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De Maconha A Mascarados: Artistas Discursam Em Shows No Rock In Rio


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

De maconha a mascarados: artistas discursam em shows no Rock in Rio Samuel Rosa comparou droga ao mensalão ao cantar 'É proibido fumar'.

Ivo Meirelles criticou veto ao uso de máscaras e plateia gritou 'Fora, Cabral'.

01/10/13

Do G1, em São Paulo

Em um ano marcado por manifestações em várias cidades brasileiras, os palcos do Rock in Rio 2013 também se transformaram em cenário para discursos politizados. Samuel Rosa, do Skank, aproveitou para criticar o mensalão após cantar "É proibido fumar". "Maconha é proibido, mas mensalão pode fazer de novo, né?", disse. O Sunset também não ficou de fora. Mascarado, Ivo Meirelles fez a plateia entoar "Fora, Cabral". Veja a lista abaixo:

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As canções "de protesto" compostas por Cazuza foram ressaltadas durante homenagem ao cantor, que abriu essa edição do festival. "É incrível como as canções de protesto no Brasil não envelhecem nunca", disse Rogério Flausino, do Jota Quest, antes de cantar "Ideologia". "Cazuza ia estar adorando ver o povo nas ruas nas manifestações", arriscou Frejat. "A obra de Cazuza moldou meu intelecto", contou Flausino ao G1.

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"Presença", single de 2012, único lançamento da banda desde o Rock in Rio de 2011, abriu o show com a participação do rapper Emicida. Após a primeira música, uma gravação de pessoas gritando "vem pra rua, vem" se juntou a imagens de multidões com cartazes. O que parecia ser o "momento de protesto" era, na verdade, a introdução de "É uma partida de futebol" - o comentário político veio duas músicas depois.

"Maconha é proibido, mas mensalão pode fazer de novo, né?", disse Samuel Rosa durante o show do Skank, no Palco Mundo do Rock in Rio. O discurso do vocalista aconteceu depois de "É proibido fumar", sucesso de Roberto e Erasmo Carlos, em que o público costuma completar o refrão com "maconha".

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O Kiara Rocks teve a inglória tarefa de tocar para o tradicionalmente exigente público metaleiro do Rock in Rio. Com alguma coragem e força no vocal "rasgado", eles conseguiram sair aplaudidos ao fim de uma hora de show.

Os fãs de metal do Rock in Rio são responsáveis por históricas vaias no festival, como a Carlinhos Brown, em 2001, e à também novata Gloria, em 2011. "A gente sabe que é difícil abrir para uma banda chamada Slayer", admitiu no palco o cantor Cadu Pelegrini. No mesmo discurso, falou contra políticos brasileiros, jogada fácil para ganhar aplausos no evento.

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O show do Ivo Meirelles no Palco Sunset do Rock in Rio começou com uma menção às últimas manifestações no país e a controversa proibição do uso de máscaras em protestos no Rio. No dia de 10 de setembro a Assembleia Legislativa do estado aprovou oficialmente o veto.

O ex-presidente da Mangueira, cantor e compositor levou ao palco integrantes da bateria que tinham o rosto coberto como ativistas dos Black Blocs e máscaras do personagem histórico britânico Guy Fawkes, tornado famoso pela HQ/filme "V de vingança". Parte da plateia gritou "Fora, Cabral" na recepção.

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Dinho Ouro Preto dedicou "Saquear Brasília" ao deputado federal Natan Donadon (sem partido-RO), que está preso há quase três meses mas teve o mandato salvo pelo Congresso Nacional em votação secreta. Dinho usou um nariz de palhaço para cantar a música e falou no “primeiro presidiário congressista” do país. "Vocês podem fechar os olhos de vocês e escolher o político preferido [a quem dedicar a música]", prosseguiu. "Eu prefiro dedicar ao Parlamento brasileiro pelo conjunto da obra".

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"Estou gostando da competição de coros. Vamos, continuem", disse o vocalista M. Shadows, do Avenged Sevenfold, em resposta aos gritos dos fãs de sua banda e dos fãs de Iron Maiden - que tocou logo depois no Palco Mundo. Pouco antes, ele havia lembrado que sua banda abriu para o Iron Maiden outras vezes. Ele soube ganhar a plateia não só cantando, mas cortejando bandas que tocaram como Slayer e Helloween, "uma das favoritas" do vocal.

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"Planeta dos macacos", que no Rock in Rio 2011 foi acompanhada por imagens de revoltas populares e políticos no telão, voltou a ser mote para citar protestos. Flausino já havia falado, durante a música "O sol", sobre "cada brasileiro que foi para a rua lutar pelo que acredita".

Em "Planeta dos macacos", ele disse: "A macacada quer saúde, educação, respeito, justiça", antes de cantar trecho de "Brasil", de Cazuza. "Tamo de olho, mensalão", falou Flausino, que se enrolou em uma bandeira do Brasil. O público respondeu com palavrões destinados ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, repetidos no final do show.

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