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Cantinho macerai mais hemp ainda


macerai o hemp

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Hare Shiva - Very stealth

{Vivia de projetar Abrigos de Sobrevivência Extrema, a última moda nos tempos inflamadamente bélicos; quando fala-se em guerra fria, o que imagina-se? O inverno nuclear! A fabricação dos Abrigos Para O Fim do Mundo” era artesanal, havia fábricas que os faziam em série, mecanicamente, mas dentro destes abrigos padronizados a sobrevivência era sem qualidade de vida, quem diria, chegarmos a este ponto de reivindicação de qualidade de vida, antes era ‘Salvar As Florestas”, mas a guerra biológica contra as ervas psicotrópicas nativas (maconha, coca, etc) arruinaram as plantações colocando fungos agressivos nos países do terceiro mundo, os verdadeiros alvos da “guerra contra as plantas psicotrópicas”, antes chamava-se de “guerra contra as drogas”, era um erro induzido, pois não havia guerra contra as drogas sintéticas, eram vendidas nas farmácias, inclusive a anfetamina, que estranhamente constava na lista da chamada “guerra às drogas”.

Na eterna guerra dos países ricos contra os países pobres quem sai perdendo é a humanidade, os invasores/colonizadores sempre acham um motivo moralista para manter o domínio ideológico sobre os oprimidos.

Atacar as folhas da coca era difícil, inclusive a indústria usava num “refrigerante” famoso que foi sucesso durante décadas, os refrigerantes eram uns tipos de bebidas adocicadas e gasosas (sacarose + CO2), mas cada um guardava uma pretensa fórmula secreta de seu sabor único, a maneira de não ser imitado era ter um ingrediente na fórmula que não pudesse ser usado por outros fabricantes, a folha da coca; além do que, havia um movimento social trabalhista campesino cunhado de “Cocalleros” que defendia o plantio, e a indústria farmacêutica usava vários subprodutos, novocaína, xilocaína, etc, então, com a maconha detendo mais de 90% dos usuários que mantinham o “mercado ilegal de drogas”, foi a planta escolhida para ser exterminada, mas só poderia ser a maconha psicotrópica, a maconha sem THC era usada indústria, o jeito foi alterar geneticamente o Fusarium para atacar somente as plantas com THC, depois o Fusarium fez as adaptações necessárias para consumir qualquer planta, “etcha, bicho forte!”.

Este “mercado ilegal de drogas” em determinada fase da economia deteve quase dois trilhões de dólares no mercado financeiro internacional, respondendo por 25% deste mercado. Cada indústria lançando seu veneno mais potente, o Fusarium parecia a E. Colli na berlinda das transmutações, chegando à festa dos predadores do topo da cadeia alimentar num momento de crise da espécie alfa, guerras econômicas que visavam à manutenção da indústria bélica, travestidas de étnico-religiosas, éticas, ou contra as drogas, destruíam o formigueiro humano. O mais afetado é o sistema imunológico, é difícil ter que lidar com o Fusarium sistêmico, anthrax, a nova varíola e coisas do tipo... a melhor resposta ainda é a fabricação dos “Abrigos Para O Fim Do Mundo”, e eu sou o cara que pode fazer um sob medida para você, com qualidade de vida, pequenos exploradores podem buscar elementos extras que faltem ao sistema, a câmara de descontaminação UV e a lavagem com jatos de ar purificado asseguram que os sensores não detectarão nenhum contaminante externo. Dificilmente você precisará de algo externo, sua família terá tudo que precisa nos artigos dos Abrigos Para O Fim do Mundo, a câmara de crescimento vegetal é sempre projetada com uma margem de 30%, a Cannabis é a principal fonte primária de fibras, proteínas, vitaminas e qualquer “combustível fóssil” necessário em caso de prováveis problemas na captação da energia solar, a fabricação de vestimentas, a maior potência e espectro de ação contra as doenças, um medicamento que não pode faltar, e muitas doenças são evitadas com a alimentação vegetariana; dos 10 vegetais selecionados e 4 fungos, a Cannabis responde por 50% da produção, nada é desperdiçado, mas principalmente as sementes e a fibra são aproveitadas, para aqueles que não abrem mão da proteína animal podemos implementar cultivo de insetos, larvas ou até mesmo pequenos roedores em áreas maiores, a minha recomendação pessoal é o bicho-da-seda, o principal item da extensão “Racuna Matata” que trata da alimentação insetívora balanceada. O aquário é um item fundamental e pode prover toda a proteína animal necessária, além do que um sistema aquapônico é mais auto-sustentável do que um sistema hidropônico.

Assim sendo, sendo a Maconha proibida, ou não, a sobrevivência nos Abrigos Para O Fim do Mundo depende de seu plantio com sucesso, leia Todos os detalhes no manual de cultivo (growroom.net), a planta é manhosa...

Vai na fé, até o fim do mundo!}

Impressionante como este anúncio é antigo, eu comprei um dos menores destes Abrigos Artesanais, somente para uma pessoa, pessoa extremamente canábica, hare om, shivaísta devoto fervoroso assistia o início da era shivaísta, e o fim trepado da era de Kali Yuga, Shiva soprava seu hálito canábico sobre o planeta, sua baba viscosa atrasava a engrenagem temporal, o tempo curva-se sobre si mesmo, repetia-se e se resignificava. Príons resignificantes, alteração mínima nas proteínas e replicações faziam uma humanidade paralela, foi o único jeito que achei de alterar significativamente a humanidade para suportar o pós-inverno nuclear, proteínas mais resistentes e novas capacidades orgânicas garantiam a sobrevivência da espécie humana, ou quase-humana. Somente os príons eram pequenos o suficiente para passar nos filtros biológicos da circulação de ar externa, que ocasionalmente era usada. Meu abrigo era pequeno, mas era stealth, totalmente invisível, instalado no subsolo de um laboratório genético desativado. Ganhei muito dinheiro desenvolvendo a cannabis transgênica resistente ao Fusarium multi-transgênico, vendi muita semente, mas o laboratório foi fechado, interditado, fechado ao público e a imprensa, “não cruzem o feixe que demarca a interdição.”.

Um inverno nuclear não é uma brincadeira, que eu gostava, de acampamento de escoteiros, realmente é preciso estar sempre alerta, mas alerta máximo, resistir aos longos anos e total isolamento me levou a desenvolver técnicas de meditação, fazer tudo com o mínimo esforço possível, reduzir as batidas do coração, manter as ondas cerebrais bem baixas, deltas profundas, ou praticamente sem atividade. Para não ser detectado por armas ou equipes de busca e contaminação vivia no maior silêncio possível, a cannabis era minha fonte de alimentação, e existência, vivi, ou melhor, sobrevivi graças ao enxerto genético que fazia comigo e seu DNA, sem a fotossíntese para auxiliar na geração de energia para o metabolismo seria difícil manter-me com a escassez energética, poder sintetizar meu próprio alimento foi vital, passei a ser um ser hidropônico, aqua-hidropônico, afinal eu estava mais para peixe do que para gente. Enquanto praticava a Meditação Hempom, fumava canabis, soltava bolas de aerogel para cima e contemplava a descida suave da “fumaça condensada”, tive várias mirações, que aprendi com o povo do Santo Daime, em que via claramente uma vida subaquática, Zíon, uma comunidade sem preconceito para com os maconheiros, sem guerra às plantas de poder, uma comunidade muito invisível. Nesta comunidade eu acharia um grande amor, uma divindade, Panduranga, Hare!

macerai o hemp 12fevereiro2006

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  • 2 weeks later...
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Reitero os agradecimentos e sublinho que são recíprocos; as histórias são curtas para facilitar o envio por e-mail para os amigos, a revolução cannábica, pacifica e cultural, está em nossas mãos, vamos contar nossas histórias, todos são bem-vindos para colocarem histórias cannábicas aqui no cantinho ou na seção de literatura. O Grande Brazukinha está planejando uma edição impressa, em espanhol, para algumas histórias postadas lá no Bitox, nem todas são minhas, muitas são de usuários bitoxeros (algum possível dinheiro arrecadado com o livro será usado em prol da luta para libertar DkD), o tema chamado “cuentos cannabicos” apresenta uma extensa profusão de contos, a literatura cannábica está recomeçando, se é que algum dia parou, vida longa aos poetas cannábicos!

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Obs: Aí, Brazuka, as musas cannábicas continuam me visitando, todas as noites, com seus hálitos doces e calores esfumaçados. Me gusta!

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Abraços carburantes de altos teores

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Dançando feliz, Hare Shiva!

A festa terrível dos poetas cannábicos malditos (eu entro de penetra), não posso dizer que não é um bom evento (qual foi a “coelhinha” que ficou com meu suspensório?), tem um aroma leve de decência, e a maconha é honesta, a última vencedora da copa cannábica plantada por seu criador, o convidado de honra. Apareceu um novo alquimista, a fantasia mais próxima da realidade que já vi, que trouxe uma pedra filosofal, a extração por fluido supercrítico de um haxixe do cruzamento de Solidária com DkD-Low (duas sementes da nova era cannábica), eu fumei uma colher do óleo dourado, decolei!

Acho que no bojo da festa perdi alguma coisa, uns detalhezinhos sobejos (o suspensório foi papai que me deu, é sério, “gatinha” ou “coelhinha”, lembra da indomável tromba verde de seu “elefantinho” e faz um sacrifício para devolver o objeto de domínio “roçadomahzô”), mas na recontagem dos votos a Fox me deu a vitória, ou alguma falcatrua do tipo, aquelas deputadalhaças, desde então fiquei girando em outro eixo-fora, depois passa, um dia eu volto e conto toda a história, o encontro com Shiva e o colapso temporal; resumidamente, Shiva olhou meu pesinho aeropônico de DkD-DH 600W/LEDs e BABOU! Sua baba cósmica altera o tempo, faz as eras colapsarem, o tempo torna-se infinito e infindável, arrasta-se sobre si mesmo, um grande buraco negro sem matéria, somente tempo condensado, eu vivi, vi , venci e vortei (voltei de um vórtex), voltei mais ou menos, estou meio capenga da psiquê, fumar um com Shiva afeta a gente para sempre.

Meus olhos estão constantemente vermelhos e eu às vezes babo quando falo, e quase raramente quando não falo, babo; Shiva também baba e ninguém comenta nada, só louvores, sem querer me comparar, mas eu dei um dois com Shiva, e fiquei com este jeito chapado, quando levei uma dura sinistra por ter plantado um pé no terraço do prédio, Shiva me socorreu e mandou Ganjaman, só de olhar a figura, resinosa, já mata a gente de rir, a piadinha relaxante é sempre a pior impossível, quando se desfaz em algum sentido, um Koan esverdeado de cinco pontas, a palma da minha mão rindo de bater palma sozinha, o espelho que faz cosquinhas no reflexo, você pode tentar não rir, mas vai explodir (ou peidar) prendendo o riso, gargalhada é a única forma de combater o Ganjaman, fiquem na paz que o pessoal da delegacia está rindo a mais de 48 horas (os que começaram a peidar foram dispensados), já tem jornalista na porta estranhando a polícia, forçada através de mentiras à guerra contra os maconheiros, despreparada, e com salários baixos, estar de tão bom humor...

Segura o Ganjaman... Panduranga, Hare! Shiva, Hare! Krisna, Krisna! Om, Shanti!

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macerai o hemp carnaval 2006

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A Lendária, DkD-DH, Solidária até a última rama

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Várias sementes foram produzidas pelo mundo em prol da libertação do mestre cannábico DkD, como foi o caso escandaloso de Solidária, a mais popular entre todas, fez a Grife Humanitária Da Camisa Itinerante, entrou na moda fashion, e teve até seed bank disputando no tapa a genética, ou melhor, afro-genética, assim como o melhor do Homem veio da África, isto começou faz uns 150 mil anos, a cannabis vem acompanhando o Homem antes do cão, seus melhores amigos.

DkD Double-Head Auto-Semente Via-Mergulhia Revegetante, também veio da África, uma Sativa que virou lenda e me colocou na história, o nome é suficientemente descritivo, Cabeça Dupla significa que ela ramifica em dois sozinha desde o início (sem ser um poliplóide), que serão dois Top Buds de primeira linha; Revegetante pela facilidade de revegetar em outdoor; Auto-Semente é porque só produz uma única flor macho no final da floração e via mergulhia é porque as ramas são enormes e pesam muito com os buds cheios, daí encostam no chão e criam raízes onde fazem o contacto com o solo, formam-se mandalas onde ela nasce, é tudo “muito bonito” como disse um delegado...

Esse nome de Lendária sempre confunde, estava numa reunião da Confraria da Libertação Cannábica e um companheiro referiu-se a Lendária Solidária, e eu entendi que seria A Lendária DkD-DH, que era chamada assim por ter-se perdido a genética, era muito grande e não se adaptou ao indoor, e quando começou a dizimação de toda planta canábica com venenos específicos, só sobraram as pequenas indoor, híbridas, a Lowryder é um exemplo clássico na resistência, assim como o ativista canábico homônimo, preso injustamente no início do Movimento de Libertação Canábica.

Johnny and the beans

Quando menino a fascinação pela história do “João e o Pé de Feijão” era gritante, se não contassem antes de dormir eu gritava, ehehe... Nos meus sonhos eu era o João e a planta crescia muito, eu começava a subir, mas ficava assustado com a altura, era bom, mas dava medo, uma sensação muito parecida hoje em dia com o plantio canábico, mais do que uma sensação...

É muita nóia plantar para consumo próprio num país que cultiva o preconceito contra os maconheiros e que colabora na guerra internacional contra os maconheiros, as penas por plantar seis pés podem chegar a 15 anos de reclusão, uma lei da época da ditadura militar, mas poderia muito bem ser da época medieval.

A minha vizinha deu uma festa reggaeda à maconha, a polícia invadiu e prendeu várias pessoas, até acusação de “formação de quadrilha para fumar maconha” teve no processo, entraram na casa de alguns para buscar mais maconha, pois segundo as pesquisas mais de 80% dos que fumam maconha na rua escondem alguma maconha em casa, e daqueles que fumam o “verdinho” escondem uma plantação em casa...

Joguei tudo fora, tinha comprado terra vegetal, vermiculita, fibra de coco, vasos de 4 litros, calcário dolomítico, sulfato de magnésio, hormônio enraizador, a abominável farinha de osso, que nunca mais vou usar, e as Santas Sementes Lendárias, DkD-DH, “DonkeyDick Double-Head Auto-Semente Via-Mergulhia”, consegui a raridade contribuindo para o “Fundo DkD Internacional de Apoio Aos Growers Usuários Canábicos Arrastados Injustamente Pela Polícia”, ganhei um pacotinho no sorteio do melhor conto sobre gambés, tipo aquele que ficou famoso, do filme 4AB.

A nóia era grande e fui viajar, joguei tudo na lixeira da varanda, por fim até as sementes eu joguei por cima e fechei a tampa, sai logo de casa, quando voltasse iria me desfazer jogando tudo no lixo, mas, como os gambés sempre reviram os lixos durante as investigações, então, dei um tempo; só ficou o meu gato em casa, tem comedor automático, gata não falta no pedaço, e também caça muito bem pelas vizinhanças, SRD, um vira latas, vira-lata e abre-tampa...

É claro que o 1º erro foi jogar as sementes por cima, depois, deixar na varanda onde bate sol, pouco Sol, e chove bastante, um apartamento de segundo andar muito mal projetado, de frente para a rua, uma rua sem saída, um lugar pacato e quase deserto, em cima mora uma velhinha que praticamente não sai da cama, também tem vasos na varanda...

O segundo erro foi colocar farinha de osso na mistura, logo um vegetariano dar uma mancada karmática destas, o cheiro atraiu o bichano, ele não teve culpa, e não uso mais o karma em pó.

DkD-DH é muito poderosa, nasceu na lata de lixo adubada, super-adubada, não teve overfertil, viveu com pouca água, buscou o Sol pela Janela, propagou-se por seis meses, durante os quais “viajei” imaginando estar tudo “limpeza”.

DkD-DH subiu pela janela até o terceiro andar, com um caule duplo da grossura do meu punho, enraizou nos vasos da velhinha, lançou ramas por todos os cantos, o vento levou suas sementes pelos canteiros da rua, até que alguém tomou uma providência...

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Cheguei de viajem da Espanha, o país dos growers, um país que respeita seus maconheiros, não resisti e trouxe umas seeds tropicalizadas; quase amanhecendo, quando entro na minha rua tomo um susto, uma viatura parada em frente ao “meu” prédio, uns carinhas de macacão subindo pelas janelas numa escada própria, cheguei mais perto e li: “Poda de Árvores”, os carinhas podaram a árvore canábica, e saíram aparentemente, evidentemente, muito felizes, levando consigo a erva canábica, que estava invadindo a casa da velhinha; Dona Rosa nunca me achava em casa, acabou chamando o serviço de Podas de Árvores, graças a Jah!

Agora é tentar salvar as sementes que ficaram para contar a história, muita gente está tentando manter vivas as Sementes Solidárias, vem me ajudar, camarada, vista esta camisa itinerante. Jah Vive!

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Libertem os presos canábicos!

macerai o hemp carnaval 2006

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Um conto que vai com uma boa notícia: DkD in home! :) DkD is free! :):D

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Como se mente (um conto Kafkiano).

“Todo investimento tem três pilares, liquidez, segurança e rentabilidade, e a segurança pesava muito na economia canábica, todos migraram seus servidores para a Holanda ou para a Espanha, o OG foi o símbolo da mudança.” Crônicas canábicas do profeta hemp

Cinco anos antes, O Processo, sem fim.

Tudo começou em 1998 quando recebi três pacotes de sementes canabicas pelo correio, mas, ainda era proibido plantar maconha, mesmo que para consumo próprio, então, vendi o mix para um camarada responsa que estava muito interessado em plantar, ele desenvolveu a técnica e criou um seed bank, mas no Canadá somente o governo podia vender sementes de maconha psicoativa (e a lei não fazia distinção clara do que é exatamente a maconha psicoativa), e todos sabemos que o governo detesta concorrência, de forma que, o “Muca, foi autuado em flagrante como meliante pois vendia bem diante as sementes de Maria, e no meio da alegria noite virou dia, seu fumo da lata virou amônia, a sua serenata não acordou Maria...”.

Foram mais de cinco anos em processo jurídico e mais cinco anteriores em investigação, a acusação é de “agente causador, semeador, propagador”, uma nova modalidade para saber quem veio antes, o ovo ou a galinha, como o usuário estava praticamente inocentado no mundo todo, soltaram a raposa no galinheiro, galíferos galantes soldados montados, no final estavam discutindo má-temática avançada, a empresa processava aproximadamente 300 ordens de envio de sementes por dia (cada pacote $30 c/10 sementes,), esta empresa se desmembrou em seis, 3000X6 = 18000 X 365 dias X 5 anos = 32.850.000, trinta dois milhões e oitocentos cinqüenta mil sementes, sabendo-se que cada planta pode produzir até meio quilo de flores secas, temos um total, no mercado futuro, de 16425000 quilos de maconha, cada baseado pesando um grama, 16.425.000.000 dezesseis mil milhões e quatrocentos e vinte e cinco milhões de baseados. A penalização pedida pela Promotoria Montada foi de “Prisão Perpétua, À Pão & Água”. O advogado de defesa, que vem mantendo o processo em andamento por cinco anos, sem muito mais ao que recorrer, redirecionou a culpa, “O verdadeiro Agente Causador foi quem vendeu as primeiras sementes para o CR”, no caso Eu, e como isto faz mais tempo, e o processo já se arrasta por cinco anos, duplica-se o total de “cigarros em potencial”, assim eu seria condenado por 32.850.000.000, trinta e dois mil milhões e oitocentos cinqüenta milhões de “cigarros fumados em potencial”, a promotoria, perante o agravo da situação, teve que aumentar o pedido de penalização, “Pena de Morte Sob Tortura Rápida”, disseram ser pouco, pois, se apenas uma cifra desprezível de 0,0001% das pessoas que fumaram (em potencial) morreram em decorrência que qualquer fato, mesmo que remotamente ligado ao consumo (gripe aviária, AIDS, anthrax, etc), eu teria matado 32850 pessoas, o que me coloca como um dos maiores assassinos em série da história (presumindo-se que os baseados foram fumados em série, mas se foram fumados em paralelo posso ser considerado um genocida, possivelmente o primeiro “serial killer genocida”), assassino no sentido de “agente causador, gerador”, e como eu não tenho o recibo de entrega das sementes (alguém aí tem?) , e o seed bank que me enviou durou pouco tempo... Agora preciso achar outro “agente causador, semeador”, estou a pensar no cara que criou as sementes de maconha, isto mesmo, o Todo Poderoso, Deus, mas, como isto faz mais tempo ainda, a pena deverá ser aumentada, a Promotoria Montada deve pedir “Pena De Morte Sob Tortura Lenta”, a única acima possível. A pena, em parte, já está sendo cumprida, estamos torturando Deus e matando-o lentamente com esta guerra mundial contra os maconheiros.

15 anos depois, virando barata.

O problema é que o Cannadá ficava sob os pés do Império, e o Império havia instituído a pena de morte mundial, a venda de sementes de maconha foi considerada “Crime Em Cascata Globalizado”, o pior tipo de crime possível, apenas uma semente poderia proporcionar “milhões de pés de drogas”, o usuário foi recriminalizado, a gripe aviária forçou a perseguição aos fumantes em geral, pois são vetores em potencial da epidemia, na fumaça do cigarro, que sai diretamente dos pulmões, encontram-se milhões de bactérias e vírus, houve até propostas, no Congresso Mundial, para que “espirrar em público” fosse considerado crime hediondo (espalhar uma epidemia), a noção de crime hediondo para condutas imorais foi globalizada, a lei foi globalizada, a guerra aos drogados (95% de maconheiros) foi o que possibilitou a jurisprudência internacionalizada, internacionalizada no dos outros, por falar no dos outros, os gays foram parcialmente recriminalizados, a sodomia, que deixou de ser crime em 2005 nos EUA, agora é considerada mundialmente, apenas, uma infração social, sujeito a multas, trabalhos comunitários e aulas de moral e civismo.

