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Stf Deve Julgar Neste Semestre Descriminalização Do Porte De Drogas


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  • Usuário Growroom

 A solução para a ignorância popular é focar no lado medicinal da coisa, por causa do uso medicinal que está ocorrendo todo esse debate, em relação ao tráfico eles vão fazer de tudo para manter como está agora, pois está dando muito dinheiro.

 Acho que o importante agora é definir aonde será o controle, se vamos poder cultivar em casa ou isso vai ser privilegio apenas das grandes industrias como sempre ocorre nesse país de terceiro mundo.

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  • Usuário Growroom

Justiça determina que Estado do RN forneça canabidiol a pacientes

Além da União e do Estado, as cidades de Natal e Parnamirim devem fornecer o Canabidiol (CBD) aos pacientes necessitados munidos de receituário médico. Segundo a decisão da Justiça Federal, o medicamento deve ser distribuído ainda que não conste da lista oficial do Ministério da Saúde e mesmo que tenha de ser importado.

O Canabidiol é um composto da maconha, utilizado no tratamento de doenças neurológicas graves, como a epilepsia refratária, reduzindo o número e intensidade das crises epilépticas.

Os pais de pacientes que procuraram o Ministério Público Federal relataram a importância da substância, tendo em vista que diversos outros tratamentos já haviam sido testados, sem sucesso, na tentativa de controlar as convulsões de seus filhos.

Em 2014, o Conselho Federal de Medicina aprovou o uso do Canabidiol para tratamento de epilepsias refratárias da criança e do adolescente e, desde janeiro de 2015, essa passou a ser uma substância reconhecida e controlada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa.

Com isso, o Canabidiol tornou-se uma substância permitida no Brasil, desde que acompanhada da devida prescrição médica especial.

 

 

http://jovempan.uol.com.br/programas/jornal-da-manha/justica-determina-que-estado-do-rn-forneca-canabidiol-a-pacientes.html

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  • Usuário Growroom

Acho que se a questão do uso recreativo for pra Plebiscito, nós vamos perder. Tem uma onda moralista no País... e é estranho porque, não sei vocês, eu cresci num mundo muito menos preconceituoso. Eu cresci assistindo os Trapalhões se vestirem de mulher e fazer piada, e todo mundo dava risada! Me sinto desconfortavel de ter que notar que grande parte desse movimento vem de grupos Religiosos.. algo que também acho bizarro. Não me lembro de quando era jovem, de ver noticia de gente invadindo terreiro de umbanda pra tacar fogo, ano passado aconteceu pelo menos duas vezes que eu fiquei sabendo!

Enquanto nós tivermos essa galera que acredita que tem que estabelecer a santidade na Terra, vai ser muito dificil. Respeito a religiosidade das pessoas mas acho essa postura sem noção. E como se o individuo estivesse dizendo por um lado "deus pode tudo, ele não precisa de nada" e por outro lado "nos temos que fazer algo", então não entendo essa fé... há fé ou não há fé ai? Acho que é razovel dizer que há, com certeza, muita dúvida!

Talves o foco agora devesse ser na Liberdade Individual, uma garantia que todo cidadão tem. As pessoas se esqueceram disso, completamente. Antigamente a ideia era assim "Cara se fulano é gay, o problema e dele". Ninguem se importava, porque justamente o problema é do Fulano! Hoje não, hoje é como se tudo que se faz tem que ser explicado... "Porque vc toma isso(Coca-cola)?" "Po gosto demais" "Credo isso faz um mal..."; Que desagravel não? Deselegante!

Cada dia que passa parece que cada um pode ser menos o que pretende ser e tem que ser mais o que a "Torre de Vigia" quer que você seja. Lastimavel.

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  • Usuário Growroom

Índole e valores a gente já nasce com eles. O problema é não cultivá-los  durante o percurso. Usar a Religião é apenas um refúgio para se esconder da realidade que a gente não aceita sobre nós mesmos. E religião tem aos montes.

A minha religião é não fazer mal para ninguém, cuidar somente da minha vida e não atrapalhar a vida dos outros. E é claro não permitir que ninguém atrapalhe a minha.

