, no somos tan ilusos, estas cosas no pasarán, ni otras parecidas. Nos quedan muchos sacrificios inútiles por delante, mucho remendar consecuencias y no enfrentar las causas. Hoy el mundo es incapaz de crear regulación planetaria a la globalización y esto es por el debilitamiento de la alta política, eso que se ocupa de todo. Por último vamos a asistir al refugio de acuerdos más o menos “reclamables”, que van a plantear un mentiroso libre comercio interno, pero que en el fondo van a terminar construyendo parapetos proteccionistas, supranacionales en algunas regiones del planeta. A su vez van a crecer ramas industriales importantes y servicios, todos dedicados a salvar y mejorar al medio ambiente. Así nos vamos a consolar por un tiempo, vamos a estar entretenidos y naturalmente va a continuar como para estar rica la acumulación para regodeo del sistema financiero.

Continuarán las guerras y por tanto los fanatismos hasta que tal vez la misma naturaleza lo llame al orden y haga inviable nuestras civilizaciones. Tal vez nuestra visión es demasiado cruda, sin piedad y vemos al hombre como una criatura única, la única que hay arriba de la tierra capaz de ir contra su propia especie. Vuelvo a repetir, porque algunos llaman la crisis ecológica del planeta, es consecuencia del triunfo avasallante de la ambición humana. Ese es nuestro triunfo, también nuestra derrota, porque tenemos impotencia política de encuadrarnos en una nueva época. Y hemos contribuido a construir y no nos damos cuenta.

¿Por qué digo esto? Son datos nada más. Lo cierto es que la población se cuadriplicó y el PBI creció por lo menos veinte veces en el último siglo. Desde 1990 aproximadamente cada seis años se duplica el comercio mundial. Podíamos seguir anotando datos que establecen la marcha de la globalización. ¿Qué nos está pasando? Entramos en otra época aceleradamente pero con políticos, atavíos culturales, partidos, y jóvenes, todos viejos ante la pavorosa acumulación de cambios que ni siquiera podemos registrar. No podemos manejar la globalización, porque nuestro pensamiento no es global. No sabemos si es una limitante cultural o estamos llegando a los límites biológicos.

Nuestra época es portentosamente revolucionaria como no ha conocido la historia de la humanidad. Pero no tiene conducción consciente, o menos, conducción simplemente instintiva. Mucho menos todavía, conducción política organizada porque ni siquiera hemos tenido filosofía precursora ante la velocidad de los cambios que se acumularon.

La codicia, tanto negativa y tanto motor de la historia, eso que empujó al progreso material técnico y científico, que ha hecho lo que es nuestra época y nuestro tiempo y un fenomenal adelanto en muchos frentes, paradojalmente, esa misma herramienta, la codicia que nos empujó a domesticar la ciencia y transformarla en tecnología nos precipita a un abismo brumoso. A una historia que no conocemos, a una época sin historia y nos estamos quedando sin ojos ni inteligencia colectiva para seguir colonizando y perpetuarnos transformándonos.

Porque si una característica tiene este bichito humano, es que es un conquistador antropológico.

Parece que las cosas toman autonomía y las cosas someten a los hombres. Por un lado u otro, sobran activos para vislumbrar estas cosas y en todo caso, vislumbrar el rumbo. Pero nos resulta imposible colectivizar decisiones globales por ese todo. Más claro, la codicia individual ha triunfado largamente sobre la codicia superior de la especie. Aclaremos, ¿qué es el todo?, esa palabra que utilizamos. Para nosotros es la vida global del sistema tierra incluyendo la vida humana con todos los equilibrios frágiles que hacen posible que nos perpetuemos. Por otro lado, más sencillo, menos opinable y más evidente. En nuestro occidente, particularmente, porque de ahí venimos aunque venimos del Sur, las repúblicas que nacieron para afirmar que los hombres somos iguales, que nadie es más que nadie, que sus gobiernos deberían representar el bien común, la justicia y la equidad. Muchas veces, las repúblicas se deforman y caen en el olvido de la gente corriente, la que anda por las calles, el pueblo común.

No fueron las repúblicas creadas para vegetar encima de la grey, sino por el contrario, son un grito en la historia para hacer funcionales a la vida de los propios pueblos y, por lo tanto, las repúblicas se deben a las mayorías y a luchar por la promoción de las mayorías.

