Ir para conteúdo

Stf Deve Julgar Neste Semestre Descriminalização Do Porte De Drogas


dine

Recommended Posts

  • Usuário Growroom
4 horas atrás, Coyotebc disse:

Desculpa a ignorância, mas liberou hoje o que? Não achei nenhuma referência nos portais de notícias.

Eu que peço desculpas pela fakenews. Foi só um pira momentânea.

  • Haha 2
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
1 hora atrás, kbeça420 disse:

Pelo andar da fita, creio que as chances aumentaram significativamente levando em consideração o cenário atual... mesmo assim é somente um passo nessa longa caminhada.

MATERIA EXPLICANDO QUEM É JUNGMANN

http://www.bbc.com/portuguese/brasil-43235549

"O ministro Jungmann diz achar que a política de drogas atual está errada e precisa ser revista. "Acho que a gente tem que levar em conta o que hoje se chama de controle de danos." https://g1.globo.com/politica/ao-vivo/seguranca-publica-ministro-raul-jungmann-da-entrevista.ghtml

 

  • Like 3
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
7 horas atrás, SpeedRacer disse:

Cara, boa notícia.

 

Sera? Finalmente entenderam?

✌️

Desculpe amigo @SpeedRacer  , mas se o ministro do governo golpista do temer quisesse, eles têm deputados e senadores que aprovam um impeachment, o que dirá aprovar uma lei que permite o cultivo e consumo de uma erva medicinal?

 

Eles querem que o STF legalize para eles não se queimarem com a bancada conservadora e a evangélica. 

 

Simples assim. Infelizmente.

  • Like 3
  • Sad 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
6 horas atrás, RaspaDura disse:

Desculpe amigo @SpeedRacer  , mas se o ministro do governo golpista do temer quisesse, eles têm deputados e senadores que aprovam um impeachment, o que dirá aprovar uma lei que permite o cultivo e consumo de uma erva medicinal?

 

Eles querem que o STF legalize para eles não se queimarem com a bancada conservadora e a evangélica. 

 

Simples assim. Infelizmente.

@RaspaDura então brow, política não funciona assim, trampei 6 anos com políticos a lógica é essa:

Se a população quer, eles correm atrás pq rende voto, logo a “legalização” não tem maioria de apoio da população total (votos na eleição em 2018) e logo ng irá votar a favor. Logo não passaria pelo congresso, então aí vem a malandragem da coisa toda, hoje eles querem mostrar serviço (não estou falando que vão conseguir nem estou defendendo) com a questão da segurança, pois na cabeça deles (governo atual) se resolver o problema da segurança vão conseguir votos em 2018, porém ng quer fazer isso apoiando veladamente a coisa. Assim fica mais “fácil” pedir para o STF agilizar pois eles podem simplismente dizer nas suas campanhas que são contra e que não foram eles quem “legalizaram” a coisa.

 

A lógica toda aí de cima, é com base em VOTOS. Em 6 anos que trabalhei na assembleia legislativa do meu estado eu aprendi isso, oq manda é o voto é mais nada. Tudo é feito pensando na campanha. 

Em resumo, minha opinião. Já é dito nos jornais que nosso Mordomo de filme de terror (Temer) quer usar o “magnífico” plano de segurança dele como triunfo para campanha, não se iludam, eles sabem sim que a discriminalização traria uma melhora na segurança (eles são inteligentes sim viu, os políticos) porém é impopular essa pauta, raciocínio lógico, joga a bomba pro STF, se der certo créditos para nós se der errado culpa eles (lembrando que certo e errado no nosso conceito é diferente para eles, certo para eles é se render votos ?) Minha opinião, de quem conhece um pouco o pensamento desse povo aí. Sou otimista, não acreditava mais nisso, vamos acompanhar

 

  • Like 12
  • Thanks 3
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Olhem : https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/116101

Sugestão n° 8, de 2014

Situação Atual  Em tramitação

Ementa e explicação da ementa

Ementa:
Regular o uso recreativo, medicinal e industrial da maconha.