Amém!!!

 

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  • Usuário Growroom
4 minutos atrás, Juniaum disse:

Índole e valores a gente já nasce com eles. O problema é não cultivá-los  durante o percurso. Usar a Religião é apenas um refúgio para se esconder da realidade que a gente não aceita sobre nós mesmos. E religião tem aos montes.

A minha religião é não fazer mal para ninguém, cuidar somente da minha vida e não atrapalhar a vida dos outros. E é claro não permitir que ninguém atrapalhe a minha.

Amém!!!

 

Amém!

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  • Usuário Growroom

O que a prisão de uma gestante com 40g de maconha revela sobre o sistema carcerário brasileiro.

A negativa da Justiça em conceder liberdade domiciliar a uma gestante de 24 anos presa com 27 papelotes de maconha (cerca de 40 gramas) no último final de semana, em São Paulo, contrastou com decisões recentes do STF (Supremo TribTribunal Federal) sobre tráfico ou sobre a cessão de penas alternativas a mães com filhos pequenos, caso da ex-primeira-dama do Estado do Rio de Janeiro, Adriana Ancelmo. Para especialistas ouvidos pelo UOL, o caso revela conservadorismo do judiciário.

https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2018/02/16/o-que-a-prisao-de-uma-gestante-com-40g-de-maconha-revela-sobre-o-sistema-carcerario-brasileiro.htm

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  • Usuário Growroom

Enquanto isso.......

Ministra do STJ nega que mãe de 5 filhos, presa com 8g de maconha, possa responder a processo em casa

A notícia saiu na coluna de Sonia Racy, no jornal Estado de São Paulo. Laurita Vaz, a juíza que se tornou a primeira mulher a presidir o Superior Tribunal de Justiça, negou pedido para que uma mulher, presa com 8,5 g de maconha, pudesse responder ao processo judicial em casa.

Além de ter cinco filhos, ela amamenta o bebê mais novo, que tem apenas um mês de vida. A mulher também é ré primária. Ou seja, nunca havia sido presa antes.

Segundo a colunista, Vaz argumenta em sua decisão que a mulher “não conseguiu provar que seria imprescindível” para as crianças.

Nesta semana, o nome dela entrou nas notícias como um dos membros da cúpula do Judiciário que recebe auxílio-moradia, apesar de ter casa própria em Brasília.

A reportagem da Folha de SP, responsável pelo levantamento, aponta que Laurita possui um apartamento de 246 m², na Asa Sul. Ela não respondeu aos questionamentos do jornal.

A socióloga Julita Lemgruber comentou a decisão, nas redes sociais: “É inacreditável e perverso. Há alguns meses, um filho de desembargadora foi pego com 180 quilos de maconha. Foi considerado alguém que precisava de tratamento. Dois pesos e duas medidas? A gente se vê por aqui”.

A decisão contraria o Marco Legal da Primeira Infância, que prevê que gestantes e mães de crianças abaixo de 12 anos possam ter suas sentenças revertidas para prisão domiciliar. Aprovada em 2016, a lei ainda enfrenta obstáculos para ser cumprida nas cortes brasileiras.

https://www.sul21.com.br/postsrascunho/2018/02/ministra-do-stj-nega-que-mae-de-5-filhos-presa-com-8g-de-maconha-possa-responder-processo-em-casa/

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Israel aposta em maconha com fim medicinal

País custeia estudos com a erva; 25 mil pacientes têm autorização para usá-la

TEL AVIV

Terra do leite e do mel. E da maconha. A erva, cada vez mais usada para fins medicinais, está no cerne da vida e da pesquisa biotecnológica em Israel. Nada menos do que 27% da população de 18 a 45 anos um dos maiores percentuais do mundo consumiu cânabis em 2017.

A demanda levou à criação, por exemplo, do "Uber da maconha", o popular aplicativo Telegrass, para fornecimento anônimo em casa.

Israel descriminalizou parcialmente o uso recreativo da erva em 2017. Sob a nova política, os fumantes flagrados em público estão sujeitos a multas. Só quem for pego muitas vezes é indiciado.