Surgiu uma nova tipificação de crime, de crime hediondo, sujeito a prisão perpétura (perpétua com tortura), inafiançável, O Traficante de Sementes, da junção de dois crimes resultou um novo, o crime de tráfico (vender coisas proibidas, não necessariamente drogas) acrescido do crime de vender sementes funcionais de maconha psicoativa (uma lei que nunca foi muito clara) resulta num terceiro, Traficante de Sementes, assim, novamente a lei separa quem planta maconha para consumo, de quem vende semente, uma das formas de provar que não se é traficante de sementes, pasmem, é justamente ter maconha plantada, e “sen semilla”, assim sendo, quanto à maconha, estou a plantar em legítima defesa!

Marx tinha razão, O Capital era tudo, aonde escoa o dinheiro os tiras seguem a trilha...

Macerando Hemp da Lata nas cinzas do carnaval de 2006

Com esta caça à bruxa canábica os bons tempos medievais estão de volta.

Um olhar “difrente” sobre a realidade...

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  • 1 month later...
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Especialista em pontas, D2.

─Lembra-se do caso Nickolaw?

─Sei, o coroa-dino que tinha um arsenal bagânico em casa, zilhões de pontas, sinistras, baratão, umas com o batom e o perfume da mulher, falecida, usou a erva para ajudar a superar sua doença, no final foi absolvido, usuário não é criminoso, pelo menos não usuário velho...

─Pois é, agora estou com um caso parecido, mas ela quer converter: baga em ruanna, sentiu o drama, mané? Bias envelhecidas por trinta anos...

─O livro Tudo Sobre Baganas resolve quase tudo em relação às pontas, usa a busca, mane... //quote:

“...dixavar e lavar abundantemente as pontas em água gelada, secar e deitar em álcool absoluto, evaporar no ventilador após 24 horas...”. Vai na fé!

A galera viper da época das antigas “tava naquela de dá dois”, terceira idade e meia, 75+, e como muitos deles eram sobreviventes, usavam a erva da coroada, “sem-senil-a”, ou sem senilidade (o mesmo não podia dizer-se dos alcoólicos ou tabagistas in-veteranos, “tava naquela de dá dó”, a maioria morta por cirrose ou coisa parecida, mas bem diferentes). Plantavam em casa, mas era cada vez mais difícil conservar a genética. A Erva Santa protegeu muitos “cannadinomans” contra o câncer cerebral, amplificado e induzido pelo uso intenso de celulares, wireless, e radiações de ondas curtas, enlatados e outras idiotices.

“Enquanto o backup cerebral não chega, Cuidado para não fritar seu cérebro com softers piratas, as Detentoras estão espalhando bugados piratas para combater a pirataria in loco”.

A juventude temporária estava ligada nas drogas por indução eletromagnética, o “capacete” tem seu uso obrigatório, substituiu a televisão, dificilmente é um capacete, era assim no inicio recente (atualmente todos os inícios são recentes, os reinícios encontram-se em desvantagem), mas agora os óculos da JPhB (juventude photoborg) já estão ultrapassados, já até agora o “Espalhamento” é a ainda mais nova técnica, a distribuição neurônica dos componentes eletromagnéticos faz que você seja um pouco mais do que humano, isto o transforma em honorável membro do “grupo com leis reduzidas”, GLR, assim como os índios e os coroas maconheiros com mais de 75 anos não mais poderiam ser criminalizados por fumarem maconha, ou andarem nus pelas ruas, e outra série de crimes temporais-moralistas, crimes de somenos (caixa-dois dos proibicinistas), os “Espalhados” também estavam no GLR, mas com o corpo avançado parece que mais ninguém quer fumar maconha, só mesmo a Coroada Dinossáurica, CD, da época do mais que extinto: CD. Por isto o nome pegou, os CDs, parece-me, que gostavam, pois alguns guardavam a relíquia recente (o mundo está cheio de relíquias recentes) em casa ocupando muito espaço, qualquer memória chula pode armazenar até 10 mil CDs com facilidade, mas já se fala em armazenar, Top-Chula, 10 milhões nos próximos meses, o futuro corre contra nós, dispara em nossa direção, e não há passado de fuga. O que é proibido, no tocante ao seu corpo (o proibicionismo está comendo na mesma tigela com a indústria bélica faz longo tempo), é misturar drogas eletrônicas com drogas psicotrópicas químicas, desculpe a redundância, mas vivemos no olho do furacão, até a profunda transformação iminente, eternamente pendente, pode estar enfadonhamente girando entre seu umbigo e a mosca do cocô do cavalo do bandido, o que passou há seis meses não apodrece para reciclar, emerge das cinzas para as cinzas eternas, do pó ao pó, estelar. Um futuro que demore muito a chegar é um passado recente, o tempo está rápido. (leia o resto nas entrelinhas).

macerahemp16042006chuvaforte!

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  • 2 weeks later...
  • Usuário Growroom

como tudo aqui é futurista este conto comemora os dois mil acessos ao cantinho, não me atrevo a traduzí-lo para espanhol, mas se algum aventureiro quiser arriscar uma tradução, será bem vinda, no Bitox. Abrazos!

Papa Macera

...e o início de tudo, o mundo cresce de poucas dezenas para dezenas de milhares...

“Embalei para viagem o cheiro doce da erva entre meus dedos e ofereci a flor, liamba, a erva canna de dois sexos, canna-bis, envolta, a fêmea nova, debutante, conhecia o ritual de iniciação da tribo, com duas folhas tapa os seus seios, voluptuosos, e com uma folha de liamba tapa sua vagina. A folha cannábica significa fertilidade, e a partir do casamento a fêmea passará a andar “vestida”, com “as partes” tampadas com tecidos feitos de barbante cannábico e impregnados com a resina santa”.

Quando meu pai nasceu, meu povo usava mais a linguagem dos gestos, falava pouco com a voz; o homem santo, o shamã, usava bastante a voz para evocar as forças imateriais, foi aí, ainda em sua infância, que ele passou a desconfiar que fossem forças de outro mundo, e que este outro mundo deveria ser o mundo dos mortos, para onde vamos quando morremos. O pajé o adotou, seus pais morreram, todos os quatro, praticamente ao mesmo tempo, em duas semanas perdeu seus quatro pais, minha vovó sobreviveu a gripe, e sei que nesta época, na sua infância, ele dormia muito (bem) com a poção preparada pelo médico-feiticeiro, minha mãe também, todas as mulheres e crianças dormiam medicadas, mas os homens que saíam para caçar, muitos não conseguiam voltar, ou voltavam e não resistiam.

“O Criador criou a erva da criatividade”

Depois de adulto eu percebi que sempre que parava de ingerir a erva santa eu tinha uns sintomas de gripe, o porquê, acho que, com a erva cannábica minha temperatura corporal se elevava, isto concedia uma imunidade maior, e aplacava o desconforto que sentia sob intenso calor, se o corpo está mais quente sentimos menos calor, também envelhecemos mais rápido, o metabolismo fica mais acelerado, mas a substância que faz o Teor do Humor Cannábico, o THC, é anti-reação, protege as suas folhas, e protege nosso envelhecimento precoce causado pelo ligeiro excesso de temperatura corporal; mas isto são conjecturas, ninguém sabe ao certo porque é um santo remédio, nem sabemos se o homem merecia este presente, ou se perseguiram, implacavelmente, seus filhos por usarem o sacramento presenteado pelo Grande Criador, a erva da criatividade.

Os homens que voltavam, doentes, ficavam em outra caverna, um pouco mais úmida, mas tinha fonte de água, somente o feiticeiro ia buscar água na outra caverna, o homem santo foi o primeiro a superar esta gripe, o asceta vivia retirado, uma caverna distante, sempre levamos comida para ele, e ele nos dava poções curativas e amuletos mágicos.

Sempre que falava por gestos o asceta acompanhava com a voz o que dizia, um tratutor, um tutor, assim meu pai aprendeu a linguagem falada elaborada, uma linguagem de nível médio, mas com mais nuanças do que a linguagem dos gestos. Foi meu pai que desenvolveu a linguagem escrita, começou com a linguagem, ensinada pelo grande ancião, de amarrar nós de fibra santa, a escrita de liamba, ou escrita com liame. Muito depois da técnica ter sido abandonada, fiz, inspirado nela, numa tentativa de modernizá-la, um instrumento que chamei de móbile, e servia para tratar de quantidades numéricas, as cifras, depois se dividiu em dois tipos, o ábaco, que quantificava, e a lira que transformava os números em sons.

Chillum e Pillum

Macerai virou sobrenome da minha linhagem porque meu pai tinha o título de macerador, aquele especialista em preparar as poções, um trabalho dificílimo, por exemplo, usar o fungo errado, ou errar na potência, ou na dosagem, pode significar a morte ao invés da saúde. Vivia com seu cadinho e sua varinha, Pillum. Uma metade de um coco vitrificado com resina âmbar, e um punção de osso, fino, longo e resistente. Tinha uma coleção de punções, que ele chamava de “Stillus” ou estiletes, usava para cavoucar árvores, animais, solo ou qualquer coisa, foi assim que desenvolveu a escrita com perfuração, usando seu cone de fumar liamba, Chillum, começou a marcar as árvores, usava ideogramas, no início serviam como marcos de orientação, com o tempo registros de idéias e expressões visuais artísticas; por ser feita inicialmente com seu cone cannábico foi chamada de escrita cuneiforme, com o tempo, depois que aprimorei a escrita com riscos sobre tecido cannábico, esta escrita foi superada, e passamos a nos referir como escrita cuneiforme a todo tipo de escrito feito “sob alta influência dos cones”.

Macera e Macerai

Meu pai morreu extremamente velho, como o seu sósia, o pajé que o criou, assim como criou todas as crianças da pequena tribo, muitas eram parecidas com ele, coincidência, os guerreiros-caçadores saíam para caçar, e ele, como era praticamente vegetariano, e profundo conhecedor das ervas, ficava ajudando as mulheres, na escolha dos frutos e cogumelos, toda hora uma ia à sua caverna saber se aquela fruta podia ser comida, normalmente phodia.

Chamávamos nossas vestimentas de “hemp”, que significa forte, coeso; e “ahemp” significando fraco, daí “ahempentar”, ou modernamente, arrebentar. Hoje usamos a palavra Hemp para nos referir aos espíritos fortes em nossos ancestrais, como aquele que vivia cavoucando as árvores, extraindo as resinas e transformando em macerações, ou madeirações, pois chamávamos de “madeira” ao resultado da transformação da árvore em tijolos resinosos, “à maneira do médico”.

Quanto mais roupas usávamos, mais status tínhamos, por exemplo, uma mulher sem roupa tem menos status do que uma mulher bunda-de-fora, chamadas assim por taparem os peitos e a vagina, em sinal de casamento, e deixarem a bunda de fora. Quanto mais velha, ou mais maridos, ou mais filhos, uma mulher tinha, mais roupas usava. Este costume antigo, talvez, levou a crer que o sexo anal estava disponível aos não-maridos, e veio a dar na palavra “banal”, normalmente os mais jovens, solteiros, tinham sua primeira relação, anal, com uma mulher casada, assim impediam a procriação e mantinham os laços estreitos. Muitas vezes uma fêmea casada fazia sexo extra-matrimonial, anal, com um macho especialmente nervoso, para acalmá-lo, neste caso não era banal, mas não-banal, “abanal”, que veio a dar na palavra “abano”, significando alívio, ou “abono”, bônus. Pelo fato singular do orifício pomposo também soltar ventos (principalmente após a relação), produzindo alívio imediato, “abano” passou a significar algo como “fazer ventar”, ventilar.

“O Tempo passa e aprimora a raça”

Muitos dizem que meu pai se deitou para morrer, escolheu seu momento de morrer, mas acho que ele apenas sabia qual era o momento, talvez antecipadamente, talvez somente próximo, mas ele me chamou e passou seu chillum para mim, e passou seu chillum em mim, com a resina que fica na ponta escreveu em minha vestimenta sacramental, cada qual vê uma coisa, mas eu sinto que ele falava da confusão que passou a ser com a mudança, da mulher com três maridos, para o homem com três mulheres, sob o mesmo teto. Como ninguém conseguia reproduzir o ideograma ele passou a ser chamado de assinatura, ou quase natural, ou quase vivo, como se estivesse vivo e presente, indispensável e inigualável, até na morte.

Spiritus

Queimávamos nossos mortos ao ar livre, envoltos em uma piscina de galhos secos da cannábica, uma anciã acaba de perder seu último marido, mas com a chuva temos que queimar seu corpo dentro de uma caverna, a fumaça cannábica intensa eleva todos, a velha viúva chega junto de papa e diz: “os seres invisíveis estão deixando seu corpo, sobem junto com a fumaça, mas já estão mortos, pode respirar. Olhe suas mãos...” neste momento, papa, ao olhar para sua mão a vê distante, estranhamente distante, profunda, formas geométricas e gelatinosas pulsam sobre os poros enormes de sua pele, nota que onde passou a resina cannábica, para se proteger do sol e de insetos, quase não existem estas criaturas, como a fumaça lembra seu último espiro, passa a chamar os seres invisíveis de Spiritus .

Posteriormente produziu um óleo de cannabis, chamado cannabisin (kineboisin), usado para curar toda série de ferimentos, inclusive espirituais.

O cio e o ócio

Formaram comissões e escreveram novas leis, bem além dos dez mandamentos da boa convivência. O Conselho de Fêmeas Casadas, a Comissão Pró-Hiberno, que tem muito poder, pois tem maridos e filhos para apoiar e protegerem-nas, está muito preocupado com a controversa “doença anal”, portanto, conchavou e assinou um acordo com o Conselho de Caçadores-Guerreiros para manter a castidade dos jovens, daí a palavra “castigar” vem de “manter casto a qualquer preço”, em se tratando de caçadores com lanças e machados, já sabemos qual o preço, a vida humana. Como eles visam controlar o cio de todos, homens e mulheres, isto é chamado de controle poli-cial, e os algozes são conhecidos simplesmente como “policiais”.

Aos jovens solteiros a ingestão cannábica também está temporariamente proibida, pois é um afrodisíaco. “Isto é para defender nossos jovens”, com estes gestos e palavras vemos que a comunicação está realmente sofisticada, sempre apresentam-se em pares para um reforçar a idéia do outro, chamamos a estes faladores de par-lamentares, pois suas idéias são lamentáveis, normalmente lamentações de algo que possivelmente não os aflige mais, não depois que ganham o poder político.

Estas novas regras sociais repressoras criadas pela Comissão Prohiberno (pró-casamento) são chamadas de Proibições, e Proibicionismo é a ideologia que defende a proibição dos antigos costumes do povo, para controlar seus anseios e aspirações.

Tendo como arma o preconceito contra os que serão caçados/cassados, usando, e somente para estes casos, a desculpa que é para proteger a saúde do povo, usando intensivamente a divulgação de informações falsas, impondo a proibição/boicote às informações contrárias aos interesses políticos, e fazendo abundante uso da força letal/policial para aprisionar os perseguidos, e somando a exclusão dos direitos constitucionais dos “inimigos púbicos” preconizados pelo proibicionismo em sua guerra política, não resta alternativa, aos perseguidos da guerra, a não ser o anonimato para manter sua privacidade garantida.

“Os jovens pagam o preço pelas proibições dos velhos”

Agora as relações sexuais proibidas se davam fora da consciência social, às escondidas, e sem o controle, ainda que distante, através de comentários, do olhar social, muitos abusos foram cometidos. Além disto, alguns vendiam erva proibida e também se vendia sexo proibido, enfim, tudo que era proibido vendia bem, e crianças proibidas, portanto indesejáveis, criaram a venda do aborto. Era isto que meu pai imortal falava antes de morrer, “...na neblina das trevas profundas (do proibicionismo) o tráfico, a prostituição, o aborto, e a polícia...”. macerai, o hemp, poeta, viagem

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Sempre agradecendo a Jah a inspiração concedida e estendendo os elogios motivadores para todos sob sua proteção, posso então declarar, eu sou fã de vocês!

Apoiando e pretendendo maior divulgação da www.globalmarijuanamarch.org. Parabenizando a atuação pelo Brasil e por uma passeata bem feita no Rio, que valeu a qualidade, e não a quantidade, e mais do que tudo, sensibilizando com a não-passeata do Sul, Porto Alegre, e a captura de usuários indefesos perante a lei preconceituosa, e a polícia pouco amigável.

Vejam o tema e seus desdobramentos: http://www.growroom.net/board/index.php?showtopic=23413

Sem mais chorolongas, vamos ao conto cannábico, quase sempre com uma pitada cyberpunk (se isto foi uma chorolongagem, desculpem).

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2...05/316686.shtml

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Passeatas criativas num mundo sem fim

Todos sabem que maconha é a erva da Criatividade, a repressão que declarou esta Guerra Mundial Contra Os Maconheiros esqueceu deste detalhe, esta foi a única arma que os maconheiros usaram contra os sanguinários, apesar de muitas vidas de maconheiros terem sido ceifadas pela polícia fascistizada que prefere que você morra de cirrose bebendo a porcaria vendida em cada esquina http://www.terra.com.br/istoe/ciencia/148238.chtm , que matou muito índio (nativos e africanos) e ainda mata os seus descendentes, afinal bebida boa é muito cara, e o álcool mata e escraviza muita gente, mas os repressores das populações milenarmente usuárias da erva da paz não se importam com sua saúde, é claro, eles querem te prender, para manter as populações sobre controle, prendem os mais rebeldes, aqueles que não aceitam a imposição e o dogma militarizado de guerra mundial contra os maconheiros, que a ONU faz questão de manter apoiando-se nas determinações do império bélico moderno.

Assim como a perseguição às bruxas na idade média, não houve resistência armada por parte dos perseguidos, mesmo os maconheiros tendo suas vidas destruídas pela polícia cumprindo, mais do que energicamente, as ordens dos magistrados, e sendo espancados, humilhados, presos, alvejados, estupradas/os, e hoje em dia, mais costumeiramente, achacados, nunca houve resistência armada, tipo um Exército de Libertação Cannábico, ou algo assim, por parte dos usuários da erva da paz, talvez por isto ela seja chamada de erva da paz, e da criatividade. Um pouco diferente dos Cocaleros, que usam o sacramento que pertence a uma deidade bem mais severa, que tiveram alguns embates físicos, mas camponeses contra exércitos profissionais não resistem muito, mesmo com a ajuda de Mama-Coca.

Parece que nenhuma guerra imperialista contra uma cultura teve fim, nem êxito, não seria diferente com a cultura cannábica, e a arma de guerra mais importante da resistência cannábica foi a criatividade, e isto não falta aos guerreiros da liberdade.

Os países que descriminalizaram seus maconheiros/cocaleros foram considerados narco-países, como a Bolívia, Chile, Espanha, Holanda, Índia, Rússia, etc.

O Brasil teve, após o Lula, um governo de direita e aquele país da esperança aos oprimidos, aquele país do ministro da cultura célebre cannabista, virou o país da caça aos drogados, a lei que descriminalizaria os usuários nunca passou, ficou desde a época da ditadura militar num vai e vem e ninguém da alta política queria ver os maconheiros libertos e enfrentar as represálias do Tio Sam Guinário, ou ter qualquer problema de investigação em suas contas bancárias, e acima de tudo, manter o afluxo nas contas correntes, e concorrentes.

Por falar em com correntes, todas as manifestações pró-maconheiros foram proibidas, alegando apologia às drogas, um crime inafiançável, as passeatas tinham sempre o mesmo final, prendiam para averiguação os manifestantes e aqueles que portassem maconha eram fichados, mandados para trabalhos forçados comunitários e pagavam multas, se fossem reincidentes eram presos por um ano, se duas reincidências, preso por três anos.

“À medida que o narcotráfico fica mais forte a repressão aos usuários cresce, culpabilizando e combatendo o lado mais fraco e indefeso, a população maconheira.”

A idéia é que no dicionário constasse em “maconha”: s.f.p. (substantivo feminino proibido); Planta extinta da face da Terra através da perseguição, até a morte se preciso fosse, ou não fosse, de seus usuários pelas tropas internacionalizadas de combate bélico e social às drogas (dos pobres).

Com as passeatas proibidas, e milhares de manifestantes presos e fichados, sem possibilidade de passaporte ou emprego, o jeito foi usar a criatividade, algumas passeatas foram particularmente interessantes:

A passeata non-sense de desapoio à prisão dos usuários reincidentes

Neste dia vários grupos de 15 pessoas se reuniam no centro das grandes capitais mundiais e vendavam os olhos e caminhavam em círculos durante umas horas.

As passeatas relâmpagos

Estas começaram a ocorrer quando havia uma grande apreensão de usuários pegos nos testes antidoping em comunidades carentes, para proteger seus filhos...

Eram passeatas que duravam uns dez ou 15 minutos, não dava tempo da força fascista prender os manifestantes, uma intensa distribuição de panfletos, CD, DVDs e Chips era então empreendida, e as informações censuradas eram passadas à população, que perturbada pela invasão do Irã, e demais países Árabes, não se dava conta da urgência da descriminalização e das mentiras que a mídia inventou sobre os maconheiros.

As passeatas carnavalescas

Este tipo teve a maior repercussão, no carnaval todos fumam mesmo, assim montar blocos cannábicos foi mais fácil do que se pensava, os nomes eram bem divertidos:

“Segura a Coisa”, “Mangueira Rosa”, “Unidos do Cabrobó”, “Os Verdes”, “Fogo de Palha”, e, como o último nome sugere, acabavam após a quarta-feira-de-cinzas (-cannábicas)

A passeata interior

Uma passeata sem manifestação explícita, as pessoas paravam numa esquina bem movimentada, penduravam uma placa em branco no pescoço e ficavam ali de braços cruzados e de olhos fechados, mesmo assim, antes da polícia chegar iam embora...

As passeatas virtuais também tiveram alguma repercussão, e uma se originou no virtual, foi a mais interessante de todas, A Passeata do Fim do Mundo, 21 setembro de 2012, O Dia da Árvore, ou o último dia da árvore, quem sabe o dia da última árvore, o fato é que com os rumores intensos do fim do mundo parece que os maconheiros perderam o medo e saíram aos milhões pelas ruas das principais capitais mundiais. Espetáculo! :)

A mídia falou de passagem sobre o fato, sem muitas explicações, afinal com tantas guerras e crises no mundo havia assuntos mais importantes a serem anunciados; “baderneiros locais tentam se aproveitar do conturbante momento mundial”.