 

Último local:02/09/2015
 
- Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa
(Secretaria de Apoio à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa)
 
Último estado:
02/09/2015 - APROVADO PARECER NA COMISSÃO
 
 
 
E também tem outro projeto que eu coloquei link pro pessoal votar: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=132047
 
CONSULTA PÚBLICA
 

PLS 514/2017

 
Ementa
 
Altera o art. 28 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, para descriminalização do cultivo da cannabis sativa para uso pessoal
terapêutico.
 
Explicação da Ementa
 
Decorrente de Ideia Legislativa do e-cidadania, permite o semeio, cultivo e colheita de cannabis sativa para uso pessoal terapêutico, em quantidade não mais do que suficiente ao tratamento, de acordo com a indispensável prescrição médica.
 
Graças ao esforço do pessoal as matérias estão caminhando bem, vamos continuar os esforços para ver se aprovam algo pelo menos, o assunto está em alta la no congresso nesse ano de eleição.
 
12/03/2018
PLEN - Plenário do Senado Federal
Ação:Encaminhado ao Plenário para comunicação de término de prazo para recebimento de emendas.
 
Apoiem  os senadores e deputados que apoiam esse projeto, assim ele irá para a frente.
 
 
 
 
 
  • Like 3
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

La Organización Mundial de la Salud (OMS) elaboró un informe en donde afirma que el Cannabidiol (CBD), presente en la marihuana, no presenta riesgos para la salud ni desarrolla ningún tipo de adicción o dependencia.

La institución agrega que no debería formar parte de la lista de “sustancias controladas”; es decir, drogas que deben tener una fiscalización especial dado su peligrosidad. La planta de cannabis fue incluida dentro de esta categoría en la Convención Única sobre Estupefacientes de Naciones Unidas en 1961.

El CBD es el mayor componente de la marihuana, la cual se calcula que contiene cerca de doscientos tipos de cannabinoides diferentes. Entre ellos, también se encuentra el tetrahidrocannabinol (THC), el principal constituyente psicoactivo de la planta; lo que te hace flashear.

El CBD es conocido por ser el máximo protagonista en el uso medicinal del cannabis. Es el principio activo de los aceites, extractos y tinturas. Si bien la OMS afirma que se requiere seguir avanzando con las investigaciones, los primeros estudios cientìficos arrojan resultados positivos. Sus beneficios ya se ven aplicados con éxito en tratamientos de patologías como la epilepsia refractaria.

http://www.rocktails.tv/2018/02/marihuana-no-considerada-droga.html

  • Like 4
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
41 minutos atrás, greeneye disse:

Muito legal...   moro aqui em Natal - RN e me parece que muita gente por aqui tem trabalhado nesta questão.  Houve dois eventos do DELTA 9 por aqui e parece que já está dando resultados.

Parabéns para as pessoas que colocam um pouco de inteligência e fazem perceber que esta planta é medicinal.

Outro dia, pensando sobre as coisas, me veio uma imagem de uma droga que as pessoas não percebem que é uma droga...  o alcool claro...

Imagina...   uma droga... que se bobear só um pouco... a pessoa acaba vomitando, tropeçando, enrolando a língua, não para de ir ao banheiro, não consegue dirigir,  se exagerar acaba em coma alcoolica...   

O pessoal por aí diz que eles são caretas por não usarem drogas, mas usam o alcool.  Nem percebem a contradição.

Pelo menos este juiz olha de uma forma diferente a cannabis.

  • Like 2
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
5 horas atrás, greeneye disse:

bbc.jpg

 

A Justiça Federal do Rio Grande do Norte determinou que a polícia não impeça a importação de sementes para o cultivo de cannabis. A decisão é do juiz federal Walter Nunes. O magistrado concedeu um habeas corpus que trata sobre esta orientação à polícia.

A medida é válida para a importação de sementes suficientes para cultivo de seis plantas, cujo uso terá fins exclusivamente medicinais. No caso em questão, serão importadas sementes de Cannabis Sativa e Cannabis Indica.

De acordo com a assessoria da JF, a mulher autora do pedido anexou ao processo um laudo médico apontando que é portadora de Doença de Parkinson e uma declaração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) sobre a possibilidade de uso de seus laboratórios para parametrização do medicamento com fins de tratamento.