Funcionária da empresa Breath of Life Pharma em estufa de cannabis Funcionária da empresa Breath of Life Pharma em estufa de cannabis - Divulgação

No campo da pesquisa com a planta, Israel saiu na frente na década de 1960, quando o professor Raphael Mechoulam isolou dois componentes: o THC (psicoativo) e CDB (terapêutico).

Em 2016, o governo israelense decidiu investir US$ 2,13 milhões em 13 projetos sendo um dos três governos do mundo a custear pesquisas com maconha, ao lado dos de Canadá e Holanda.

Desde então, mais de 150 testes clínicos estão em andamento e o Ministério da Saúde recebeu mais de 380 pedidos de agricultores para cultivar maconha, além de 95 solicitações de instalação de farmácias e 44 de lojas de produtos derivados.

Vinte e dois laboratórios estão autorizados a vender medicamentos aos 25 mil pacientes israelenses que têm permissão para usar cânabis medicinal. Mas é grande a pressão para aumentar esse número e desburocratizar a certificação de médicos que possam dar receitas.

Os olhos dos israelenses, porém, estão voltados para a exportação. Em agosto de 2016, uma comissão interministerial submeteu uma recomendação de que Israel comece a exportar suas iniciativas na área. A autorização deve sair em breve.

As vendas externas podem atrair receita de US$ 1 bilhão por ano ao país num mercado mundial que deve chegar a US$ 33 bilhões em 2024, segundo comissão dos ministérios da Saúde e das Finanças.

IMPOSTOS

Ao investir no mercado da maconha medicinal, Israel espera não só gerar empregos internamente em áreas como agricultura, pesquisa, comércio, serviços e turismo como também aumentar a arrecadação de impostos.

A imagem de inovadora da "nação start-up" também está em jogo, algo importante para um país sob constantes críticas internacionais.

"Tem havido um aumento no uso de cânabis medicinal e um progresso significativo no entendimento das bases científicas de sua ação", diz Yuval Landschaft, diretor da Agência Israelense de Cânabis Medicinal (AICM).

Hoje, cerca de cem empresas locais trabalham nesse segmento, oferecendo maconha medicinal em formas que não incluem o fumo. São vaporizadores, inaladores, cremes, óleos, pílulas, adesivos e comprimidos sublinguais. Outras 400 empresas buscam entrar nesse mercado.

"Temos uma agricultura muito avançada. Junte a isso o ambiente de inovação e uma substância ilegal que todo mundo usa e ama. Isso vira um jogo muito interessante", diz Saul Kaye, CEO da iCan, grupo de cinco empresas de pesquisa e desenvolvimento ligadas à cânabis.

A iCan levantou US$ 40 milhões só em 2017 para sua incubadora. Investidores estrangeiros investiram um total de US$ 250 milhões no ano passado em start-ups locais.

Entre os produtos desenvolvidos estão um vaporizador que ajuda pessoas com insônia a dormir. O iCan Sleep começa a ser vendido em abril. Também há um nebulizador que lança cânabis em pequenas doses nos pulmões de quem sofre de asma.

Uma das maiores empresas é a Breath of Life Pharma, que conduz dezenas de testes clínicos para remédios com benefícios contra leucemia, câncer no cérebro, psoríase, diabetes e fibromialgia.

Já a Bazelet estuda e comercializa remédios à base de terpeno o aroma da maconha contra dor crônica, pós-trauma, mal de Parkinson, Alzheimer e epilepsia.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/02/israel-aposta-em-maconha-com-fim-medicinal.shtml

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Em 18/02/2018 at 01:28, Juniaum disse:

Israel aposta em maconha com fim medicinal

País custeia estudos com a erva; 25 mil pacientes têm autorização para usá-la

TEL AVIV

Terra do leite e do mel. E da maconha. A erva, cada vez mais usada para fins medicinais, está no cerne da vida e da pesquisa biotecnológica em Israel. Nada menos do que 27% da população de 18 a 45 anos um dos maiores percentuais do mundo consumiu cânabis em 2017.

A demanda levou à criação, por exemplo, do "Uber da maconha", o popular aplicativo Telegrass, para fornecimento anônimo em casa.