Por falar em com turbante, começaram a guerra genético-biológica contra as plantas sagradas, vírus específicos atacavam somente a maconha e a coca, mas o sagrado tem suas manhas, o vírus sofreu mutações (ou “escapou” dos laboratórios), atacou o verde em geral, a crescente falta de alimentos junto com o grande gasto e tensão das invasões dos países árabes e os sucessivos ataques terroristas advindos daí, a crise mundial do dólar e o início da “proteção da floresta” com envios maciços de tropas “internacionais” à Amazônia, e outros fatores, impossibilitariam que a civilização humana continuasse sua história de domínio e aniquilação sobre o planeta.

Estou sentindo um aquecimento e comichão pelo corpo todo, pode ser um vírus ou ataques com raios ondas curtas, me importa é que Ela sobreviva, Ela está na caixa de luz, flour-60W, é uma mãe, talvez o único exemplar da espécie, rendeu vários clones que arrisco na guerrilha cannábica (como os raios UV aumentam cada dia mais e mais, ela está ficando mais resinosa também), tomara que isto seja apenas paranóia porque fumei um charro super-resinado (o fim do mundo tem suas vantagens) aqui na trincheira do meu Growroom e comecei a escrever, acho que estou impressionado, parece que as estrelas estão caindo, mas que tem uma comichão tem...

Get up stand up, stand up for your rights

Macerai, o hemp poeta, viajem!

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Obs:

Em relação aos contos e textos: Divulguem, traduzam, reinventem, sintam-se à vontade, é tudo nosso! Viajem!

Geison "la Motta" (Didi Mocó Sonrisal Colesterol, hehe ) citou: e vou parafrasear o grande poeta:

Como vencer o oceano

Se é livre a navegação

Mas proibido fazer charros?

Rola outro, Mundo – Calos Dubão do Andrade

-0-

Mas agora é sério:

A minha defesa ideológica e política é no sentido de 1) descriminalização do usuário de drogas ilícitas, 2) descriminalização do plantio caseiro em micro escala de qualquer planta com poder psicotrópico usada por povos e culturas humanas, 3) legalização (industrialização e comercialização) da maconha para fins medicinais (e industriais, é claro).

Abraços cannábicos!

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flor-o.gifssain é a divindade das plantas medicinais e litúrgicas. Sua importância é fundamental, pois nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença, sendo ele o detentor do àse (o poder), imprescindível até mesmo aos próprios deuses. O nome das plantas e sua utilização e as palavras (ofò), cuja força desperta seus poderes, são os elementos mais secretos do ritual no culto dos deuses iorubás (Verger, l982: 122).

http://www.aguaforte.com/herbarium/transes.html

Parece que não é de hoje que o segredo do sucesso é o sucesso do segredo...

Axé, Babá!

Diálogos interessantes...

Seguinte, com o tempo os contos podem ser aperfeiçoados, por todos, eu acho, é isto aí, contribuam, reinventem, reescrevam, fiquem a vontade, é tudo nosso. Penso em fazer umas traduções, me ajudem, bola na rede que atrás vem peixe...

Uma coisa interessante é que o glaucoma ataca mais aos africanos (e descendentes), e a maconha é, ou era, como querem os proibicionistas, comumente usada por várias populações africanas, nações, inclusive faz parte dos sacramentos dos Orixás (mas o carinha de quem ela é sacramento não gosta que proíbam as paradas dele não, vai ver que é quizila esta parada toda de violência, e os salários da polícia sempre baixos, os caros vivem dando problemas, sempre endividados, o sistema judiciário não anda, o dinheiro que deveria ir para a saúde vai pra prender maconheiro, enfim, é óbvio, é quizila, quizila de Exu, melhor legalizar!!! Rápido!!!).

Estes proibicinistas cuspindo mentiras sobre o prato sagrado, enquizilou geral... Aliás, a outra divindade desrespeitada pelos proibicionistas é Shiva, “license to kill geral”, só casca grossa, vai vendo...

Espero que seja um conto bem humorado e enalteça nossas tradições populares, uma referência, aqui no Growroom, seu lugar para crescer. Vamos à historinha:

Trabalho Forte, Corpo Fechado, Mama África!

Já não agüentava mais este fardo da síndrome de culpa do usuário, isto me atacava o sistema nervoso, fui à psicóloga, dermatologista, psicanalista, epicurista e de nada adiantava, por fim resolvi seguir o conselho de uma amiga que veio de Amsterdã, e o da minha assessora, plantei um pé, de semente de prensado, e fui a uma mãe de santo, rezadeira, “precisava tomar uns passes”. Fui dormir, antes disto...

Entrei num site e li algumas coisas, mas não entendi quase nada, estava chapado e cansado, li meio sonâmbulo, escolhi uma raça, White Widow porque tinha o Manga Rosa no pedigree, mas não assimilei nada sobre o plantio, parece que não se usa mais xaxim, só fibra de coco, mas nas lojas só vendem xaxim, um viva aos maconheiros ecológicos, e criativos, cada armengue para refrigeração, talvez criativos demais, li uma história cannábica de um sujeito maceroso que escondeu maconha na orelha e sobrou uma semente que germinou dentro do ouvido, a raiz se misturou com o cérebro e ele teve o desplante de virar um super-herói cannábico que combatia o mal do proibicionismo com sua baba resinosa, que loucura, o site era uma loucura, dormi pensando assim, no outro dia de manhã...

Quando perguntei pela Babalorixá, ou seja, pelo terreiro da mãe Irene de Iemanjá, todas as portas se abriram, uma criançada foi escoltando o carro até a casinha humilde, “o moço vai para a casa-de-santo”, um terreno bem grande, uns alguidais na entrada, em cima e aos lados.

─ Florzinha, troca o copo de água, que o carvão desceu... Está carregado, é Zifio... carece demais de passes, mas carece mais ainda de ver seus caminhos, vou ver o que posso fazer para abrir um pouquinho, né? (um sorriso bonito ilumina o rosto da coroa enxuta, toda de branco, e frescor de alfazema). Não se impressione com este negócio do carvão, é assim quando vem a primeira vez, a maior parte da carga já está saindo, vamos jogar pra ver o que precisa fazer. Vamos trabalhar, Florzinha! (Florzinha era só sorrisos, ajudando mãe Irene).

─ Aqui no roncó começa cedo, o Sol nasce e nós já estamos de pé com café da manhã tomado (pronto, lá se foi minha chance de tomar um café da manhã da roça).

Estendeu um pano branco em cima de uma mesinha, pegou o copo de água que a Florzinha trouxe e pôs em cima da mesa, abriu um saco e tirou umas conchas, búzios, e após balançar nas mãos e rezar, pediu para que eu pensasse no problema que algum Orixá ia achar a solução. E eu pensei em me livrar daquela culpa, daquela carga negativa, karma negativo, me livrar do narcotráfico, pensei na descriminalização do usuário, da maconha, e ela lançou os búzios sobre o pano branco...

Num fala nada Zifio (sua voz estava diferente, puxou um charuto fedorento...), tô vendo aqui que este problema é muito sério, vou ter que pedir pra abrir mais os caminhos, tá pesado e vem lá de cima... ( fumei um no carro com ar condicionado, e em jejum, agora neste calor infernal, estou suando em bicas, e este charuto nauseabundo está me enjoando...)

Mas nós vamos dar um jeito neste problema (disse ela com uma voz rouca e soltando uma baforada dentro das mãos que seguravam os búzios, em concha), precisa dar comida pro santo (e eu pensei no café da manhã que fiquei me devendo, ela pegou o defumador e me rodeou, senti a minha pressão baixando), levanta Zifio, abre os braços, cabeça erguida, cabeça erguida (quando levantei a pressão realmente baixou, um formigamento pelo corpo todo, e a sensação que eu não ia agüentar em pé), mais erguida Zifio (e eu conseguia erguer só os olhos, e despencar...), escuta o que vou lhe dizer, segue todas as instruções que você vai ter o corpo fechado... não precisa se preocupar, é só escutar...

...toma cuidado com uma mulher que vai à sua casa, vai ter que achar outra melhor, tem quer muquiar, o segredo do sucesso é o segredo, e vai ter fazer patuá forte pra driblar a Lei de Murph, tomar banho de ebó, e fazer um quartinho separado para sua oferenda... as sementes virão da Holanda, usa fibra de coco com HensiFio, Hensi-Fio, mutcho nitrogenu no vegetativo com de garapa de 30-10-10 e dispois cum mará de 4-14-8 na floração, mantém o pH 5.8, num esquece Zifino, 5.8 e não deixa passar dos 30ºC, começa com EC de 300, um quarto da dose, até chegar no crimáx do vegetativo em EC de 1,5; na floração pode tentar armentar até 2,0, quiçá ZiFio, até 2,5, mas lembra que menos é mais, num esquece de aplicar flushing semanal e cobrir com a tela scrog, é importante, tela scrog... nada disto adianta senão tiver um ventilador oscilante dentro da casinha da santinha...

Tem que ficar recolhida três meses dentro do quartinho, tudo pintado de branco, um mês na HQI e dois na HPS, pode usar 250W que ocê é cabecinha e ainda vai economizar um bom aqüé na conta de luz, depois de colher vai ter que esperar um mês secando, esta é uma boa mandinga pra tirar o narcotráfico dos seus caminhos, mas tem que manter segredo e nunquinha, nem sonhar, em vender a colheita sagrada, depois vai fumar um charuto WW na encruzilhada, mas muita calma nesta hora, Ele vai aparecer pra você... calma... passa a diamba pra Ele, Laroiê!, não espere que devolva, sai de fininho e não olha pra trás, vai com calma... a oferenda foi feita, e foi aceita, calma...calma...

‘Calma, calma, pode desvirar de bruços”, acordei e me disseram que “bolei no santo”, falei umas coisas em Ioruba, as vezes sem sentido, a única coisa que entenderam em português foi “viagem pra Holanda”, e como quem bola no santo tem que fazer um retiro espiritual, recolher ao barracão, acho que o meu recolhimento vai ser na Holanda, acho que em vez de Barracão os gringos chamam de Growroom o lugar de crescimento espiritual, lá vou eu, um mês na Holanda, IAÔ!

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macerai o hemp 23maio2006

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Respeitem a religião Rastafari, e outras que usam o sacramento canábico, libertem Ras Jorge Makandal

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Bons textos, sérios, na rede, e um longo, mas espero que proveitoso, Off-Topic, se me permitem:

1) As Múltiplas Fontes: Oralidade e Literatura: A Tradição Ioruba, Kongo, Malês, etc: Fonte: http://hemi.nyu.edu/course-rio/perfconq04/...t/multiplas.htm

1b) Padê de Exu: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pad%C3%AA

2) No texto “O Dragão da Intolerância contra o Senhor do Movimento” explica que Exu (Odara) não é o Diabo, não é o mal, muito pelo contrário (o txt somente no cache do google, salva logo):

Fonte: http://72.14.209.104/search?q=cache:wQh-Rs...d=10&lr=lang_pt

“Qual a importância de Exu no candomblé? Exu é uma divindade, uma figura importantíssima nas religiões afro-brasileiras e no candomblé. Considerado um grande orixá, é o Porteiro de Deus, aquele que transporta as oferendas. Você não se relaciona com o divino sem passar por Exu, você faz uma oferenda para qualquer orixá e tem que botar primeiro para Exu. É o portador das oferendas, o que abre os caminhos. Por isso ele é chamado também de Odara, aquele que traz a felicidade. A primeira característica dele é esta: ele é um grande comunicador. Conhece todas as línguas e os vários mundos, é um intermediário. Nesse sentido, ele se parece muito com um deus grego chamado Hermes, que habitava as ruas e era um grande viajante, um mensageiro de Deus. Ele é também aquele orixá que recebe as primeiras oferendas, e é especialista em passagens. É o senhor do movimento. Então, é um orixá muito interessante, um mito muito bonito, uma figura bonita, atraente, fascinante.”

A repressão à cultura negra não apreendia somente maconha, mas todos os sacramentos.

“As peças foram conseguidas no período de repressão aos terreiros que a polícia apreendia (esse museu é da polícia), apreendia os bens religiosos, as peças de culto do povo de santo e guardava consigo. É muita coincidência que o museu da polícia tenha peças expostas dessa maneira. Se houver um pouco de vergonha ao Estado da Bahia, é o caso de dar uma destinação mais adequada.”

“Como os negros eram considerados seres inferiores, o acesso deles ao sagrado só poderia ser pelo diabo. Existem outras razões: o Exu tem características fálicas, e nós sabemos que, pelo menos no cristianismo medieval, no cristianismo colonial, eles demonizavam muito a sexualidade. O sexo era um pecado, levaria ao inferno. Venho de uma família católica, e lembro que se rezava na igreja pedindo a Deus que nos livrasse do diabo e da carne. É uma coisa curiosa, não? Eu não quero me livrar da carne (risos). A carne representava, nesse sentido, o medo da sexualidade. Mas, no ponto de vista da religião dos orixás é exatamente o contrário, o sexo é uma coisa muito importante, valiosa, bonita e não há essa idéia do sexo pecaminoso. E também tem o aspecto violento, porque Exu é rompedor. O que não significa que seja maligno. Não há a idéia, no candomblé, na religião dos orixás, de um mal absoluto. Não se pode dizer que Exu é o diabo, você pode dizer que ele é subversivo, você pode até dizer que ele é um orixá que prega peças, ele é um trickster.”

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Agora, Gil! (não poderia faltar)

Fonte: http://old.gilbertogil.com.br/seiva/sei_03.htm

“Expressões africanas vão renascer brasileiras: caçula, bunda, quiabo, fuxico, maconha, samba, camundongo, para não falar de dengoso, em que um novo adjetivo é formado pela aposição de um sufixo português clássico - oso - a uma palavra africana – dengo.”

“No terreno da religião, é espantoso o trabalho operado pela matriz africana na formação das nossas crenças, hábitos e modos existenciais em geral, antes de tudo, a transferência do panteon ou dos vários panteons africanos para cá. O panteísmo puro e orgânico, religiosidade vitalista, estabelecida a partir de um enraizamento profundo da árvore da vida no solo da existência, existencialismo sem resíduos racionalistas, aqui e agora, pleno e inadvertido, no casamento mais estreito entre o homem e a natureza, vivência otimizada da libertária dimensão pagã da esfera material, jardim dos deuses, paraíso real das plantas, dos bichos, dos homens e dos raios, a religião africana, já, por si só, representa uma presença criadora, impondo-se com tranqüila superioridade ao povo brasileiro, substituindo o vitalismo derrotado de tupã.”

“O olhar sobre o terreiro de candomblé vai nos mostrar a casa-de-santo e sua comunidade como uma original reinvenção institucional aglutinando, em torno do seu núcleo de religiosidade, todo um complexo de vida política, administrativa, sócio-cultural e mesmo econômica. O terreiro centraliza toda uma instituição de governo, toda uma vida comunitária. O terreiro tem sido, além do mais, um foco de preservação ecológica com os seus conjuntos urbanísticos de desenho integrado ao enviroment, matas, rios, rochas, grutas etc, e com a sua atividade essencialmente ligada pelas práticas religiosas à vida e preservação de espécies animais e vegetais indispensáveis. "Não há orixá sem folha", diria Nivaldo Costa Lima, uma sábia mãe-de-santo da Bahia. Na formação da vida brasileira, no momento em que o desenvolvimento das cidades vai provocar a explosão expansionista ao custo de um intenso efeito desagregador da unidade familiar e da unidade individual em meio à proliferação do caos civilizatório, o candomblé vai oferecer a populações inteiras, como no caso da cidade de Salvador, uma alternativa ordenadora e canalizadora de comportamentos. Como diz Antonio Ribeiro, "não deve ter sido à toa que a proliferação dos terreiros de candomblé na Bahia é contemporânea ao surgimento dos consultórios psiquiátricos e psicanalíticos". E o caldo cultural vai recebendo ingredientes e mais ingredientes negros!”

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É uma cultura facilmente internacionalizada:

http://www.quilombo.fr/capoeira/dictionnaire.html

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Guest Laura cristina

ae maceroso

vo usa seu cantinho aki pra colocar um poema de minha autoria

ele se chama Ode à Larica:

"Fumo,

Fume,

Fome,

Larica"

obrigado

AHAHAHHAHAHAHAHA adorei !

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  • 2 weeks later...
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Pelos extensos elogios meus imensos agradecimentos serão repassados imediatamente a Jah.

Obrigado, Jah, pela inspiração para os Contos Cyberpunks Canábicos, Contos Canábicos e Fantásticos sobre cannabis

“A lei que rege a vida dos maconheiros tratada com descaso cobra caro por tratar mal mais de 10% da população ativa. Unbuntu: o chicote sempre volta no lombo de quem mandou dá...”.

Sem mais delongas, apertem o braço de Judas, e revoando a passarada!

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Ave é o canário!

Putaqueupariu, estou eu aqui plantado maconha, entrei pra investigar estes putos, acabei me encrencando, é uma powrra de hipocrisia, todo mundo sabe que maconha faz muito menos mal do que o álcool (e do que o tabaco), maconha pura, é claro, flores saudáveis, é disto que estamos falando; aquela merda cheia de mijo de trafica é um nojo, deveria ser proibida, eheh, e por falar em proibição, a guerra ao uso de plantas étnicas ilicitadas, maconha e coca, criou meu emprego, investigar os sites de auto-cultivo, que antes eram somente de maconha, agora os doidões querem plantar de tudo que dá onda em casa, sites sobre o cactus alucinógeno São José, Cogumelos Alucinógenos, até coca estavam arrumando um jeito de plantar e fazer o chazinho, esta powrra de auto-cultivo se espalhou pelo mundo, e eu fui escalado para me infiltrar, eu prefiro o trabalho nas ruas, mas esta merda de síndrome de Tourette phode a minha vida pra carawlho, mania de falar palavrão, e eu não gosto de tomar estes anti-psicóticos, putaqueupariu... quando eu fico nervoso piora, para facilitar a leitura sempre que houver um palavrão na minha fala vou substituir no texto pelo nome de uma ave, lembra daquele filme que tem uma porrada de pássaros atacando uma cidade, aqui também vai rolar um tico-tico no fubá, espero que achem esta idéia codorninha maravilhosa, é mais ou menos por aí, pompas!

É claro que quando o seu chefe avestruz fala para você se infiltrar nas ruas entre os drogados beija-flores, não fala explicitamente para você fumar ou cheirar com estes pintas-silvo, mas é óbvio que o jaburu sabe (mesmo com seus olhos de águia) que você vai ter que dar uns pegas tucaninhos com os periquitos; com o auto-cultivo do biquinho-de-lacre da maconha é a mesma coisa, é claro que jesus-meu-deus o tuiuiú sabe disto, junto com o viveiro todo, porque uma andorinha só não faz verão, e aves da mesma pena andam juntas...

E eu plantei a araponguinha em casa, enfeitei muito o pavão, comecei a colocar as fotos dodôs no site, os sanhaços gostaram e elogiaram, 60 dias de floração coincidiram com o faisão do meu aniversário.

Papagaios! Cria cuervos! Eu aqui, duro que nem um pingüim, acho que vou acabar fumando esta cotovia, dizem que acalma e ajuda na síndrome de Tourette. Afinal já estou bêbado a ponto de trocar os pássaros. Sabe quando o urubu debaixo caga na cabeça do urubu acima?

Convidei o pessoal do departamento para a festa em minha casa, certo de que águias não caçam moscas, mostrei a pomba-rola da grow-box para estes pardais: 2 aquafarm, 600W plantstar 14/12, Solidária, SCROG, EC 2.5, pH 6.2; a passarada quisera sair em revoada, aquele gorgolejo, pena pra tudo que é lado, os trincas-ferro querendo dar um perdido na perdiz, e aqueles repórteres urubus tirando fotos jandaias da codorniz. Agora entendo, aves de rapina não querem companhia...

Parecendo uma arara chegou cantando de galo o chefe galinha-morta no meu terreiro, o carijó quer que eu responda processo por ter plantado a araponga da erva, cacarejou que "não está previsto a produção de drogas", cocorocó! O pavão está querendo me processar por tráfico, deve ser um avinhado, por que não vai silvar nesta cloaca? Ademais, corvos a corvos, não se tiram os olhos...

No curió pardal, vai enganar peru, deixa de papo furado que estou sabendo que o carijó está levando no bico um dinheiro corujinha dos Bingos, e afogando o ganso com as galinhas-d’angola, enquanto a pata-choca de casa deve estar ciscando fora do terreiro, mesmo que na foto em cima da mesa apareçam como um lindo casal de pombinhos. Bem-te-vi! Deixa estar, galinha de casa não se corre atrás...

Agora vejam, tudo isto por causa de dois pés de maconha, uns senhores chegaram lá em casa no meu aniversário pra comer o meu frango assado, bando de abutres, águias, nandaias, inambus, melros, juritis, xuris, nhandus, tucanos, maritacas, gralhas, baitacas, patos, marrecos, taperuçus. Senhores ornitópteros!

Ah, num phode, ave é o canário, senhores filhos da pata!

Macerai o hemp 6jun06

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Espero que tenham gostado do galináceo conto comédia, e espero não ser banido por falar palavrão no site... (moderadamente em literatura, pode, nè?).

Não deixem de visitar maratona de expressão artística canábica pela libertação dos maconheiros

Lembrando o abolicionista canábico, Chico:

"... voa sanhaço... que o homem vem aí", que os homi vêm aí...

Quanto a esta questão da lei que volta e revolta ao senado (senildo?) e sofre (nunca uma palavra foi tão bem colocada, no dos outros) uma modificação de mérito, sem poder sofrer, sofrera, sofrível... Apenas uma pincelada, nem chega a ser um conto, talvez apenas uma boa idéia, vamos à historieta, para pontuar mais uma tragicomédia dos proibicionistas, a lei que reintroduz no dos usuários a pena de prisão (esse negócio de síndrome de Tourette me afetou) .

