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O CFM vai autorizar a prescrição do CBD no Brasil, mas ainda é preciso avançar.
Lembrando a urgência de regulamentar o cultivo caseiro, o Growroom lança uma série de vídeos com depoimentos de usuários e convoca campanha colaborativa
Os médicos do Brasil podem ser os primeiros do mundo a serem autorizados a prescrever extratos à base de canabidiol (CBD), uma das substâncias ativas medicinais da cannabis. A decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) será anunciada nesta quinta-feira e publicada na sexta, 13 de dezembro, no Diário Oficial da União. As informações são da Folha de S. Paulo.
A notícia chega para coroar o ano da maconha medicinal no Brasil. Com o levante de usuários medicinais e pais de crianças enfermas – cuja erva é a única alternativa de tratamento – o debate foi catapultado a uma nova esfera em 2014. Entre diversos fenômenos sociopolíticos, como a decisão do CFM, uma avalanche de pedidos de importação de extratos de canabidiol (CBD) chegou à Anvisa, obrigando a agência a criar um setor específico sobre o assunto; debates sobre a necessidade de regulamentar a erva ganharam a CCJ do Senado Federal; redes solidárias e anônimas formaram-se para ajudar famílias de crianças que necessitam da planta; e usuários medicinais passaram a cultivar e a lutar pelo direito de plantar seu remédio.
Para o Growroom, porém, o potencial medicinal da maconha e a urgência em debater sua regulamentação nunca foram novidades. Desde 2002, o fórum congrega cultivadores, ativistas, pacientes, médicos, advogados, entre outros representantes da sociedade civil que fomentam o debate sobre o cultivo caseiro e lutam por uma política de drogas mais humana e racional. E foi do fórum que surgiu uma das primeiras atrocidades policiais com relação ao uso medicinal da erva.
Há alguns anos, após descobrir que tinha um tumor maligno, o gaúcho Alexandre Thomaz, hoje aos 44 anos, viu-se diante do desafio de passar por uma bateria de sessões de quimioterapia para continuar vivo. Logo vieram, porém, as reações adversas ao penoso tratamento, como as fortes náuseas e enjoos, os vômitos e a depressão. Foi aí que ele descobriu, por indicação médica, que a maconha poderia ajudar tornar o desafio possível.
Mesmo com a maconha prensada, disponível no mercado negro, Alexandre começou a perceber benefícios terapêuticos em seu tratamento. Buscando suprir sua necessidade de forma sustentável e sem se envolver com o tráfico, o gaúcho buscou informações sobre o cultivo da cannabis e plantou 10 pés em sua horta orgânica. Contudo, para a surpresa dele – e de ativistas e advogados de todo o país -, a polícia invadiu seu sítio, em Canoas, apreendeu suas plantas e tentou armar uma emboscada para prendê-lo. Alexandre não estava em casa, mas teve que responder judicialmente por tráfico de drogas – exatamente o crime que ele queria distância ao escolher plantar.
Envie seu depoimento
A fim de sensibilizar a sociedade sobre a urgência em regulamentar a maconha medicinal, o Growroom produziu quatro vídeos com depoimentos de usuários e pais que estiveram na trincheira entre os benefícios da erva e os problemas com a atrasada lei de drogas brasileira. O primeiro vídeo conta, exatamente, a história de Alexandre Thomaz. Os vídeos serão lançados semanalmente, entre dezembro deste ano e janeiro de 2015, na página do Growroom e da Cannamed Brasil.
Mas a campanha não para por aí. A ideia é convocar usuários de maconha medicinal de todo o Brasil a enviarem seus relatos em vídeo para engrossar o caldo e mostrar que não faltam exemplos de cidadãos que encontraram na cannabis uma forma de viver melhor. É o seu caso? Pois então, colabore com a campanha! Suba seu relato em vídeo no YouTube e envie-nos o link pelo e-mail growroom@growroom.net. Sua ajuda é essencial para a luta por uma nova política de drogas que respeite as liberdades individuais. Cultive seus direitos!
Conheça a história de Alexandre Thomaz
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