Israel descriminalizou parcialmente o uso recreativo da erva em 2017. Sob a nova política, os fumantes flagrados em público estão sujeitos a multas. Só quem for pego muitas vezes é indiciado.

Funcionária da empresa Breath of Life Pharma em estufa de cannabis Funcionária da empresa Breath of Life Pharma em estufa de cannabis - Divulgação

No campo da pesquisa com a planta, Israel saiu na frente na década de 1960, quando o professor Raphael Mechoulam isolou dois componentes: o THC (psicoativo) e CDB (terapêutico).

Em 2016, o governo israelense decidiu investir US$ 2,13 milhões em 13 projetos sendo um dos três governos do mundo a custear pesquisas com maconha, ao lado dos de Canadá e Holanda.

Desde então, mais de 150 testes clínicos estão em andamento e o Ministério da Saúde recebeu mais de 380 pedidos de agricultores para cultivar maconha, além de 95 solicitações de instalação de farmácias e 44 de lojas de produtos derivados.

Vinte e dois laboratórios estão autorizados a vender medicamentos aos 25 mil pacientes israelenses que têm permissão para usar cânabis medicinal. Mas é grande a pressão para aumentar esse número e desburocratizar a certificação de médicos que possam dar receitas.

Os olhos dos israelenses, porém, estão voltados para a exportação. Em agosto de 2016, uma comissão interministerial submeteu uma recomendação de que Israel comece a exportar suas iniciativas na área. A autorização deve sair em breve.

As vendas externas podem atrair receita de US$ 1 bilhão por ano ao país num mercado mundial que deve chegar a US$ 33 bilhões em 2024, segundo comissão dos ministérios da Saúde e das Finanças.

IMPOSTOS

Ao investir no mercado da maconha medicinal, Israel espera não só gerar empregos internamente em áreas como agricultura, pesquisa, comércio, serviços e turismo como também aumentar a arrecadação de impostos.

A imagem de inovadora da "nação start-up" também está em jogo, algo importante para um país sob constantes críticas internacionais.

"Tem havido um aumento no uso de cânabis medicinal e um progresso significativo no entendimento das bases científicas de sua ação", diz Yuval Landschaft, diretor da Agência Israelense de Cânabis Medicinal (AICM).

Hoje, cerca de cem empresas locais trabalham nesse segmento, oferecendo maconha medicinal em formas que não incluem o fumo. São vaporizadores, inaladores, cremes, óleos, pílulas, adesivos e comprimidos sublinguais. Outras 400 empresas buscam entrar nesse mercado.

"Temos uma agricultura muito avançada. Junte a isso o ambiente de inovação e uma substância ilegal que todo mundo usa e ama. Isso vira um jogo muito interessante", diz Saul Kaye, CEO da iCan, grupo de cinco empresas de pesquisa e desenvolvimento ligadas à cânabis.

A iCan levantou US$ 40 milhões só em 2017 para sua incubadora. Investidores estrangeiros investiram um total de US$ 250 milhões no ano passado em start-ups locais.

Entre os produtos desenvolvidos estão um vaporizador que ajuda pessoas com insônia a dormir. O iCan Sleep começa a ser vendido em abril. Também há um nebulizador que lança cânabis em pequenas doses nos pulmões de quem sofre de asma.

Uma das maiores empresas é a Breath of Life Pharma, que conduz dezenas de testes clínicos para remédios com benefícios contra leucemia, câncer no cérebro, psoríase, diabetes e fibromialgia.

Já a Bazelet estuda e comercializa remédios à base de terpeno o aroma da maconha contra dor crônica, pós-trauma, mal de Parkinson, Alzheimer e epilepsia.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2018/02/israel-aposta-em-maconha-com-fim-medicinal.shtml

Maconha medicinal é tudo de bom , mais esse controle ser feito por empresas privadas ou pelo governo é uma merda, é uma planta e para o uso medicinal o plantio não deve ser restrito.