Por lo que fuera, por reminiscencias feudales que están allí en nuestra cultura; por clasismo dominador, tal vez por la cultura consumista que nos rodea a todos, las repúblicas frecuentemente en sus direcciones adoptan un diario vivir que excluye, que pone distancia con el hombre de la calle.

En los hechos, ese hombre de la calle debería ser la causa central de la lucha política en la vida de las repúblicas. Los gobiernos republicanos deberían de parecerse cada vez más a sus respectivos pueblos en la forma de vivir y en la forma de comprometerse con al vida.

El hecho es que cultivamos arcaísmos feudales, cortesanismos consentidos, hacemos diferenciaciones jerárquicas que en el fondo socavan lo mejor que tienen las repúblicas: que nadie es más que nadie. El juego de estos y otros factores nos retienen en la prehistoria. Y hoy es imposible renunciar a la guerra cuando la política fracasa. Así se estrangula la economía, derrochamos recursos.

Oigan bien, queridos amigos: en cada minuto del mundo se gastan dos millones de dólares en presupuestos militares en esta tierra. Dos millones de dólares por minutos en presupuesto militar!! En investigación médica, de todas las enfermedades que ha avanzado enormemente y es una bendición para la promesa de vivir unos años más, esa investigación apenas cubre la quinta parte de la investigación militar.

Este proceso del cual no podemos salir, es ciego. Asegura odio y fanatismo, desconfianza, fuente de nuevas guerras y esto también, derroche de fortunas. Yo se que es muy fácil, poéticamente, autocriticarnos, personalmente. Y creo que sería una inocencia en este mundo plantear que allí existen recursos para ahorrar y gastarlos en otras cosas útiles. Eso sería posible, otra vez, si fuéramos capaces de ejercitar acuerdos mundiales y prevenciones mundiales de políticas planetarias que nos garanticen la paz y que nos den a los más débiles, garantía que no tenemos. Ahí habría enormes recursos para recortar y atender las mayores vergüenzas arriba de la Tierra. Pero basta una pregunta: en esta humanidad, hoy, ¿adonde se iría sin la existencia de esas garantías planetarias? Entonces cada cual hace vela de armas de acuerdo a su magnitud y allí estamos porque no podemos razonar como especie, apenas como individuos.

Las instituciones mundiales, particularmente hoy vegetan a la sombra consentida de las disidencias de las grandes naciones que, obviamente, estas quieren retener su cuota de poder.

Bloquean en los hechos a esta ONU que fue creada con una esperanza y como un sueño de paz para la humanidad. Pero peor aún la desarraigan de la democracia en el sentido planetario porque no somos iguales. No podemos ser iguales en este mundo donde hay más fuertes y más débiles. Por lo tanto es una democracia planetaria herida y está cercenando la historia de un posible acuerdo mundial de paz, militante, combativo y que verdaderamente exista. Y entonces, remendamos enfermedades allí donde hace eclosión y se presenta según le parezca a algunas de las grandes potencias. Lo demás miramos desde lejos. No existimos.

Amigos, yo creo que es muy difícil inventar una fuerza peor que el nacionalismo chauvinista de las granes potencias. La fuerza que es liberadora de los débiles. El nacionalismo tan padre de los procesos de descolonización, formidable hacia los débiles, se transforma en una herramienta opresora en las manos de los fuertes y vaya que en los últimos 200 años hemos tenido ejemplos por todas partes.

La ONU, nuestra ONU languidece, se burocratiza por falta de poder y de autonomía, de reconocimiento y sobre todo de democracia hacia el mundo más débil que constituye la mayoría aplastante del planeta. Pongo un pequeño ejemplo, pequeñito. Nuestro pequeño país tiene en términos absolutos, la mayor cantidad de soldados en misiones de paz de los países de América Latina desparramos en el mundo. Y allí estamos, donde nos piden que estemos. Pero somos pequeños, débiles. Donde se reparten los recursos y se toman las decisiones, no entramos ni para servir el café. En lo más profundo de nuestro corazón, existe un enorme anhelo de ayudar para que le hombre salga de la prehistoria. Yo defino que el hombre mientras viva con clima de guerra, está en la prehistoria, a pesar de los muchos artefactos que pueda construir.

Hasta que el hombre no salga de esa prehistoria y archive la guerra como recurso cuando la política fracasa, esa es la larga marcha y el desafío que tenemos por delante. Y lo decimos con conocimiento de causa. Conocemos las soledades de la guerra. Sin embargo, estos sueños, estos desafíos que están en el horizonte implica luchar por una agenda de acuerdos mundiales que empiecen a gobernar nuestra historia y superar paso a paso, las amenazas a la vida. La especie como tal, debería tener un gobierno para la humanidad que supere el individualismo y bregue por recrear cabezas políticas que acudan al camino de la ciencia y no solo a los intereses inmediatos que nos están gobernando y ahogando.