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Terceirizando a colheita dos maconheiros

Estava durango pango total, o desemprego continua alto, setenta anos de proibição da maconha e mais de um trilhão de dólares gastos no combate ao uso, mais da metade das prisões por maconha, o estado não dá conta e terceiriza a polícia, foi aí que tive a idéia maravilhosa... Aproveitando que o senado desvotou (eu sei que o verbo é novo, mas está valendo), então, o senado desvotou a lei que acabava com a pena de prisão para os usuários de drogas étnicas ilicitadas, e isto somado com a possibilidade da terceirização da força policial local, fui para uma comunidade hippie destas perdidas no interior, destas que dizem que não existem mais, são estas novas rastafaris, e dei uns pegas com a rastariada, filmei e gravei tudo, rituais rastas com muita erva canábica, e parti para a criação de um Departamento Policial Local, depois chamei auxílio da força policial do estado e prendi 500 pessoas maconheiras, usei o camping do rasta Ras e transformei num campo de concentração canábico, e para que não permaneçam presas terão que pagar multas, parte do valor irá para a o meu bolso, vou reutilizar para a construção de outra delegacia em uma cidadela um pouco maior e aplicar o mesmo plano de acabar com os usuários e faturar um troco, uma idéia maravilhosa, ¿não é mesmo, graças aos nossos senadores, dá gosto votar em nosso políticos, nem sei o porquê do voto ser obrigatório...

Macerai o hemp 3jun06

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O fim do voto obrigatório :D

Como não é mais num feriado, é num domingo, e o empregador que por ventura não deixar seu empregado votar vai pagar uma multa em que parte dela é revertida diretamente para o empregado, que se não quiser ir votar declara por escrito. Tudo muito simples, as pesquisas indicando seus vencedores, mas na hora saiu tudo errado, vários candidatos trocaram de posição, a maioria nem foi eleita, somente 15% do eleitorado compareceu, não havia representatividade, faltou kórum,

Aquela chatice na TV dizendo que haveria um “segundo” turno, uma segunda chance, que era importante votarem, a estabilidade política do país estava ameaçada. E o que um pais é sem seus políticos? As pesquisas agora apuravam quantos iam votar, sem importar muito em que candidatos, uma media de 60% de intenção de votos, mas na hora a resposta do povo foi 20%; brasileiro deixa tudo pra ultima hora, aí não dava mais tempo, engarrafamento, jogo da copa; “como vamos votar nossos salários se não estamos sendo reeleitos?”

Terceira chance, uma semana para votar, com o cartão cidadão você vota em qualquer caixa automático, finalmente 70% de votantes, mas depois deu galho com acusações de banqueiros querendo mandar mais ainda no país e manipular as eleições, realmente houve uma inclinação, podemos dizer que eles cuidam bem de seus investimentos...

4ª chance, agora novamente descrente a população não chega a 5% de votantes, uma manobra arriscada é tentada pelos parlamentares, liberam a maconha e o plantio de subsistência cannábico, dois meses antes da eleição, oferecem a crédito de teste para avaliar o referendo sobre a legalização total da erva canábica, uma flor resinada para quem tiver acabado de votar, a estratégia foi um sucesso, com 99% de votantes (sempre tem um ou outro que não usa a erva) e a eleição mais tranqüila já vista, nosso presidente eleito, Gabeira, promete ampliar o referendo e propor que você seja dono do seu próprio corpo, a proposta parece ousada, mas quem não gosta de ser dono de si próprio? ,)

macerahemp 15jun2006 Corpus Christi

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Em busca da Onda Sativa Perfeita (1ª parte: Sweethai Kmylar)

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Estava no chat do fórum cannábico conversando com Kmylar sobre a Sativa Perfeita, aquela que está próxima a linha do equador, mas floresce por fotoperíodo, algo extremamente afinado como 12:30/11:30, uma planta com esta regência, este metrônomo, esta sincronia, poderia compor música, é o que pensávamos, dados aos pensamentos mágicos...

Além da sensibilidade extrema ao fotoperiodismo ela teria que ser gostosa, saborosa, para fazer doces na cozinha cannábica; mas em termos práticos a Sativa Extrema Perfeita precisa resistir às condições locais adversas, resistir ao UV, aridez extrema, insetos também são comuns no clima equatorial, bactérias e especialmente fungos, principalmente o Fusarium oxysporum. Ser uma fêmea pura, sem o hermafroditismo tão característico das sativas equatoriais, a cor não é tão importante, mas imaginei a cor vermelha das sativas do Panamá, mas vinha bem um arco-íris, vermelha, azul...

Solidária foi a primeira semente Sativa que consegui (by Brazuka&elevatorman), depois a lista não parava de crescer, as sativas do norte de Brasil têm um perfil de cannabinoides único, que produz uma das experiências mais claras e limpas (só comparável com certas sativas africanas): Santa Maria, manga rosa, cabeça de nego, thay, haze, mexican e também afegã, blues, oxacan, e por aí vão, sem dispensar toques de híbridos como romulan e Jack Herer, as novas genéticas espanholas como Destroyer e tantas outras, para resistir ao improvável frio, como a sativa de montanha Nepalí Kathmandu, a lista é imensa,Vietnã Black, Bangi Congo; até chegar a Sweethai Kmylar daria para fazer um seed bank...

“Na cabeça ativa, só Cannabis Sativa”, é somente um slogan, mas em termos de pensamento humano, mexe fundo com a coisa...

Apesar do nome da cannabaceae ser este, as outras são subespécies, ficaria então, cannabis sativa sativa, como o homo sapiens sapiens sapiens se busca, eu também buscava A cannabis sativa sativa sativa, a mais sativa de todas, comecei com a compra de várias seeds sativas dos mais renomados seeds banks, depois de chegarem todos os duzentos pacotinhos, coloquei elas num carnaval fotoperiódico até a quarta-feira de cinzas equatorial, começando com 15/9, com somente 15 horas de luz algumas mais índicas floriam, e foram afastadas, depois deixei a orgia “rolar solto” em 14/10, após 3 semanas afastei os machos para não ocupar espaço na growbox, 600W HQI tipo agro, ao invés da preferida por todos, a HPS-agro 600W, mas como o estresse luminoso seria grande, e os estômatos funcionam melhor com mais luz azul, as chances de sobrevivência aumentam na luz azul, e na hidroponia também, e as sativas são bem adaptadas à temperatura de cor alta, este foi o set up inicial, mas tinha que preparar o growroom para receber os bebês que iam nascer, a idéia é plantar dez mil brotos, colocar em 12:30/11:30 e ver quem sobra sem florir, depois tentar uma afinação, a idéia é simples, mas em termos de seleção, mexe fundo com a coisa... Outra coisa é que muitas sativas equatoriais florescem pela altura, pois vivem em 12/12, então a seleção por altura é imprescindível para garantir o ajuste fino.

Minha casa era nos fundos de um salão de bilhar, com mesas de sinuquinha e sinucão, com uma luminária em cima de cada mesa, na última reforma passaram a ser 4 fluorescentes de 40W cada uma, “é pouco mas é de coração”, com 9600 lúmens em cima de cada mesa dava para ver qualquer pedacinho de giz que viesse a influenciar no bendito caminho da ponta do taco até a caçapa, opa quase que escrevi cachaça, muitas vezes, e compulsivamente, já “enfiei o pé na jaca”, sempre acordando com aquele “gosto de guarda chuva na boca”, “ruana me salvou”, agora só ganja.

Uma vez achada a Sativa Perfeita a idéia é maximizar, supercropping, normalmente incremento logo através do fotoperíodo, uso no vegetativo 18/18 e na floração 12/6, mas para a Sativa Perfeita outras técnicas de supercropping serão usadas:

1)A poda fim, o corte é feito em cima do meristema apical e 10% do meristema é mantido, gerando uma meia dúzia de ramas (de ramas, senhor, de ramas...) ao invés de somente duas da poda tradicional, a poda RIB* também será usada, resistir positivamente ao fogo é algo desejável na Sativa Perfeita.

2) Shyatsu canábico, com torções no caule até ouvir/sentir o “click do bem”.

3) o meio escolhido foi a fibra de coco, para controlar exatamente o quanto de aridez, nutrientes, aeração e outros parâmetros como o pH.

4) Uso de Full Spectrum com rotação das luzes

5) Uso de lâmpadas UV-B (mesmo que “descomprovado” cientificamente)

6) Músicas e rezas em louvor ao Criador, Jah! (mesmo que incomprovável cientificamente)

O gen que gera o fenótipo de folha fina da sativa é dominante, e o gene da floração rápida é dominante, mas ele é uma característica mais facilmente encontrada nas índicas, erradicar o hermafroditismo típico de muitas sativas, criando uma fêmea pura, rápida, produtiva, resistente à aridez, ao deserto, ao frio, Super Sativa Perfeita ( a mulher vegetal com superpoderes, alimenta a população e resiste a tudo, a seca, a fome, ao frio, a bala, junto com a população, a super heroína dos oprimidos, durante os ataques que o caveirao faz nas favelas em busca dos criminosos, ela protege os “buchinhas”, figuras esqueléticas, quase sem poder segurar o revólver, menores de idade que os traficante usam para deter os ataques do Caveirão, um robô desumano que trata a todos com crueldade).

Inversamente dos breeders que procuram algo na floração, eu estava procurando algo na não-floração, assim eu teria que eliminar as plantas que florescessem, e a melhor maneira de eliminá-las é deixando-as completar seu ciclo de vida, as fêmeas, é claro, e depois prosseguir na eliminação total, fumando as flores secas, até o último tricoma...

Passei muito tempo fazendo e reformando pranchas de surf, acabei fazendo uma mesa de bilhar de fibra de vidro, e uma freguesia rapidamente se formou para jogar na mesa enquanto distraiam-se trocando sinais de fumaça, coisa de surfistas... “A boca pequena” ouvi o comentário de que nas olimpíadas não tem antidoping para álcool, pois isto desclassificaria os velejadores, todos cervejistas, e o surf não é esporte olímpico pois o antidoping acusaria sempre maconha... que exagero bom no faz sentido... Atualmente estou mais para Jet Sky, de tanto ser rebocado por jet para pegar aquelas ondas gigantes acabei me apaixonando, agora vivo dando giro na máquina direto dentro da água, e nessa vou levando a galera pros ondões ferozes, de vez em quando.

São cem mesas de bilhar, todas elas em fibra de vidro, com tampo superior removível e bacia coletora de bolas com saída ao fundo, ótimos para transformar num sistema EBB and Flow. Cada mesa comporta 300 plantinhas, mas sobra apenas um terço descartando os machos e os hermas, além de uma ou outra deformidade negativa, pois poliploidia como deformidade positiva é bem vinda.

Kmylar e eu conhecíamos-nos pelo fórum, mas, hilariamente, somos figuras que chamamos muita atenção, e freqüentávamos a mesma praia, a praia dos surfistas, sem nunca termos durante muito tempo nos encontrado pessoalmente, ou talvez quem saiba vendo o sorriso da vida no escuro, à noite descendo a trilha do Mourão, uma figura luminosa em suas vestes brancas, interrompe uma falação cyberpunk e pergunta: Você é o macerahemp?...

- Quem sou eu refletido dentro do espelho de sua alma?

- “Dizei uma palavra e sereis salvos”

- Pannag!

Ela tinha magias próprias na feitura de chocolates encantados, feitos com cannabis especialmente escolhida e cultivada, ginseng orgânico e cacau natural, e todos os demais ingredientes seguem a filosofia I-tal, uma seguidora da nova magia canábica, que mistura rastafarianismo, wicka, ioga/tântrismo, shivaísmo e cristianismo, além de pinceladas pessoais de zoroastrismo, sufismo, religiões afros, indígenas e outros xamanismos.

“Que este alimento traga paz à mente de seu coração, e ilumine a ação, iluminação!”

Eu esqueci de perguntar se tinha algo de ácido lisérgico, mas acho que não, é só amor mesmo, em sua máxima psíquica-atividade.

Sempre fui dos sem-grana, mesmo virando pequeno burguês, temporariamente, acabei indo à falência, a conta de luz de cinco mil reais mensais, foi pesada para as economias feitas durante um ano de breeding primário em três pequenos growroons, para gerar trinta mil sementes, enquanto a Casa Sinucanna faturava com as mesas de sinuca, ‘Mesas-Ebb, a verdadeira mesa enchente-vazante’, eu podia patentear isto... (sei lá, para tomar sopa de canudinho em família...).

A música mistura de bom gosto, raga, reggae, rock, rumba, rap, só pra citar algumas que começam com r. A Casa chegava a render 4 mil por noite de fim de semana, as mesas eram automatizadas, era só colocar fichas, moedas de 25 centavos, não vendíamos bebidas alcoólicas, depois alegaram isto como causa da falência, mas o período muito prolongado de fechamento para reformas foi o responsável.

Água gelada ou refrescos quase-sucos, podiam ser conseguidos nas máquinas com a moeda de cinqüenta centavos, havia uma máquina que trocava papel moeda por moedas, tudo funcionava sem me dar muito trabalho; certamente que vendendo bebidas alcoólicas a casa renderia mais, mas minha ideologia Intal é firmeza (daí minha alma não tem preço) e a idéia é vender bom e barato.

Kmylar 99,99% de reflexão na Rave in Ravel

Fiquei de plantar a sativa perfeita para servir de recheio ao doce mágico que Kmylar, Sweethai, combinamos por private mensage, prepararia para abrir o meu sexto sentido e o terceiro olho, “proporcionando mirações no tempo, e o encontro do grande amor de sua vida”, enquanto isto eu estava no breeding feroz, nem tinha muito tempo para sair da Casa Sinucanna, mas fui a uma rave, depois de dançar a noite toda, de manhã começa tocar o bolero eletrônico de Ravel, e chega uma mulher linda com uma vestimenta reluzente de mylar, igual aquele que usamos na growbox, com máxima refletividade, ao longe tive um satori e pensei em Kmylar, era ela, divina, mas eu já ia dormir, estava com frio e sono, e vinte anos mais velho do que ela, naquela quinta-feira, e ainda faltava muito para o domingo, do big-bonge.

Como eu gostaria agora de ter um Sweethai, um chocolate mágico para abrir minha mente ao que fazer, com nove meses e três colheitas, partindo para a fase final faltam poucos meses para chegar a Sativa Doze e Trinta (sativa 12:30/11:30), já tenho as linhagens de 13/11, para salvar a casa comercial teria que abrir mão do sonho da sativa perfeita, não deveria ser difícil desistir de um sonho, uma vez que a realidade não bate à porta, entra subitamente pela janela, ou como forma de cobrança judicial nas caixas de correios.

Estou numa fase inusitada na vida de um grower, com dois meses de floração estou num jardim resinado, somente uma planta não floriu, achei! É Ela, não me interessam as dívidas, a única certeza que tenho é que nada de planta sagrada será vendido, é uma questão ideológica e religiosa, mesmo assim, tenho que me livrar de 10 quilos de flores secas, cada mesa acabou rendendo no máximo uns 50 gramas por colheita, e mesmo eu fumando meio quilo ao mês (para ter paciência de aplicar shyatsu cannábico em mais de 10 mil plantinhas no início e em mais três mil plantinhas no meio da floração, e cuidar da manutenção da automatização da coisa toda, automatização dá muito trabalho...), mas ainda tenho que liberar uns dez quilos, o dinheiro para o aluguel acabou e em dois meses o negócio seria liquidado, e toda a estrutura teria que estar desmontada antes, a idéia é que o que se monta em um mês se desmonta em um mês, mas a acúmulo de matéria é grande e o trabalho de remoção é maior, vários ajustes são feitos no decorrer dos meses, apertos em parafusos, que agora serão desapertados com mais força e de uma só vez, uma série de detalhes de armazenagem que você não contava, enfim, demora mais para desmontar do que para montar. Ainda tenho que ir à reunião do Clube dos Breeders, serei O Verdim e falaremos sobre a nova lei e o auto-cultivo como forma de combate mundial ao tráfico, além de escolher a melhor sativa pura.

A nova lei de Políticas Públicas sobre Drogas descriminalizou, ainda que parcialmente, o usuário de maconha, pelo que entendi o caráter da lei é educativo, jamais punitivo no sentido de ir para a cadeia, primeiramente seria uma advertência sobre os efeitos das drogas (do álcool também?), depois serviços comunitários, e somente em caso de recusa, então, finalmente, seria aplicada uma multa. Não que eu desejasse nada disto, mas depois de “centos anos” de proibição aos maconheiros resolvi comemorar, coincidindo com o fim de tudo, das curas, fui à praia tostar na seda de celulose o green responsa (e sem sangue); de camelinho, no caminho cruzei com a patrulhinha, minha camiseta escrito: Solidária X Free Tibet, normal, lei 11.343/06, o clima é de descriminalização do usuário, fui pra areia, montei a barraca, baseadinho transparente, fumo verde-fluorescente, isqueiro laser e, buummm! Fogo na bomba verde-bandeira, o gosto adocicado desce pela garganta e sobe pelas narinas, nem prendo muito, estou a pampa, sem catrancos a fumaça leve permeia o ar e rarefece-se rapidamente, o mar é sempre bonito, mas alguns detalhes realmente estavam me escapando, não mais agora, as crispas das ondas acenam levemente para mim, sutilmente para não chamarem atenção sobre nossa cumplicidade, cada onda que quebra produz uma harmônica musical e juntas tocam uma sinfonia única para meus ouvidos...

A roda gigante, ou roda de gigantes, está formada, vários breeders com suas varinhas mágicas, 100% celulose envolvem tricomas, pistilos, ovários, cálices, e aquelas pequenas flores resinadas muito próximas da flor; também acendemos um sonzinho, e vai rolando bem baixinho, para não interferir demais no contacto com a natureza, o irmãozinho Otto: “a gente aperta, fuma e rola, beija a nega a noite inteira, nego a rodar... roda mundo nego a rodar... ciranda de maluco, aqui em Pernambuco é bom demais!”. Próximo tem uma galera de seis malucos, está rolando uma vela na roda. A conversa é só sobre a descriminalização do usuário:

- eaê maluco! Tá sabendo que redescriminalizaram o usuário?

- sabendo que descriminalizaram, é isto?

- “máômeno issaí”, não era crime até 1961, ou seja, passou milhares de anos sem uma conduta ser criminalizada, “em tão” nunca foi crime, daí é mais uma redescriminalização do que uma descriminalização

- não maluco, é uma descriminalização, os caras não eram criminosos e derrepente soa taxados assim, se fosse redescriminalização já teriam incriminado e descriminado, a assim por diante...

- pior que é, já proibiram a maconha para os escravos, mas depois nas farmácias mais de 50% dos medicamentos tinham a erva em sua fórmulas pouco antes da proibição da erva e início da caça mundial aos maconheiros

- caça aos maconheiros, tá viajando? Não me sinto caçado... agora então, tô abonado...

- Eu também relax com esta nova lei, “tô apampa no pampo”. Roda aí!

- xará, se tu se sente caçado ou cassado, não sei, mas tem dois guardinhas chegando aí

- pô, sem nóias, encabeçada geral com 30 aqui ao lado, cada um com o seu exclusivo, um verdaço dando pala, maior bandeira, não é possível que venham para cá, pra pegar seis manés com um baseado, passa logo a parada...

- tem certeza?

Eu era o seda-verdim e não entendi nada, “os locais” ali na rodinha com um baseadinho passando de mão em mão estavam para serem levados pra “delega”, e nós ali ao lado fumando cada um o seu, e antes que pudéssemos trocar os beizes, para cada um experienciar a planta do outro e votar no melhor strain, chegaram dois policiais enquadrando a rodinha, levariam todos os seis, e deixariam aqui os trinta breeders encima da Pedra Listrada?

A idéia é fazer uma apreciação pública e em alto astral do aroma canábico das plantas do clube dos breeders, escolhemos uma praia paradisíaca, e resolvemos fumar um na pedra de Itacoatiara, ou como di zen os locais, “dá um dois na pedra de Itaqüá”

Todos levaríamos os “backs” arrolados em sedas de 100% celulose transparente, somente a minha seria celulose verde para marcar o início da roda, todos os banzas deveriam pesar cinco gramas. Cada um daria uns quatro pegas e passaria o bastão, dei uns pegas a mais e passei, em verde, para não passar em branco (desculpem-me pelo trocadilho), para a mina mais linda, e que estava ao meu lado, obrigado Jah, por Kmylar. Infelizmente a tentativa de aproximação dos poliças não deixou rolar o clima pós-primeira mordida no biscoitinho em forma de coração (biscoito: esse nome é sex, sugestivo, atrevido e vem boca adentro)

Seis tocos na água

- Todo mundo parado, é crime o que vocês estão fazendo

- Aloha, aqui somos todos usuários, que pela nova lei foi descriminalizado...

- “Caso ofereça droga a um amigo ou conhecido — sem o objetivo de lucro, para consumo conjunto — o infrator pode receber uma pena de seis meses a um ano de detenção, além de multa, cabendo ao juiz — pela prova dos autos e motivadamente — distinguir entre o traficante e o usuário surpreendido na posse de droga ilegal.” Ou seja, o dono do baseado está preso.

- Que é isto? Tô boladaço! É pegadinha ou é lei?

- Vou ler para vocês o parágrafos 2 e 3 do artigo 33:

“§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-multa.

§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu relacionamento, para juntos a consumirem:

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.”

- O senhor deve “tá tirando”, estamos aqui em seis, e logo ali tem uma roda, “mó crowd”, umas trinta cabeças, cada um amarradão no seu, e como não estão passando de mão em mão, “tá tranqüilo”, mas se passarem de mão em mão, aí o “bicho vai pegar”, imagino que todos sejam considerados criminosos, ou a ação “trocar entre si” não está prevista “na dona justa”?

- O crime deles é menor, não gera prisão na nova lei, e devido a serem muitos teríamos que chamar reforços, mas se trocar de mão em mão...

- Aê, sangue, acho que descriminalizou sim, tanto que no § 7o o usuário é chamado de infrator, e não de criminoso. Ou seja, usuário não é criminoso.

- Aí, Brow, esta nova lei é o “maió kaô”, continuam dizendo que é melhor a gente beber cachaça do que “dar um dois” na santinha...

- Aê maluko, se beber, nem fica encima deste “tocossauro”...

- Podes crer, sem “condiça” de surfar bebum!

-“Podiscrê”, fica “cabuloso”, bebum é soca direto!

- Bebum é vaca certa, mas derrepente se der um dois swell fica até flat...

- Segura a apologia aí, tô cabrerão, será que vamos rodar mesmo, na moral?

- Pô, libera a gente aí, tô na maior “larica”, é hora do “rango”.

- Os haoles com cara de dindin e o point embaçado aqui. Ó o verde explanante...

- Tenente, acho que o baseadão “verde explanante” mudou para a mão da mina...

- ...é melhor verificar isto, mantenha-os sob mira do revólver enquanto vou ver o que está acontecendo na roda gigante...

- pow, revólver nada a ver, a gente tá praticamente nu; só porque os brodis tão passando unzinho na roda?