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  • Usuário Growroom

Barroso condena política de drogas e defende legalização

Em palestra da Defensoria Pública da União no Rio, ministro Luís Roberto Barroso, do STF, destaca o fracasso da guerra às drogas em todo o mundo e diz que ao criminalizar, Estado é parceiro do tráfico

por Redação RBA publicado 24/02/2018 11h37, última modificação24/02/2018 11h40
 
TOMAZ SILVA/ABR
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O ministro do STF diz que a política de drogas tem de quebrar o poder do tráfico, que advém da ilegalidade. E que uma das perversidades do sistema brasileiro é proteger delinquentes ricos e penalizar jovens pobres

São Paulo – Boa parte da sociedade brasileira tem duas aflições: violência e corrupção. No entanto, mais da metade dos internos do sistema prisional brasileiro não estão presos nem por uma coisa, nem por outra, mas pelo porte de pequena quantidade de drogas. Dos jovens encarcerados por tráfico, 74% são primários, com bons antecedentes. E o que acontece? Preso por volta dos 18, 20 anos, esse jovem com bons antecedentes pode se tornar perigoso a partir do dia em que entra na prisão, quando passa a dever para a facção do seu bairro, da qual a sua família vira refém. Quando sair da prisão, anos depois, vai estar bem pior. A vaga que ele ocupou na penitenciária custou R$ 40 mil reais para ser criada. E custa mais de R$ 2 mil por mês para ser mantida. No dia seguinte à sua detenção, o jovem já foi substituído pelo tráfico, já que há um exército de garotos igualmente pobres para entrar no seu lugar. A insanidade dessa política fica evidente. A vida desse rapaz foi destruída, o que custou dinheiro da sociedade. Uma política impensada e sem sentido.

A constatação da dura realidade do jovem pobre do Rio de Janeiro, estado que há uma semana está sob intervenção federal decretada por Michel Temer, é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. Em palestra nesta sexta-feira (23), em seminário na Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro para o lançamento da pesquisa Tráfico e Sentenças Judiciais – Uma Análise das Justificativas na Aplicação de Lei de Drogas no Rio de Janeiro, que pode ser acessada aqui, o magistrado foi duro e condenou a atual política de drogas, que segundo ele faz do Estado um parceiro do tráfico, que encarcera e destrói a vida e as perspectivas da juventude pobre como um todo.

Para assistir à íntegra da palestra do ministro, clique aqui.

Barroso criticou duramente as "injustiças e perversidades" da atual legislação brasileira, feita “para pegar menino pobre, com 100 gramas de maconha”, mas que protege “delinquentes ricos”.

“O sistema punitivo brasileiro é para pegar a clientela dos senhores", disse, dirigindo-se à plateia formada principalmente por defensores públicos. "Essa é a dura e triste realidade. É muito mais comum e mais fácil prender um menino com 100 gramas de maconha, ou 2 de cocaína, do que prender alguém que desvie R$ 10, 20 milhões. O sistema é concebido para não alcançar essas pessoas. A classe dominante nacional concebeu um sistema punitivo que a imuniza. Basta comparar o tratamento que se dá ao furto e à sonegação".

Ricos delinquentes

Conforme enfatizou, o menino pego com 100 gramas de maconha é detido antes da decisão em primeiro grau e fica preso até o fim. "E muitas vezes a sentença aplica penas alternativas. Então ele passa anos preso sem razão de ser. O sistema é incapaz de punir em tempo e na hora os ricos delinquentes. E como a vida é feita de incentivos e riscos, e há muitos incentivos para a delinquência de ricos e poucos ricos, a gente criou uma legião de ricos delinquentes, que fazem negócios desonestos com naturalidade. Esse sistema que nós criamos naturalizou coisas erradas para encobrir no andar de cima e é duríssimo com o andar de baixo. Mas dizem que o Brasil é o pais da impunidade, com tantos presos. Só que são os presos errados. Sistema manso com os ricos e duro, duríssimo, com os pobres. É preciso equalizar esse sistema, que precisa ser moderado,igualitário. No Brasil prende-se muito e prende-se mal."