Em sua decisão, Walter Nunes ressaltou que vários países reconhecem a eficiência do uso terapêutico da Cannabis Sativa. Inclusive, com suporte em diversos estudos científicos e experiências internacionais. “Países como Canadá, Alemanha, Holanda e Itália, a fim de assegurar o acesso e qualidade do tratamento à base de substância entorpecente, regulamentaram o seu uso para fins medicinais”, disse.

Ele chamou atenção ainda para os exemplos do uso controlado, e até “amplamente permitido” pelos estados, afirmando que são muitos. Segundo o magistrado, em países como a Bélgica, desde 2001, pacientes acometidos por glaucoma, esclerose múltipla, AIDS e dor cônica podem usar remédios à base de maconha.

“Aliás, quanto à propriedade medicinal da Cannabis Sativa, não há o que se questionar, tornando-se bizantina a exposição neste julgado de diversas matérias científicas a respeito. Isso porque a própria Agência Nacional de vigilância Sanitária – ANVISA reconhece os fins terapêuticos da Cannabis Sativa”, escreveu Nunes.

O juiz federal observou também a incoerência de reconhecer o uso, mas não disciplinar o plantio. “Além de permitir o maior acesso das pessoas ao tratamento à base do Canabidiol, o plantio e o cultivo em solo nacional fomentaria a pesquisa acadêmica e a exploração pela indústria farmacêutica. Não fosse o campo da pesquisa outra área a ser prejudicada com a restrição, até mesmo pelo viés econômico-financeiro a vedação ou omissão em disciplinar o plantio não mostra ser o caminho mais adequado a ser percorrido”, frisou.

  • Like 4
  • Thanks 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Ainda não entendi se essa decisão vale para todo o Brasil, se vale só para o RN ou se vale só para a mulher que fez o pedido... Alguém poderia esclarecer isso? Ao meu ver está aberta às 3 interpretações do jeito que está escrito...

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
3 horas atrás, Khyrius disse:

Ainda não entendi se essa decisão vale para todo o Brasil, se vale só para o RN ou se vale só para a mulher que fez o pedido... Alguém poderia esclarecer isso? Ao meu ver está aberta às 3 interpretações do jeito que está escrito...

Vale apenas para a autora da ação.

  • Like 3
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
3 horas atrás, Coyotebc disse:

Vale apenas para a autora da ação.

Mais será que não cabe um recurso,se acontecer um julgamento em outro estado e se o caso for semelhante, acredito que se for para uso medicinal e a pessoa conseguir comprovar talvez consiga.

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
3 minutos atrás, SedaDaBoa disse:

Mais será que não cabe um recurso,se acontecer um julgamento em outro estado e se o caso for semelhante, acredito que se for para uso medicinal e a pessoa conseguir comprovar talvez consiga.

Pode gerar jurisprudência... ou precedência:

Jurisprudência é um termo jurídico, que significa o conjunto das decisões, aplicações e interpretações das leis A jurisprudência pode ser entendida de três formas, como a decisão isolada de um tribunal que não tem mais recursos, pode ser um conjunto de decisões reiteradas dos tribunais, ou as súmulas de jurisprudência, que são as orientações  resultantes de um conjunto de decisões proferidas com mesmo entendimento sobre determinada matéria. 

Precedente é a decisão judicial tomada em um caso concreto, que pode servir como exemplo para outros julgamentos similares. Há contudo, muitas discussões, no sentido que decisões isoladas poderiam ser consideradas jurisprudência.

(fonte: https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/direito-facil/jurisprudencia-x-precedente)

  • Like 2
  • Thanks 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom

Entrevista da Super Interessante com o juiz que autorizou a primeira importação de sementes de maconha para cultivo e uso medicinal caseiro.

“O ideal é regular o cultivo de Cannabis para uso medicinal”

Juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior criticou demora da Anvisa em regular o cultivo da Cannabis para fins medicinais e de pesquisa.

O juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior conversou com a SUPER sobre o habeas corpus concedido a Márcia Maria Saldanha Pacheco, garantindo à paciente o direito de importar e cultivar sementes de maconha para tratar os sintomas do mal de Parkinson. O magistrado mostrou-se preocupado com a falta de regulamentação do cultivo de Cannabis para fins medicinais no país. Ele acredita que a falta de regulação da matéria não apenas impede o acesso de um número maior de pacientes ao tratamento como impede o desenvolvimento da pesquisa e da exploração econômica dos usos terapêuticos da planta. “Até os Estados Unidos, que iniciaram toda a guerra às drogas, estão autorizando o cultivo para fins medicinais. Por que o Brasil vai ficar de fora? É um prejuízo para nossa sociedade”, diz. Confira a entrevista:

O que orientou sua decisão favorável à importação das sementes?

A importação do princípio ativo da Cannabisfoi autorizada pela Anvisa, porém houve uma restrição para produtos industrializados. Além de não estar claro o porquê da restrição, a agência cria uma dificuldade de acesso ao tratamento, porque desse modo ele se torna bastante caro. O levantamento que fiz sobre as condições da Márcia [Saldanha Pacheco] daria pouco mais de R$ 1 mil por mês. Além disso, na lei de drogas, o parágrafo segundo diz que cabe à União disciplinar o cultivo plantio e extração de substâncias entorpecentes para fins medicinais. Quando a Anvisa foi disciplinar a autorização para a Cannanbis sativa ela mesma reconheceu suas propriedades terapêuticas. Se houvesse permissão de importação das sementes da planta, poderia haver o cultivo aqui, com controle, obviamente, como fazem diversos outros países. Isso também permitiria que universidades pudessem desenvolver estudos. Então, além de negar acesso a um número maior de pessoas, estamos prejudicando a pesquisa dessa cultura para fins medicinais. Isso é importante não só por causa da questão de saúde, mas também da exploração econômico-financeira dessa atividade.

A medida vale apenas para essa paciente, certo?

Sim. Temos uma situação delicada que é a judicialização da saúde. Procurar fazer política pública por meio de decisões judiciais. Todos vão ter que recorrer ao judiciário. Naturalmente, quem se encontra na mesma situação da Márcia vai ter que encontrar um juiz que conceda um HC semelhante. Não é o ideal. O ideal é regular o cultivo de Cannabis para uso medicinal para todas as pessoas de modo uniforme por meio da União.

E por que acha que essa matéria ainda não foi regulada?

Acredito que há uma preocupação quanto ao controle dessas plantas, porque poderia haver um desvio para outra finalidade. Esse receio não se justifica. Há uma omissão que está arranhando um direito fundamental e descumprindo uma missão do poder público. Especialmente porque não falamos nem de uso recreativo, mas medicinal. É um contrassenso. Ao mesmo tempo a Anvisa diz que tem que incentivar a pesquisa e ela impede a pesquisa.

Acha que seguirão outros processos?

Certamente que sim, mas acho que a regulamentação da matéria pelo judiciário não é o melhor caminho. Infelizmente, fica sendo o única solução possível e razoável e ao alcance de uma pessoa individualmente. Mas o ideal seria ser disciplinado de modo uniforme e que se garanta o mais importante: o acesso ao tratamento de saúde. O certo é que em razão de uma decisão dessas houvesse uma nova discussão no interior da própria Anvisa para, de uma vez por todas, fazer a disciplina a respeito do plantio tal como está em lei. O legislativo fez a parte dele. Esta faltando a União fazer a dela. A Anvisa não regulou a forma de adquirir o produto industrializado? Tem todo o procedimento, é extremamente burocrático. Eu vi lá, é um negócio que acho que sozinho não sei se conseguiria fazer. É preciso regular também a como que seria a importação da semente. É preciso uma regulação.

Como essa falta de regulação afeta pacientes e pesquisadores?

No caso concreto é a solução para melhorar a qualidade de vida da paciente, não vejo como deixar de atender um pleito dessa natureza. Mas dentro do universo, [essa decisão] é uma gota no oceano. Tem pesquisador comparando essas novas formas de tratamento ao descobrimento da penicilina e estamos ficando de fora desses estudos. Estamos ficando para trás nesse assunto.

