A candidata presidencial da direita chilena, Evelyn Matthei, que figura distante nas pesquisas da favorita esquerdista, Michelle Bachelet, descreveu como “interessante” o debate sobre a legalização da produção e venda de maconha, como a promovida pelo governo uruguaio.
“O experimento Uruguaio é interessante, devemos discuti-lo” comentou a ex-ministra de trabalho e aspirante a presidência em novembro. “Mas é necessário resolver a questão de forma séria e informada”, indicou.
No Chile, a conhecida Lei de Drogas n°20.000 prevê penas para o tráfico de substâncias ilícitas, entorpecentes ou psicotrópicas. No Chile, segundo a lei, a maconha é considerada uma droga capaz de produzir “dependência física ou psíquica” e com “efeitos tóxicos graves ou danos significativos à saúde” .
Matthei questionou o porque da maconha ser qualificada como droga pesada e figurar na “lista um” de periculosidade. “Nós temos que definir o que é realmente posse e consumo, pois existem situações em que as pessoas passam muito tempo na cadeia por possuir pequenas quantidades de maconha”, acrescentou.
Em qualquer caso, a candidata da aliança governante disse que “um olhar apenas a partir do ponto da penalidade, em geral, não tem produzido bons resultados em nenhum lugar do mundo.”
Matthei, da ultraconservadora União Democrática Independente (UDI), foi aberta ao debate de outras posturas e analisa o exemplo países vizinhos ao Chile, entre eles o Uruguai.
Por Alejo Alvarado
Fonte: Diário La República de Uruguay