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A Legalização E O Nordeste


jeffvertigo

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  • Usuário Growroom

Atualmente temos 4 chances de avançar na política de drogas, dois projetos de lei na Câmara dos Deputados, uma sugestão de iniciativa popular no Senado Federal, e um recurso no STF, acredito que a legalização da maconha não vai demorar, minha preocupação é quem iria se beneficiar com a legalização, sabemos dos principais benefícios, mas com relação à produção, quem iria lucrar? o grande fazendeiro ou o pequeno produtor?

Sabe-se que o clima e o solo do nordeste são ideais para o cultivo de maconha, no polígono da maconha a safra mais valiosa é a da maconha. Muitos produtores desesperados e endividados recorrem ao plantio dessa erva como única alternativa, e correm o risco de terem suas terras desapropriadas sem direito a nenhuma indenização, pensando nisso me preocupo com quem vai dominar a produção depois de legalizada. O sertanejo que atualmente é explorado por traficantes não teria chance frente a legalização, esse mercado e demasiado lucrativo e os grandes fazendeiros não ficariam de fora. Pensando nisso enviei uma mensagem ao Deputado Federam Jean Wyllys com o seguinte texto:

"A respeito do projeto de regulamentação da maconha, eu estava pensando que outro benefício seria a redução das desigualdades sociais, mas como?

Bem, sabemos que o nordeste brasileiro tem um clima ideal para o plantio de cannabis sativa, tanto é assim que hoje existe naquela região um conjunto de municípios denominado o polígono da maconha, nessa região a seca predomina e a produção agrícola de qualquer outro produto é muito difícil, o que faz com que os produtores rurais se endividem e recorram ao único produto que se dá bem naquelas condições, a maconha.
Como a região carece de investimentos o projeto poderia prever um incentivo do governo federal ao plantio de cannabis pelos produtores rurais daquela região, como seria esse incentivo eu não sei, poderia ser uma isenção fiscal, por exemplo, mas deveria ser de forma que aumentasse os investimentos da produção da cannabis no sertão nordestino.
A legalização vai render muito dinheiro para quem entrar no mercado, e não acho justo deixar os atuais produtores, que na verdade são explorados por grandes traficantes, de fora desse lucrativo mercado. Já que lá não nasce milho, nem feijão, nem algodão que seja o principal polo de produção de cannabis, já considerada a mais valiosa safra da região.
Se for realmente possível criar regras que favoreçam o investimento naquela região castigada pela seca acredito que a situação da população que sofre com a miséria poderia melhorar.
Essa ideia só cabe em seu projeto de lei, e também no PL do Deputado Eurico Junior.
Essa é minha sugestão, a muito tempo penso que com a legalização aquela região poderia ser realmente favorecida, mas se isso não for pensado os pequenos produtores não teriam chances no competitivo mercado da maconha legal."
Não tenho conhecimento jurídico suficiente para amadurecer essa ideia sozinho, por isso peço ajuda aos consultores jurídicos do growroom e àqueles que tenham algo a contribuir. Como seria a melhor forma de implementar esses incentivos? Obrigado
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  • Usuário Growroom

Atualmente temos 4 chances de avançar na política de drogas, dois projetos de lei na Câmara dos Deputados, uma sugestão de iniciativa popular no Senado Federal, e um recurso no STF, acredito que a legalização da maconha não vai demorar, minha preocupação é quem iria se beneficiar com a legalização, sabemos dos principais benefícios, mas com relação à produção, quem iria lucrar? o grande fazendeiro ou o pequeno produtor?

O maior benefício seria o salto de qualidade do produto que vai estar disponível. Com certeza o maior beneficiado será o consumidor. O grande produtor terá mais produto à disposição mas não necessariamente o melhor produto. Creio que deveria haver uma política forte de agricultura familiar para explorar o filão, projeto social mesmo!

Sabe-se que o clima e o solo do nordeste são ideais para o cultivo de maconha, no polígono da maconha a safra mais valiosa é a da maconha. Muitos produtores desesperados e endividados recorrem ao plantio dessa erva como única alternativa, e correm o risco de terem suas terras desapropriadas sem direito a nenhuma indenização, pensando nisso me preocupo com quem vai dominar a produção depois de legalizada. O sertanejo que atualmente é explorado por traficantes não teria chance frente a legalização, esse mercado e demasiado lucrativo e os grandes fazendeiros não ficariam de fora. Pensando nisso enviei uma mensagem ao Deputado Federam Jean Wyllys com o seguinte texto:

"A respeito do projeto de regulamentação da maconha, eu estava pensando que outro benefício seria a redução das desigualdades sociais, mas como?