 Até os Estados Unidos, que iniciaram toda a guerra às drogas, estão autorizando o cultivo para fins medicinais. E não estou nem falando da questão de que em alguns estado estão abrandando a lei até para o uso recreativo, mas para fins medicinais. E mais, estão avançando na exploração econômico-financeira dessa atividade. Por que o Brasil vai ficar de fora? Tem alguém que esta errado nessa história. É um prejuízo para nossa sociedade, de modo geral. Ainda mais sabendo que o Brasil é uma referência internacional no agronegócio. O país tem institutos com interesse de trabalhar com a Cannabis para atender a população que precisam de produtos feitos com a planta e a gente não tem a possibilidade de importar sementes sequer para estudos científicos. Não me parece que seja uma política adequada.

  • Like 6
  • Thanks 2
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
Em 16/03/2018 at 23:06, Coyotebc disse:

Entrevista da Super Interessante com o juiz que autorizou a primeira importação de sementes de maconha para cultivo e uso medicinal caseiro.

“O ideal é regular o cultivo de Cannabis para uso medicinal”

Juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior criticou demora da Anvisa em regular o cultivo da Cannabis para fins medicinais e de pesquisa.

 

O juiz federal Walter Nunes da Silva Júnior conversou com a SUPER sobre o habeas corpus concedido a Márcia Maria Saldanha Pacheco, garantindo à paciente o direito de importar e cultivar sementes de maconha para tratar os sintomas do mal de Parkinson. O magistrado mostrou-se preocupado com a falta de regulamentação do cultivo de Cannabis para fins medicinais no país. Ele acredita que a falta de regulação da matéria não apenas impede o acesso de um número maior de pacientes ao tratamento como impede o desenvolvimento da pesquisa e da exploração econômica dos usos terapêuticos da planta. “Até os Estados Unidos, que iniciaram toda a guerra às drogas, estão autorizando o cultivo para fins medicinais. Por que o Brasil vai ficar de fora? É um prejuízo para nossa sociedade”, diz. Confira a entrevista:

O que orientou sua decisão favorável à importação das sementes?

A importação do princípio ativo da Cannabisfoi autorizada pela Anvisa, porém houve uma restrição para produtos industrializados. Além de não estar claro o porquê da restrição, a agência cria uma dificuldade de acesso ao tratamento, porque desse modo ele se torna bastante caro. O levantamento que fiz sobre as condições da Márcia [Saldanha Pacheco] daria pouco mais de R$ 1 mil por mês. Além disso, na lei de drogas, o parágrafo segundo diz que cabe à União disciplinar o cultivo plantio e extração de substâncias entorpecentes para fins medicinais. Quando a Anvisa foi disciplinar a autorização para a Cannanbis sativa ela mesma reconheceu suas propriedades terapêuticas. Se houvesse permissão de importação das sementes da planta, poderia haver o cultivo aqui, com controle, obviamente, como fazem diversos outros países. Isso também permitiria que universidades pudessem desenvolver estudos. Então, além de negar acesso a um número maior de pessoas, estamos prejudicando a pesquisa dessa cultura para fins medicinais. Isso é importante não só por causa da questão de saúde, mas também da exploração econômico-financeira dessa atividade.

A medida vale apenas para essa paciente, certo?

Sim. Temos uma situação delicada que é a judicialização da saúde. Procurar fazer política pública por meio de decisões judiciais. Todos vão ter que recorrer ao judiciário. Naturalmente, quem se encontra na mesma situação da Márcia vai ter que encontrar um juiz que conceda um HC semelhante. Não é o ideal. O ideal é regular o cultivo de Cannabis para uso medicinal para todas as pessoas de modo uniforme por meio da União.

E por que acha que essa matéria ainda não foi regulada?

Acredito que há uma preocupação quanto ao controle dessas plantas, porque poderia haver um desvio para outra finalidade. Esse receio não se justifica. Há uma omissão que está arranhando um direito fundamental e descumprindo uma missão do poder público. Especialmente porque não falamos nem de uso recreativo, mas medicinal. É um contrassenso. Ao mesmo tempo a Anvisa diz que tem que incentivar a pesquisa e ela impede a pesquisa.

Acha que seguirão outros processos?