- Revólver é pra vocês não saírem correndo.

- Sem querer botar pilha, mas quer dizer que o senhor atira se a gente, digamos assim, der no pinote...

- Se a gente “sair voado...”

- É, tipo, “sair batido...”

- “issaí”, atenção casca, “dar vazari...”

- “sair saindo...”

- Fui!

- Fomos!

macerahemp dezembro/2006, Feliz Natal, Aloha!

:pulafuma:

nota:

* RIB (aumenta o número de pistilos, e tricomas – “Right, I Burned it”)

Um pouco sobre a RIB, o queimado de pontas:

http://www.cannabiscafe.net/foros/showthre...?threadid=34755

Os outros contos cannábicos estão no icmag (Contos Cannábicos Cyberpunks):

http://www.icmag.com/ic/forumdisplay.php?f=43#

Fiquem com Jah!

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  • Usuário Growroom

As ondas sativas são mais enérgicas, cerebrais, como este conto... desculpe-me os + sensíveis, depois rola em busca da indica perfeita, eheheh. Paz!

Em busca da SS (2ª parte)

─ Não é isto, é que a lei mudou, agora eles não são mais criminosos.

─ A lei mudou, mas minhas dívidas continuam as mesmas, a operação caça laboratório continua.

─ Mas pela nova lei do que adianta acharmos uma growbox com dez plantinhas?

─ Growbox? Que é isto?

─ Estufa, né?

─ Eu sei que é estufa, mas tem que dizer LABORATÓRIO, e que custou MUITO dinheiro, pra dar um tom de criminoso profissional, perigoso. Tem que dizer que uma plantaçãozinha em casa pode se propagar pelo estado inteiro, um perigo, uma epidemia, mães apavoradas, é isto, o terror!

Putaqueupariu esta lei, ehin? Num dia é crime hediondo e no outro é a maior Disneylândia, se o filhadaputa resistir não pode nem levar preso, dorme com um barulho deste! Temos deputados trabalhando para manter os usuários na cadeia, retroceder a lei, infelizmente muitos estão envolvidos em escândalos.

─ Realmente isto vai contra tudo que nos foi ensinado por todo o tempo.

─ Fecharam meu caixa-automático, logo agora que eu sai da madrugada, o pó vai ficar mais fácil, tem que ter para ficar acordado nas madrugas, e as putas se amarram... mas elas continuam apavoradas, http://noticiascanabicas.blogspot.com/2006...///""" target="_blank">veja aquela drogada que morreu porque engoliu os flagrantes para escapar de uma blitz. Nas madrugas já comi muitas drogadas apavoradas em serem presas, o que eu fazia ela engolir era outra coisa...

─ Nojenta esta conversa...

─ Humm, tá sensível a moçoila... A maioria é vadia mesmo, com drogas na madrugada...

─ O que é aquilo ali?

─ Uma bóia com um bebê, está escutando o choro?

─ Sim, a escuta capta o choro, é estranho, cadê a mãe?

─ Segura o binóculo aqui, que eu vô lá vê.

─ Aproveita e traz um sanduba que eu estou morto de fome, e melhora este astral, está sinistro...

─ Sinistro são os traficantes queimando pessoas vivas dentro de ônibus, e são os viciados que alimentam estas pragas.

─ Mas caçando os growers não vamos resolver este problema, talvez até piore...

─ Cara, todo problema piora com o tempo, não vamos resolver os problemas do mundo, vamos resolver nosso problema, dindin... E vê se para de chamar de grower, parece um viadinho falando tudo em inglês, é DONO DE LABORATÓRIO, aprende isto se quiser pegar alguém.

─ Viadinho é a vovozinha, volto dizer, eles não são mais criminosos, não podem ser tratados do mesmo jeito, tapa na cara e abaixa a calcinha....

─ Esta conversa está me deixando nervoso, cabe a nós provar que eles são criminosos, tem brecha na lei, a imprensa nos apóia, até escrevem Skank errado para manter a desinformação, a desinformação é a maior para caçarmos estes viciados, não esquenta, lei nova é o caralho, vamos faturar...

─ Sei lá, cara, vai lá ver o que é aquilo, está engrossando o caldo, os salva-vidas já estão na água.

─ Você anda lendo, muito, aqueles sites de apologia na internet, está se contaminando pelas histórias deles, melhor você se afastar disto, abre teu olho...

─ Vai lá, e não esquece do meu sanduba, estou na maior larica...

─ Ihh, tá dominado, falando igual a eles.

─ É brincadeira, eu tenho cara de maconheiro?

─ Tem, cada dia estou achando mais isto.

─ Olha a brincadeira, isto pode custar meu emprego, vamos para por aí.

─ Ah, não era você que estava defendo as coitadinhas das bichas maconheiras?

─ Não estou defendendo ninguém, apenas a lei mudou, temos que seguir a lei...

─ É, a coisa tá séria... ce tá estranho... a lei mudou mas continua sendo crime, está na parte dos crimes, estão é crime, e vamos enrabar esta putas! Valeu?! Já volto!

Comecei a usar cannabis para controlar um transtorno obsessivo compulsivo, TOC, em substituição aos fármacos sintéticos, os ansiolíticos e antidepressivos associados

No site já tinha lido sobre cultivo extremo, breeding extremo, poda extrema, mas redução de danos extrema para grower foi onde me concentrei, por ser extremamente detalhista e preocupado com segurança alimentar e da saúde fui escolhido para tratar da segurança do encontro de breeders, contratei um mágico, um palhaço também... O cara! Pensei que o incidente da garota insinuante fosse obra dele, pouco antes da polícia aparecer, como se fosse um aviso...

Houve um momento em que tudo parecia perdido, um policial militar apontando a arma para a roda de gigantes e outro vindo em direção dizendo-se da civil. O boneco na água eu sabia que era distração, quando logo antes, ele chegou com a cestinha de salgadinhos e amostras grátis de barra crocante de cereais, e oferece ajuda ao policial, pega rapidamente, com seu jeito Japa, todos os cones de nossas mãos e coloca na cestinha para entregar ao guarda, entrega logo a seguir, mas a troca já foi feita, não tem mais maconha nos baseados, é a vantagem de contratar um mágico para a segurança, e um palhaço. O mate que nos serviu tinha sabor citral canábico, é inconfundível e delicioso. Sempre rindo sutilmente, ele está realmente rindo, não dá pra saber, acho que sim...

─ Caraio mané, que é aquilo?

─ Cabuloso, aí, vô dá um tchibuumm pra saber qualé...

─ Parece uma criança numa bóia, é isto?

─ O cara, maior olho de águia... podis crê, e tá chorando, sacô?

─ Também vô, quem segura o baseado aí pá num molhá?

─ Eu...

─ Eu!

─ Eu, também, ehehe...

─ Vai na fé!

─ Também vou

─ Fica aí mané, vai criar mó crowd, mó cabeçada na água... relaxa ái, dá um dois, já volto, conheço os salva-vidas, sou do salva-surf, tá na paz...

─ o muleke tá no maior pânico...

─ Tá na angústia, no pânico o afogado não fala, todas as forças são usadas para salvar a vida nos últimos instantes antes da imersão, muitas vezes a cabeça já imersa e “cavando para fora do buraco”, depois oriento vocês na parada, volto já, aloha!

Redução de danos extrema no plantio e no consumo, dificilmente esqueci de alguma coisa, desde usar luvas para não se contaminar com germes da terra, até não respirar pó de vermiculita quando o solo está seco. Sempre lavar as mãos antes e depois de mexer com a terra ou as com as plantas, eu que lavo as mãos umas 50 vezes ao dia, quando estou sem erva, a medicação de farmácia não atua bem sobre meu organismo, me dou melhor com os naturais. Agora vou escovar os dentes, umas trinta vezes ao dia, dizem que faz mal, estraga a dentina, mas eu não uso sempre pasta dental abrasiva, e faço muitos bochechos com bactericida natural. Como a maconha é afrodisíaca não deixem de andar com camisinhas extras. E com lubrificante, quer uma dica? Reforçada, e pode usar duas que é mais garantido, quase não perde a sensibilidade, ainda mais com o gel que desenvolvi inspirado naquele gel clonador do zoiovermeio, só que o meu é estimulante sexual, e poderoso bactericida, acaricida, fungicida e anti-viral, inclusive insetos ficaram presos pela viscosidade e morreriam por asfixia, in loca. A cor eu escolhi rosinha, é mais feminino, bastam 50 ml que garantem a saúde sem contaminações, pode, e deve, ser usado antes do sexo oral, pois tem gosto de morango (ou chocolate), mas lave a boca bem para não estragar o trabalho do gel sexual esterilizador, senão vai ter que usar mais uns 20 ml para colocar o carrinho na garagem, em segurança. Infelizmente tenho que melhorar o desing do injetor, está assustando as namoradas e nenhuma ficou comigo depois de ver a geringonça, mas é segura. Segurança é tudo, quer uma dica? Sempre use proxy anômino, web proxy, mais um residente, como o JAP, mas atenção, as configurações do JAP nem sempre ajustam automaticamente o browser, verifique se está em localhost na porta 4001. + Firewall e antivírus! A segurança do sucesso é a segurança do segredo.

─ Então, demorei, voltei, já desenrolou, era um boneco numa bóia, um boneco muito parecido com um bebê, igualzinho, e chora igual também, idiotice, né?

─ É primeiro de abril...

─ Deixa de ser inocente, tem alguma coisa estranha acontecendo...

─ Ah, não! Já tecou outra vez!? Vai começar a paranóia de novo?

─ O vagabundo vem cherá na praia, perdeu os trocados e a peça sem vergonha, relojinho barato, já andam pra perder, não vale nada, eu dô pras pervas num fast sex.

─ Ah, falando inglês...

─ Sobre mulher eu falo em qualquer língua...

─ Sei, esqueceu do meu sanduba, né?

─ Tem um pó safado aqui que tira a fome, vai?

─ Não, sanduba é insubstituível...

─ Porra, estão vai lá, cara, que eu vô dá este teco...

─ Vou, né, “fazê o quê”? Pelo visto você tb é criminoso...

─ É o que eu digo, não seja pego que não serás criminoso, mas, não foi você quem disse que não é mais crime ser drogado, protegendo os tais?

─ Foi, mas eles NÃO alimentam o tráfico...

─Eles quem?

─ Os growers...

─ Que PORRA é esta de grower, para com esta palavra que está me dando nos nervos, é Dono de Laboratório! Os laboratórios custam carão e eles só podem querer lucrar com isto, entendeu, são traficantes em potencial, e podem espalhar a epidemia da plantação de maconha pelo estado todo, ou até pelo país inteiro, entendeu? Agora imagina, o país todo plantado de maconha e os Estados Unidos invadindo aqui e jogando veneno em nossas terras, igual nos países ao lado, é o dono mesmo, quem tem arma é quem manda, se a população tivesse votado a favor da proibição de armas tava melhor, agora eu que vou levar tiro, por causa destes doidões? A barra tá tão pesada que ao invés de viaturas vamos ter que andar de caveirão pelas ruas, na favela já é! E...

─ Cara, esta é da boa, virou uma matraca! Não cheira mais não... Segura a onda! É sério, aí, já está se mordendo todo, para de fazer caretas que está bandeirando... Toma conta do meu celular... Já volto, quer água?

─ Alô. Major, ele usou novamente. É, aqui na praia. Sei lá, alguém usando cocaína na praia. Até quando isto vai continuar, ele está paranóico, falando sem parar, mordendo os lábios e fazendo caretas, ele não pode usar isto... Não tem limites, sempre fica de macaco. Acho que tem mais sim. Agora vai ficar na fissura e vai querer ficar escoltando a saída das bocas, para pegar os papelotes dos usuários. Não, invadir a boca pra pegar só com armação do superior, o comandante está sob controle? Ele acha que eu sou de confiança do comandante e por isto sou seu parceiro, mantenha isto assim, é o meu que está na reta, o cara é matador, tem conhecimento com alguns comerciantes que financiam os justiceiros, com cafetinas, com meio mundo, cuidado que é o meu que está na reta. Está bem, manterei contato, vou deixar o celular aqui, pega por GPS. Pra você também, se cuida!

─ Olá, gostossura, veio atender um cliente por aqui, saiu lá das termas?

─ Mais ou menos, me paga uma cerveja que a gente conversa, talvez precise da sua cobertura, a ajuda policial é sempre bem vinda.

─ Minha cobertura é toda sua, deixa eu pagar uma cerja pra minha perva.

─ Seguinte, tem um traficazinho aí na praia quem se enrabichou pela filha de um bacana, ela é maconheira bacana e ele traficante pé-rapado, conhece a cena, né?

─ Claro, mané tá armando pra cima e vai embarrigar a garota

─ É, mas o pai dela também freqüenta o gueto, só que não vai às termas, mas mostrou a foto do trafiquinha e várias conheciam ele, daí me chamaram para transar com ele e filmar tudo para acabar com as ilusões da bacaninha filhinha-do-papai. Está vendo aqueles três ali, um está saindo, deve ter marcado pra pegar, ele é o da direita. Deixa eu ir lá, tem uma dica pra você, e você fica me devendo...

─ Claro princesa, você é quem manda...

─ Tem um mané que cheira aqui na praia, no trailer, o dono está sabendo e dá cobertura, pois é da família, um tio que tem uma história com a mãe dele, de repente pra não vir à tona, ele deixa o moleque cheirar no banheiro e faz vista grossa. Tá me devendo, einh, vou cobrar, vê se sobra pra mim, um risquinho só... sempre é da boa!

─ como é que você sabe desta história da mãe e do tio?

─ ela fez uns programas quando era universitária, para bancar a facul, que nem eu, né? E minha mãe conheceu ela, por coincidência, atenderam o mesmo cliente, ao mesmo tempo, uma coisa assim a agente não esquece, daí minha mãe reconheceu ela aqui na praia.

─ ela dá mole andando pela praia? Tem como provar isto pra gente faturar um dindin em cima da coroa?

─ cara, ela casou com um bacana, que freqüenta até hoje... Ela chorou porque queria sair desta vida, que aquele era seu segundo encontro, que tinha sido espancada no primeiro, sorte que estava num motel, nem sexo rolou, e aquela choradeira de puta, né? O magnata casou com ela.

─ Tem algum magnata que não transa com garotas de programa?

─ acho que não, se você fosse magnata não transaria com todas?

─ claro, e você seria minha cafetina, gerente de garotas de programas.

─ como se você precisasse disto...

─ É, mas deixa eu armar o bote pro malandro, quando ele achar que a porta está fechada, é a hora da surpresa, o trinco não fechou direito... “Mão na cabeça mané, perdeu, não deixa cair não, esta rapa é minha!”. Minha e da minha princesa, né? Deixa eu ir logo, se adianta aí, depois a gente conversa, não vou esquecer de você, pode deixar, que eu guardo um risquinho...

─ não esquece, eihn?

─ ah, e aquela roda gigante ali?

─ só skunk, só deve ter bacana, mas gays, quando eu cheguei à roda a parte de cima do biquíni caiu, quando tentei ajeitar, aí eu pedi pra alguém passar óleo em mim, ninguém quis, e as minas fizeram aquela cara de quem comeu e não gostou, sabe? Tem um magrinho de óculos, cabelo bem escorrido, que fez cara de nojo...

Vou levar minha prancha, um pranchão, quero cair naquela praia linda, e vou levar as sementes S1 da Sativa Perfeita, fiz com ácido giberélico, em spray, comprado no “No Mercy”, as flores masculinizadas da própria planta. Homogeneidade a jato, “estabilizei” e feminilizei em uma geração. Todos vão ganhar sementes da Sativa Perfeita. O nome do encontro: Roda de Gigantes.

─ Elas escolhem sempre um lugar bem longe pro cheiro não ser sentido, um lugar deserto, escondido, elas armam a cama, eu só deito, é como disse...

─ que é isto, tem mais de um grama aí! Você está suando a cântaros, para de cheirar, larga esta carreira aí que eu cheiro, de repente, primeiro deixa eu digerir o sandubão.

─ vai melá, é melhor eu mandar logo esta, tá na boa!

─ você não tem mais idade pra isto, e dizem que velho brocha quando cheira, e a gatinha que você falou?

─ enquanto eu tiver língua e dedo mulher alguma me mete medo! A gatinha está de serviço, depois explico, por hoje eu vou arrumar outra, na roda gigante tem uma linda, quando cheguei na roda ela estava com um baseadão verde na mão, me olhou com aquela cara de assustada, que eu adoro, e que faria qualquer coisa para não ser presa, e comida pelas sapatoinas lá dentro, ela é muito linda... hoje é minha! Vamos escoltar ela na saída da praia, bem longe pra não pintar sujeira. Deixa comigo, depois é a sua vez, se quiser... ou é boióla? Vou pegar uma cerja ali no trailer que o dono ficou meu “amigo”, e fica de olho, se eles começarem a sair me avisa logo, fica de olho NELA...

─ Major, ele está fora de controle, e começou a beber. Tem mais de um grama. Sei lá como ele arrumou isto tudo... Não, agora quer dar um forjado numa menina que ele diz que é “dona de laboratório”, agora cismou que vai caçar os plantadores domésticos. É, plantadoras. Conversar com ele? Só ele fala, está descontrolado, agora de dia, solto assim pelas ruas, armado... Não posso dar voz de prisão, a patente dele é superior. Medo, eu, claro, sabe-se lá quantos ele já matou? Ele vai esperar ela na saída da praia, filmem tudo, sejam discretos, é o meu que está na reta! Testemunha, eu? Que é isto, já vou entregar a gangue de bandeja pra vocês. Depois que ele der o forjado, e começar a assediar ela, vocês chegam pra impedir que ele leve ela para algum lugar, e mim também... Tenho que desligar porque ele está voltando...

─ Olha a cerva geladinha aí. Trouxe uma pra você também, deixa eu dar mais um tequinho aqui rapidinho, vai nessa?

─ Não, não, agora não, está o maior sol.

─ Tomei uma chuveirada na cabeça no trailer do meu amigo, tem certeza que não quer?

─ Você se enturma rapidinho...

─ Tudo é uma questão de conhecer as pessoas certas...

─ Vamos dar o bote lá na estrada, precisa ver a bundinha dela, uma delícia, adora estas que fazem o tipo garota de família.

─ Tipo não, ela deve ser uma garota de família.

─ Garota de família ou não é criminosa, maconheira, drogada e hoje é minha, a não ser que o parceiro aí queira estragar a minha festa?

─ NÃO, que é isto... Faz o que tem que fazer

─ Depois você vai ter sua parte tb.

─ Ah, deixa pra lá...

─ Não?! Ou você é viado ou é espião, como o comandante mandou um cara tão devagar para mim? Disse que você cheirava e comia umas vagabas.

─ Não é nada disto, que nojeira, meter logo depois que outro já meteu...

─ Ah, sei, tá querendo ir primeiro, mas a vez é minha, você vai em segundo, já é hora de perder estas mariquices e aprender a ser homem.

─ Oi garota, o que está fazendo aqui? Está trabalhando, com algum cliente?

─ Não, parei com esta vida. Estou aqui porque estou namorando um coroa que vai casar comigo, hoje saí pra dar um rolé, de bobeira...

─ Não é a primeira vez que escuto esta história, o sonho das putas... o golpe do baú.

─ Pelo menos é um homem só, e não corro perigos, eu gosto dele, ele é legal, vai tomar conta de mim, está tão apaixonado, e o sexo nem é muito bom, nem quer coisas diferentes...

─ Quer dizer que parou? Se eu te oferecer uma grana pra pagar um boquete não rola?

─ Quanto?

─ Não disse, uma vez puta, sempre puta, é uma questão de preço e jeitinho.

─ Não é nada disto, muita grana é claro que não vou resistir, mas você é amigo, especial, rola uma química entre a gente...

─ Pode ser depois, aqui não vai dar, vai sujar minha barra, mas quero um favor seu.

─ É só pedir querido, o que você me pede chorando que não faço sorrindo?

─ Tem um rival na parada, tb é maconheiro, mas é bacana, carrão do ano, sempre tem skunk, que eu vendo pra ele, se formou em antropologia, é metido a esperto, está usando a minha maconha pra ganhar minha garota, mas é inocente, criado dentro de casa. No seu caso é como as putas que nunca foram a um garimpo e chegam achando que é pagamento em ouro, com fartura, e depois vêem as meninas amarradas às camas, punições com a morte e a tortura na terra de ninguém, de ninguém não, na terra dos coronéis.

─ Aí, que história triste que estás me contando, desembucha logo, quer que eu pegue o inocente pra você? Ele é virgem? Virgem é mais difícil...

─ Ele não precisa trepar com você, daqui a pouco ele vai chegar para pegar uma paranga de kunk comigo, você vai falar de um puteiro e eu vou dar força, quando ele disser que vai ao puteiro eu “sem querer” vou gravar no meu celular, que estava testando por acaso no momento, depois mostro pra ela e é menos um entre eu e a burguesia. Não me entenda errado, eu gosto mesmo dela, tenho até medo dos meus fornecedores, que conhecem gente barra pesada, queiram seqüestrar a ela ou a nosso filho...

─ vocês tem filho?

─ Não, ainda, mas é só passar óleo mineral na camisinha que ela estoura, é garantido e já ocorreu duas vezes, no período fértil.

─ tem cocaína aí? Não, parei faz tempo, não mexo mais com isto, os traficas do morro matam ou espancam quase até a morte quem vende pó aqui na cidade.

─ você é esperto, vai ser difícil te pegarem... bala ou docinho, tem?

─ Olha, fica esperta, o pastel está chegando, eu tenho que gravar no momento certo... Diz que você é antropóloga, fala de índio e coisas assim... Aí, faz as perguntas até ele dizer que quer ir lá no puteiro...

─ Nada disto, vou dizer que existe preconceito com as GP e se ele não tiver preconceito que diga sem gaguejar que sairia com uma GP, sem preconceito, ele vai falar isto só pra dizer me provar que não tem preconceito, e você grava, eu respondo, “então vamos sair, eu cobro 150 reais.” Ele vai rir, e você corta a “gravação sem querer”. Pronto, menos um otário... Homem que não come puta é otário, um dia nem sabe vai casar com uma, pois não conhece o metiê... E você me deve uma e vai pagar esta noite, leva uma balinha, estou a perigo, o coroa não dá no couro direito... Conto contigo, mas ninguém pode ficar sabendo, senão mela o meu casamento com o coroa, vamos marcar? Na casa da minha prima? Está vazia, titia está viajando... de novo!