ARQUIVO/EBCluis roberto barroso drogas.jpg
Barroso lembrou que até os Estados Unidos, que lideraram a guerra às drogas, vem aos poucos descriminalizando

 O ministro, que lamentou o atraso na discussão da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal pelo STF, lembrou que a guerra às drogas fracassou em todo o mundo. "Os Estados Unidos, desde a década de 1970, lideraram uma guerra, com uso militar, contra as drogas em várias partes do mundo, que custaram milhões de dólares, centenas de milhares de vidas e outros tantos de prisões. Mas o consumo de drogas no mundo inteiro não parou de crescer. Estamos falando de uma guerra que foi perdida", disse.

E lembrou que ganham forças nos Estados Unidos experiências de descriminalização, como o uso da maconha para fins medicinais, e descriminalização para uso recreativo em diversos estados norte-americanos.

"E não é porque se achou que a droga é uma coisa boa, mas porque a descriminalização é a forma menos pior de enfrentar o problema que a criminalização. Mesmo no pais que liderou a guerras às drogas boa parte dos estados já descriminalizou. E do ponto de vista econômico, a única coisa que a criminalização faz é assegurar o monopólio do tráfico. Então o Estado é parceiro do tráfico ao criminalizar."

Barroso foi enfático ainda ao destacar que um "jovem da juventude dourada da zona sul do Rio" que morre de overdose de cocaína, é uma perda para a humanidade como qualquer outra vida desperdiçada. Mas que este está longe de ser o maior problema no país.

"O maior problema brasileiro em termos de drogas é o poder que o tráfico exerce sobre as comunidades carentes, é a ocupação política e econômica dos espaços pobres por esse poder paralelo, que oprime e comete uma das maiores violações dos direitos ao impedir que uma família honesta crie seus filhos dentro de uma cultura de honestidade, que são cooptados pelo tráfico. Essa juventude perde a perspectiva de uma vida digna, de um futuro, porque vive em espaços ocupados pelo tráfico. Então as políticas têm de quebrar o poder do tráfico, que advém da ilegalidade. E a luta armada contra o tráfico não venceu os criminosos", ressaltou.

Conforme defende o ministro do STF, uma política antidrogas deve quebrar o poder do tráfico e legalizar as drogas, que devem passar a ser tratadas como os cigarros, ter publicidade proibida, venda proibida a menores, pagar impostos e estar submetida à regulação estatal.

ww.redebrasilatual.com.br/cidadania/2018/02/barroso-condena-atual-politica-de-drogas-e-defende-legalizacao-para-combater-o-trafico

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Sempre que eu vejo a escalada da violência no Brasil eu penso, “Pqp, não é possível, agora sai essa legalização. Não é possível que ng vai ver isso!

E claro, sempre quebrando a cara não? Eu sou um eterno otimista nesse país largado aos bandidos!

 

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Podem esperar que vai dar certo sim ?

 

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  • Usuário Growroom

ja desisti do brasil, legalizando ou nao meu plano e sair daqui o mais rapido possivel, e triste ter que sair da onde eu nasci e cresci por causa da ladeira a baixo que o brasil está indo, independente de ser otimista com a legalização eu nao consigo ser otimista mais morando nesse pais de merda, onde pobres reclamam de ricos e ricos de pobres, e no fim os dois são a mesma bosta de ladrões.

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  • Usuário Growroom

Infelizmente, a verdade é que a classe política e funcionários públicos de alto escalão, faturam altíssimo no comércio de drogas... e se passam por 'gente boa'... esse Jungman... julgando sem saber porra alguma... tal como os evangelirristas que vem apregoando contra os 'maconheiros' e são podres... sujos, envolvidos até o pescoço em ilegalidades... isso qdo tb não estão envolvidos com narcotráfico.. Gente graúda, pega com mais de 100 kg e munição e é solta (aliás, nem é presa... e qdo levado à delegacia ainda é tratado por 'doutô') enquanto pobre, negra, grávida dando a luz vai presa por estar com 8g de maconha... CARALHO (me desculpem) nosso povo NÃO TEM VERGONHA NA CARA!!! Não é só o fato de não votarem... não é só o fato de ficarem enrolando... é o fato de pessoas pobres estarem encarceiradas, mortas, tratadas como se fossem lixo-humano e só o que vemos é:

1) Passeata/protesto a favor/contra o lula/dilma/temer/caralho-a-quatro

2) Discussão de novela no trem/ônibus

3) Música (cada vez mais) alta... de qualidade duvidosa

4) Bagunça/trânsito caótico/desemprego cada vez atingindo records novos

5) Ministros do Supremo que não se dão ao respeito, parecendo crianças mimadas brigando pelo lugar no sofá ou pelo controle remoto.