Certamente que sim, mas acho que a regulamentação da matéria pelo judiciário não é o melhor caminho. Infelizmente, fica sendo o única solução possível e razoável e ao alcance de uma pessoa individualmente. Mas o ideal seria ser disciplinado de modo uniforme e que se garanta o mais importante: o acesso ao tratamento de saúde. O certo é que em razão de uma decisão dessas houvesse uma nova discussão no interior da própria Anvisa para, de uma vez por todas, fazer a disciplina a respeito do plantio tal como está em lei. O legislativo fez a parte dele. Esta faltando a União fazer a dela. A Anvisa não regulou a forma de adquirir o produto industrializado? Tem todo o procedimento, é extremamente burocrático. Eu vi lá, é um negócio que acho que sozinho não sei se conseguiria fazer. É preciso regular também a como que seria a importação da semente. É preciso uma regulação.

Como essa falta de regulação afeta pacientes e pesquisadores?

No caso concreto é a solução para melhorar a qualidade de vida da paciente, não vejo como deixar de atender um pleito dessa natureza. Mas dentro do universo, [essa decisão] é uma gota no oceano. Tem pesquisador comparando essas novas formas de tratamento ao descobrimento da penicilina e estamos ficando de fora desses estudos. Estamos ficando para trás nesse assunto.

 Até os Estados Unidos, que iniciaram toda a guerra às drogas, estão autorizando o cultivo para fins medicinais. E não estou nem falando da questão de que em alguns estado estão abrandando a lei até para o uso recreativo, mas para fins medicinais. E mais, estão avançando na exploração econômico-financeira dessa atividade. Por que o Brasil vai ficar de fora? Tem alguém que esta errado nessa história. É um prejuízo para nossa sociedade, de modo geral. Ainda mais sabendo que o Brasil é uma referência internacional no agronegócio. O país tem institutos com interesse de trabalhar com a Cannabis para atender a população que precisam de produtos feitos com a planta e a gente não tem a possibilidade de importar sementes sequer para estudos científicos. Não me parece que seja uma política adequada.

 

 Agora a pergunta é : Quando ocorrer a regulação será que realmente vai ser permitido o cultivo e quem no final será beneficiado, será apenas alguns tipos de doenças? só quem vai ter dinheiro vai conseguir a receita para o cultivo ? e a dificuldade para conseguir essa receita ?

 

Ta muito mal explicada ainda essa regulação, cada vez mais perto de acontecer,  mais pelo menos já é um avanço um juiz falar abertamente assim e cada vez mais noticias.

e para quem não viu no dia , http://www.smokebuddies.com.br/programa-mostra-os-usos-da-maconha-medicinal/

 

 

 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
Em 18/03/2018 at 21:55, SedaDaBoa disse:

 Agora a pergunta é : Quando ocorrer a regulação será que realmente vai ser permitido o cultivo e quem no final será beneficiado, será apenas alguns tipos de doenças? só quem vai ter dinheiro vai conseguir a receita para o cultivo ? e a dificuldade para conseguir essa receita ?

 

Ta muito mal explicada ainda essa regulação, cada vez mais perto de acontecer,  mais pelo menos já é um avanço um juiz falar abertamente assim e cada vez mais noticias.

e para quem não viu no dia , http://www.smokebuddies.com.br/programa-mostra-os-usos-da-maconha-medicinal/

 

 

 

A ANVISA já tem uma decisão obrigando a regulamentar o plantio medicinal de cannabis e disse que o fará até o meio do ano.
Um dia retorna o julgamento e sai a definição de qual quantidade não é traficante se portar e quantas plantas pode ter.

Na sequencia, o congresso vai criar uma lei para regulamentar o plantio.
E não duvide se no fim acabar como no Uruguai que o exercito que controla parte do mercado.

Afinal, se não ganham dinheiro com venda de armas para o trafico, que seja em venda de flores.

  • Like 1
Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

  • Usuário Growroom
Em 21/11/2017 at 09:35, Coyotebc disse:

Eu acho que o careca vai soltar o voto num momento estratégico e não tão distante. E não me surpreenderia se for um voto a favor!

O momento estratégico está mais perto do que se imagina... 

Link para o comentário
Compartilhar em outros sites

Visitante
Este tópico está impedido de receber novos posts.

×
×
  • Criar Novo...