Desde pequeno gosto de fazer mágicas, ganhei o pequeno mágico do papai, adorava transformar água em vinho, e usar o tal sangue do diabo para manchar as roupas e depois desaparecer, mas o que mais me encantou foi num kit a luz dos vaga-lumes, luminescência química, quando no escuro do meu quarto, segurando o tubo de ensaio, pingo as últimas gotas do catalisador, escorre dispersa a luz verde, sacudo e vejo a luz fosforescente, e penso se poderia ter uma planta vivendo desta luz dentro de uma caverna, acho que neste momento havia luz da consciência na dormência da semente de um grower.

─ Segue o carro com os dois, a lindinha e o japa, perto da igreja que está em construção liga a sirene e manda parar, o pastor é da curriola, vai dar cobertura, tá me devendo, já arrumei uns garotinhos pra ele, que nojo, sabia que padre era pedófilo, tb não pode casar, mas pastor pederasta é novidade, tem maluco pra tudo...

─ Isto não vai dar certo, você nem sabe de quem ela é filha... está de dia, todo mundo viu a gente saindo da praia, tem outro junto que não estava nos seus planos.

─ Meus planos? Nossos planos. Não deixa distanciar não, manda encostar, pode mandar... Ali a igreja... Tenho as chaves, mas vou dizer que pedi ao pastor na hora, para logo...

─ Documento e habilitação senhorita...

─ Pode deixar, só quero a bolsa, já vi fumando maconha na praia, com licença senhorita, a bolsa por favor... aqui, senhorita, que pacotinho com pó é este?

─ Esta droga não é minha

─ Opa, quem falou que era droga?

─ Sei lá...

─ Tem gosto de cocaína, isto vai dar muito inquérito, vamos entrar aqui na igreja, vou chamar uma policial feminina para dar uma geral na menina, e você garotão, eu mesmo vou dar uma geral, lá dentro...

─ Este pacote não estava na minha bolsa...

─ Está tentando insinuar que eu sou desonesto? É desacato a autoridade! Vamos já pra igreja, sair deste sol e conversar melhor...

─ Olha vou logo avisando que não tenho dinheiro...

─ Outra vez insinuando que sou corrupto, vou ter que algemar o garotão.

─ Ei, péra aí, não algema ele não, eu devo ter algum dinheiro...

─ Ah, além de drogada está tentando subornar o guarda, se você não fosse tão bonita eu diria que não teria jeito... Vou algemar você também, mas numa posição que vai gostar mais...

─ Olha, isto não pode continuar, são garotos inocentes, não são criminosos...

─ O que? Está na lei, é crime, droga é crime hediondo! Seguinte, mão na cabeça você também, desde o início desconfiei, é espião da corregedoria, X9, como diz a música, fogo no X-9 da cabeça aos pés, cadê meu parceiro de anos? O comandante me entregou ou foi enganado também. Agora alcagüete tem outro nome, delação premiada. Vai pra vala, todo mundo!

─ Não vai adiantar nada, a casa já deve estar cercada, toda a quadrilha foi desbaratada, até os seus superiores; prostituição infantil, tráfico de mulheres, tráficos de escravas, sabemos de tudo, desista, o reforço policial já chegou. Vai pra cadeia, vida boa, prisão especial, tudo amigo, visitas íntimas, sai por bom comportamento antes do tempo, é primário. Se renda, acabou.

─ Não acredito, não ouvi nada, está blefando, cadê minha coca? Cadê o Japa? Ele estava algemado ali... Será que vou ter tempo de comer esta vadiazinha? Aqui no chão o sacolé, é só meter o canudo, nem precisa bater. Que porr...

A polícia cercou a casa, Igreja da Vida Divina do Fim do Mundo, nossos megafones clamavam a entrega dos reféns, ameaçavam entrar, mas ninguém responde, quando a polícia entra estão todos amarrados, com fita na boca, menos o Japa, salvou a todos se libertando, rotineiramente de algemas, atacando o monstrinho como Davi atacou Golias, é a mira do mágico, deixou uma banana com lacinho em seu lugar, “um mágico, e um palhaço”, é o que ouvi dizer. Sai desta atividade, trabalhar infiltrado não é pra mim, inclusive tirei da cena a bilha de aço, guardei como lembrança, tem um furo no meio, para usar como marica... Falar nisto, vou fumar um chronic em homenagem ao Japahemp! Valeu, seu puto! Te devo a vida, seja lá você quem for...

Macerahemp01012007

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Mantendo a tradição de elucidação dos temas abordados nos contos (vejam no icmag mais sobre o candomblé no conto “corpo fechado”), cito um trecho na rede, de uma entrevista com o soul surfer brasileiro:

Fonte: http://waves.terra.com.br/editorial/img_di...ao_digital1.htm

P.: E as drogas, quais eram as mais usadas pelos jovens da sua época 60. Como era sua relação com elas nessa época? Você também era da turma que freqüentava as "Dunas do Barato", no Rio?

R.: As drogas estão aí desde que surgiu a vida no nosso planeta. Acabo de ler uma belíssima reportagem numa revista italiana mostrando as drogas usadas pelos macacos, formigas, elefantes e outros animais que buscam o estado alterado de consciência. Quando uma criança gira até ficar tonta e cair no chão, está buscando alterar sua consciência, e isso é muito normal. Todo mundo usa droga! Uns fumam cigarro, outros tomam cerveja, enquanto outros, mais curiosos, buscam a transgressão ao sistema careta que diz que você pode fumar só isso, ou beber só aquilo. Ninguém nunca vai conseguir legislar a moralidade. Será impossível impedir que as pessoas se beijem, porque elas vão se esconder no mato e continuar curtindo aquilo que é gostoso e as fazem sentir-se bem. Mas os caretas não desistem da idéia de tapar o sol com a peneira e ficam aí fazendo leis que causam mais danos aos cidadãos do que a substância que eles usam. Naquela época começávamos a descobrir a maconha, mais tarde o LSD e a mescalina, e muito mais tarde, para alguns, a cocaína, que de tão perigosa já arrasou alguns dos meus melhores amigos. Mas eu nunca fui da turma das "Dunas do Barato", aliás, nunca fui de turma nenhuma, e preferia mesmo ficar na minha a andar em patota, me meter em briga e usar a roupa da moda. Sempre estive na periferia do que era "in". Talvez até por falta de talento.

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Valeu tribo verde resinada, Feliz Páscoa!

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  • Usuário Growroom

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A onda sativa deve ter pancado geral, agora 180 graus... Hare Om

:Dele:

..

Em busca da Indica perfeita (forzabruthay420)

O Mestre Indica a perfeita.

Ao contrário dos growers/breeders que escolhem os requisitos antes de qualquer coisa, da escolha das variedades (strain) genitoras e antes das cruzas, eu preferi aplicar o algoritmo da força bruta, a partir de vários strains “Pure Indica” como, por exemplo, Black Domina, Sensi Star, Shiva minha árvore de natal preferida, Shiva Shanti, Northern lights, Hashberry, e tantas outras, das linhagens “Indica pura”, então forneci o ambiente perfeito para a orgia total entre estames e pistilos.

A força bruta não é uma desenfreada carroça de burro com os olhos cobertos, os olhos não estão cobertos, e tem muita poeira na estrada, fundamentalmente é uma questão de estatística, mas sempre alguma inteligência está presente no processo de seleção e descarte, lembrando que o importante é manter o burro bem alimentado. O Satori está entre a mente e os dedos, não é preciso achar o caminho divino para a Paz, a Paz é o caminho divino.

Do ponto de vista do observador o método é Zen, achar o caminho natural que liga o criador e a criatura, a flecha e o alvo, a prática é a forma, o vazio é a forma, a forma é o vazio. Praticar e observar, constantemente, sem apego aos resultados, sem envaidecimento, sem desmerecimento. No meio do nada, no mato, longe do que chamam de civilização, longe da Babilônia; no Éden, em Zíon, numa terra maravilhosa, em que se plantando o skunk dá; com muita água, chuvas todas as tardes da Serra da Mantiqueira, cachoeira e out door separando machos e fêmeas, plantando em vasos, e caminhando polinizantemente entre as regiões sexualizadas.

O importante é deixar o tempo passar, esvaziar a mente e focar no silêncio transparente.

Eu sou o reflexo do homem bom, da sua face no lago, quando a Lua ilumina O Vale das Flores Cheirosas, rosas e púrpuras, orange, blue, branca paz interior, nós somos este bem, bem além.

Segui esta natureza interior, dormindo quando tinha sono e comendo quando tinha fome, mas sem ter muito nada mesmo, apenas os vegetais, a semente da erva sagrada e o sussurrar tênue do mantra que o vento canta ao dançar com a relva da clarividência. Eu era você em meu olhar que me acalmava e meninava nos sonhos fugidios. Assim era o fotoperíodo, as estações iam se passando e os filhos das filhas dos filhos e assim por diante as ondas requebram os alelos saltitantes entre o pólen e o ovário. Por vezes eu mexia neste bonsai cromossômico, introduzia um varão retroativo entre as meninas adiantadas, ou um híbrido quase Indica pura, mas com algo a mais, como a Dutch Stealth

Fui empilhando sutileza sobre sutileza, um florescimento potente em 18/6 da mikado que sob 18 horas de luz tem suas hastes e folhas cobertas de cristais; a baixa estatura da Afghani#1, a potência da Durga Mata, e solidez homozigótica da Hindu Kush com o cerebral da Speed Queen, as cores da Indigo somados a resistência da Purple Star, todas 100% Indica.

A primeira vez no templo acerquei-me do mestre enquanto ele cuidava de um bonsai de sua coleção, fazia uma aramação dupla, perfeitamente paralelas, em 45º do ângulo de torção, mantendo o alinhamento exato entre os fios até que eles se separam e cada um vai para a sua rama, sem perder a fluidez do movimento. O fio duplo sai de dentro de uma pedra, no encontro do fio com a pedra existe um LED ligado aos fios, “quando ilumina-se em vermelho o solo está seco o suficiente para ser regado”, percebo então que dentro da pedra existe um circuito eletrônico, pergunto, meio óbvio, os eletrodos são de ouro? Com quantos mega-ohms possibilita a rega?

Esta pedra é um pequeno computador, faz a análise do solo, umidade, sais dissolvidos, temperatura, quantidade de oxigênio; pH, o LED tem seis cores possíveis, no momento me preocupo com as cores impossíveis.

─ Se elas são impossíveis por que se preocupar.

─ Por que se preocupar se elas são impossíveis?

─ Foi isto que eu disse.

─ Não foi isto que eu disse que você disse.

─ Mestre, o senhor concebe cores que a gente não vê.

Entre pela forma e saia pela forma, vamos aprender bonsaísmo? Disse ele me entregando a Dutch Stealth, serpenteava pela pedra e emergia com 3 centímetros e um caule bem grosso, finalizando no estilo vassoura, certamente poda FIM encima de poda FIM bem envelhecidas. Uma planta mãe bem difícil, pois muitas vezes floresce espontaneamente.

Cerâmica, mais uma Arte Zen, fazendo vasos eu entorno em torno do eu do torno, torno a aprender as formas fêmeas, o vazio e o desprendimento, não raciocinar enquanto se deixa viver sabiamente no caminho da prática, que escorre pastosamente entre os dedos, os pés marcam o ritmo da roda das moiras, rematando no tear dos mantos brancos de algodão cru. Vasos em out, redução de pragas, portabilidade e rapidez nos socorros.

Trabalhei num solo com bastante turfa e vermiculita atuando entre um e dois mega-ohms, para selecionar por resistência aos fungos, uma vez que os camarões gordos e compactos das Indicas são propensos aos fungos por reterem mais umidade.

Cada vez mais próximo ao alvo, ao cerne, me encontrando mais achei várias Indicas perfeitas, e o que conquistei em cada uma, cultivei dentro de mim, o nome autocultivo é um Koan, “pense em todas as possibilidades, a planta cultiva você, você se cultiva, e você cultiva a planta, você o alvo e a flecha, a fibra mais forte, um equilíbrio dinâmico, você é a paz, a planta e você mesmo, mudando, cada vez uma perfeição, cada vez um novo você sem perder a essência divina, eu sou você, internamente relaxado.”

A seita era chamada de escola interna mariana, o sacramento canábico cultivado no alto da Serra da Mantiqueira, mas parece que teríamos problemas com a divulgação da religião.

─ Usar sempre a corda mais forte para seu arco.

─ Hempô! Sen-sei, como fazer para ser stealth, ninja?

─ Só um ninja que não se sabe ninja é ninja.

─ Os olhos são o espelho do coração.

─ Que refletem imediatamente a alma.

─ O espelho do lago tranqüilo não enganaria ninguém.

─ E quando um homem se reflete no outro e não se aceita?

─ É o preconceito, seus olhos estão atormentados, sua fúria de não aceitação sugere que sejam presos todos os seus temores, está na armadilha.

─ Por isto Uke nos ataca.

─ Tenso, isto cria pontos de fragmentação da força, o vazio as penetra reconstruindo o mundo, juntos.

─ Isto é bom.

─ Conduz à paz e à harmonia.

─ “O oceano não rejeita a água”.

macerahemp2007jan

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abrax!

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Os contos têm uma preocupação com a redução de danos e a ideologia grower de cultivo caseiro de subsistência. Até a total descriminalização dos fumetas. Sempre juntos e no caminho certo, com Deus!

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Tema: Ruanna me Salvou

Login: Altadictión Hemp4ever

Tipo: Revival Report

Obs: Em português e expandido

A psicóloga disse que esta cena é realmente importante, aí eu sempre a cito, mas não vejo esta importância toda...

Quando eu era pequena, bem pequena, lembro de ter entrado no quarto dos meus pais a noite, pois ouvi minha mãe gemer, achei que ela estivesse machucada, fiquei na porta não sabia se devia entrar ou não, estava com medo, algo que machuca-se minha mãe poderia me machucar também; houve um silencio e eu abri a porta, lentamente, minha mãe de pernas abertas, e aquela coisa vermelha, me assustei e sai correndo, me machuquei, não sei aonde, as lembranças são muito antigas, em preto e branco, somente o vermelho eu lembro, e no meu quarto a vermelho do meu sangue, e os meus gemidos, bebi o sangue para não deixar vestígios...

Várias vezes fui presa pela polícia, ou internada a força, porque sou proibida de me machucar, não posso ficar por aí me cortando ou fumando qualquer coisa, eu acho engraçado, um dia fumei orégano, tinha uns cinco anos de idade, tossi muito, via meu pai fumando e me achei poderosa imitando o macho alfa, essa linguagem assim é porque eles me forçaram a estudar alguma coisa, e escolhi biologia, mais por causa da facilidade ao formol, no início, mas depois gostei da coisa, a coisa em si; em psicologia da ciência e dos cientistas, sempre me achei parecida com estes malucos, bem masoquista e seu próprio algoz, ai de quem queira me provocar dor... ahahah, já viu arara bicando? É por aí... mas tô de boa, obsessiva sempre, mas isto faz parte, é a vida, a vida é ávida, gosto de poesia, mas não me considero grandes coisa com isto, talvez eu seja, pelo menos psiquicamente, uma fêmea beta-, a virtude disto é que me preocupo com outras coisas, da esfera prática, do prazer imediata, da resposta intrínseca na provocação do imediato, mesmo assim gosto também de ver o tempo passar por entre o vai vem dos meus olhos perdidos no movimento browniano da poeira, agora cósmica.

Papai nunca entendeu quando dizia que queria ser igual a ele, eu já era fortíssima, que nem ele, que me levava pro campinho onde eu jogava bola, e às vezes até tinha que bater em uns garotos de dez anos, ou pouco mais, mas muito metidos à besta. Mas o que eu tinha que fazer mesmo era ajudar ao papai a ganhar na sinuca, eu ficava no nível das bolas, era fácil ver a trajetória, e também o cálculo trigonométrico é muito simples, até para uma menina de oito anos, mesmo assim eu errava bastante as caçapas quando papai ficava muito bêbado, principalmente quando brigava com mamãe, dia sim dia não, era o único jeito de tirar o dinheiro dele para a cachaça, no outro dia, daí eu ganharia facilmente tudo de volta, adoro as voltas que a vida dá, é o que me mantém em equilíbrio, o dinâmico e perverso equilíbrio do bem e do mal, a árvore da sabedoria invertida, as raízes tomam a cabeça igual medusa, e as flores estão enterradas, proibidas, o cidadão acuado “botou o galho dentro”, abdicou, à força, dos seus direitos sobre seu corpo, e a humanidade segue jogando bombas em crianças subnutridas e querendo me prender porque eu fumo mato, hoje em dia ruanna, mas já fumei qualquer coisa, já falei do orégano? E do crack? Não? E da raspa de tinta das paredes, ou do cocô de cachorro seco? Sei lá, é uma coisa que me dá, é claro que eu não gostaria de ser assim, pelo menos não o tempo todo e com coisas esdrúxulas, cheirar desodorante no supermercado, beber desinfetante, mas e as bombas nucleares? E a guerra bacteriológica? A miséria, a guerra, a poluição, sem falar na prostituição infantil, não são presas, estão à mostra, até mesmo os DVDs piratas nas ruas das metrópoles, mas parece que quando me drogo sou presa, menos com álcool, eu gosto, mas sinto que morro muito rápido com álcool , é muito mais nocivo do que qualquer sabão que eu já tenha comido, e passado bem mal depois, lavagem estomacal é sempre um martírio, mas quem está reclamando, fiz porque quis, mas não sei porque quis fazer, e você, sabe porque quer fazer as coisas que faz achando que é pelo seu querer?

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Às vezes fico pensando que eles querem que eu morra pelo jeito deles, o jeito que eu escolhi, muito mais divertido, não pode, pode morrer de fome, mas não pode morrer de detergente, de crack, e essas coisas que matam rápido, cachaça... matou meu pai, ele pode morrer em paz etílica, alcoólatra, batendo em mamãe, toda hora briga, mas quando batia nela eu não ganhava nada na sinuca pra ele, era de propósito, sempre fui vingativa, ah: uma vez cheguei a esta conclusão, me vingo o tempo todo em mim mesma... Que loucura, cada coisa que a gente pensa, mas tem muita gente que pensa parecido, e outras que já pensaram assim e querem compartilhar, foi assim que descobri um grupo de ajuda mútua, esse nome é muito engraçado, imagina: Com licença, senhores, mas eu vou para o meu grupo de ajuda mútua... ahahah, ninguém merece...

No meu primeiro dia fiquei em pé, e me declarei “hipocondríaca do mal e do bem”, ainda argumentei, “se fosse só do mal estava morta...”, contei das prisões e internações, os medicamentos, que no meu caso não servem muito, é a faca de dois gumes, eu abuso; somente um “medicamento” deu certo, pois abuso e não acontece nada de muito ruim, a ruanna, e minha ansiedade baixa, mas eu abuso mesmo! Tenho sono, tenho fome, tenho desejo sexual, tinha tosse, mas criei um sistema de evaporar o THC, primeiramente a atmosfera em que o camarão está, dentro de uma redoma de vidro, é aquecida até uns 130 ºC, depois toda a atmosfera é trocada, assim me livro de benzeno (80.1 °C ) e outros componentes cancerígenos que por ventura possam estar presentes, tudo que é solúvel em água também deve ser arrastado, depois a erva é novamente aquecida até 185 graus, a temperatura de evaporação do THC, indo até 220 ºC, é simples, com qualquer copo, canudos e lâmpadas eu faço um, fica fácil usando um termômetro pra estufa, daqueles que vão até 260ºC. Também usei este argumento para poder fumar da erva plantada, pois economizava até 80% do THC, que não é degradado na brasa nem perdido na fumaça, e você está fumando como?

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Na época da faculdade eu já usava bastante erva, me manteve afastada das outras drogas, mas sempre rolava a erva, meu namorado, que fazia comunicação, era o que hoje em dia conhecemos como grower, mas ele plantava e eu fumava tudo, praticamente tudo, ele ficava louco, então comecei a dar umas dicas pra ele, falei da dominância apical e sugeri que ele colocasse uma tela de galinheiro em cima das plantas, hoje em dia a técnica é conhecida como SCROG entre os growers, outra boa idéia que dei foi usar uma planta matriz e enraizar com hormônio as mudas, e assim ter uma floração perpétua, eu precisava disto, outra boa também foi usar lâmpadas com grau Kelvin mais baixo para a floração dentro do armário, hoje em dia estas mudas são chamadas de clones (e respectivas mães), usávamos água e bombas de aquários, o famoso, hoje me dia, Bubbler, e tantos clones eram gerados que logo começamos a levar as mudas pro mato, tínhamos várias plantações silvestres, atualmente chamadas de “guerrilhas”, prefiro o nome atual, “guerrilhas canábicas”, imagino vários duendes tomando conta das ervas santinhas... O problema é que manter as mães ocupa mais espaço do que sempre fazer clones, clones dos clones e assim por diante, o processo hoje em dia é conhecido como Clonex, e as gerações se seguem: clonex1, clonex2, etc. o método clonex foi o mais simples (copinhos de café com vermiculita, 11W de florescente) , mas eu (ele) plantava mais clones com medo de perder a linhagem (o que uma mãe garante), e também só as mudas que enraízam bem vão para o vaso, resultado: tínhamos muito mais plantas (do que a segurança permitiria para dormimos na santa paz), espalhadas pela casa toda, era uma loucura, cheguei até clonex 27, depois disso voltamos à natureza, produzindo sementes, a sementeira também não é muito dispendiosa, de qualquer forma pode-se produzir sementes, em baixa escala, polinizando antes nas pré-flores e interrompendo a polinização logo depois, poucas sementes serão geradas, o bom é que pra viajarmos pelo país as sementes são melhores mesmo, no fim prevaleceu a natureza, portabilidade e segurança. Semente no solo, não é que dá certo!