Acho que seria melhor, ao invés de irmos embora (ainda alguns podem... e a maioria que não tem como ir?) deveríamos é preparar uma lista de candidatos (por favor, sem ideologias políticas) independentemente de partido para os próximos cargos eletivos... pessoas inteligentes, cultas, evoluídas, sem cunhos/ligações religiosas (podem tê-la, mas isso não pode ser usado como aval para o cargo político), que sejam ou favoráveis ou mesmo com mente aberta à discussão da liberação das drogas (salvo, claro, as mais pesadas... nosso fórum, afinal, é sobre cannabis!). Isso sim, seria construtivo... quem sabe não conseguimos eleger prefeitos, governadores, senadores, deputados (estaduais e federais) e mesmo presidente que venham a tirar nosso país do buraco (cada vez mais fundo) que se encontra? Claro que temos que levantar mesmo se o 'candidato' é favorável ou  'está' favorável momentaneamente apenas para ganhar o seu voto (e depois te mandar à merda, como tem feito desde que este país virou república)

A Paz de Jah aos irmãos!

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  • Usuário Growroom

Pessoal, aproveitando o assunto, eu acredito que o pessoal do ativismo de frente acompanhe aqui tb, segue um breve relato e um pensamento que tenho tem algum tempo.

Trabalhei na política por 6 anos, e na bancada evangélica (hoje “formadora” de opinião forte em nosso Brasil). Não sou evangélico porém convivi todo esse tempo com eles e aprendi a respeitar, e principalmente enxergar como eles enxergam suas coisas. 

Tendo essa experiencia, juntamente com a experiencia política cheguei a uma ideia de chapado. Já tentaram explicar para alguma liderança evangélica/religiosa o bem que uma legalização poderia trazer em questões de segurança?

Todos sabemos das vantagens, porém elas tem que chegar a todos, e para pessoas “conservadoras” e religiosas, isso chega através de cima, dos grandes líderes religiosos.

Dai entramos na política. É muito simples, hoje (época de campanha) oq manda é voto, e voto se chama opinião pública. Só vão votar a favor de algo parecido com legalização, se houver um apoio bom da população, e hj os conservadores religiosos representam uma boa parte desse eleitores.

Enfim, ideia de chapado né? Mas tinha que compartilhar, vai que ng nunca pensou e a galera que está na frente do ativismo aí não tenta algo nesse sentido. 

 

✌️

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Em 01/03/2018 at 06:41, Juniaum disse:

Essa foi de longe uma das noticias mais assustadoras que se pode ler, até pesquisador os cara estão tentando incriminar e transformar em traficante, acho que para autoridades brasileiras, só pode falar sobre drogas se for um funcionário do crime organizado que eles comandam.

Por isso que o país está esse atraso, época de caça as bruxas, época da perseguição à pesquisadores e cientistas ao contrario de países de primeiro mundo que valorizam esses profissionais.

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https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiacollucci/2018/03/cremesp-defende-fim-do-open-bar-e-descriminalizacao-de-drogas.shtml

http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=4900

Cremesp ( Conselho Regional de Mexdicina de SP) defende fim do 'open bar' e descriminalização de drogas

Documento do conselho de médico de SP visa redução do estigma do usuário

 

Um passo após o outro,,...... 

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  • Usuário Growroom
4 horas atrás, Grilohk disse:

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/claudiacollucci/2018/03/cremesp-defende-fim-do-open-bar-e-descriminalizacao-de-drogas.shtml

http://www.cremesp.org.br/?siteAcao=NoticiasC&id=4900

Cremesp ( Conselho Regional de Mexdicina de SP) defende fim do 'open bar' e descriminalização de drogas

Documento do conselho de médico de SP visa redução do estigma do usuário

 

Um passo após o outro,,...... 

Argentina liberou hoje.

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