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Amsterdã: Vendedores E Consumidores De Maconha Saúdam Iniciativa Uruguaia


CanhamoMAN

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  • Usuário Growroom

28 de Novembro de 2013 10h40

atualizado às 10h48

http://noticias.terra.com.br/mundo/europa/amsterda-vendedores-e-consumidores-de-maconha-saudam-iniciativa-uruguaia,09193a5d1a992410VgnVCM3000009af154d0RCRD.html

Amsterdã: vendedores e consumidores de maconha saúdam iniciativa uruguaia
  • Viviane VazDireto de Amsterdã

É noite de sábado, cai uma fina chuva sobre Amsterdã, mas o movimento de turistas no distrito vermelho da capital holandesa é intenso. No meio da multidão, uma senhora brasileira cutuca o marido. “Tá sentindo o cheiro?”, diz ao passar em frente a um coffe shop. O casal garante que veio ao bairro da luz vermelha dos bordeis e da luz verde dos coffe shops só para matar a curiosidade.

sementes-de-cannabis-a-venda-em-amsterdaSementes de cannabis à venda em coffee shop em AmsterdãFoto: Viviane Vaz / Especial para Terra

Dentro da loja, o vendedor A. D. diz a que “a empresa” que lhe fornece cannabis é “de confiança”, mas prefere manter o nome em sigilo, assim como seu próprio nome. A. D. trabalha em uma loja no distrito vermelho e vende desde a erva pronta para preencher um baseado, como também sementes de cannabis e instrumentos para fumar ou inalar a erva. Ele vende pacotes com três a 25 sementes, de espécies provenientes da América, da África ou da Ásia.

O preço do pacote com 10 sementes depende da espécie da planta e varia entre 20 a 180 euros (entre R$ 60 e R$ 560). “Iniciantes devem plantar espécies com menor concentração de tetraidrocanabinol (THC)”, aconselha o vendedor, munido de um folheto que mostra fotografias e características das espécies. THC é a substância química produzida pela cannabisresponsável pelos efeitos psíquicos da droga. O nível médio de THC na maconha dos coffee shops na Holanda é de 18%, mas normas criadas em 2011 estabelecem que o teor de THC na erva comercializada nesses locais tenha um teto máximo de 15% para ser considerada droga leve.

Em 2012, a regra entrou em vigor e as amostras de maconha com mais de 15% de THC passaram a ser reclassificadas como droga pesada. Ainda assim, em um pub no centro da cidade, o belga Jan Peters, 39 anos, reclama da maconha que provou em um coffee shop de Amsterdã. “Embora você tenha muitas opções, achei a maioria muito forte. Queria me sentir 'high' (leve), mas me senti 'stoned' (chapado). Prefiro a minha bio-maconha, plantada em casa mesmo”, opina.

coffee-shop-exibe-bolinhos-na-parte-supeCoffee shop exibe bolinhos de maconha alertando que comer a droga é diferente de fumar - deve-se provar pequenas porçõesFoto: Viviane Vaz / Especial para Terra

Exemplo uruguaio
A.D. avalia que a legalização da maconha no Uruguai é um bom sinal para o mercado internacional. “Se todo o mundo reconhecer a maconha como já reconhece o álcool e o tabaco, vai ser bom para todos - produtores, comerciantes e consumidores”, defende ele. Mas avalia que o “turismo de coffee shop” em Amsterdã poderá diminuir. “Um sul-americano não vai mais precisar viajar até aqui só para fumar um baseado tranquilamente, sem medo de estar fora da lei. Será mais barato viajar a Montevidéu”. Sorridente, A.D. diz que não tem medo do futuro. “Acho que vai ter cliente para todo mundo”, afirma.

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