A Revista Galileo, da editora Globo, tem como matéria de capa da edição de maio a discussão sobre a legalização da maconha.
Confira a seguir um trecho dessa reportagem que pode ser lida na íntegra na edição da revista Galileu de maio/2007.
A discussão sobre a descriminalização das drogas deve ser globalizada, incluir a ONU (Organização das Nações Unidas). O mundo está pagando caro pela proibição rígida, que está levando a milhões de mortes por ano. Quantas pessoas morrem na Ásia, na África, nas Américas, na Europa por conta da proibição do tráfico de drogas? Quantas morreriam se houvesse um processo de legalização e controle? É preciso botar essa conta na mesa, e o primeiro país a discutir isso tem de ser os Estados Unidos, como a principal nação do mundo desenvolvido e um grande consumidor de drogas. Enquanto isso, são gastos bilhões de dólares por ano no mundo inteiro no combate à droga. Os resultados são pífios, e muita gente continua morrendo.” O trecho entre aspas foi dito a Galileu por Sérgio Cabral, governador do Rio de Janeiro e primeiro político brasileiro em cargo executivo a erguer a voz a favor da legalização das drogas. Seria um indício de que chegou a hora de o Brasil considerar a descriminalização pelo menos da maconha, considerada há décadas a mais leve das drogas ilícitas?
Sim e não. O balanço entre prós e contras ainda não tornou possível chegar a um veredicto a respeito. O certo é que o aumento da violência e a necessidade de encontrar fórmulas para combatê-la vêm incentivando muita gente a considerar a hipótese de liberar a maconha. Para alguns estudiosos, o cálculo é simples: menos gente morreria caso isso ocorresse. “Será?”, perguntam os demais. O debate está aceso.