Paralelamente hay que entender que los indigentes del mundo no son de África o de América Latina, son de la humanidad toda y esta debe como tal, globalizada, propender a empeñarse en su desarrollo, en que puedan vivir con decencia por sí mismos. Los recursos necesarios existen, están en ese depredador despilfarro de nuestra civilización.

Hace pocos días le hicieron ahí, en California, en una agencia de bomberos un homenaje a una bombita eléctrica que hace 100 años que está prendida; ¡100 años que está prendida, amigo! Cuántos millones de dólares nos sacaron del bolsillo haciendo deliberadamente porquerías para que la gente compre, y compre, y compre, y compre.

Pero esta globalización de mirar por todo el planeta y por toda la vida significa un cambio cultural brutal. Es lo que nos está requiriendo la historia. Toda la base material ha cambiado y ha tambaleado, y los hombres, con nuestra cultura, permanecemos como si no hubiera pasado nada y en lugar de gobernar la civilización, esta nos gobierna a nosotros. Hace más de 20 años que discutíamos la humilde tasa Tobi. Imposible aplicarla a nivel del planeta. Todos los bancos del poder financiero se levantan heridos en su propiedad privada y qué sé yo cuántas cosas más. Sin embargo, esto es lo paradojal. Sin embargo, con talento, con trabajo colectivo, con ciencia, el hombre paso a paso es capaz de transformar en verde a los desiertos.

El hombre puede llevar la agricultura al mar. El hombre puede crear vegetales que vivan con agua salada. La fuerza de la humanidad se concentra en lo esencial. Es inconmensurable. Allí están las más portentosas fuentes de energía. ¿Qué sabemos de la fotosíntesis?, casi nada. La energía en el mundo sobra si trabajamos para usarla con ella. Es posible arrancar de cuajo toda la indigencia del planeta. Es posible crear estabilidad y será posible a generaciones venideras, si logran empezar a razonar como especie y no solo como individuo, llevar la vida a la galaxia y seguir con ese sueño conquistador que llevamos en nuestra genética los seres humanos.

Pero para que todos esos sueños sean posibles, necesitamos gobernarnos a nosotros mismos o sucumbiremos porque no somos capaces de estar a la altura de la civilización que en los hechos fuimos desarrollando.

Este es nuestro dilema. No nos entretengamos solos remendando consecuencias. Pensemos en las causas de fondo, en la civilización del despilfarro, en la civilización del use-tire que lo que está tirando es tiempo de vida humana malgastado, derrochando cuestiones inútiles. Piensen que la vida humana es un milagro. Que estamos vivos por milagro y nada vale más que la vida. Y que nuestro deber biológico es por encima de todas las cosas respetar la vida e impulsarla, cuidarla, procrearla y entender que la especie es nuestro nosotros.

Gracias.

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  • Usuário Growroom

Representa demais...um dos únicos políticos que já vi que mantém a ideologia depois de assumir o poder

Enquanto isso nossa presidenta ficava esperneando pq tava sendo espionada...porra, eu evito conversar no MSN sobre compra de maconha já faz uns 5 anos porque sei que a parada toda é vigiada...só ela não sabia.

Mujica aproveitou de forma exemplar o espaço e tempo que tinha, esse é o cara

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Eu assisti tudo e vou te falar que me senti honrado pelo Sr. José Mujica, exemplo de ser-humano. Eu me senti honrado como ser-humano, aplaudi de pé sozinho após o discurso, coisa de maluco, mas, é que foi muita emoção ouvir cada palavra desse nobre cidadão. Gostei demais na indireta dele pra quem tá chorando por espionagem.

Esse exemplo é foda!!! Enfiou o dedao sem dó

Hace pocos días le hicieron ahí, en California, en una agencia de bomberos un homenaje a una bombita eléctrica que hace 100 años que está prendida; ¡100 años que está prendida, amigo! Cuántos millones de dólares nos sacaron del bolsillo haciendo deliberadamente porquerías para que la gente compre, y compre, y compre, y compre.

Se não me engano eu vi aqui no forum um link de alguem que falava sobre essa lampada, era alguma coisa sobre energia livre, muito legal.

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