De tudo que é jeito eu economizava o THC que fumava de suas plantas, mas sempre fumando mais, até ácido fólico eu fazia-o comer pra chapar melhor. Já falei do vaporizador de duplo estágio termal, com fluxo de ar a 185 ºC passando entre a flor na pira canábica? E da seda que ajuda no arraste do THC (através da coluna de destilação em nossas bocas: o baseado!). Inventei também um bonge que ao invés de puxar a fumaça, e perder a que sai na ponta, o processo era de assopra para o balão e daí inspirar, era de fumar soprando, que também mantém a brasa com oxigênio suficiente, e aumenta a umidade do fumo (aumentando o araste por vapor), ocorre menor retenção e degradação do THC que não é retido e filtrado pelo próprio fumo, num baseado isto faz muita diferença, e muitos usam baseado em “bonge” (filtrando na água), outra coisa que é um detalhe, é que conseguimos pressionar mais para sair o ar do que causar descompressão para entrar o ar. Todo o refugo que sobrava, folhas e caule, eu secava extraía no araste por butano supercrítico, não rendia quase nada, mas eu usava para colar duas sedas de papel celulose, e assim a seda, por si só, já garantia a onda, usava mais isto para enrolar aquelas presenças de prensados que as vezes tínhamos que fumar, no movimento estudantil e nas intensas relações sociais próprias da juventude (hum, me senti uma velha agora...).

Outra coisa estranha é que só tomava essas coisas que me fazem mal, como perfume e desodorante, quando tinha me separado de um namorado muito importante, graças a Deus só tive quatro... Mesmo assim normalmente usava coisas esdrúxulas, mesmo sem causar muito mal a saúde, já fumei artemísia, dormideira, ervas das mais variadas, principalmente estes temperos, parecem feitos pra fumar... qualquer briginha eu ia pro banheiro fazer um pequeno corte na perna ou comer pasta de dente, deve ser isto, eu me odeio... ninguém merece... pelo menos eu esterilizava a lâmina antes, nunca compartilhei lâminas... ehehe... e fazia uma boa assepsia depois da intervenção cirurgia de pouca monta.

Realmente a cocaína foi muito ruim, eu morava perto do morro e toda hora subia pra pegar uma mutuca de bagulho, tinha acabado a faculdade e estava longe do meu namorado, canceriana é muito ligada neste negocio de romance, e vou logo avisando, eu mudo com a Lua, e a noite... Mas voltando a vaca fria, entrei na maior fria, me viciei, acabei com meu nariz, subia para pegar uns papelotes pros gringos que ficavam ali nos bares, até porque eles iam com umas gatinhas lindas, e descobri nesta época o meu bissexualismo, pelo menos por loiras... Eu sofria com a ausência dele, e tentava terminar minhas teses de mestrado, “Epinastia para o aumento da colheita em floreiras de região agreste.”; “Produção de sementes fêmeas usando agentes hormonais, químicos, mutagênicos e estressantes” e finalmente “Produção de poliploidia estável na natureza e em floreiras de dias curtos em região árida.”. Ele estava na Austrália fazendo um trabalho com aborígines, e sua preservação cultural e geográfica, daí que a última tese eu preferi fazer lá, nem precisei de orientador, só usei na primeira, às vezes eles atrapalham, eu tenho que ter muita liberdade para pensar... Consegui uma planta estável, sem serrilhas, com um poliplóide estável, daí dizemos “poliploidia natural”, ou naturalizável facilmente, ou não? Eles também estão em dúvida. Mas voltando a vaca frígida, e auto-fofoqueira, ele ficou sabendo das coisas que rolaram, eu contei, maldita boca, e acabamos brigando, e nem tinha loira por perto... Saí batida e deixei pra lá a última tese, joguei tudo no mato, literalmente, eu também queria acabar logo isto pra fazer o doutorado, e ficar livre, sei lá de que, ou pra quê?

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Ser diferente é difícil, mas é normal...

Todo mundo fala que é difícil ser gay, mas ser bissexual é mais difícil ainda, você tem que esperar compreensão e aceitação dos dois lados, e é difícil se manter monogâmico, fica faltando a outra metade do mesmo desejo. Pior ainda quando se é bi-sex e pouco gay, aí não forma relação estável gay, pois está sempre trocando em detrimento da orientação mais predominante, desculpa estar sendo chata com estes papos, mas hoje em dia o DVD salvou o “povo do gueto”, os pornôs sempre têm duas mulheres e um homem, virou fetiche, mas às vezes vira imposição do cara querendo invadir sal relação com a outra, é ser humano, então é complexo, não da pra fazer leis moralistas proibindo a gente de ser o que se é, porque não podemos mudar o que somos realmente, você pode? Bom, na maior parte do “mundo civilizado” o homossexualismo foi descriminalizado, mas o casamento gay ainda não é legalizado, o que não impede que ninguém more junto em casal, mas os direitos sociais rodam no balé do moralismo, as empresas de seguro social agradecem, o proibicionismo só existe porque é muito lucrativo, é como não mais prender os usuários, mas proibir o plantio caseiro, inventado que são laboratórios e coisas do tipo, uma simples estufa elétrica para plantas, a growbox atual, mas que mania de falar tudo em inglês, right? All right?! Tio Sam, libera aí! Libera a flor da paz.

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Acho que plantar um strain stealth, uma linhagem disfarçada, é redução de danos, você corre menos perigo, nos países que ainda perseguem seus usuários. Agora volta para as minhas mãos a Dizzy Vine (que cresce como uma parreira), pelo seed bank Spice Brothers. Este negócio de redução de danos me conquistou, hoje em dia, sexagenária, ainda encontro ânimo para ajudar as pessoas que estão ainda batendo cabeça na vida, sofrendo como eu sofria, e ainda sofro, mas encontrei uma saída segura para a minha necessidade constante de adicção, minhas obsessões, minhas ansiedades, minha humanidade, hoje com 65 anos de idade e fumando basicamente cannabis índica, 250 gramas de flores secas ao mês, vaporizadas, plantio orgânico, 600W HPS-Agro, aeroponia com incrementos hormonais e nutricionais (epinastia), com tela de galinheiro em cima, a palavra scrog parece uma galinha cacarejando, scrog, scrog, scrog... Nunca comi galinha, possivelmente o vegetarianismo me manteve saudável apesar dos pesares, e apesar da idade avançada, gosto desta palavra, avanzada, às vezes, e muitas vezes, sou uma menina, e quero correr livre pelos campos, mas não quero tropeçar no vôo, me cuido para permanecer saudável e ver minha netinha crescer, assim, participo até hoje de um grupo de ajuda mútua, não ri não, é sério, sem apoio não somos ninguém, é coisa de bicho que vive em tribos, aí vou eu falando de biologia de novo...

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Macerahemp2007jan

Links elucidativo:

Vaporizer

http://en.wikipedia.org/wiki/Vaporizer

http://thcvaporizer.com/

Spice Brothers Seeds

http://www.hg420.com/showthread.php?t=1167

http://www.hg420.com/gallery/showphoto.php...=500&page=9

Fet gallery (vocês vão rir muito se visitarem esta gayleria no homegrow420)

http://www.hg420.com/gallery/showgallery.p...;ppuser=2&=

Cannabis destroys cancer cells (01 March 2006)

http://www.resist.com.au/forum/topic.asp?w...D=314&#7684

A fabricated paper: stoners eat your broccoli

http://www.scq.ubc.ca/?p=137

História da maconha medicinal (inglês)

http://www.medicalmarijuanaprocon.org/pop/history.htm

comentário no hempcity

http://www.dutchjoint.nl/forum/viewtopic.p...35a4821f97d4d0e

AmeriSkunk:

“It isn't suppost to be the best but it has around the same THC levels as schwag weed probably around 1-5%, I tried to add more pics but it didnt work, the grower Fet is supposidly going to market the seed in the future, I'm in

Dizzy is a refined strain of ABC, Fet claims it's one in it's own but it is just a select strain with higher THC levels. This would be one hell of a novelty strain, just let it grow in you livingroom. I cant believe CC gave out seeds to members that asked, how's that legal?”

Se perguntar pra que o vaporizer, é pra tabaco...

Vaporizer Temperature for Marijuana

Marijuana vaporises best between 140 degrees Celsius up to approx 300 degrees Celsius. The best temperature range is 110 degrees Celsius to 300 degrees Celsius. A different temperature gives you a different effect.

Vaporizer Temperature for Tobacco

Tobacco vaporises between 140 degrees Celsius up to approx 200 degrees Celsius. The best temperature range is 110 degrees Celsius to 300 degrees Celsius.

Dicionários de português e outros recursos:

http://forum.wordreference.com/showpost.ph...amp;postcount=1

Interessantíssimo comentário sobre Bindi e Dizzy: http://www.icmag.com/ic/showthread.php?t=1...age=2&pp=15

“Dizzy a tropical strain and that will not perform in cold climates.

Bindi grows small bushes and slow.

Dizzy grows large tropical like sativa's yielding up to a pound a plant.

Bindi does not contain vine growth

Dizzy does contain vine growth.”

Para traduzir gratis na rede:

http://xixona.dlsi.ua.es/prototype/pt/

En español: En búsqueda de la Onda Sativa Perfecta

http://www.cannabiscafe.net/foros/showthread.php?t=72022

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  • Usuário Growroom

"Enquanto o backup cerebral não chega, cuidado para não fritar seu cérebro com softers piratas, as Detentoras estão espalhando bugados piratas para combater a pirataria in loco".

"(...) usava mais isto para enrolar aquelas presenças de prensados que as vezes tínhamos que fumar, no movimento estudantil e nas intensas relações sociais próprias da juventude."

Primeira vez que visito este tópico.

Muito bacana, passei hora e pouca lendo. Muita viagem e sacação boa.

Abração!

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  • 2 weeks later...
  • Usuário Growroom

Valeu. Tem mais aí no link: Contos Cyberpunks, Fantásticos, Comédias, Pós-tudo, sobre cannabis, under cannabis: http://www.icmag.com/ic/showthread.php?t=31246

A Subida do Maelströn (mais um conto em homenagem ao dia da árvore:21/9)

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“Na festa da espiral ascendente, contemplávamos, adorávamos, venerávamos, babávamos diante da presença da Reversa Espiral Solidária, ou Respiral Solidária, para os íntimos.”

Diário de bordo da viagem de um refugiado político canábico.

O projeto veio com a escolha do templo, uma casa do estilo espanhol (é o destino cannábico!) com o jardim interno potentoso, apatacado, além de farto também contava com a arquitetura da casa circundante com os telhados refletindo e condensando os raios solares para o centro do jardim, onde contemplava-se um “vaso” de 120000 litros, a piscina da casa, um vaso hidropônico, por natureza, mas uma piscina, ainda assim, e no final das pontas, parece que o xixi derramado não foi em vão...

Na verdade seria o futuro centro de convenções e festas, assim o pátio era muito grande, pois poderia servir de estacionamento para os que ocupam o segundo andar, no estilo de um pequeno hotel residencial, o projeto contaria com um incremento constante de energia alternativa, e diversão alternativa.

Depois de tanto tempo transcorrido, vejo que o templo foi uma “instalação artística”, e a proto-religião um projeto arquitetônico, e o sacrifício final simbolizando o apocalipse, a fábula vira um mito congelado no tempo e talvez nem a colcha de retalhos da minha memória teça a manta que vai aquecer nossa história cannábica.

Com muros de cinco metros não teríamos muito com o que preocuparmos-nos, pensei no início...

Todo sucesso do plantio cannábico começa com uma boa genética, as sementes vieram da Austrália e foram colhidas originalmente na África, uma Sativa Giganteae, caules mais grossos do que as pernas grossas da minha modelo preferida, ainda que virtual, bem atlética, e perfeita, como somente um Avatar pode ser. Na Austrália, Nimbim, foi cruzada com um exemplar no mínimo estranho, Dizzy, do ABC (Australian Bastards Cannabis), estabilizada por dez gerações resultou numa planta gigante com folhas bem diferentes da super-conhecida palmada e serrilhada erva cannábica marca registrada, um poliplóide, seu clone foi para a Espanha para as mãos dos poderosos breeders ibéricos, certamente contaram com o apoio de toda a península ibérica, e foi cruzada finalmente com a Solidária, as sementes, depois de muitos raios-x esterilizadores dos aeroportos chegaram aqui no Brasil dez mil e somente três sobreviveram, duas não passaram da germinação e a sobrevivente era muito mais estranha do que o esperado, octi-cotiledônea de quatro cabeças, folhas grossas sem serrilhas em forma de leque, verde intenso e escuro, usamos todo o arsenal surpercropping antigo e ponta de lança, indo da técnica da treliça (trelissing) até a epinastia.

Uma mistura de capoeira, raga, música hindu; rock-chorinho e reggae-soul, o aparato tecnológico do eletrônico-tribal, samples, gaitas de foles, um som leve com as vestimentas do verão carioca, traje de gala para a festa do dia da árvore, 21 de setembro, batas brancas e túnicas brancas, roupas longas de cores claras e leves, fashion-azul-bebê.

Todo mês tinha uma celebração, nos primeiros três meses uma pequena reunião, no próximo ano um pequeno culto instala-se com mais de 500 adeptos, todos colaboram para manter o período diurno maior do que 18 horas de luz para não apressar a floração do Totem, da Deusa, da Respiral Solidária, do Sacramento Verde. Não é a primeira vez na história da humanidade que a cannabis vira sacramento, é algo corriqueiro ao analisarmos a história das religiões, Candomblé, Hinduísmo, Budismo, etc.

Nós criamos um monstro, bonito e feliz, devido ao Poder do Gen-Cannábico e ao SCROG parecia uma mistura de aranha aquática com pinheiro vulcânico; resinada, turbinada, hormonizada, manipulada, fertilizada e apavorante! Vários layers de SCROG, a cada trinta centímetros de crescimento vertical aplicávamos a poda FIM, deixando apenas 10% do meristema apical, em cada rama, isto gerava mais de meia dúzia de novas ramas que cresciam no espaço horizontal, e cobríamos a cada trinta centímetros com mais uma tela, a entidade.

A tela de SCROG tinha quatro metros de altura por dez de largura, a “construção do templo” foi custosa, a tela foi o mais barato, as luzes HPS cada uma de 600W lentamente iam aumentando em número, o Conselho dos Guardiões da Erva Sagrada decidiu que somente usariam HPS de 600 W pelo seu custo-benefício-eficiência lm/W. Lentamente, ventiladores cada vez maiores cercam a piscina-templo, tivemos que construir pilastras para eles, abaixo e no centro do Scrog-Totem também fica um poderoso ventilador, que ajuda a dispersar as gotículas de 1mícron geradas pelos cristais de quartzo da ultraponia.

No final do primeiro mês de floração houve um aporte maior de luminárias, subindo uma ordem de grandeza chegamos aos vinte mil Watts, podíamos ver as “mangueiras de irrigação” que conduziam os fios elétricos parrudos saídos de várias casas do condomínio. À noite o teto do templo aquático fecha-se e a flor araquinídea passa a ser iluminada pelas lâmpadas de alta pressão de vapor de sódio, HPS tipo agro. O EC começou com zero vírgula três no seeding e foi subindo rapidamente até 1,5 no vegetativo e aí lentamente aumentando até um EC de 2,5 na floração, o pH foi de 5,8 no vegetativo (NPK 30-10-10), e 6,2 na floração (NPK 10-30-20), tudo automaticamente mantido por equipamentos eletrônicos, inclusive a injeção permanente de oxigênio na água e na solução nutriente, e dióxido de carbono para as folhas, os equipamentos eram todos superdimensionados, pois teriam usos em outras pesquisas. A temperatura da solução hidropônica era mantida em 25 ºC. Aplicamos recursos de ultraponia para combater algumas pragas, aumentar a fertilização foliar e dar um efeito de névoa espetacular nos cultos, a iluminação potente realça as brumas; no inverno com pesadas vestes celtas e rituais do mitraísmo, wicka, ao som de Lourena e Ênia, fumando os buds da lowryder, acho que entrevejo na cerração a silhueta de Merlin...

Nosso culto era Ecumênico Total, o ritual constava de “apresentar” as personalidades expoentes espirituais na historia religiosa e filosófica da humanidade, a cada duas semanas trocamos o personagem na “berlinda” de apreciação espiritual, passamos por vários, inclusive com incrementos filosóficos antigos, como Chuang Tsu, Lao Tse e Sócrates, seguimos com Krisna, Buda, Rama, e deixamos Jesus, e apoio filosófico, para as duas últimas semanas de colheita, a boa nova espalhando-se no campo, a chegada da primavera, o novo vinho, canna.

O odor ficou difícil de esconder, apesar de sermos um condomínio fechado, distante, de funcionários técnicos e de nível superior que trabalham em uma pesquisa para uma companhia do ramo de geração de energia, viemos montar a infra-estrutura, construímos nosso condomínio sobre regras ecológicas e democráticas, funciona como um piloto para algumas idéias que temos no pequeno setor de energia alternativa.

A notícia do culto secreto vazou, nem era tão secreto, mas não falávamos os detalhes, a Irmandade do Verde soava mais como uma “brincadeira luminosa de nerds que não têm o que fazer no meio do mato”, ou talvez “uma festinha excêntrica de um condomínio bem diferente”.

Nos primeiros três meses em que nos instalamos aqui tivemos que pegar a erva com uns caminhoneiros, depois nossas growbox estavam prontas e não precisamos mais recorrer aos camaradas caminhoneiros, livrando-os do contacto com os traficantes da violenta cidade urbanóide, um sintoma da miséria da pior distribuição de rendas do mundo, não do consumo semi-clandestino de maconha; nossas consciências também sentiram-se bem sem sustentar o narcotráfico cada vez mais forte e violento, e quanto mais violento mais forte, de qualquer forma os caminhoneiros preferem o que eles chamam de “arrebite”, uns anorexígenos, anfetaminas de farmácia, não que a síntese seja difícil, pelo contrário, mas eles sempre conseguem as “anfetas” de farmácia, somente alguns usam as anfetas, muitos tomam os arrebites naturais, como o guaraná, codeína, cafeína sintética de farmácia que as vezes está misturada com aspirina, mas o fato é que as anfetas viciam muito, e para combater a ansiedade gerada pela síndrome de abstinência usa-se maconha, a escadinha é contrária, a erva sagrada tira-nos das drogas mais pesadas, ao contrário do que mentia-se. O contato com o traficante é que leva às drogas mais pesadas, o auto-cultivo cannábico rompe este contato.

Este caminhoneiro aplicadinho chegou a um culto cannábico sem ser explicitamente convidado, veio buscando apoio para deixar as drogas, aquela velha história, todos que querem largar um droga pesada, lícita ou ilícita, procura a maconha e um apoio espiritual, os dois aumentam a percepção do mundo da alma, e não pudemos negar o apoio a ele, principalmente por ser irmão cannábico e estar em dificuldades, mas fundamentalmente por ser um usuário de drogas pesadas dependente e em busca de apoio para livrar-se do sofrimento. Acho que ele descobriu pelo cheiro, faltando duas semanas para a colheita a efígie cúbica resinada exalava uma torrente aromática capaz até de levantar uma folha de papel, fina, tipo seda... Eu vi isto, várias vezes, de uma forma ou de outra.

Este camarada nos avisou pelo rádio tempo suficiente antes da invasão, ele viu o comboio na estrada em nossa direção, cinco viaturas e um ônibus, para prender mais de duas mil pessoas...

Houve um momento em que parei para fazer as contas, cada litro de ramas floridas secas pesando pelo menos uns 15 gramas, um SCROG-Multi-Layer de 4 metros de altura por 10 metros comprimento e por 4 metros de largura são 160 metros cúbicos, 160 mil litros, cada litro com 10 ou 15 gramas deve dar duas tonelada de camarões e secos.

Agora você também chamou de Deusa? Compareça aos cultos...

---=--- A Subida do Maelstrom - 2ª parte ---=---

Os 64 Hexagramas

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Na portaria do canndomínio a polícia já chegou, durante uns dez minutos de conversa com o porteiro, que hoje não está no culto, já avistam de longe o fumacê que emerge do átrio a céu aberto, e nem precisam perguntar mais nada. Apesar de nunca haver resistência de usuários cannábicos, sempre apanharam calados, mesmo assim eles chegam preparados, dez policiais fortemente armados, cinco viaturas e um ônibus, todos pasmos, não esperavam aquela fumaça toda, parece um incêndio, “chamem os bombeiros!”

No vergel a cerimônia está em seu ápice, Jesus e o Amor ao Próximo, a Grande Verdade Libertadora. Neste dia sou eu o “apóstolo” que falará aos fiéis, meus dreads lembram os longos cabelos do mestre, uso uma longa túnica branca, meu coração bate tão forte que escuto-o em meus ouvidos, junto com o sermão:

“A grande verdade desta noite é que o Respeito é Paz, gera paz, inclusive é sua única garantia. Não há como amar o próximo sem respeitá-lo. O preconceito é o desrespeito que gera a guerra, a guerra dos poderosos contra os filhos de Jah. Que Jah continue nos iluminando e nos protegendo.”

“É com a grande mãe que comungamos na paz e no amor divinos, nesta Semana de Jesus revisitamos os ritos e os mitos do grande mestre espiritual, seus ensinamentos ainda fervilham em nossas mentes, ‘amarás ao próximo como a ti mesmo e a Deus sobre todas as coisas’. Há três dias atrás foi a crucificação, tiramos Jesus da cruz, e hoje é a ressurreição, assim como a Fênix que nasce e renasce das cinzas, vemos nosso pássaro da paz alçar vôo para o infinito, que a semente da sua erva de passarinho faça ninhos nas fendas das rochas proibicionistas, e nasçam flores em seus corações, muito amor e respeito. Paz e Amor!”

A piscina é preenchida com Sacannol, um nome engraçado e prévio para uma mistura de combustível alternativo que estávamos desenvolvendo, sua densidade é menor do que a da água, flutua, 20 mil litros flutuando sobre 100 mil litros de água, como no I-Ching, Fogo sobre água: WEI CHI o hexagrama 64, a Transição Imperativa, como a carta treze do Tarô, Transição Necessária Antes da Conclusão, e o conseqüente restabelecimento da ordem, prudência e paciência, “muita calma nesta hora”, “segura na mão de Deus e vai”, intangível e invisível, como o Tao, a subida da torrente de fumaça cannábica em espiral ascendente impulsionada pelos ventiladores colossais, o tom alaranjado das HPS difundido na tela de névoa que estampa o céu num mega-cinema tridimensional, o clamor dos fiéis e a mistura de sons étnicos ancestrais davam o toque filosófico e épico desta saga cannábica.