A cannabis cresce bem em qualquer tipo de solo, em climas bem diferentes, ou seja, é uma planta altamente adaptável a quaisquer condições de solo, clima, etc. Basta cultivar a variedade certa no ambiente adequado àquela cepa (strain, variedade). O nordeste brasileiro tem um clima perfeito para sativas puras, que são muito apreciadas pela sua psicoatividade cerebral. Volto ao ponto do parágrafo acima, seria uma oportunidade muito excelente para a agricultura familiar, um produto com alto valor agregado e de cultivo fácil.
Bem, sabemos que o nordeste brasileiro tem um clima ideal para o plantio de cannabis sativa, tanto é assim que hoje existe naquela região um conjunto de municípios denominado o polígono da maconha, nessa região a seca predomina e a produção agrícola de qualquer outro produto é muito difícil, o que faz com que os produtores rurais se endividem e recorram ao único produto que se dá bem naquelas condições, a maconha.
De fato, o NE é perfeito para a cannabis sativa, especialmente as sativas puras, mas creio que o que faz o sertanejo optar pelo cultivo da cannabis é a falta de programas governamentais de cultivo de outras espécies. Sem opção, optam pelo cultivo de cannabis, sempre sob condições terríveis de remuneração e com o risco de prisão. Ou isso, ou os cultivadores fazem os cultivos nas ilhas do rio São Francisco, aproveitando a dificuldade de acesso até elas e a proximidade com a água.
Como a região carece de investimentos o projeto poderia prever um incentivo do governo federal ao plantio de cannabis pelos produtores rurais daquela região, como seria esse incentivo eu não sei, poderia ser uma isenção fiscal, por exemplo, mas deveria ser de forma que aumentasse os investimentos da produção da cannabis no sertão nordestino.
O cultivo legal de cannabis de fato pode vir a ser um grande projeto de agricultura familiar no NE, mas em todas as demais regiões do Brasil, em especial no extremo SUL do Brasil, onde há um fotoperíodo um pouco mais adequado à cannabis sativa indica.
A legalização vai render muito dinheiro para quem entrar no mercado, e não acho justo deixar os atuais produtores, que na verdade são explorados por grandes traficantes, de fora desse lucrativo mercado. Já que lá não nasce milho, nem feijão, nem algodão que seja o principal polo de produção de cannabis, já considerada a mais valiosa safra da região.
Acho que você falou uma grande besteira, nasce tudo isso que você falou aí e mais um pouco, basta aplicar o conhecimento científico aliado a infraestrutura de irrigação artificial.
Se for realmente possível criar regras que favoreçam o investimento naquela região castigada pela seca acredito que a situação da população que sofre com a miséria poderia melhorar.
Essa ideia só cabe em seu projeto de lei, e também no PL do Deputado Eurico Junior.
Essa é minha sugestão, a muito tempo penso que com a legalização aquela região poderia ser realmente favorecida, mas se isso não for pensado os pequenos produtores não teriam chances no competitivo mercado da maconha legal."
Não tenho conhecimento jurídico suficiente para amadurecer essa ideia sozinho, por isso peço ajuda aos consultores jurídicos do growroom e àqueles que tenham algo a contribuir. Como seria a melhor forma de implementar esses incentivos? Obrigado
Na minha humilde opinião, tanto faz se no NE ou qualquer outra região, o grande estratagema é aliar a agricultura familiar e o cultivo de cannabis de altíssima qualidade.
Assim, desbanca-se o atual explorador desse mercado, que está muito mal acostumado, fornece ao mercado um produto de baixíssima qualidade, sem qualquer técnica adequada de secagem, cura e acondicionamento do produto final.
Espero que de fato as parcelas mais frágeis da sociedade possam não só se beneficiar na ponta da produção de cannabis, mas principalmente com o fim da guerra às drogas, que vitima principalmente os mais pobres. Tamo junto brother, a saída é por aí mesmo, você está coberto de razão nessas suas conjecturas.
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  • Usuário Growroom

O buraco fica beeeeeeemmmmmm mais embaixo nessa história, o nordeste é capaz de produzir muito mais que só a maconha, agente ve casos isolados de cooperativas que começam e produzem diversos tipos de produtos, como exemplo a uva, mas exige um pouco de informação e conhecimento, e instrução meu amigo é o produto que o governo mais tem interesse em privar o povo. O maior prpblema do Brasil zil zil é a alienação do povo, enquanto a Dilma der esmola em vez de instrução e subsidio não precisa nem falar coo vai ficar a situação, é só olhar pela janela. Os maiores fazendeiros, importadores, produtores rurais, traficantes ou qualquer atividade que gere rendas de cifras volumosas estão nas mãos dos politicos direta ou indiretamente. Não querendo ser pessimista mas mesmo que haja uma lei defendendo os pequenos produtores ou agricultura familiar nossos amigos governantes vão estar na brecha pra arrebentar os pequenos e crescerem mais.

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  • Usuário Growroom

http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI135986-EI1741,00-Dia+Burton+previu+cultivo+da+maconha.html

Realmente, posso ter exagerado ao dizer que lá nada dá, mas se concentrarmos a produção de cannabis no sertão nordestino, não só para produção de flores fêmeas, mas também de cânhamo industrial, a região poderia ter dinheiro para investir em outras culturas. Minha preocupação é que grandes produtores tenham o monopólio da produção de todos os produtos derivados da maconha, e com isso pouco iria se investir em regiões pobres como o sertão nordestino. Com tecnologia poderia ser cultivado qualquer produto, mas não há investimento, e creio que com o mercado da maconha pode acontecer o mesmo, os grandes fazendeiros seriam capazes de produzir um produto de maior qualidade por terem mais dinheiro para investir, e se não for criado um dispositivo que de preferência à agricultura familiar e condições de que produzam um produto de qualidade os pobres não terão chances.

Estamos avançando muito bem, a alguns anos eu ainda duvidava que algum parlamentar tivesse a coragem de colocar esse debate em pauta e hoje temos 2 projetos em tramitação na Câmara.

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