A cerimônia ao som de músicas judaicas e cantos, presumivelmente, dos essênios, teve seu final com a ovação da Respiral Ascendente, sob intensa fumaça cannábica um coral em gritos concordantes e dissonantes: “Voa livre verde! Vida! Liberdade! Amor! Sagrada! Santa Maria! Jesus! Te amo!”

Polícia e bombeiros do lado de fora, sirenes ligadas, megafones, a fumaça é intensa e o nível da água está baixando, abrimos os ralos, a intenção é queimar até a raiz, seria impossível sem a ajuda dos tubos oxigenadores típicos do sistema “DWC”, superdimensionados para manter A Colossal, formaram um maçarico gigante, em nós a trip era intensa e saímos todos bem antes das raízes queimarem, “na Índia dizem que as raízes são venenosas para os humanos.!”

E foi uma correria... calma e cannábica.

“Continuemos cantando baixinho, atenção para as instruções: Todos procurem dar os braços em grupos de cinco. Ainda temos tempo, mas precisamos afastar as pessoas para bem longe, longe da casa, num raio bem amplo, é possível que as raízes sejam realmente venenosas, antigamente nas cortes da Índia...”.

Num rompante de delírio cannábico saímos todos correndo, de braços dados, nos agarrando e gritando:

“Vai explodir!”, “Vai explodir!”, “Vai explodir!”, “Vai explodir!”

A música agora soa como um Tecno-tribal que parecia que ela mesma ia explodir, talvez resultado daquela zoeira eletrônica, eu gritei no megafone apanhado no chão, “É o fim do Mundo!”, em relação a carta do Juízo Final, “É o fim do Mundo!”, e os fogos de artifício pela ressurreição de Jesus automaticamente foram disparados, agora eu realmente acreditava que ia explodir, exageramos, um vulcão contorcia-se numa banheira de sapos, sapos verdes esfumaçados e pererecas efervescentes.

Zenzando por entre os busca-pés que saíam dos portões escancarados que rodeavam a mansão estava o louco rasta, cada hora tendo um novo insight, satoris orgasmáticos vocalizados no megafone, “é a Torre, o raio caiu e iluminou a noite proibicionista”, “ é a revolução cósmica”, é o mago, é o mago que está subindo...”

Por séculos fiquei ali cochichando alto aos ouvidos do megafone, “É K'uei, A Oposição, Fogo Sobre Lago, claridade e beleza sobre um pântano de compensações agradáveis”; “é a Temperança”; é Ting, A Grande Tigela, A Nave sagrada, Fogo sobre Vento, Fogo sobre Madeira, assim o homem superior consolida seu destino tornando sua posição correta, não compre, plante, espere a hora certa e não venda nunca. A Imagem é Fogo no lago, Ko. Assim o homem superior prepara o calendário para tornar as estações claras e definidas, o fotoperíodo é a chave da floração. Growers do auto-cultivo, ouçam o I-Ching: Uma mudança significativa deverá ocorrer, trazendo boas oportunidades. Seja cauteloso para não agir somente com um interesse materialista, mas sua ação deve ser com cuidado e sinceridade. A vantagem virá da firmeza e correção.” Cada vez achava uma relação com um hexagrama diferente, encarnei o livro das transmutações, até a última ponta da última linha.

Depois de muita espera pelo esquadrão anti-bombas que nunca chegou, terminado os 64 hexagramas, a onda ainda estava muito forte quando entrei na casa, rouco depois de quase meia hora vociferando megafonicamente, os bombeiros desligaram a energia elétrica do condomínio, os policiais acenderam a lanterna e perguntaram, “quantas plantas vocês tinham aqui?”; “Uma, umazinha...”; e olhando a piscina-supercropping perguntando entre conjecturas pouco óbvias para que tantos canos e fios e ventiladores, “o que vocês cultivavam aqui?”; “Cultuávamos uma Deusa!”, sem muito mais o que acrescentar sobre o cheiro de maconha intensamente exalado, “Subiu aos céus, e está entre nós, Jah!”, “Jah é!”

Macera hemp 21 de Setembro de 2006 (antecipadamente)

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A camiseta solidária continua sua viagem, força e paz na mente!

Vejam mais sobre a Solidária

Imagen006.jpg

http://portal.bitox.com/modules.php?name=F...c&start=860

100_0029.jpg

http://portal.bitox.com/modules.php?name=F...6&start=270

Vejam mais sobre I-Ching:

http://www.salves.com.br/ching.htm

http://www.eon.com.br/iching1.htm

http://paginas.terra.com.br/educacao/edupereirahpg/tao.html

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  • 3 months later...
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Policial disfarçado investiga sites de plantio caseiro

<span style='color:gray'>Traguei, mas não fumei”. O caso Darcivil</span>

Eh, já estou a seis meses lendo estes sites de apologia a maconha, nos 10 nicks anteriores que me cadastrei enviei pedidos de compra por private para vários usuários, mas logo me caguetavam pra moderação e eu era banido, isto gerou um discursado acirrado, quase fecharam o site, e eu tive que me enquadrar pra continuar com a investigação, fiz o nick Darcyvil, lancei uma assinatura sinistra, <span style='color:purple'>“O sucesso do meu insucesso é o insucesso do seu segredo”</span>, e coloquei um avatar do Bush fumando um, mas ninguém me deu confiança, aí o único jeito foi encomendar as sementes, pedi pro Marc Emery, aquele que é a maior bandeira, vêm vários documentos, jornais e panfletos sobre militância canábica junto com as sementes, e já que foram endereçadas pra o departamento, serviriam de provas futuras; como o dinheiro não era meu, pedi um growbox montado e funcional, uns 6 mil dólares (acho que superfaturaram, outra vez), pedi Skunk #1 feminilizada, fica mais fácil na investigação usar uma palavra conhecida pelo público, que já ouviu falar de “maconha modificada”, “maconha de laboratório”, as “seeds” chegaram em uma semana, li aquele monte de propaganda canábica, fazia sentido, mas eu tenho uma profissão, um dever a cumprir, quanto ao uso medicinal, não sou contra, mas associar mais uma droga lícita ao mercado pode aumentar os riscos para a saúde pública, pensava eu, logo que entrei pro site, afinal não vou conseguir colher mesmo...

Germinei em papel toalha, logo que saiu a radícula plantei de cabeça pra baixo, mas <span style='color:green'>a sapeca </span>deu a volta por cima, algo me dizia que não ia ser fácil... A growbox ficava em um apartado, um escritório pequeno, uma salinha, um ar condicionado ajudava muito, um verão intenso na floração, usei fibra de coco pura e muitos Watts, 1200W, cool tube, UVB e CO2, achando que com tamanha complexidade seria bem mais difícil o plantio da <span style='color:orange'>danada</span>, e precisaria pedir muitas dicas, assim incriminando por “apologia às drogas” vários users, principalmente os moderadores e administradores, os cabeças eram os visados, aqueles que mais orientavam, mas o trunfo seria pegar um plantador prestigiado, de preferência com mais de cinco pés da disseminada, a idéia era pegarmos alguns para desestimular a proliferação assustadora que estava havendo de sites de cultivo de maconha no mundo todo, a verba vinha dos EUA, e dos contribuintes internos também.

Na fibra de coco Classe A e usando peters 30-10-10 a <span style='color:gray'>planta </span>não dava problema, aí comecei a sabotar, usei doses cada vez mais concentradas, eu postava as fotos e a <span style='color:blue'>Power Plant </span>estava bombando, todos elogiavam e eu sentia que ia acabar perdendo meu emprego, no início deixei faltar água, a <span style='color:purple'>safada </span>melhorou, ficou maior e com as folhinhas levantadas, aí joguei muita água para dar o famoso overwater, mas <span style='color:red'>a exibida</span> só melhorava e crescia 8 cm ao dia, todos aqui no departamento riam de mim, meus tópicos não tinham ajuda nenhuma, só elogios, se alguém estava fazendo apologia era eu; zoando, os colegas de trabalho já me chamavam de “usuário do mês”, “grande grower”, mas só podia ser “sorte de principiante”, eu fazia de tudo para matar a <span style='color:green'>Santinha</span>, é que o chefe só autorizou a criação de um único pé, mas depois teria quer ser queimado, incinerado, vai vendo...

Até <span style='color:red'>aranhas vermelhas</span> eu joguei na growbox, nada acontecia, as aranhas não sobreviveram, soltei um <span style='color:green'>gafanhoto</span> na box, que morreu preso na ventoinha; amassava, torcia e até meio que quebrava os caules, em resposta a impetuosa engrossava os caules, esta foi a pior fase, eu espancava <span style='color:purple'>a bendita </span>semanalmente e os users incentivavam, “é isto, torce gostoso!” “é isto aí, punk, pode castigar a macaca”, “ripa na chulipa, ela gosta e se arrebita”, “ou vai, ou racha!”, eu não entendia nada, parecia que fumavam maconha e ficavam assim, violentos, :rolleyes: incentivar a agressão vegetal, isto é crime, com certeza. Não desisti e fiz adubação foliar em plena floração, para a planta dar mofo, que nada, <span style='color:blue'>a insinuante</span> cresceu além da conta; jah tinha feito uma poda bem precoce, antes do terceiro nó despontar, acho que errei e nasceram 6 ramos novos aonde podei; li que o arame pode ser prejudicial, que SCROG é problemático por causa disto, e fiz um SCROG com arame, enorme, um metro quadrado, <span style='color:green'>a insolente</span> tomou conta de tudo; enquanto eu tentava, desesperadamente, torná-la doente, <span style='color:red'>a fogosa</span> crescia, depois de um mês de floração comecei a jogar sujo, regava <span style='color:orange'>a marota </span>cinco vezes ao dia, tinha que dar um overwater, mas <span style='color:purple'>a impetuosa</span> só crescia, e todos elogiando o grande grower que eu era, e eu vendo meu emprego “ir por água abaixo”, no desespero total nas últimas duas semanas reduzi a fertiirrigação a zero, fiz faltar nutrientes diversos, as folhas da <span style='color:blue'>deslumbrante</span> começaram a amarelar, e finalmente fiz um tópico pedindo ajuda, mas novamente só elogios, “isto mesmo, amarelando no final por falta de nutris é bom!”, “eaê, Darcivil! Parabéns, tem meu voto pra usuário do mês!”.

Finalmente acabou aquele tormento, germinação, vegetação, floração e demissão (?), e só de raiva deixei <span style='color:green'>a confiada</span> dois dias no escuro, na esperança que desse um mofinho, realmente <span style='color:red'>a cavala</span> ficou mais branquinha, mas não por fungos, não é que parece que <span style='color:purple'>a assanhada</span> resinou mais ainda, nem comentei nada... <span style='color:green'>A candente</span> havia vencido.

Desespero de causa total, colhi 1750 gramas secos em um único pé, elogios e ovações, eleito usuário do ano, vários sites publicaram a saga do novo recorde, cotado para ser eleito usuário do século; eu estava arrasado e tinha que resgatar o meu emprego, desmerecer de qualquer jeito aquele feito, num último ato de desespero fiz com que a erva secasse demais, pelo menos um erro eu teria, coloquei a erva em quatro bandejas de alumínio e coloquei-as sobre uns forninhos de esquentar pizza que temos (por isto dizem que tudo acaba em pizza), ajustei o termostato e devido ser um verão cruel as deixei na sala de máquinas do ar condicionado, foi meu último erro, de verdade, o THC evaporou e sem muito cheiro entrou pelos dutos do ar condicionado central, foi distribuído por todo departamento, todos chapados em pleno expediente, uma loucura, muitos risos e situações hilárias, uns comendo que nem loucos, outros cantando, outros saudosos telefonando para a família, e uns loucos que sabiam que estavam na onda e não entendiam de onde veio o barato, mas desconfiaram, “Darcy, foi você?”, “O que você fez Darcivil?”

Depois da audiência, sem provas e sem ninguém pra acusar, a não ser eventualmente eu, é claro; mas em frente ao Juiz, que forneceu a autorização judicial para o plantio da <span style='color:orange'>erva canábica</span>, ele me perguntou, desconfiado: “Já tragou <span style='color:purple'>maconha</span>?” ‘Sim, Ilustríssimo Meritíssimo, traguei, mas não fumei, estava na atmosfera...”. O Juiz, descrente do meu relato:

“Tragou, mas não fumou, essa é boa, quanta coisa que eu tenho que escutar...”.

Foram cinco meses terríveis, três de plantio e um em “audiências”, outro de férias “forçadas”, bom, pelo menos não perdi o meu emprego, tive mais uma chance, mas agora vou pedir seeds de lowryder, li no Overgrow vários temas falando bem mal do strain, desta vez vou conseguir...

Mas, sabe que estou gostando do pessoal daqui, são metidos a heróis, como eu era quando entrei na Força, é uma pena que desta vez terei sucesso no insucesso...

Macerai o hemp poeta viagem - 2005-julho-26

<span style='color:green'>Pelo fim das perseguições aos usuários e pela liberdade de expressão</span>

gallery_2664_468_1124854986.jpg

Ta ae, um dos vários cantinhos interessantes do fórum que ainda não conhecia..

Genial!

Darcivil, boa sorte (ou azar) nas próximas colheitas. :D

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  • 2 months later...
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Rombo 2, entrando na Trompa Da Elite com a Trupe De Eleitos.

Cena D2, fumada um :

Pitara pirara pirata.

Na entrada do cinema teremos um enquête, quem responder certo ganha uma entrada grátis, no presídio mais próximo, por desacato à autoridade:

Quem tem medo do Bicho-Bopão?

1) A democracia social

2) A democracia racial

3) Os maconheiros sociais

4) Os alcoólatras, porque depois vai chegar a vez dos bebuns serem criminalizados

5) Todas as respostas anteriores

6) RNA (o mensageiro)

É interessante notar a cena em que todos fumam maconha na rodinha dos macôs na facul, menos o Bopão, e de repente numa hora, depois da cena se repetir várias vezes, o Bopão tem um insight:

(Ação!)

─ Caraio, se vocês fumam maconha e estudam aqui comigo normalmente, não atrapalha em nada, parece até que ajuda, afinal suas notas são maiores do que as minhas, é claro que vocês não têm que trabalhar e estudar ao mesmo tempo, claro, por isto eu tinha raiva e chamava vocês de play-boys. Agora vejo o quanto é ridícula a proibição da maconha, a hipocrisia que é espalhar o álcool pela cidade, e pela mídia, e prender maconheiros estudantes; se não há isonomia não há justiça, apenas leis arbitrárias e preconceituosas, para prender e matar pobres, e negros, uma lei que é a expressão do próprio preconceito, criada pelas tropas das elites sem debate social anterior a criminalização dos maconheiros. Assim como foi a criminalização dos homossexuais e do adultério, o Estado não tem que se meter na privacidade dos cidadãos, muito menos promover intervenções bélicas apoiadas nesta tese.

Então está tudo errado, policiais e civis estão morrendo para impedir que artistas, “play-boys”, rastafaris, políticos, médicos, e outros, todos maiores de idade e teoricamente donos de seu corpo, e do que enfiam nele, ou onde enfiam, afinal, auto-lesão não é crime, e o crime abstrato à saúde pública causa mais mortes concretas do que a maconha abstracionada (ou não) poderia causar, se matasse, que nem fome e bala de fuzil, ao contrário do álcool que mata de overdose e de várias doenças como cirrose, delirium tremis, o álcool é quase tão prejudicial quanto a heroína, e o tabaco é mais perigoso que a maconha. http://www.growroom.net/board/index.php?showtopic=25931

De agora em diante vou lutar pela legalização da maconha até acabar com a perseguição aos maconheiros, espero que vocês estejam comigo nesta luta, não fiquem apenas numa sala discutindo teorias de igualdade social e culpabilização total da burguesia, tirando "o seu" da reta...

(Ao que vários estudantes dizem quase em coro: "Ô, marola boa!" Bateu, eihn?! Só na maresia placebo...". "Nem sabia que batia assim na sauninha psicológica". "Será que ele comeu o bolinho canábico que eu trouxe?...")

E aí então o personagem num meta-insight, talvez revolucionando o cinema: Putz, só mesmo num filme para não se falar no plantio de auto-subsistência, pow! O que vocês querem? Ainda bem que o diretor aí falou que é favor da legalização da maconha, sei lá, às vezes parece que impera o discurso da violência, tão diferente do "Paz & Amor" dos maconheiros daqui; aliás, este é o primeiro filme contra os maconheiros em que não se fuma maconha, "tá cheio de dedo de seta" reparou mais um maconheiro anônimo, que não enrolou nem acendeu agora, malandragem deu um tempo.

E então num supra-hiper-extra-meta-insight:

─ Jah estou vendo tudo, aonde a caretice deste filme dar: vai ser pirateado e rodar geral nos camelôs, isto vai promover o filme, levar a comunidade empobrecida ao que somente a tropa da elite veria nos cinemas, em que, os que não foram transformados em igrejas protestantes, os preços dão medo até ao Bope, que deu o maior IBope mostrando que o filme Rambo influenciou mesmo uma geração, e os anabolizantes mais ainda... Veja bem que as revistas de direita vão dizer que o público gosta do filme porque o diretor é fascista, propõe a guerra sem classe, ao invés da luta de classes.

Nas entrelinhas endireitadas e endinheiradas, proporá que o pensamento vigente seja militarizado, sem questionamentos quanto à justiça das leis feitas pelos nossos ilustríssimos de putados, apenas um “Sim Senhor”, inclusive esta opção estará disponível na máquina de votar, “Não aperte um, nem qualquer um, aperte o botão Sim Senhor!” “Não vote nulo mesmo, vote neles mesmos.”. Aperte Sim Senhor!

(E mais uma vez a pobreza excluída dará seu jeito pirato de ter acesso a informação e cultura, do jeitinho brasileiro, e será prontamente transformada em Geni, vão cuspir pedras na Gení, mas esquecem que as "pedras perdidas" atingem muitos telhados de vidro, melhor ficar no sapatinho de cristal.)

─ Dica a todos aqueles que evitam, censuram ou escapam do debate da legalização:

Passarinho que engole pedra sabe o bico que tem, e que tem bico tem medo, sem esquecer que na “lei da bala” aquele que abre o bico acaba de bico aberto, por isto vamos esquecer este assunto antes que eu perca meu papel neste filme, isto foi um devaneio, vamos por sangue e violência na tela, que é disto que o povo gosta, e as elites também, sangue do povo, é claro, inclusive o nome do partido era ARENA, agora se desfez em vários outros, e vários outros entraram na arena política, mas todos traíram ou trairão a população, pois o poder corrompe, é por isto que não fumamos nem tabaco nas filmagens, o poder de fogo corrompe totalmente. Vai encarar na mão a dita dura?

─ Cara, ficou um desbunde esta cena, totalmente engajada na conceitualização da nova cidadania inspiradora e inovadora da temática cinematográfica, a terceirização do pensamento ideológico das elites dominantes, Não pode sair do filme, eu voto que não saia do filme...

─ Opa, quando filmagens cinematográficas forem algo democrático, seu voto será válido, enquanto isto vamos refilmar tudo, e entender o estresse emocional que está passando nosso ator; ah, e a pirataria se acontecer será depois do lançamento do filme, atenção...

─ E se a pitaria acontecer antes do lançamento e ainda assim promover o filme, outro paradigma ?

─ Realmente nosso ator está sobre forte tensão nesta refilmagem do Filme “Tripas das Elites” (chamadas assim porque eram “cem por cento”: 100% de operações estripadoras nas favelas.)

Enquanto nossos homens estão fazendo das tripas coação; vamos nos ater as diferenças entre os filmes, no TDE1.02 o capital natimorto morre, enquanto no nosso ele vira general e posteriormente presidente do Brasil, o outro que foi reprovado na faculdade, neste filme, arruma emprego de segurança particular, vira crente, se forma, com louvor (graças também ao antiproibicionista celestial, aquele do sacramento alcoólico), faz mestrado, doutorado, vira sociólogo e também é eleito presidente do Brasil, no fim todo o Batalhão está ocupando os cargos do alto escalão político, teremos em poucas semanas vinte milhões de usuários presos, numa ilha só pra isto, A Ilha dos Usuários :) sem clientes os traficantes sucumbirão, é a velha tática aplicada de fato, afinal guerra perdida e bala perdida no refresco é dos outros.

Nosso filme será niilista e escapista, sem falar que a proibição da maconha é uma invenção recente, e criou a maior guerra do mundo, sem mencionar o uso religioso, indígena e ancestral; sem propor nenhuma idéia sobre a descriminalização dos maconheiros, legalização do cânhamo ou citar que em outros países funciona, tem coffee shop, sem também citar que a maconha é um santo remédio, até para algumas doenças que parecem incuráveis, inclusive impede que muitos virem alcoólatras; mas com muita cena de tortura, estupro, violência e sangue. No final os Rambopes tomam o plenário e a presidência. Resistir é inútil, a população está desarmada, desnutrida, desinformada, e filmada... (E proibida de fumar maconha, mas podem encher a cara de cachaça, assim é fácil dominar, são obrigados a usar o entorpecente matador de índios).

─ Pra ser escapista é melhor mandar os bopadões pra casa, ou pras trincheiradaças, e acendermos um cachimbo da paz cinematográfico.

Cena D3, fumaça à quatro

─ Vamos ter que arrumar um ator sem claustrofobia pra filmar dentro do Caveirão, o verdadeiro símbolo de Ibope, agora sim o filme vai bombar com os bombadões.

Cena D4, fumada aum

(Finalmente uma crítica reconstrutiva do filme)

─ Atire a primeira pedra de haxe, no Caveirão, aquele que nunca tomou anabolizantes, nem droga nenhuma ilegalmente, como dirigir após beber álcool.

─ Vai jogar aonde esta pedrinha?

--

Enquanto isto sente a pressão da elite sobre a tropa:

Punição específica

http://conjur.estadao.com.br/static/text/60676,1

Nova lei para usuários de drogas não se aplica a militar no quartel

macerai o hemp 2007

--

ABORDA: (abordando a falta de dialética no filme)

“A legislação sobre drogas não é problematizada em momento algum (a não ser pelo diretor e por alguns atores, em entrevistas pós-filme), quiçá apresentada como responsável por grande parte das dinâmicas de violência.”

http://www.growroom.net/board/index.php?showtopic=25955

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  • 2 months later...
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Campanha Macerai volte pro GR!

Kd o Macerai??

Será que tá em itacoá, fumando um no pampo, vendo altas ondas quebrarem??

Ou tá no alto do morão?

Macerai volta pro GR!!

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